Casa Espírita Missionários da Luz - ESDE - 05/04/2016
Tema: Estudo do capítulo 6 de Nosso Lar
Objetivos:
Identificar os malefícios das lamentações costumeiras;
Refletir sobre a família universal e a solicitude de Deus para com todos
nós;
Identificar a bênção do trabalho como mecanismo de evolução.
Bibliografia:
O Nosso Lar, André Luiz/Chico Xavier, Cap. 6
O Livro dos Espíritos, pergs 205, 304 à 307, 312
e 313 (Recordação da vida corpórea); 489
à 499 (Espíritos Protetores); 558 à 564, 569, 584 (Ocupação dos Espíritos); 662,
674 à 678 (Lei de Trabalho), 774, 806, 834 e 933
O Evangelho Seg.Espiritismo, Cap. 2 item 8 (Meu
Reino não é deste mundo), Cap 4 item 18 à 20, 22 e 23; Cap. 14, itens 5 à 8
(Honrai Pai e Mãe).
A Gênese, cap. 2, item 20, e cap 14, itens 14,
16, 18 e 20
O Céu e o Inferno, 1ª parte, Cap.
VII Código Penal da Vida Futura, itens 16 e 17
Material: apresentação PowerPoint;
Desenvolvimento:
- Prece
inicial e depois continuação do tema (Cura e auto cura, do cap. 5).
- Apresentar
a proposta de trabalho ao grupo. Formaremos 3 subgrupos, cada um com um
tema, com textos do cap. 6 de Nosso Lar e com base teórica sobre o relato
de André Luiz.
A tarefa do subgrupo é estudar o material recebido e preparar uma ‘aula’
do tema. 20 min para o estudo e preparação e 10 min para a apresentação e
comentários do grupão.
Após os 20 min, dar um novo comando a cada grupo:
Grupo 1 – Lamentação: Tenho o hábito de comentar com os outros meus problemas, em tom de
lamentação? Já aconteceu alguma situação em que houve uma volta à tristeza ou
mal estar após o relato do problema a outra pessoa?
Grupo 2 – Família Universal e Providência Divina: Como vejo minha família frente a outras pessoas? Sou egoísta com
relação a minha família? Como penso que ficaria sem a minha família? Consigo
ver a providência divina agindo sempre?
Grupo 3 – Trabalho: Tenho orgulho do meu trabalho? O que é o trabalho na minha vida? Que
orientação dou a meus filhos sobre o trabalho?
- Apresentação
dos grupos e slides com a base teórica de cada grupo .
- Prece
final.
- Avaliação
Muito material para 90 minutos. Foi feito em 30 min numa terça, e nos 90
min da terça seguinte, sem abordar o tema ‘trabalho’ com maiores discussões.
Foi feito com exposição dialogada, com cochicho somente, na pergunta dos
espíritos protetores.
Poucos presentes no segundo dia.
Textos de André Luiz (Lamentações):
“Por mais que deseje firmar-me no otimismo, sinto que a noção
de infelicidade me bloqueia o espírito, como terrível cárcere do coração.
Que desventurado destino, generoso benfeitor!.
Chegado a essa altura, o vendaval da queixa me conduzira o barco
mental ao oceano largo das lágrimas.”
“- Aprenda, então, a não falar excessivamente de si mesmo, nem comente
a própria dor. Lamentação denota enfermidade mental e enfermidade de
curso laborioso e tratamento difícil. É indispensável criar pensamentos
novos e disciplinar os lábios.”
“Quanto mais utilize o verbo por dilatar considerações dolorosas, no
círculo da personalidade, mais duros se tornarão os laços que o prendem
a lembranças mesquinhas.”
“Estaremos a seu lado para resolver dificuldades presentes e
estruturar projetos de futuro, mas não dispomos do tempo para voltar a
zonas estéreis de lamentação.”
***
Base teórica:
LE Resp à perg. 662. O pensamento
e a vontade representam em nós um poder de ação que alcança muito além dos
limites da nossa esfera corporal.
LE Perg. 834. É
responsável o homem pelo seu pensamento?
