Casa Espírita
Missionários da Luz - ESDE1 – 05/11/2013 e 12/11/13
Tema:
Lei
de Liberdade – Livre Arbítrio e Determinismo
Objetivos:
1)
Conceituar
determinismo/fatalidade e livre arbítrio;
2)
Relacionar inteligência, liberdade e responsabilidade.
Bibliografia:
O
Livro dos Espíritos, pergs: 121 à 127, 262, 367,370, 834,843 à
867;
Evangelho
Seg.Espiritismo, Cap.V
–
BEM-AVENTURADOS OS AFLITOS, itens 6 à 8;
A
Gênese, Cap. III, itens 9 e 10 - 'Origem do Bem e do Mal'
1.
Leitura Inicial: Livres,
mas responsáveis – Livro Encontro Marcado - Francisco Cândido
Xavier - Emmanuel
2. Prece e comentário da
página de Emmanuel
3. Iniciar formando 4
grupinhos que devem responder as perguntas abaixo (uma para cada
grupo):
Como podemos conceituar
livre-arbítrio?
Onde começa para o
Espírito o exercício de seu livre-arbítrio?
O corpo exerce influência
sobre o Espírito encarnado, prejudicando seu livre-arbítrio?
Como podemos conceituar
fatalidade? Existe fatalidade na vida do Espírito encarnado?
Deixar
que as respostas sejam discutidas livremente e passar às perguntas
de O LE para buscar as respostas dadas pelos Espíritos nos
esclareçam.
4. Leitura e comentários
das perguntas de O LE:
834. É
responsável o homem pelo seu pensamento?
835. Será
a liberdade de consciência uma conseqüência da de
pensar?
837. Que
é o que resulta dos embaraços que se oponham à liberdade
de consciência?
843. Tem
o homem o livre-arbítrio de seus atos?
844. Do
livre-arbítrio goza o homem desde o seu nascimento?
==> E para o Espírito? Onde começa?
122. Como
podem os Espíritos, em sua origem, quando ainda não
têm consciência de si mesmos, gozar da liberdade de escolha entre o
bem e o mal? Há neles algum princípio, qualquer tendência que os
encaminhe para uma senda de preferência a outra?
262. Como
pode o Espírito, que, em sua origem, é simples, ignorante e
carecido de experiência, escolher uma existência com conhecimento
de causa e ser responsável por essa escolha?
846. Sobre
os atos da vida nenhuma influência exerce o organismo? E, se essa
influência existe, não será exercida com prejuízo do
livre-arbítrio?
849. Qual
a faculdade predominante no homem em estado de selvageria: o
instinto, ou o livre-arbítrio?
851. Haverá
fatalidade nos acontecimentos da vida, conforme ao sentido que se dá
a este vocábulo? Quer dizer: todos os acontecimentos são
predeterminados? E, neste caso, que vem a ser do livre-arbítrio?
Mitologia Grega –
Mouras: deusas do destino.
Platão em sua
obra “A República”, fala do mito de Er, onde a alma ao chegar no
Mundo das Ideias, avalia o que passou e planeja a próxima vida. Tem
então que passar pelas deusas Mouras.
A 1ª dá à alma
o seu lote (cota) e seu daimon (guia); a 2ª, amarra o destino à
alma; a 3ª e 4ª encaminham ao renascimento (fazem a alma descer).
As ações do
daimon para selar o destino da pessoa – cota: família, corpo,
geografia (lugares onde a existência se passará) e vocação e
acidentes que levam a vida a uma outra direção.
853. Algumas
pessoas só escapam de um perigo mortal para cair em outro. Parece
que não podiam escapar da morte. Não há nisso fatalidade?
853.a) —
Assim, qualquer que seja o perigo que nos ameace, se a hora da morte
ainda não chegou, não morreremos?
859. Com
todos os acidentes, que nos sobrevêm no curso da vida, se dá o
mesmo que com a morte, que não pode ser evitada, quando tem de
ocorrer?
859. a)
—
Haverá fatos que forçosamente devam dar-se e que os Espíritos não
possam conjurar, embora o queiram?
861. Ao
escolher a sua existência, o Espírito daquele que comete um
assassínio sabia que viria a ser assassino?
866. Então,
a fatalidade que parece presidir aos destinos materiais de nossa vida
também é resultante do nosso livre-arbítrio? ==>
motivo de haver mais desafortunados do que felizes no mundo!
Conclusão:
Verificar se as perguntas
iniciais foram respondidas no estudo do Livro dos Espíritos.
Quanto maior a
inteligência, maior a liberdade, maior a responsabilidade.
