segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Lei de Igualdade – A questão das Desigualdades/ Igualdade de Direitos do Homem e da Mulher

Casa Espírita Missionários da Luz - ESDE1 - 29/10/2013

Tema: Lei de Igualdade – A questão das Desigualdades/ Igualdade de Direitos do Homem e da Mulher

Objetivos:
    Explicar a causa das desigualdades sociais.
    Dizer porque o homem e a mulher devem ser considerados iguais. Identificar na diferença dos sexos a necessidade de experiência diversas para o espírito.

Bibliografia:
O Livro dos Espíritos, pergs: 202, 803 à 813, 817 à 822;
João, Cap.4, Vv 5-42;
Atualidade do Pensamento Espírita, Vianna de Carvalho/Divaldo P. Franco, perg.12
Vereda Familiar, Thereza de Brito/Raul Teixeira, cap. 13
Desafios da Educação, Camilo/Raul Teixeira, perg.61
Até o Fim dos Tempos, Amélia Rodrigues/Divaldo P. Franco, Cap. “Jesus, o libertador da mulher”
TEIXEIRA, J. Raul. O Messias. In:___. Quem é o Cristo. Pelo espírito Camilo. Niterói: Fráter, 1997. cap. 14.

Material: Enviar antes, por e-mail, a página de Vereda Familiar, Cap. 13, “A Mulher e Seus Filhos”, para reflexão pelo grupo.

1. Leitura Inicial: “Fotina” - Página do Momento Espírita

2. Prece e comentário da página do Momento Espírita.

3. Leitura e comentários das perguntas de O Livro dos Espíritos:

803. Perante Deus, são iguais todos os homens?
804. Por que não outorgou Deus as mesmas aptidões a todos os homens?
806. É lei da natureza a desigualdade das condições sociais?
a) — Algum dia essa desigualdade desaparecerá?
814. Por que Deus a uns concedeu as riquezas e o poder, e a outros, a miséria?
202. Quando errante, que prefere o Espírito: encarnar no corpo de um homem, ou no de uma mulher?
817. São iguais perante Deus o homem e a mulher e têm os mesmos direitos?
819. Com que fim mais fraca fisicamente do que o homem é a mulher?
821. As funções a que a mulher é destinada pela Natureza terão importância tão grande quanto as deferidas ao homem?
822. a) — Assim sendo, uma legislação, para ser perfeitamente justa, deve consagrar a igualdade dos direitos do homem e da mulher?

Perguntas ao grupo:
  • Como analisar a atuação da mulher no mercado de trabalho e a educação da família? (Perg. 12 de Atualidade do Movimento Espírita);
  • É salutar as mães ensinarem a suas filhas a cuidar de tarefas domésticas? (Perg. 61 de Desafios da Educação).

O movimento feminista desconhece o verdadeiro papel da mulher e tende a transviá-la do destino que lhe está natural e normalmente traçado. O homem e a mulher nasceram para funções diferentes mas complementares. No ponto de vista da ação social são equivalentes e inseparáveis” (Denis. No invisível, p.78).