“Perante
Deus, é. Somente a Deus sendo possível conhecê-lo, ele o condena ou absolve,
segundo a sua justiça.”
LE
Comentário de Kardec à perg. 933. De
ordinário, o homem só é infeliz pela importância que liga às coisas deste
mundo. Fazem-lhe a infelicidade a vaidade, a ambição e a cobiça desiludidas. Se
se colocar fora do círculo acanhado da vida material, se elevar seus
pensamentos para o infinito, que é seu destino, mesquinhas e pueris lhe
parecerão as vicissitudes da Humanidade, como o são as tristezas da criança que
se aflige pela perda de um brinquedo, que resumia a sua felicidade suprema.
Como
civilizado, o homem raciocina sobre a sua infelicidade e a analisa. Por isso é
que esta o fere. Mas, também, lhe é facultado raciocinar sobre os meios de
obter consolação e de analisá-los. Essa consolação ele a encontra no
sentimento cristão, que lhe dá a esperança de melhor futuro, e no Espiritismo que
lhe dá a certeza desse futuro.
A
Gênese, cap. 14, item 14. Os Espíritos atuam sobre os
fluidos espirituais, não manipulando-os como os homens manipulam os gases, mas
empregando o pensamento e a vontade.
(...)
Algumas
vezes, essas transformações resultam de uma intenção; doutras, são produto de
um pensamento inconsciente.
Basta
que o Espírito pense uma coisa, para que esta se produza, como basta que modele
uma ária, para que esta repercuta na atmosfera.
16.
Tem conseqüências de importância capital e direta
para os encarnados a ação dos Espíritos sobre os fluidos espirituais.
Sendo
esses fluidos o veículo do pensamento e podendo este modificar-lhes as
propriedades, é evidente que eles devem achar-se impregnados das qualidades
boas ou más dos pensamentos que os fazem vibrar, modificando-se pela pureza ou
impureza dos sentimentos. Os maus pensamentos corrompem os fluidos espirituais,
como os miasmas deletérios corrompem o ar respirável.
18.
Desde que estes se modificam pela projeção dos pensamentos do Espírito, seu
invólucro perispirítico, que é parte constituinte do seu ser e que recebe de
modo direto e permanente a impressão de seus pensamentos, há de, ainda mais,
guardar a de suas qualidades boas ou más.
Sendo
o perispírito dos encarnados de natureza idêntica à dos fluidos espirituais,
ele os assimila com facilidade, como uma esponja se embebe de um líquido.
Atuando
esses fluidos sobre o perispírito, este, a seu turno, reage sobre o organismo
material com que se acha em contacto molecular. Se os eflúvios são de boa
natureza, o corpo ressente uma impressão salutar; se são maus, a impressão é
penosa. Se são permanentes e enérgicos, os eflúvios maus podem ocasionar
desordens físicas; não é outra a causa de certas enfermidades.
20.
O pensamento, portanto, produz uma espécie de
efeito físico que reage sobre o moral, fato este que só o Espiritismo podia
tornar compreensível. (...)
É
que, com efeito, o pensamento é uma emissão que ocasiona perda real de fluidos
espirituais e, conseguintemente, de fluidos materiais, (...)
LE Perg. 495. Poderá dar-se que o Espírito protetor abandone o seu protegido, por se
lhe mostrar este rebelde aos conselhos?
Afasta-se,
quando vê que seus conselhos são inúteis e que mais forte é, no seu protegido,
a decisão de submeter-se à influência dos Espíritos inferiores. Mas, não o
abandona completamente e sempre se faz ouvir. É então o homem quem tapa os
ouvidos. O protetor volta desde que este o chame.
Texto de Nosso Lar, cap 6 (Família Universal e Providência divina):
“Que terá sido feito de minha esposa, de meus filhos? Teria o meu
primogênito conseguido progredir, segundo meu velho ideal? E as filhinhas?
Minha desventurada Zélia muitas vezes afirmou que morreria de saudades, se um
dia eu lhe faltasse. Admirável esposa!”
“Onde estará minha pobre companheira? Chorando junto às cinzas do meu
corpo, ou nalgum recanto escuro das regiões da morte?”
