segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Estudo do capítulo 6 de Nosso Lar

Casa Espírita Missionários da Luz - ESDE - 05/04/2016

Tema: Estudo do capítulo 6  de Nosso Lar

Objetivos:
Identificar os malefícios das lamentações costumeiras;
Refletir sobre a família universal e a solicitude de Deus para com todos nós;
Identificar a bênção do trabalho como mecanismo de evolução.

Bibliografia:
O Nosso Lar, André Luiz/Chico Xavier, Cap. 6
O Livro dos Espíritos, pergs 205, 304 à 307, 312 e 313 (Recordação da vida corpórea);  489 à 499 (Espíritos Protetores); 558 à 564, 569, 584 (Ocupação dos Espíritos); 662, 674 à 678 (Lei de Trabalho), 774, 806, 834 e 933
O Evangelho Seg.Espiritismo, Cap. 2 item 8 (Meu Reino não é deste mundo), Cap 4 item 18 à 20, 22 e 23; Cap. 14, itens 5 à 8 (Honrai Pai e Mãe).
A Gênese, cap. 2, item 20, e cap 14, itens 14, 16, 18 e 20
O Céu e o Inferno, 1ª parte, Cap. VII Código Penal da Vida Futura, itens 16 e 17
Luz Viva, ‘Laços Eternos’,  Joanna de Ângelis e Marco Prisco/ Divaldo Pereira Franco

Material: apresentação PowerPoint;

Desenvolvimento:
  1. Prece inicial e depois continuação do tema (Cura e auto cura, do cap. 5).

  1. Apresentar a proposta de trabalho ao grupo. Formaremos 3 subgrupos, cada um com um tema, com textos do cap. 6 de Nosso Lar e com base teórica sobre o relato de André Luiz.

A tarefa do subgrupo é estudar o material recebido e preparar uma ‘aula’ do tema. 20 min para o estudo e preparação e 10 min para a apresentação e comentários do grupão.

Após os 20 min, dar um novo comando a cada grupo:

Grupo 1 – Lamentação: Tenho o hábito de comentar com os outros meus problemas, em tom de lamentação? Já aconteceu alguma situação em que houve uma volta à tristeza ou mal estar após o relato do problema a outra pessoa?

Grupo 2 – Família Universal e Providência Divina: Como vejo minha família frente a outras pessoas? Sou egoísta com relação a minha família? Como penso que ficaria sem a minha família? Consigo ver a providência divina agindo sempre?

Grupo 3 – Trabalho: Tenho orgulho do meu trabalho? O que é o trabalho na minha vida? Que orientação dou a meus filhos sobre o trabalho?


  1. Apresentação dos grupos e slides com a base teórica de cada grupo .

  1. Prece final.

  1. Avaliação

Muito material para 90 minutos. Foi feito em 30 min numa terça, e nos 90 min da terça seguinte, sem abordar o tema ‘trabalho’ com maiores discussões.
Foi feito com exposição dialogada, com cochicho somente, na pergunta dos espíritos protetores.
Poucos presentes no segundo dia.



Textos de André Luiz  (Lamentações):

Por mais que deseje firmar-me no otimismo, sinto que a noção de infelicidade me bloqueia o espírito, como terrível cárcere do coração. Que desventurado destino, generoso benfeitor!.
Chegado a essa altura, o vendaval da queixa me conduzira o barco mental ao oceano largo das lágrimas.”

“- Aprenda, então, a não falar excessivamente de si mesmo, nem comente a própria dor. Lamentação denota enfermidade mental e enfermidade de curso laborioso e tratamento difícil. É indispensável criar pensamentos novos e disciplinar os lábios.”

“Quanto mais utilize o verbo por dilatar considerações dolorosas, no círculo da personalidade, mais duros se tornarão os laços que o prendem a lembranças mesquinhas.”

Estaremos a seu lado para resolver dificuldades presentes e estruturar projetos de futuro, mas não dispomos do tempo para voltar a zonas estéreis de lamentação.”

                                                                                  ***
Base teórica:

LE Resp à perg. 662. O pensamento e a vontade representam em nós um poder de ação que alcança muito além dos limites da nossa esfera corporal.