(Perg.849)
“Pelo
que toca às provas
morais e às tentações, o Espírito, conservando o livre-arbítrio
quanto ao bem e ao mal, é sempre senhor de ceder ou de resistir.”
Perg.851
“A
fatalidade, verdadeiramente, só existe quanto ao momento em que
deveis aparecer e desaparecer deste mundo.” Perg. 859
- Prece final.
- Avaliação – só foi possível ir até a perg.846, e sem passar pelas 122 e 262. Concluídas as perguntas no próximo encontro. Não foi falado sobre o conhecimento do futuro.
Livres,
mas responsáveis
Encontro
Marcado - Francisco Cândido Xavier - Emmanuel
Tema
- Liberdade e responsabilidade.
A
quem nos pergunte se a criatura humana é livre, responderemos
afirmativamente. Acrescentemos, porém, que o homem é livre, mas
responsável, e pode realizar o que deseje, mas estará ligado
inevitavelmente ao fruto de suas próprias ações.
Para
esclarecer o assunto, tanto quanto possível, examinemos, em resumo,
alguns dos setores de sementeira e colheita ou, melhor, de
livre-arbítrio e destino em que o espírito encarnado transita no
mundo.
POSSE
- O homem é livre para reter quaisquer posses que as legislações
terrestres lhe facultem, de acordo com a sua diligência na ação ou
seu direito transitório, e será considerado mordomo respeitável
pelas forças superiores da vida se as utiliza a benefício de todos;
mas, se abusa delas, criando a penúria dos semelhantes, de modo a
favorecer os próprios excessos, encontrará nas consequências disso
a fieira das provações com que aprenderá a acender em si mesmo a
luz da abnegação.
NEGÓCIO
- O homem é livre para efetuar as transações que lhe apraza e
granjeará o título de benfeitor, se procura comerciar com real
proveito de clientela que lhe é própria; mas, se arrasa a economia
dos outros com o fim de auferir lucros desnecessários, com prejuízo
evidente do próximo, encontrará nas consequências disso a fieira
de provações com que aprenderá a acender em si mesmo a luz da
retidão.
ESTUDO
- O homem é livre para ler e escrever, ensinar ou estudar tudo o que
quiser e conquistará a posição de sábio se mobiliza os recursos
culturais em auxílio daqueles que lhe partilham a romagem terrestre;
mas, se coloca os valores da inteligência em apoio do mal,
deteriorando a existência dos companheiros da Humanidade com o
objetivo de acentuar o próprio orgulho, encontrará nas
consequências disso a fieira de provações com que aprenderá a
acender em si mesmo a luz do discernimento.
TRABALHO
- O homem é livre para abraçar as tarefas a que se afeiçoe e será
honorificado por seareiro do progresso se contribui na construção
da felicidade geral; mas se malversa o dom de empreender e agir,
esposando atividades perturbadoras e infelizes para gratificar os
seus interesses menos dignos, encontrará nas conseqüências disso a
fieira de provações com que aprenderá a acender em si mesmo a luz
do serviço aos semelhantes.
SEXO
- O homem é livre para dar às suas energias e impulsos sexuais a
direção que prefira e será estimado por veículo de bençãos
quando os emprega na proteção sadia do lar, na formação da
família, seja na paternidade ou na maternidade com o dever cumprido,
ou, ainda, na sustentação das obras de arte e cultura, benemerência
e elevação do espírito; mas, se para lisonjear os próprios
sentidos transforma os recursos genésicos em dor e desequilíbrio,
angústia ou desesperação para os semelhantes, pela injúria aos
sentimentos alheios ou pela deslealdade e desrespeito nos
compromissos e ajustes afetivos, depois de havê-los proposto ou
aceitado, encontrará nas consequências disso a fieira de provações
com que aprenderá a acender em si mesmo a luz do amor puro.
O
homem é livre até mesmo para receber ou recusar a existência, mas
recolherá invariavelmente os bens ou os males que decorram de sua
atitude, perante as concessões da Bondade Divina.
Todos
somos livres para desejar, escolher, fazer e obter, mas todos somos
também constrangidos a entrar nos resultados de nossas próprias
obras.
Cabe
à Doutrina Espírita explicar que os princípios da Justiça Eterna,
em todo o Universo, não funcionam simplesmente à base de paraísos
e infernos, castigos e privilégios de ordem exterior, mas, acima de
tudo, através do instituto da reencarnação, em nós, conosco,
junto de nós e por nós.
Foi
por isso que Jesus, compreendendo que não existe direito sem
obrigação e nem equilíbrio sem consciência tranquila, nos
afirmou claramente: "Conhecereis a verdade e a verdade vos fará
livres.
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