“Que terrível destino o do homem penhorado no devotamento à família!”
“O mesmo Pai que vela por sua pessoa, oferecendo-lhe teto generoso, nesta
casa, atenderá aos seus parentes terrestres. Devemos ter nosso agrupamento
familiar como sagrada construção, mas sem esquecer que nossas famílias são
seções da Família universal, sob a Direção Divina.”
“Ninguém lhe condena a saudade justa, nem pretende estancar sua fonte de
sentimentos sublimes. Acresce notar, todavia, que o pranto da desesperação não
edifica o bem. Se ama, em verdade, a família terrena, é preciso bom ânimo para
lhe ser útil.”
***
Base teórica:
Evangelho
Seg. Espiritismo, Cap. XIV, item 5. E, tendo vindo
para casa, reuniu-se aí tão grande multidão de gente, que eles nem sequer
podiam fazer sua refeição. – Sabendo disso, vieram seus parentes para se
apoderarem dele, pois diziam que perdera o espírito.
Entretanto,
tendo vindo sua mãe e seus irmãos e conservando-se do lado de fora, mandaram
chamá-lo. – Ora, o povo se assentara em torno dele e lhe disseram: Tua mãe e
teus irmãos estão lá fora e te chamam. – Ele lhes respondeu: Quem é minha mãe e
quem são meus irmãos? E, perpassando o olhar pelos que estavam assentados ao
seu derredor, disse: Eis aqui minha mãe e meus irmãos; – pois, todo aquele que
faz a vontade de Deus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe. (S.
MARCOS, 3:20-21 e 31 a 35; – S. MATEUS, 12:46 a 50.)
Eis
por que vos digo: Não vos inquieteis por saber onde achareis o que comer para
sustento da vossa vida, nem de onde tirareis vestes para cobrir o vosso corpo.
Não é a vida mais do que o alimento e o corpo mais do que as vestes?
Observai
os pássaros do céu: não semeiam, não ceifam, nada guardam em celeiros; mas,
vosso Pai celestial os alimenta. Não sois muito mais do que eles?
(Evang.Seg.Espiritismo, Cap XXV, item 6)
A
Gênese, cap. 2, item 20. A
providência é a solicitude de Deus para com as suas criaturas. Ele está em toda
parte, tudo vê, a tudo preside, mesmo às coisas mais mínimas. É nisto que
consiste a ação providencial.
LE. Perg. 205. A algumas pessoas a doutrina da reencarnação se
afigura destruidora dos laços de família, com o fazê-los anteriores à
existência atual.
“Ela os
distende; não os destrói. Fundando-se o parentesco em afeições anteriores,
menos precários são os laços existentes entre os membros de uma mesma família. Essa
doutrina amplia os deveres da fraternidade, porquanto, no vosso vizinho, ou no
vosso servo, pode achar-se um Espírito a quem tenhais estado presos pelos laços
da consangüinidade.”
LE resp. à perg 774. Há no homem alguma coisa mais,
além das necessidades físicas: há a necessidade de progredir. Os laços sociais
são necessários ao progresso e os de família mais apertados tornam os
primeiros. Eis por que os segundos constituem uma lei da Natureza. Quis Deus
que, por essa forma, os homens aprendessem a amar-se como irmãos.
LE Resp. à perg. 806. Dia virá em que os membros da
grande família dos filhos de Deus deixarão de considerar-se como de sangue mais
ou menos puro. Só o Espírito é mais ou menos puro e isso não depende da posição
social.”
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Textos de Nosso Lar (Trabalho):
“Classificar o esforço necessário de imposição esmagadora, enxergar
padecimentos onde há luta edificante, sói identificar indesejável cegueira d’alma.”
“As almas débeis, ante o serviço, deitam-se para se queixarem aos que
passam; as fortes, porém, recebem o serviço como patrimônio sagrado, na movimentação
do qual se preparam, a caminho da perfeição.”
***
Base
teórica:
558. Alguma outra
coisa incumbe aos Espíritos fazer, que não seja melhorarem-se pessoalmente?
