segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Lei de Liberdade – Livre Arbítrio e Determinismo

Casa Espírita Missionários da Luz - ESDE1 – 05/11/2013 e 12/11/13

Tema: Lei de Liberdade – Livre Arbítrio e Determinismo

Objetivos:
1) Conceituar determinismo/fatalidade e livre arbítrio;
2) Relacionar inteligência, liberdade e responsabilidade.

Bibliografia:
O Livro dos Espíritos, pergs: 121 à 127, 262, 367,370, 834,843 à 867;
Evangelho Seg.Espiritismo, Cap.V – BEM-AVENTURADOS OS AFLITOS, itens 6 à 8;
A Gênese, Cap. III, itens 9 e 10 - 'Origem do Bem e do Mal'

1. Leitura Inicial: Livres, mas responsáveis – Livro Encontro Marcado - Francisco Cândido Xavier - Emmanuel

2. Prece e comentário da página de Emmanuel

3. Iniciar formando 4 grupinhos que devem responder as perguntas abaixo (uma para cada grupo):
Como podemos conceituar livre-arbítrio?
Onde começa para o Espírito o exercício de seu livre-arbítrio?
O corpo exerce influência sobre o Espírito encarnado, prejudicando seu livre-arbítrio?
Como podemos conceituar fatalidade? Existe fatalidade na vida do Espírito encarnado?

Deixar que as respostas sejam discutidas livremente e passar às perguntas de O LE para buscar as respostas dadas pelos Espíritos nos esclareçam.

4. Leitura e comentários das perguntas de O LE:
834. É responsável o homem pelo seu pensamento?
835. Será a liberdade de consciência uma conseqüência da de pensar?
837. Que é o que resulta dos embaraços que se oponham à liberdade de consciência?
843. Tem o homem o livre-arbítrio de seus atos?
844. Do livre-arbítrio goza o homem desde o seu nascimento? ==> E para o Espírito? Onde começa?
122. Como podem os Espíritos, em sua origem, quando ainda não têm consciência de si mesmos, gozar da liberdade de escolha entre o bem e o mal? Há neles algum princípio, qualquer tendência que os encaminhe para uma senda de preferência a outra?
262. Como pode o Espírito, que, em sua origem, é simples, ignorante e carecido de experiência, escolher uma existência com conhecimento de causa e ser responsável por essa escolha?
846. Sobre os atos da vida nenhuma influência exerce o organismo? E, se essa influência existe, não será exercida com prejuízo do livre-arbítrio?
849. Qual a faculdade predominante no homem em estado de selvageria: o instinto, ou o livre-arbítrio?
851. Haverá fatalidade nos acontecimentos da vida, conforme ao sentido que se dá a este vocábulo? Quer dizer: todos os acontecimentos são predeterminados? E, neste caso, que vem a ser do livre-arbítrio?
Mitologia Grega – Mouras: deusas do destino.
Platão em sua obra “A República”, fala do mito de Er, onde a alma ao chegar no Mundo das Ideias, avalia o que passou e planeja a próxima vida. Tem então que passar pelas deusas Mouras.
A 1ª dá à alma o seu lote (cota) e seu daimon (guia); a 2ª, amarra o destino à alma; a 3ª e 4ª encaminham ao renascimento (fazem a alma descer).
As ações do daimon para selar o destino da pessoa – cota: família, corpo, geografia (lugares onde a existência se passará) e vocação e acidentes que levam a vida a uma outra direção.

853. Algumas pessoas só escapam de um perigo mortal para cair em outro. Parece que não podiam escapar da morte. Não há nisso fatalidade?
853.a) — Assim, qualquer que seja o perigo que nos ameace, se a hora da morte ainda não chegou, não morreremos?
859. Com todos os acidentes, que nos sobrevêm no curso da vida, se dá o mesmo que com a morte, que não pode ser evitada, quando tem de ocorrer?
859. a) — Haverá fatos que forçosamente devam dar-se e que os Espíritos não possam conjurar, embora o queiram?
861. Ao escolher a sua existência, o Espírito daquele que comete um assassínio sabia que viria a ser assassino?
866. Então, a fatalidade que parece presidir aos destinos materiais de nossa vida também é resultante do nosso livre-arbítrio? ==> motivo de haver mais desafortunados do que felizes no mundo!

Conclusão:
Verificar se as perguntas iniciais foram respondidas no estudo do Livro dos Espíritos.