  1. Prece final.

João, Capítulo 4, 5:42
Chegou, pois, a uma cidade de Samária, chamada Sicar, junto da herdade que Jacó dera a seu filho José;
achava-se ali o poço de Jacó. Jesus, pois, cansado da viagem, sentou-se assim junto do poço; era cerca da hora sexta.
Veio uma mulher de Samária tirar água. Disse-lhe Jesus: Dá- me de beber.
Pois seus discípulos tinham ido à cidade comprar comida.
Disse-lhe então a mulher samaritana: Como, sendo tu judeu, me pedes de beber a mim, que sou mulher samaritana? (Porque os judeus não se comunicavam com os samaritanos.)
Respondeu-lhe Jesus: Se tivesses conhecido o dom de Deus e quem é o que te diz: Dá-me de beber, tu lhe terias pedido e ele te haveria dado água viva.
Disse-lhe a mulher: Senhor, tu não tens com que tirá-la, e o poço é fundo; donde, pois, tens essa água viva?
És tu, porventura, maior do que o nosso pai Jacó, que nos deu o poço, do qual também ele mesmo bebeu, e os filhos, e o seu gado?.
Replicou-lhe Jesus: Todo o que beber desta água tornará a ter sede; mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede; pelo contrário, a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que jorre para a vida eterna.
Disse-lhe a mulher: Senhor, dá-me dessa água, para que não mais tenha sede, nem venha aqui tirá-la.
Disse-lhe Jesus: Vai, chama o teu marido e vem cá.
Respondeu a mulher: Não tenho marido. Disse-lhe Jesus: Disseste bem: Não tenho marido; porque cinco maridos tiveste, e o que agora tens não é teu marido; isso disseste com verdade.
Disse-lhe a mulher: Senhor, vejo que és profeta. Nossos pais adoraram neste monte, e vós dizeis que em Jerusalém é o lugar onde se deve adorar.
Disse-lhe Jesus: Mulher, crê-me, a hora vem, em que nem neste monte, nem em Jerusalém adorareis o Pai. Vós adorais o que não conheceis; nós adoramos o que conhecemos; porque a salvação vem dos judeus. Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem. Deus é Espírito, e é necessário que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade.
Replicou-lhe a mulher: Eu sei que vem o Messias (que se chama o Cristo); quando ele vier há de nos anunciar todas as coisas.
Disse-lhe Jesus: Eu o sou, eu que falo contigo.
E nisto vieram os seus discípulos, e se admiravam de que estivesse falando com uma mulher; todavia nenhum lhe perguntou: Que é que procuras? ou: Por que falas com ela?
Deixou, pois, a mulher o seu cântaro, foi à cidade e disse àqueles homens: Vinde, vede um homem que me disse tudo quanto eu tenho feito; será este, porventura, o Cristo?
Saíram, pois, da cidade e vinham ter com ele.
Entrementes os seus discípulos lhe rogavam, dizendo: Rabi, come. Ele, porém, respondeu: Uma comida tenho para comer que vós não conheceis. Então os discípulos diziam uns aos outros: Acaso alguém lhe trouxe de comer?
Disse-lhes Jesus: A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou, e completar a sua obra. Não dizeis vós: Ainda há quatro meses até que venha a ceifa? Ora, eu vos digo: levantai os vossos olhos, e vede os campos, que já estão brancos para a ceifa. Quem ceifa já está recebendo recompensa e ajuntando fruto para a vida eterna; para que o que semeia e o que ceifa juntamente se regozijem. Porque nisto é verdadeiro o ditado: Um é o que semeia, e outro o que ceifa. Eu vos enviei a ceifar onde não trabalhaste; outros trabalharam, e vós entrastes no seu trabalho.
E muitos samaritanos daquela cidade creram nele, por causa da palavra da mulher, que testificava: Ele me disse tudo quanto tenho feito. Indo, pois, ter com ele os samaritanos, rogaram-lhe que ficasse com eles; e ficou ali dois dias.
E muitos mais creram por causa da palavra dele; e diziam à mulher: Já não é pela tua palavra que nós cremos; pois agora nós mesmos temos ouvido e sabemos que este é verdadeiramente o Salvador do mundo.

