domingo, 26 de março de 2017

Introdução ao estudo do livro Os Mensageiros

Casa Espírita Missionários da Luz - ESDE - 14/02/2017
                                                                                                 Monitora: Lilia
Tema: Introdução ao estudo do livro Os Mensageiros

Objetivos:
1) Introdução ao estudo das obras de André Luiz;
2) Resumo do conteúdo do livro;
3) Análise prefácio de Emmanuel.

Bibliografia:
- Os Mensageiros, André Luiz/Emmanuel, Prefácio;
- Evang.Segundo o Espiritismo, Cap. XVIII – Muitos os Chamados, Poucos os Escolhidos, ‘Parábola do festim de bodas’, itens 1 e 2;
- LE , pergs 893 a 897 e 918;
- Primícias do Reino, Amélia Rodrigues/Divaldo Franco, Cap 9 ‘A Mulher da Samaria’;
- Parábolas e Ensinos de Jesus, Caibar Schutel, Cap. ‘Os Ensinos de Jesus à Mulher Samaritana’, ‘Parábola das Bodas’;
- Jesus e o Evangelho- Á Luz da Psicologia Profunda”, Joanna de Angelis,Divaldo P.F, “Convidados e Aceitos”

Material: apresentação PowerPoint; textos para estudo dos grupos

Desenvolvimento:
  1. Apresentação de slides com o conteúdo do estudo da reunião:

Estudo das Obras de André Luiz - Os Mensageiros

Chico Xavier e André Luiz
Em fins de 1941, o Espírito Emmanuel comunicou a Francisco Cândido Xavier a existência de um projeto para o lançamento de obras que permitissem ao ser humano conhecer condições da vida no mundo espiritual.
André  Luiz, durante 700 dias, afinou-se com as faculdades mediúnicas de Chico Xavier, para começar o labor psicográfico de Nosso Lar, primeiro livro da sua lavra, lançado em 1944 pela FEB (prefácio  de Emmanuel de Out/1943).
Informações do editor, no livro Nosso Lar, 4ª edição especial - FEB.

Livros da Série André Luiz – A Vida no Mundo Espiritual

OS MENSAGEIROS – Dados bibliográficos
Título: "OS MENSAGEIROS" – 51 capítulos
Autor: Espírito ANDRÉ LUIZ (pseudônimo espiritual de um médico que exerceu a Medicina no Rio de Janeiro)
Psicografia: Francisco Cândido Xavier (concluída em Fev/1944)
Primeira edição : em 1944, pela Federação Espírita Brasileira (Rio de Janeiro/RJ)
Conteúdo Doutrinário: O Autor alerta aos médiuns quanto à necessidade da prática dos ensinamentos na esfera íntima, evitando surpresas negativas, quando do retorno ao Plano Espiritual.

OS MENSAGEIROS – Resumo da Obra
1ª Parte - do Capítulo 1 ao 13:
-          Testemunhos de médiuns (desencarnados) que, tendo partido do "Nosso Lar", com tarefas específicas, não conseguiram cumpri-las.
            2ª Parte - a partir do Capítulo 14:
            Descrição de atendimentos prestados a encarnados e a desencarnados, pela equipe de mensageiros do "Nosso Lar".

èNesse livro, percebemos que André Luiz já começa o tom que estará presente nas outras obras da série: ele acompanhando tarefas de auxílio de trabalhadores, mentores de Nosso Lar e de outras colônias.


OS MENSAGEIROS – Resumo da Obra
3ª Parte - a partir do Capítulo 33:
            André Luiz e Vicente, sob comando do protetor Aniceto, após estágio no "Centro de Mensageiros", partem em caravana, do "Nosso Lar", para a Crosta (plano terreno). 
            A meio caminho, pernoitam no "Posto de Socorro", onde André Luiz realiza um proveitoso estágio. Ali, conhecem amigos espirituais responsáveis pelo “Campo da Paz” (Colônia próxima ao Posto de Socorro).
            A seguir,  os três se dirigem à Crosta, onde permanecem por uma semana, num lar humilde, verdadeira oficina do “Nosso Lar” na Terra, participando de atendimentos a encarnados e desencarnados, sobressaindo preciosos ensinamentos sobre reuniões mediúnicas.


Prefácio de Emmanuel
Forçoso é reconhecer, todavia, que o cérebro é o aparelho da razão e que o homem desencarnado, pela simples circunstância da morte física, não penetrou os domínios  angélicos, permanecendo diante da própria consciência, lutando por iluminar o raciocínio e preparando-se para a continuidade do  aperfeiçoamento noutro campo vibratório.

èEmmanuel reforça a possível estranheza dos leitores sobre a ‘materialidade’ das coisas relatadas pro André Luiz, que deu muita discussão logo após a publicação de Nosso Lar. Cita o exemplo do chipanzé..