LE Perg. 834. É responsável o homem pelo seu pensamento?
“Perante Deus, é. Somente a Deus sendo possível conhecê-lo, ele o condena ou absolve, segundo a sua justiça.”

LE Comentário de Kardec à perg. 933. De ordinário, o homem só é infeliz pela importância que liga às coisas deste mundo. Fazem-lhe a infelicidade a vaidade, a ambição e a cobiça desiludidas. Se se colocar fora do círculo acanhado da vida material, se elevar seus pensamentos para o infinito, que é seu destino, mesquinhas e pueris lhe parecerão as vicissitudes da Humanidade, como o são as tristezas da criança que se aflige pela perda de um brinquedo, que resumia a sua felicidade suprema.
Como civilizado, o homem raciocina sobre a sua infelicidade e a analisa. Por isso é que esta o fere. Mas, também, lhe é facultado raciocinar sobre os meios de obter consolação e de analisá-los. Essa consolação ele a encontra no sentimento cristão, que lhe dá a esperança de melhor futuro, e no Espiritismo que lhe dá a certeza desse futuro.

A Gênese, cap. 14, item 14. Os Espíritos atuam sobre os fluidos espirituais, não manipulando-os como os homens manipulam os gases, mas empregando o pensamento e a vontade.  (...)
Algumas vezes, essas transformações resultam de uma intenção; doutras, são produto de um pensamento inconsciente.
Basta que o Espírito pense uma coisa, para que esta se produza, como basta que modele uma ária, para que esta repercuta na atmosfera.

16. Tem conseqüências de importância capital e direta para os encarnados a ação dos Espíritos sobre os fluidos espirituais.
Sendo esses fluidos o veículo do pensamento e podendo este modificar-lhes as propriedades, é evidente que eles devem achar-se impregnados das qualidades boas ou más dos pensamentos que os fazem vibrar, modificando-se pela pureza ou impureza dos sentimentos. Os maus pensamentos corrompem os fluidos espirituais, como os miasmas deletérios corrompem o ar respirável.

18. Desde que estes se modificam pela projeção dos pensamentos do Espírito, seu invólucro perispirítico, que é parte constituinte do seu ser e que recebe de modo direto e permanente a impressão de seus pensamentos, há de, ainda mais, guardar a de suas qualidades boas ou más.
Sendo o perispírito dos encarnados de natureza idêntica à dos fluidos espirituais, ele os assimila com facilidade, como uma esponja se embebe de um líquido.
Atuando esses fluidos sobre o perispírito, este, a seu turno, reage sobre o organismo material com que se acha em contacto molecular. Se os eflúvios são de boa natureza, o corpo ressente uma impressão salutar; se são maus, a impressão é penosa. Se são permanentes e enérgicos, os eflúvios maus podem ocasionar desordens físicas; não é outra a causa de certas enfermidades.

20. O pensamento, portanto, produz uma espécie de efeito físico que reage sobre o moral, fato este que só o Espiritismo podia tornar compreensível. (...)
É que, com efeito, o pensamento é uma emissão que ocasiona perda real de fluidos espirituais e, conseguintemente, de fluidos materiais, (...)


LE Perg. 495. Poderá dar-se que o Espírito protetor abandone o seu protegido, por se lhe mostrar este rebelde aos conselhos?
Afasta-se, quando vê que seus conselhos são inúteis e que mais forte é, no seu protegido, a decisão de submeter-se à influência dos Espíritos inferiores. Mas, não o abandona completamente e sempre se faz ouvir. É então o homem quem tapa os ouvidos. O protetor volta desde que este o chame.



Texto de Nosso Lar, cap 6 (Família Universal e Providência divina):

“Que terá sido feito de minha esposa, de meus filhos? Teria o meu primogênito conseguido progredir, segundo meu velho ideal? E as filhinhas? Minha desventurada Zélia muitas vezes afirmou que morreria de saudades, se um dia eu lhe faltasse. Admirável esposa!”
“Onde estará minha pobre companheira? Chorando junto às cinzas do meu corpo, ou nalgum recanto escuro das regiões da morte?”
“Que terrível destino o do homem penhorado no devotamento à família!”

