sábado, 19 de novembro de 2016

ESDE1 – Precursores da Doutrina Espírita

Casa Espírita Missionários da Luz

ESDE1 – Precursores da Doutrina Espírita                                                                              14/02/2011

Objetivos:
a) Mencionar alguns precursores da Doutrina Espírita: (Emmanuel Swedenborg, Andrew Jackson Davis);
b) Citar fatos das vidas destes precursores, relacionando-os aos fenômenos espíritas;
c) Tornar conhecida a importância dos fenômenos de Hydesville e das Mesas Girantes, no surgimento do Espiritismo.

Desenvolvimento:

  1. Iniciar com a leitura da página ”Mediunidade”, Cap 10 de Caminho, Verdade e Vida, de Emmanuel/Chico Xavier, ligeiros comentários sobre a página,  e a prece de abertura.

  1. Falar do tema do estudo e perguntar ao grupo:

a- O Espiritismo sempre existiu?
b- Há notícias de idéias espíritas antes de Kardec?

  1. Entregar cópia da folha resumo dos precursores, pedindo que cada participante leia as informações sobre um precursor, começando com os textos de Paulo.
Falar dos diversos exemplos de comunicações com os Espíritos relatadas no Velho e no Novo Testamento.
Tecer então comentários específicos da vida do precursor em estudo.

  1. Depois de estudados os 4 itens (Swedenborg,  Andrew Jackson Davis, Irmãs Fox e as Mesas Girantes), perguntar a diferença entre as diversas comunicações que sempre existiram e as comunicações relatadas.

  1. Entregar cópias da 2a.folha: “invasão organizada” = desígnos de Deus; textos de Kardec sobre o início da DE.



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Cap. 10 -  “MEDIUNIDADE”, Caminho Verdade e Vida, Emmanuel/Chico Xavier

       “E nos últimos dias acontecerá, diz o Senhor, que do meu Espírito derramarei sobre toda carne; os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão, vossos mancebos terão visões e os vossos velhos sonharão sonhos.” — (ATOS, capítulo 2, versículo 17.)


No dia de Pentecostes, Jerusalém estava repleta de forasteiros. Filhos da Mesopotâmía, da Frígia, da Líbia, do Egito, cretenses, árabes, partos e romanos se aglomeravam na praça extensa, quando os discípulos humildes do Nazareno anunciaram a Boa Nova, atendendo a cada grupo da multidão em seu idioma particular.
Uma onda de surpresa e de alegria invadiu o espírito geral.
Não faltaram os cépticos, no divino concerto, atribuindo à loucura e à embriaguez a revelação observada. Simão Pedro destaca-se e esclarece que se trata da luz prometida pelos céus à escuridão da carne.
Desde esse dia, as claridades do Pentecostes jorraram sobre o mundo, incessantemente.
Até aí, os discípulos eram frágeis e indecisos, mas, dessa hora em diante, quebram as influências do meio, curam os doentes, levantam o espírito dos infortunados, falam aos reis da Terra em nome do Senhor.
O poder de Jesus se lhes comunicara às energias reduzidas.
Estabelecera-se a era da mediunidade, alicerce de todas as realizações do Cristianismo, através dos séculos.
Contra o seu influxo, trabalham, até hoje, os prejuízos morais que avassalam os caminhos do homem, mas é sobre a mediunidade, gloriosa luz dos céus oferecida às criaturas, no Pentecostes, que se edificam as construções espirituais de todas as comunidades sinceras da Doutrina do Cristo e é ainda ela que, dilatada dos apóstolos ao círculo de todos os homens, ressurge no Espiritismo cristão, como a alma imortal do Cristianismo redivivo.

I Cor, Capítulo 14:1-4


Segui o amor; e procurai com zelo os dons espirituais, mas principalmente o de profetizar. Porque o que fala em língua não fala aos homens, mas a Deus; pois ninguém o entende; porque em espírito fala mistérios. Mas o que profetiza fala aos homens para edificação, exortação e consolação. O que fala em língua edifica-se a si mesmo, mas o que profetiza edifica a igreja.

            I Ts, Capítulo 5: 19-20

Não extingais o Espírito; não desprezeis as profecias, mas ponde tudo à prova. Retende o que é bom;


EMMANUEL SWEDENBORG (1688 – 1772) - SUÉCIA

-         Engenheiro militar;
-         Zoologista e anatomista
-         Financista e político
-         Autoridade em Física e em Astronomia.
-         Vidência a distância: desabrochou subitamente em Londres, em abril de 1744;
-         fundou uma igreja e escreveu livros em latim e inglês. Foi o primeiro homem a descrever o processo da morte e o mundo espiritual.


ANDREW JACKSON DAVIS -  NASCIDO EM 1826 NAS MARGENS DO HUDSON, EUA.

-         família simples; infância pobre;
-         grau de instrução = curso primário;
-         mediunidade começou na infância: clarividência e desdobramento; diagnóstico de doenças;
-         ditou livro de Filosofia em 1847; fundou em Nova York em 25/01/1863, um Liceu Espiritista, a partir de uma “visita”  a um local semelhante no Plano Espiritual;
-         mentor espiritual: Swedenborg;
-         previu o aparecimento da DE em seu livro “Princípios da Natureza” de 1847. Estava claramente fadado a associar-se intimamente com ela, de vez que conhecia a demonstração de Hydesville, desde o dia em que ocorreu. De suas notas tomamos a passagem seguinte, que traz a data significativa de 31 de março de 1848: “Esta madrugada um sopro quente passou pela minha face e ouvi uma voz, suave e forte, dizer: – Irmão, um bom trabalho foi começado. Olha! surgiu uma demonstração viva.”