Prefácio de Emmanuel
Analogia com chipanzé num palácio:
O chimpanzé, desse modo, somente encontraria dificuldade para enumerar os problemas do trabalho, da responsabilidade, da memória enobrecida, do sentimento purificado, da edificação espiritual, enfim, relativa à conquista da razão.


Prefácio de Emmanuel
Analogia com chipanzé num palácio:
À maneira do macaco, que encontra no ambiente humano uma vida animal enobrecida, o homem que, após a morte física, mereceu o ingresso nos círculos elevados do Invisível, encontra uma vida humana sublimada.


Prefácio de Emmanuel
Felizes os que buscarem na revelação nova o lugar de serviço que lhes compete, na Terra, consoante a Vontade de Deus.
O Espiritismo cristão não oferece ao homem tão somente o campo de pesquisa e consulta, no qual raros estudiosos conseguem caminhar dignamente, mas, muito mais que isso, revela a oficina de renovação, onde cada consciência de aprendiz deve procurar sua justa integração com a vida mais alta, pelo esforço interior, pela disciplina de si mesma, pelo auto-aperfeiçoamento.


Prefácio de Emmanuel
Para recebermos ajuda dos mentores,
“É indispensável lavar o vaso do coração para receber a “água viva”, abandonar envoltórios inferiores, para vestir os “trajes nupciais” da luz eterna.”


Prefácio de Emmanuel
Se procuras, amigo, a luz espiritual; se a animalidade já te cansou o coração, lembra-te de que, em Espiritualismo, a investigação conduzirá sempre ao Infinito, tanto no que se refere ao campo infinitesimal, como à esfera dos astros distantes, e que só a transformação de ti mesmo, à luz da Espiritualidade Superior, te facultará acesso da fontes da Vida Divina.


Prefácio de Emmanuel
E, sobretudo, recorda que as mensagens edificantes do Além não se destinam apenas à expressão emocional, mas, acima de tudo, ao teu senso de filho de Deus, para que faças o inventário de tuas próprias realizações e te integres, de fato, na responsabilidade de viver diante do Senhor.

èpropor a divisão em grupos para estudo desses dois ensinos de Jesus, referenciado por Emmanuel em seu prefácio no livro de André Luiz:

“É indispensável lavar o vaso do coração para receber a “água viva”, abandonar envoltórios inferiores, para vestir os “trajes nupciais” da luz eterna.”

A Mulher Samaritana
PRIMÍCIAS DO REINO, ‘A mulher da Samaria’, João 4:1 a 42 - Médium – Divaldo Pereira Franco Pelo Espírito – Amélia Rodrigues

èestudar o texto de Amélia Rodrigues, procurando perceber o ensino que Jesus nos trouxe nesse encontro com a mulher da Samaria, procurando entender a orientação de Emmanuel quando diz:
“É indispensável lavar o vaso do coração para receber a “água viva””.

èo que o ‘dom’ de Deus?
‘Ele ensina mais, que o “dom” de Deus é a luz que nos guia para a Verdade, que essa luz não é privilégio de castas, de seitas, de famílias(Caibar Schutel, Parábolas e Ensinos de Jesus)

èo que é a “água viva”?
“Ensinou mais o Mestre, que a Água que sacia toda sede é a que jorra do Alto, a sua Doutrina, ministrada pelo Espírito de Deus.” (Caibar Schutel, Parábolas e Ensinos de Jesus)


Parábola do Festim de Bodas – O Traje Nupcial
èestudar o texto do Evangelho, Cap. 18 itens 1 e 2, procurando entender a orientação de Emmanuel quando diz:
“É indispensável lavar o vaso do coração para receber a “água viva”, abandonar envoltórios inferiores, para vestir os “trajes nupciais” da luz eterna.”

èo que vem a ser o traje nupcial?
“A veste de núpcias simboliza o amor, a humildade, a boa vontade em encontrar a Verdade para observá-la, ou seja, a pureza das intenções, a virgindade espiritual!”  (Caibar Schutel, Parábolas e Ensinos de Jesus)

“É preciso, antes de tudo e sob condição expressa, estar revestido da túnica nupcial, isto é, ter puro o coração e cumprir a lei segundo o espírito. Ora, a lei toda se contém nestas palavras: Fora da caridade não há salvação.” (Evang.Seg.Esp, Cap 18, item 2)


Parábola do Festim de Bodas – O Traje Nupcial
“Em uma análise psicológica profunda, o escolhido é aquele que consegue o triunfo sobre a inferioridade moral, entregando-se com fidelidade à opção realizada, que o compensa interiormente com a alegria do bem que insculpe nos sentimentos.”