“O mesmo Pai que vela por sua pessoa, oferecendo-lhe teto generoso, nesta casa, atenderá aos seus parentes terrestres. Devemos ter nosso agrupamento familiar como sagrada construção, mas sem esquecer que nossas famílias são seções da Família universal, sob a Direção Divina.”

“Ninguém lhe condena a saudade justa, nem pretende estancar sua fonte de sentimentos sublimes. Acresce notar, todavia, que o pranto da desesperação não edifica o bem. Se ama, em verdade, a família terrena, é preciso bom ânimo para lhe ser útil.”

                                                           ***
Base teórica:

Evangelho Seg. Espiritismo, Cap. XIV, item 5. E, tendo vindo para casa, reuniu-se aí tão grande multidão de gente, que eles nem sequer podiam fazer sua refeição. – Sabendo disso, vieram seus parentes para se apoderarem dele, pois diziam que perdera o espírito.
Entretanto, tendo vindo sua mãe e seus irmãos e conservando-se do lado de fora, mandaram chamá-lo. – Ora, o povo se assentara em torno dele e lhe disseram: Tua mãe e teus irmãos estão lá fora e te chamam. – Ele lhes respondeu: Quem é minha mãe e quem são meus irmãos? E, perpassando o olhar pelos que estavam assentados ao seu derredor, disse: Eis aqui minha mãe e meus irmãos; – pois, todo aquele que faz a vontade de Deus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe. (S. MARCOS, 3:20-21 e 31 a 35; – S. MATEUS, 12:46 a 50.)

Eis por que vos digo: Não vos inquieteis por saber onde achareis o que comer para sustento da vossa vida, nem de onde tirareis vestes para cobrir o vosso corpo. Não é a vida mais do que o alimento e o corpo mais do que as vestes?
Observai os pássaros do céu: não semeiam, não ceifam, nada guardam em celeiros; mas, vosso Pai celestial os alimenta. Não sois muito mais do que eles? (Evang.Seg.Espiritismo, Cap XXV, item 6)

A Gênese, cap. 2,  item 20. A providência é a solicitude de Deus para com as suas criaturas. Ele está em toda parte, tudo vê, a tudo preside, mesmo às coisas mais mínimas. É nisto que consiste a ação providencial.

LE. Perg. 205. A algumas pessoas a doutrina da reencarnação se afigura destruidora dos laços de família, com o fazê-los anteriores à existência atual.
“Ela os distende; não os destrói. Fundando-se o parentesco em afeições anteriores, menos precários são os laços existentes entre os membros de uma mesma família. Essa doutrina amplia os deveres da fraternidade, porquanto, no vosso vizinho, ou no vosso servo, pode achar-se um Espírito a quem tenhais estado presos pelos laços da consangüinidade.”

LE resp. à perg 774. Há no homem alguma coisa mais, além das necessidades físicas: há a necessidade de progredir. Os laços sociais são necessários ao progresso e os de família mais apertados tornam os primeiros. Eis por que os segundos constituem uma lei da Natureza. Quis Deus que, por essa forma, os homens aprendessem a amar-se como irmãos.

LE Resp. à perg. 806. Dia virá em que os membros da grande família dos filhos de Deus deixarão de considerar-se como de sangue mais ou menos puro. Só o Espírito é mais ou menos puro e isso não depende da posição social.”

Luz Viva, ‘Laços Eternos’,  Joanna de Ângelis e Marco Prisco/ Divaldo Pereira Franco

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            Textos de Nosso Lar (Trabalho):

“Classificar o esforço necessário de imposição esmagadora, enxergar padecimentos onde há luta edificante, sói identificar indesejável cegueira d’alma.”