Fotina - Matéria publicada no Jornal Mundo Espírita - junho/2004
Um arauto na Samaria. A tradição oral acatou e conservou, até os nossos dias, a denominação de "A Iluminadora" que lhe conferiram os primitivos cristãos, que se nutriram na sua coragem de proclamar as imperfeições e pela afeição com que se ligou a Jesus.
Calcula-se que o fato se deva ter dado entre os meses de dezembro/janeiro, pois que, em seu diálogo posterior, registrado pelo Evangelista João, em seu capítulo 4:35, Jesus se refere à colheita do trigo que se deveria dar quatro meses empós, o que seria, pois, entre os meses de março ou abril.
Jesus se encontrava na Peréia, quando soube da prisão de João Batista e, com o intuito de não acirrar ainda mais os ódios dos seus inimigos, com a Sua presença, retirou-se para a Galiléia.
Havia três caminhos a escolher: um, pelo litoral do Mar Mediterrâneo, outro, pelas margens do Jordão e, finalmente, pelo interior da Samaria. Este último foi o que o Mestre preferiu.
Ele deseja um encontro. Galga a serra de Efraim, contornando o monte sagrado onde os samaritanos adoravam Jeová. O caminho é áspero e cansativo, desenvolvendo-se sobre despenhadeiros, entre pedregulhos e calhaus.
À hora sexta (meio-dia) Jesus e os discípulos atingem o fundo do declive, onde os prados se desenrolam, cobertos pelas searas e se ergue, todo em alvenaria, o poço de Jacó. Era costume, entre os samaritanos, denominar as localidades com nomes patriarcais. Os companheiros se dirigem à cidade próxima, Sicar, a fim de adquirir pão e frutas. O Mestre prefere esperar.
É como se Ele tivesse marcado um encontro. Ele aguarda. Quem? Será um personagem importante ou uma alma virtuosa? Não: a pessoa que virá será alguém sem nenhuma importância e carregada de culpas.
Não tardou a aparecer uma mulher samaritana. Trazia um cântaro à cabeça e, ao deparar com o judeu, estaca. Depois, meio a medo, ela passa por ele, dirige-se ao poço. Amarra as asas do cântaro à corda, e colhe a água. Coloca a bilha sobre o poial e quando vai levantá-la ao ombro, ouve:
- "Dá-me de beber."
A samaritana estranha o pedido. Será com ela mesma? Um judeu pedindo favor? Judeus e samaritanos olhavam-se com despeito, julgando-se superiores os primeiros e considerando os segundos impuros, eis que se haviam mesclado aos imigrantes pagãos, que tinham dominado a Samaria.
Um outro detalhe ainda a surpreende. Ela é uma mulher, a quem o homem não dirije a palavra em público, mesmo seja sua esposa, mãe ou irmã.
Um tanto irônica, extravasa a própria amargura e lhe diz:
  • "Como sendo tu judeu, me pedes de beber a mim, que sou mulher samaritana?"
A resposta do rabi judeu não revela aspereza, nem revide:
  • "Se tu conhecesses o dom de Deus, e quem é o que te diz: dá-me de beber, tu lhe pedirias, e ele te daria água viva."
"Como alguém que nem tem com que tirar a água do poço, poderia ofertar água?" - é o que ela indaga, para ouvir a respeito da água vivia com que Jesus vinha dessedentar a humanidade. Uma água que dessedenta eternamente.

Terá pensado a mulher na bênção de não mais necessitar vir à fonte, duas vezes ao dia? Terá percebido nas palavras do rabi algo que lhe pudesse saciar a sede interior? Ela bebera os prazeres sensuais em grande abundância, nas suas águas salobras, e não sentira diminuído o ardor que a fizera mendiga de muitos homens.
  • "Dá-me dessa água, Senhor." - Agora ela se torna pedinte.
O Amigo Celeste lhe diz que vá chamar seu marido e retorne. Ela se perturba. Toda sua alma ferida, humilhada, receia. As lágrimas escorrem pela face. Quanto desejara, tantas vezes, ser considerada uma mulher correta, e, conseqüentemente, respeitada. Mas jamais o fora.

- "Não tenho marido..." - balbucia.
Jesus sabe, conhece sua intimidade e ao confirmar-lhe que ela falava a verdade, porque já tivera cinco maridos e o homem com quem convivia não era seu marido, conquista em definitivo a mulher.
Ela o reconhece como profeta, pois somente um Profeta poderia saber tais coisas, devassar-lhe o interior.
A mente em desalinho, ela deseja aproveitar cada minuto, e pergunta, interroga. Sua voz se torna doce. A conversação se alonga, em torno das considerações do correto local de adorar a Deus.
Jerusalém, pregavam os judeus. Monte Garizim, mesmo depois do templo destruído, falavam os samaritanos.
A admirável paciência de Jesus lhe diz:
  • "Acredita-me, senhora; virá a hora em que adorareis ao Pai, não já neste monte, nem em Jerusalém, mas em espírito e em verdade; pois Deus é espírito e os que o adoram, em espírito e verdade, é que devem adorá-lo.
As palavras são sublimes: um cálice de água viva. Rompem-se velhos conceitos e separativismos. Deus não pertence a um povo, a uma casta. É imanente em tudo e todos. Transcendente.