“Em todos os cometimentos humanos, são muitos aqueles que se encontram convidados para realizações nobilitantes; no entanto, vestidos pela sombra, facilmente se desinteressam de prosseguir por falta da resposta compensadora aos vazios do ego, que se preocupa com o entulhar-se de preocupações e de lutas pela conquista da primazia.”
(Jesus e o Evangelho- Á Luz da Psicologia Profunda”, Joanna de Angelis)



2.    Prece final.


Trechos do Livro PRIMÍCIAS DO REINO, Cap. 9 ‘A mulher da Samaria’ João 4:1 a 42’ de  Divaldo Pereira Franco/Amélia Rodrigues

Saindo de Jerusalém, indo a Galiléia, Jesus abandona a estrada real, o tranqüilo curso do suave Jordão... para galgar as montanhas de Efrain, penetrando os limites da Samaria, evitados pelos nascidos em Judá.
A jornada do Mestre e seus discípulos fora longa: cerca de cinqüenta quilômetros.
Ao chegarem as cercanias da cidade, o Rabi assentou-se junto ao tradicional “poço de Jacó” nos terrenos que pertenceram a esse venerando ancião.
Cântaro ao ombro, mergulhada em íntimas inquietações uma mulher desce ao poço sobe o sol queimante e a pino.
Surpreende-se com o estranho olhar que lhe dirige o forasteiro judeu, que ali, parece aguardá-la.
Atira, porém, o vaso sobre a água e recolhe o precioso líquido na bilha que repousa sobre o paiol.
Emoções desconhecidas tumultuam-lhe o Espírito.
Quando se dispõe a tomar o vasilhame e retornar ao lar, ouve:
- Dá-me de beber!
Volta-se surpresa, dominada por estranhos e profundos ressentimentos...
- Como sendo tu judeu, me pedes de beber a mim, que sou mulher samaritana?
Jesus conhece as dimensões que separam os dois povos: judeus e samaritanos... Não seria essa a única vez que ele provocaria escândalo, afrontando costumes odientos e convencionais.
Tem uma mensagem a dar – mensagem de conciliação e consoladora.
Para isso deixara propositalmente a estrada do Jordão e subira as serras. Programara aquele encontro, desde antes...
Responde-lhe, então, sem aspereza nem revide, por conhecê-la, talvez,  intimamente.
- Se tu conhecesses o dom de Deus, e quem é o que te diz: Dá-me de beber, tu Lhe pediria se Ele te daria água viva.
Vibrações incomparáveis estrugem no coração da mulher.
Guardava ânsias de paz e não sabia como ou onde encontrá-la.
- Senhor! - exclama – Tu não tens com que a tirar, e o poço é fundo; onde pois tem a água viva?
A revelação não tarda.
- Qualquer que beber desta água tornará a ter sede, mas aquele que beber da água que eu lhe der, nunca terá sede; porque a água que eu lhe oferecer se fará nele uma fonte de água que jorre para a vida eterna.
- Dá-me dessa água - disse pressurosa – para que não mais tenha sede, e aqui não venha tirá-la.
- Vai chamar o teu marido e vem cá - ordena-lhe com brandura e segurança.
Ela se perturba. Era uma pecadora e Ele o sabia, - conjectura...
Esse era o seu tormento íntimo.
Quanto se sentia ferida, humilhada no seu amor, receosa!
As lágrimas afloram e escorrem abundantes...quase sem fôlego esclarece:
- Não tenho marido...
A vergonha estampa no seu rosto moreno, a própria dor.
- Disseste bem, não tenho marido, pois que cinco maridos tivestes, e o que agora tens não é o teu marido; isto disseste com verdade.
Surpreendida, a samaritana não mais oculta a alegria e a felicidade.
- Senhor, vejo que és profeta!
Quantas dúvidas a atormentaram a vida toda!
A mulher, perplexa, enche-se de ventura.
Tão indigna se considerava, e no entanto, fora chamada à verdade, ouvindo o que nenhum ouvido jamais escutara antes...
Transfigurada pela revelação, deseja informar-se com segurança e indaga:
- Eu sei que o Messias (que se chama o Cristo) vem; e quando vier, nos anunciará tudo...
- Eu o sou...Eu que falo contigo...
Já não há mais segredo.
Não mais silêncios.
A mulher está conquistada...
O Reino amplia fronteiras entre os “desgarrados”...
Tomando o seu cântaro, a samaritana demanda a cidade e, aos gritos proclama:
- Vinde, vejam o homem que me disse tudo quanto tenho feito; por ventura não é esse o Cristo?
Indagações explodem, espontâneas, em todos, admirados ante a natural declaração da informante.
Por dois dias Ele ficou na Samaria a pregar, a curar, espalhando a certeza da Vida além da vida.
E todos diziam a Fotina:
- Já não é pelas suas palavras que nós cremos; porque nós mesmos O temos ouvido e sabemos que este é verdadeiramente o Cristo, o Salvador do mundo...
Pela afeição com que se ligou a Jesus, primitivos cristãos que se firmaram na sua coragem de proclamar suas imperfeições, denominara a Samaritana, “A iluminadora”.

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