IRMÃS FOX – NOVA YORK – MARÇO DE 1848

-         batidas começaram em março de 1848;
-         Margaret – 14 anos e Kate – 11 anos;
-         comunicação por meio de pancadas;
-         investigações provaram a  autenticidade do fenômeno.

MESAS GIRANTES – 1850  NOS  EUA – 1853  NA  EUROPA

-         na França assumiram forma e caráter peculiares;
-         considerado o maior fenômeno do século pelo Revmo Pde Ventura de Raulica;
-         imprensa tecia largos comentários;
-         físico inglês Faraday e alguns outros cientistas se interessaram pelo fenômeno;
-         O objetivo central estava sendo cumprido: atrair a atenção do homem inteligente para a Espiritualidade.
A diferença entre os fatos desta fase e os fenômenos da Pré-História, como bem acentua Artur C.Doyle, está em que estes últimos episódios eram esporádicos, ou diríamos melhor, sem uma seqüência metódica, enquanto aqueles "têm a característica de uma invasão organizada" (DOYLE, Arthur Conan. A história do Espiritismo. A história de Swendenborg. In: . A historia do Espiritismo. Trad. de Julio Abreu Filho. São Paulo, Pensamento, 1978. p. 33. )


Vejamos Allan Kardec:

“Lembremos, antes de tudo, em poucas palavras, a série progressiva dos fenômenos  que deram origem a esta doutrina.
O primeiro fato observado foi o da movimentação de objetos diversos. Designaram-no  vulgarmente pelo nome de mesas girantes ou dança das mesas. Este fenômeno, que  parece ter sido notado primeiramente na América, ou melhor, que se repetiu nesse país, porquanto a História prova que ele remonta à mais alta antigüidade, se produziu rodeado de circunstâncias estranhas, tais como ruídos insólitos, pancadas sem nenhuma causa ostensiva. Em seguida, propagou-se rapidamente pela Europa e pelas partes do mundo. A princípio quase que só encontrou incredulidade, porém, ao cabo de pouco tempo, a multiplicidade das experiências não mais permitiu lhe pusessem em dúvida a realidade. “ (O Livro do Espíritos – Introdução III).


“Se os fenômenos, com que nos estamos ocupando, houvessem ficado restritos ao movimento dos objetos, teriam permanecido, como dissemos, no domínio das ciências físicas. Assim, entretanto, não sucedeu: estava-lhes reservado colocar-nos na pista de fatos de ordem singular. Acreditaram haver descoberto, não sabemos pela iniciativa de quem, que a impulsão dada aos objetos não era apenas o resultado de uma força mecânica cega; que havia nesse movimento a intervenção de uma causa inteligente. Uma vez aberto, esse caminho conduziu a um campo totalmente novo de observações. De sobre muitos mistérios se erguia o véu. Haverá, com efeito, no caso, uma potência inteligente? Tal a questão. Se essa potência existe, qual é ela, qual a sua natureza, a sua origem? Encontra-se acima da Humanidade? Eis outras questões que decorrem da anterior.

As primeiras manifestações inteligentes se produziram por meio de mesas que se levantavam e, com um dos pés, davam certo número de pancadas, respondendo desse modo - sim, ou - não, conforme fora convencionado, a uma pergunta feita. Até aí nada de convincente havia para os cépticos, porquanto bem podiam crer que tudo fosse obra do acaso. Obtiveram-se depois respostas mais desenvolvidas com o auxílio das letras do alfabeto: dando o móvel um número de pancadas correspondente ao número de ordem de cada letra, chegava-se a formar palavras e frases que respondiam às questões propostas. A precisão das respostas e a correlação que denotavam com as perguntas causaram espanto. O ser misterioso que assim respondia, interrogado sobre a sua natureza, declarou que era Espírito ou Gênio, declinou um nome e prestou diversas informações a seu respeito. Há aqui uma circunstância muito importante, que se deve assinalar. É que ninguém imaginou os Espíritos como meio de explicar o fenômeno; foi o próprio fenômeno que revelou a palavra. Muitas vezes, em se tratando das ciências exatas, se formulam hipóteses para dar-se uma base ao raciocínio. Não é aqui o caso.

Tal meio de correspondência era, porém, demorado e incômodo. O Espírito (e isto constitui nova circunstância digna de nota) indicou outro. Foi um desses seres invisíveis quem aconselhou a adaptação de um lápis a uma cesta ou a outro objeto. Colocada em cima de uma folha de papel, a cesta é posta em movimento pela mesma potência oculta que move as mesas; mas, em vez de um simples movimento regular, o lápis traça por si mesmo caracteres formando palavras, frases, dissertações de muitas páginas sobre as mais altas questões de filosofia, de moral, de metafísica, de psicologia, etc., e com tanta rapidez quanta se se escrevesse com a mão. O conselho foi dado simultaneamente na América, na França e em diversos outros países.” (O Livro do Espíritos – Introdução IV).



“As mesas girantes representarão sempre o ponto de partida da Doutrina Espírita e merecem pôr isso, explicações e estudos para que, em se conhecendo as causas, facilitadas será a chave para a decifração dos efeitos mais complexos. “ (O Livro dos Médiuns)

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