“Concorrem
para a harmonia do Universo, executando as vontades de Deus, cujos ministros
eles são. A vida espírita é uma ocupação contínua, mas que nada tem de penosa, como
a vida na Terra, porque não há a fadiga corporal, nem as angústias das necessidades.”
563. São
incessantes as ocupações dos Espíritos?
“Incessantes,
sim, atendendo-se a que sempre ativos são os seus pensamentos, porquanto vivem
pelo pensamento. Importa, porém, não identifiqueis as ocupações dos Espíritos com
as ocupações materiais dos homens. Essa mesma atividade lhes constitui um gozo,
pela consciência que têm de ser úteis.”
564. Haverá
Espíritos que se conservem ociosos, que em coisa alguma útil se ocupem?
“Há, mas
esse estado é temporário e dependendo do desenvolvimento de suas inteligências.
Há, certamente, como há homens que só para si mesmos vivem. Pesa-lhes, porém,
essa ociosidade e, cedo ou tarde, o desejo de progredir lhes faz necessária a
atividade e felizes se sentirão por poderem tornar-se úteis. Referimo-nos aos
Espíritos que hão chegado ao ponto de terem consciência de si mesmos e do seu
livre-arbítrio; porquanto, em sua origem, todos são quais crianças que acabam
de nascer e que obram mais por instinto que por vontade expressa.”
Comentário
de Kardec à perg 569. As missões dos Espíritos têm sempre por objeto
o bem. Quer como Espíritos, quer como homens, são incumbidos de auxiliar o progresso
da Humanidade, dos povos ou dos indivíduos, dentro de um círculo de idéias mais
ou menos amplas, mais ou menos especiais e de velar pela execução de
determinadas coisas.
Alguns
desempenham missões mais restritas e, de certo modo, pessoais ou inteiramente
locais, como sejam assistir os enfermos, os agonizantes, os aflitos, velar por
aqueles de quem se constituíram guias e protetores, dirigi-los, dando-lhes
conselhos ou inspirando-lhes bons pensamentos. Pode dizer-se que há tantos gêneros
de missões quantas as espécies de interesses a resguardar, assim no mundo
físico, como no moral. O Espírito se adianta conforme à maneira por que desempenha
a sua tarefa.
Comentário
de Kardec à perg. 584. Os Espíritos encarnados têm ocupações inerentes
às suas
existências
corpóreas. No estado de erraticidade, ou de desmaterialização, tais ocupações
são adequadas ao grau de adiantamento deles.
Uns percorrem
os mundos, se instruem e preparam para nova encarnação.
Outros, mais
adiantados, se ocupam com o progresso, dirigindo os acontecimentos e sugerindo
idéias que lhe sejam propícias.
Assistem os
homens de gênio que concorrem para o adiantamento da Humanidade.
Outros
encarnam com determinada missão de progresso.
Outros tomam
sob sua tutela os indivíduos, as famílias, as reuniões, as cidades e os povos,
dos quais se constituem os anjos guardiães, os gênios protetores e os Espíritos
familiares.
Outros, finalmente,
presidem aos fenômenos da Natureza, de que se fazem os agentes diretos.
Os Espíritos
vulgares se imiscuem em nossas ocupações e diversões.
Os impuros
ou imperfeitos aguardam, em sofrimentos e angústias, o momento em que praza a
Deus proporcionar-lhes meios de se adiantarem. Se praticam o mal, é pelo
despeito de ainda não poderem gozar do bem.
O Céu e o
Inferno, 1ª parte, Cap.
VII Código Penal da Vida Futura, itens 16 e 17:
Arrependimento, expiação e reparação constituem,
portanto, as três condições necessárias para apagar os traços de uma falta e
suas conseqüências.