Talvez por não estar habituada a questões filosóficas mais profundas, não tivesse entendido bem o ensino. Ou talvez se desejasse assegurar a respeito da identidade do peregrino. Fosse porque fosse, ela ousa dizer:
- "Bem sei que, quando vier o Messias, nos há de revelar todas as coisas..."
E Jesus, de modo direto, se identifica, antes de o fazer, de forma ostensiva, a outro qualquer:
  • "Eu o sou; eu, que falo contigo."
Aquela informação despertou na mulher uma explosão de alegria. Algo dentro dela se rompeu. Ela abandonou o cântaro à borda do poço e se pôs a correr na direção de Sicar, entrando na cidade a gritar:
  • "Vinde e vede um homem que me disse tudo quanto tenho feito! Porventura não é este o Cristo?"
A população espia pelas janelas, sai às portas.
- "Estará louca?" Questionam uns.
Outros pedem-lhe explicações. O povo se vai aglomerando. Logo, são centenas de habitantes da cidade que a rodeiam.
O falatório cresce. As discussões se ampliam. O melhor é irem todos ver o tal estrangeiro que falou com Fotina. Quase aos atropelos, descem até o poço de Jacó.
Os discípulos, que chegaram com as compras, oferecem alimento ao Mestre, que agradece, mas não se serve. Refere-se a um alimento que eles desconhecem e que a sua comida é fazer a vontade dAquele que o enviou.
Os samaritanos o rodeiam e o ouvem. Ele fala da semeadura e da colheita àqueles pastores, agricultores, pescadores. Tão encantados ficaram que rogaram que Ele permanecesse mais um tempo. Jesus se deixou ficar por dois dias em Sicar, ensinando e curando.
Ao se despedir, no terceiro dia, havia lágrimas nos olhos de toda aquela gente desprezada e humilhada. Nunca ninguém lhes dera tanto.
Todos os que haviam bebido da Sua sabedoria, que haviam se consolado com Seus ensinos, que haviam vislumbrando a chance da renovação, ou se curado de mazelas, voltaram-se para Fotina, e lhe disseram:
- "Mulher, já não é pelo que disseste que nós cremos: porque nós mesmos O temos ouvido e sabemos que Ele é verdadeiramente o Cristo, o Salvador do Mundo..."
E "A Iluminadora" nunca mais foi a mesma, após o sublime encontro, na tarde quente, ao sol do meio-dia.
Bibliografia:
01.FRANCO, Divaldo Pereira. A mulher da Samaria. In:___. As primícias do reino. Pelo espírito Amélia Rodrigues. Rio de Janeiro: SABEDORIA, 1967.
02.RENAN, Ernest. Relações de Jesus com os pagãos e os samaritanos. In:___. Vida de Jesus. São Paulo: Martin Claret, 1995. cap. 14.
03.ROHDEN, Huberto. Água viva. In:___. Jesus Nazareno. 6. ed. São Paulo: União Cultural. v. 1, cap. 28.
04.______. Jesus e as mulheres. Op. cit. Cap. 54.
05.SALGADO, Plínio. Jesus e a samaritana. In:___. Vida de Jesus. 21. ed. São Paulo: Voz do Oeste, 1978. cap. 24.
06.TEIXEIRA, J. Raul. O Messias. In:___. Quem é o Cristo. Pelo espírito Camilo. Niterói: Fráter, 1997. cap. 14.

A Mulher e Seus Filhos

Inequivocamente, à mulher cabe uma importante quota de contribuição com a Obra de Deus, oferecendo a sua sensibilidade e a sua inteligência em favor da vida. Muito a propósito é a afirmação do Espírito de Verdade, quando situa a tarefa delegada por Deus à mulher como mais importante que à do homem, uma vez que cabe a ela o conduzimento dos homens, dando-lhes as primeiras noções de vida (*).
***
Junto a seus filhos é que a mulher encontra as mais exuberantes oportunidades de avançar, em espírito, para alcançar os campos luminosos do progresso pelos quais anela.