“As almas débeis, ante o serviço, deitam-se para se queixarem aos que passam; as fortes, porém, recebem o serviço como patrimônio sagrado, na movimentação do qual se preparam, a caminho da perfeição.”
                                                           ***
Base teórica:

558. Alguma outra coisa incumbe aos Espíritos fazer, que não seja melhorarem-se pessoalmente?
“Concorrem para a harmonia do Universo, executando as vontades de Deus, cujos ministros eles são. A vida espírita é uma ocupação contínua, mas que nada tem de penosa, como a vida na Terra, porque não há a fadiga corporal, nem as angústias das necessidades.”

563. São incessantes as ocupações dos Espíritos?
“Incessantes, sim, atendendo-se a que sempre ativos são os seus pensamentos, porquanto vivem pelo pensamento. Importa, porém, não identifiqueis as ocupações dos Espíritos com as ocupações materiais dos homens. Essa mesma atividade lhes constitui um gozo, pela consciência que têm de ser úteis.”

564. Haverá Espíritos que se conservem ociosos, que em coisa alguma útil se ocupem?
“Há, mas esse estado é temporário e dependendo do desenvolvimento de suas inteligências. Há, certamente, como há homens que só para si mesmos vivem. Pesa-lhes, porém, essa ociosidade e, cedo ou tarde, o desejo de progredir lhes faz necessária a atividade e felizes se sentirão por poderem tornar-se úteis. Referimo-nos aos Espíritos que hão chegado ao ponto de terem consciência de si mesmos e do seu livre-arbítrio; porquanto, em sua origem, todos são quais crianças que acabam de nascer e que obram mais por instinto que por vontade expressa.”

Comentário de Kardec à perg 569. As missões dos Espíritos têm sempre por objeto o bem. Quer como Espíritos, quer como homens, são incumbidos de auxiliar o progresso da Humanidade, dos povos ou dos indivíduos, dentro de um círculo de idéias mais ou menos amplas, mais ou menos especiais e de velar pela execução de determinadas coisas.
Alguns desempenham missões mais restritas e, de certo modo, pessoais ou inteiramente locais, como sejam assistir os enfermos, os agonizantes, os aflitos, velar por aqueles de quem se constituíram guias e protetores, dirigi-los, dando-lhes conselhos ou inspirando-lhes bons pensamentos. Pode dizer-se que há tantos gêneros de missões quantas as espécies de interesses a resguardar, assim no mundo físico, como no moral. O Espírito se adianta conforme à maneira por que desempenha a sua tarefa.

Comentário de Kardec à perg. 584. Os Espíritos encarnados têm ocupações inerentes às suas
existências corpóreas. No estado de erraticidade, ou de desmaterialização, tais ocupações são adequadas ao grau de adiantamento deles.
Uns percorrem os mundos, se instruem e preparam para nova encarnação.
Outros, mais adiantados, se ocupam com o progresso, dirigindo os acontecimentos e sugerindo idéias que lhe sejam propícias.
Assistem os homens de gênio que concorrem para o adiantamento da Humanidade.
Outros encarnam com determinada missão de progresso.
Outros tomam sob sua tutela os indivíduos, as famílias, as reuniões, as cidades e os povos, dos quais se constituem os anjos guardiães, os gênios protetores e os Espíritos familiares.
Outros, finalmente, presidem aos fenômenos da Natureza, de que se fazem os agentes diretos.
Os Espíritos vulgares se imiscuem em nossas ocupações e diversões.
Os impuros ou imperfeitos aguardam, em sofrimentos e angústias, o momento em que praza a Deus proporcionar-lhes meios de se adiantarem. Se praticam o mal, é pelo despeito de ainda não poderem gozar do bem.

O Céu e o Inferno, 1ª parte, Cap. VII Código Penal da Vida Futura, itens 16 e 17: Arrependimento, expiação e reparação constituem, portanto, as três condições necessárias para apagar os traços de uma falta e suas conseqüências.
A reparação consiste em fazer o bem àqueles a quem se havia feito o mal. Quem não repara os seus erros numa existência, por fraqueza ou má vontade, achar-se-á numa existência ulterior em contacto com as mesmas pessoas que de si tiverem queixas, e em condições voluntariamente escolhidas, de modo a demonstrar-lhes reconhecimento e fazer-lhes tanto bem quanto mal lhes tenha feito. Nem todas as faltas acarretam prejuízo direto e efetivo; em tais casos a reparação se opera, fazendo-se o que se deveria fazer e foi descurado; cumprindo os deveres desprezados, as missões não preenchidas; praticando o bem em compensação ao mal praticado, isto é, tornando-se humilde se se tem sido orgulhoso, amável se se foi austero, caridoso se se tem sido egoísta, benigno se se tem sido perverso, laborioso se se tem sido ocioso, útil se se tem sido inútil, frugal se se tem sido intemperante, trocando em suma por bons os maus exemplos perpetrados. E desse modo progride o Espírito, aproveitando-se do próprio passado.