A
reparação consiste em fazer o bem àqueles a quem se havia feito o mal. Quem não
repara os seus erros numa existência, por fraqueza ou má vontade, achar-se-á
numa existência ulterior em contacto com as mesmas pessoas que de si tiverem
queixas, e em condições voluntariamente escolhidas, de modo a demonstrar-lhes
reconhecimento e fazer-lhes tanto bem quanto mal lhes tenha feito. Nem todas as
faltas acarretam prejuízo direto e efetivo; em tais casos a reparação se opera,
fazendo-se o que se deveria fazer e foi descurado; cumprindo os deveres
desprezados, as missões não preenchidas; praticando o bem em compensação ao mal
praticado, isto é, tornando-se humilde se se tem sido orgulhoso, amável se se
foi austero, caridoso se se tem sido egoísta, benigno se se tem sido perverso,
laborioso se se tem sido ocioso, útil se se tem sido inútil, frugal se se tem
sido intemperante, trocando em suma por bons os maus exemplos perpetrados. E
desse modo progride o Espírito, aproveitando-se do próprio passado.
LE. Perg.675. Por trabalho
só se devem entender as ocupações materiais?
“Não; o Espírito trabalha,
assim como o corpo. Toda ocupação útil é trabalho.”
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Anexos:
A reencarnação estreita os vínculos do amor, tornando-os laços eternos,
pelo quanto faculta de experiências na área da afetividade familiar.
Enquanto as ligações de sangue favorecem o egoísmo, atando as criaturas
às algemas das paixões possessivas, a pluralidade das existências ajuda,
mediante a superação das conveniências pessoais, a união fraternal.
Os genitores e nubentes, os irmãos e primos, os avós e netos de uma
etapa trocarão de lugar no grupo de companheiros que se afinam, permanecendo os
motivos e emulações da amizade superior.
O desligamento físico pela desencarnação faz que se recomponham, no
além-túmulo, as famílias irmanadas pelo ideal da solidariedade, ensaiando os
primeiros passos para a construção da imensa família universal.
Quando a força do amor vigilante detecta as necessidades dos corações
que mergulharam na carne, sem egoísmo, pedem aos programadores espirituais das
vidas que lhes permitam acompanhar aqueles afetos que os anteciparam,
auxiliando-os nos cometimentos encetados, e reaparecem na parentela corporal ou
naquela outra, a da fraternidade real que os une e faculta os exemplos de
abnegação, renúncia e devotamento.
***
Este amigo que te oferece braço forte; esse companheiro a quem estimas
com especial carinho; aquele conhecido a quem te devotas com superior
dedicação; estoutro colega que te sensibiliza; essoutro discreto benfeitor da
tua vida; aqueloutro vigilante auxiliar que se apaga para que apareças, são
teus familiares em espírito, que ontem envergaram as roupagens de um pai
abnegado ou de uma mãe sacrificada, de um irmão zeloso ou primo generoso, de
uma esposa fiel e querida ou de um marido cuidadoso, ora ao teu lado, noutra
modalidade biológica e familiar, alma irmã da tua alma, diminuindo as tuas
dores, no carreiro da evolução e impulsionando-te para cima, sem pensarem em
si…
Os adversários gratuitos que te sitiam e perturbam, os que te buscam
sedentos e esfaimados, vencidos por paixões mesquinhas, são, também, familiares
outros a quem ludibriaste e traíste, que agora retornam, necessitados do teu
carinho, da tua reabilitação moral, a fim de que se refaça o grupo espiritual,
que ascenderá contigo no rumo da felicidade.
***
Jesus, mais de uma vez, confirmou a necessidade dessa fusão dos
sentimentos acima dos vínculos humanos, exaltando, a superior necessidade da
união familiar pelos laços eternos do espírito. A primeira, fê-lo, ao exclamar,
respondendo à solicitação dos que lhe apontavam a mãezinha amada que O buscava,
referindo-se: — “Quem é minha mãe, quem são meus irmãos, senão aqueles que
fazem a vontade do Pai?” Posteriormente, na Cruz, quando bradou, num sublime
testemunho, em resposta direta à Mãe angustiada que O inquirira: — “Meu filho,
meu filho, que te fizeram os homens?” elucidando-a e doando-a à Humanidade: — “Mulher, eis aí teu filho” —
referindo-se a João, que chorava ao seu lado — “Filho, eis aí tua mãe”, entregando-o ao seu cuidado, através de
cuja ação inaugurou a Era da fraternidade universal acima de todos os vínculos
terrenos.
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