Não obstante não possa a mulher prescindir da cooperação di companheiro no processo da orientação dos rebentos, salvo nos casos de provações impostas pela morte ou nas situações em que a irreflexão haja gerado problemas irreversíveis propiciando a sua solidão no esforço de dirigir a prole, é a ela, à mãe, que tocam graves compromissos, pois, por sua contextura físio-psicológica ela guarda as potencialidades necessárias para a realização de seus abençoados misteres.

Vivendo numa época de contestação e desencontros éticos, na qual a figura feminina tem sido explorada de absurdas formas, desde a exibição do nu comprometedor, geratriz de conúbios mentais deletérios, até as ideologias libertárias e fascinantes que, se lhe apontam caminhos novos de poder e independência, quase nunca mostram roteiros de equilíbrio ou sensatez, pelos quais possa caminhar com segurança.
***
Tenha cuidado, minha amiga cristã, quando você estiver instigada a abandonar hábitos, a quebrar esse ou aquele tabu, sendo compelida a assumir hábitos mais infelizes que os antigos ou a adotar novos tabus, tão nefastos como os que você deverá abandonar.
Pense que você não vive somente por si. A mulher-mãe vive por si e pelos filhos e deverá guardar a certeza do quanto ela influirá sobre as vidas dos seus, quer disso esteja consciente ou não.
***
Prepare-se, assim, minha irmã, para um melhor entendimento da sua própria vida e de sua missão.
Se viável e oportuno, trabalhe fora de casa, sem mergulhar na mania da fuga do lar, sem razão e sem lógica.
Se lhe agrada, use a moda vestuária, sem se tornar escrava do estilo que lhe possa empurrar para a vacuidade, para a superficialidade.
***
Junto a seus filhos, tenha para com eles cuidados de mestra e de irmã, de enfermeira e de mãe, resguardando-os, pelo menos enquanto pequenos, dos conflitos e tormentos dispensáveis da Terra.
Olhe seus filhos e ame-os, sem pieguismos que mais representam desajuste emocional do que real bem-querer.
Dessa maneira, vista-os com sobriedade, como você possa, sem fazer deles joguetes do consumismo inveterado.
Alimente-os com simplicidade, mantendo-se fiel à qualidade, sem prendê-los às extravagâncias alimentares que conduzem a doenças e carências orgânicas irreversíveis.
Ajude-os no processo de seleção dos divertimentos que sejam nobres e úteis, a fim de que eles não se chafurdem no lodo de gozos perturbadores e jogos de azar, que antes excitam a mente sem, contudo, relaxar e alegrar convenientemente.
Conduza-os com a sua sabedoria, para a fé em Deus e para o amor à Natureza; impulsiona-os com a sua sensibilidade para o respeito e proximidade com Jesus, o nosso Divino Amigo, preparando-os para a reverência às suas próprias vidas.
Incentive-os para as artes, para os esportes sadios, para o belo, sem que se olvidem das próprias responsabilidades para com a existência, como um todo.
***
Perceba, mulher-mãe, que, enquanto você pensa em tudo isso, pelo bem dos rebentos seus, acaba por esquecer-se um pouco das misérias vastas que se espalham ao seu redor, porque sua atenção estará alicerçada nos seus imediatos compromissos. Você terá menos tempo para lamentar ou para maldizer as coisas negativas.

Não dê ouvidos às sugestões do comodismo. O que seria de você sem os seus filhos, por mais peraltas ou indiferentes que sejam? Por certo, sem eles a lhe valorizarem os dias, seria você uma boneca decorada para a vitrine da ilusão ou uma sombra ambulante, encharcada de tóxicos vários para suportar as frustrações.

O Senhor conta com você, de modo particular, porque, quando você decidir-se a educar e amar, instruir e orientar com firmeza e disposição, o mundo mudar-se-á para melhor. Assimilará a luz que jorra do Infinito por meio da sua atuação.
Não se esqueça disso, mulher, e proponha-se, desde hoje, clarificada pela excelsa inspiração do Mais Alto, a conduzir os seus filhos para o regaço do verdadeiro Pai, o Pai de todos nós.

Terá você, então, cumprido o seu papel.
Será você, desde aí, muitíssimo feliz.

(Vereda Familiar, Thereza de Brito/Raul Teixeira, Cap.13)

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