Quanto maior a inteligência, maior a liberdade, maior a responsabilidade. (Perg.849)
Pelo que toca às provas morais e às tentações, o Espírito, conservando o livre-arbítrio quanto ao bem e ao mal, é sempre senhor de ceder ou de resistir.” Perg.851
A fatalidade, verdadeiramente, só existe quanto ao momento em que deveis aparecer e desaparecer deste mundo.” Perg. 859

  1. Prece final.
  2. Avaliação – só foi possível ir até a perg.846, e sem passar pelas 122 e 262. Concluídas as perguntas no próximo encontro. Não foi falado sobre o conhecimento do futuro.

Livres, mas responsáveis
Encontro Marcado - Francisco Cândido Xavier - Emmanuel

Tema - Liberdade e responsabilidade.

A quem nos pergunte se a criatura humana é livre, responderemos afirmativamente. Acrescentemos, porém, que o homem é livre, mas responsável, e pode realizar o que deseje, mas estará ligado inevitavelmente ao fruto de suas próprias ações.
Para esclarecer o assunto, tanto quanto possível, examinemos, em resumo, alguns dos setores de sementeira e colheita ou, melhor, de livre-arbítrio e destino em que o espírito encarnado transita no mundo.

POSSE - O homem é livre para reter quaisquer posses que as legislações terrestres lhe facultem, de acordo com a sua diligência na ação ou seu direito transitório, e será considerado mordomo respeitável pelas forças superiores da vida se as utiliza a benefício de todos; mas, se abusa delas, criando a penúria dos semelhantes, de modo a favorecer os próprios excessos, encontrará nas consequências disso a fieira das provações com que aprenderá a acender em si mesmo a luz da abnegação.

NEGÓCIO - O homem é livre para efetuar as transações que lhe apraza e granjeará o título de benfeitor, se procura comerciar com real proveito de clientela que lhe é própria; mas, se arrasa a economia dos outros com o fim de auferir lucros desnecessários, com prejuízo evidente do próximo, encontrará nas consequências disso a fieira de provações com que aprenderá a acender em si mesmo a luz da retidão.

ESTUDO - O homem é livre para ler e escrever, ensinar ou estudar tudo o que quiser e conquistará a posição de sábio se mobiliza os recursos culturais em auxílio daqueles que lhe partilham a romagem terrestre; mas, se coloca os valores da inteligência em apoio do mal, deteriorando a existência dos companheiros da Humanidade com o objetivo de acentuar o próprio orgulho, encontrará nas consequências disso a fieira de provações com que aprenderá a acender em si mesmo a luz do discernimento.

TRABALHO - O homem é livre para abraçar as tarefas a que se afeiçoe e será honorificado por seareiro do progresso se contribui na construção da felicidade geral; mas se malversa o dom de empreender e agir, esposando atividades perturbadoras e infelizes para gratificar os seus interesses menos dignos, encontrará nas conseqüências disso a fieira de provações com que aprenderá a acender em si mesmo a luz do serviço aos semelhantes.

SEXO - O homem é livre para dar às suas energias e impulsos sexuais a direção que prefira e será estimado por veículo de bençãos quando os emprega na proteção sadia do lar, na formação da família, seja na paternidade ou na maternidade com o dever cumprido, ou, ainda, na sustentação das obras de arte e cultura, benemerência e elevação do espírito; mas, se para lisonjear os próprios sentidos transforma os recursos genésicos em dor e desequilíbrio, angústia ou desesperação para os semelhantes, pela injúria aos sentimentos alheios ou pela deslealdade e desrespeito nos compromissos e ajustes afetivos, depois de havê-los proposto ou aceitado, encontrará nas consequências disso a fieira de provações com que aprenderá a acender em si mesmo a luz do amor puro.

O homem é livre até mesmo para receber ou recusar a existência, mas recolherá invariavelmente os bens ou os males que decorram de sua atitude, perante as concessões da Bondade Divina.

Todos somos livres para desejar, escolher, fazer e obter, mas todos somos também constrangidos a entrar nos resultados de nossas próprias obras.
Cabe à Doutrina Espírita explicar que os princípios da Justiça Eterna, em todo o Universo, não funcionam simplesmente à base de paraísos e infernos, castigos e privilégios de ordem exterior, mas, acima de tudo, através do instituto da reencarnação, em nós, conosco, junto de nós e por nós.

Foi por isso que Jesus, compreendendo que não existe direito sem obrigação e nem equilíbrio sem consciência tranquila, nos afirmou claramente: "Conhecereis a verdade e a verdade vos fará livres.

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