LE. Perg.675. Por trabalho só se devem entender as ocupações materiais?
“Não; o Espírito trabalha, assim como o corpo. Toda ocupação útil é trabalho.”

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Anexos:
Laços Eternosem Luz Viva, Joanna de Ângelis e Marco Prisco/ Divaldo Pereira Franco
A reencarnação estreita os vínculos do amor, tornando-os laços eternos, pelo quanto faculta de experiências na área da afetividade familiar.
Enquanto as ligações de sangue favorecem o egoísmo, atando as criaturas às algemas das paixões possessivas, a pluralidade das existências ajuda, mediante a superação das conveniências pessoais, a união fraternal.
Os genitores e nubentes, os irmãos e primos, os avós e netos de uma etapa trocarão de lugar no grupo de companheiros que se afinam, permanecendo os motivos e emulações da amizade superior.
O desligamento físico pela desencarnação faz que se recomponham, no além-túmulo, as famílias irmanadas pelo ideal da solidariedade, ensaiando os primeiros passos para a construção da imensa família universal.
Quando a força do amor vigilante detecta as necessidades dos corações que mergulharam na carne, sem egoísmo, pedem aos programadores espirituais das vidas que lhes permitam acompanhar aqueles afetos que os anteciparam, auxiliando-os nos cometimentos encetados, e reaparecem na parentela corporal ou naquela outra, a da fraternidade real que os une e faculta os exemplos de abnegação, renúncia e devotamento.
***
Este amigo que te oferece braço forte; esse companheiro a quem estimas com especial carinho; aquele conhecido a quem te devotas com superior dedicação; estoutro colega que te sensibiliza; essoutro discreto benfeitor da tua vida; aqueloutro vigilante auxiliar que se apaga para que apareças, são teus familiares em espírito, que ontem envergaram as roupagens de um pai abnegado ou de uma mãe sacrificada, de um irmão zeloso ou primo generoso, de uma esposa fiel e querida ou de um marido cuidadoso, ora ao teu lado, noutra modalidade biológica e familiar, alma irmã da tua alma, diminuindo as tuas dores, no carreiro da evolução e impulsionando-te para cima, sem pensarem em si…
Os adversários gratuitos que te sitiam e perturbam, os que te buscam sedentos e esfaimados, vencidos por paixões mesquinhas, são, também, familiares outros a quem ludibriaste e traíste, que agora retornam, necessitados do teu carinho, da tua reabilitação moral, a fim de que se refaça o grupo espiritual, que ascenderá contigo no rumo da felicidade.
***
Jesus, mais de uma vez, confirmou a necessidade dessa fusão dos sentimentos acima dos vínculos humanos, exaltando, a superior necessidade da união familiar pelos laços eternos do espírito. A primeira, fê-lo, ao exclamar, respondendo à solicitação dos que lhe apontavam a mãezinha amada que O buscava, referindo-se: — “Quem é minha mãe, quem são meus irmãos, senão aqueles que fazem a vontade do Pai?” Posteriormente, na Cruz, quando bradou, num sublime testemunho, em resposta direta à Mãe angustiada que O inquirira: — “Meu filho, meu filho, que te fizeram os homens?” elucidando-a e doando-a à Humanidade: — “Mulher, eis aí teu filho” — referindo-se a João, que chorava ao seu lado — “Filho, eis aí tua mãe”, entregando-o ao seu cuidado, através de cuja ação inaugurou a Era da fraternidade universal acima de todos os vínculos terrenos.

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