Casa Espírita Missionários da Luz
ESDE1 – Precursores da Doutrina
Espírita 14/02/2011
Objetivos:
a)
Mencionar alguns precursores da Doutrina Espírita: (Emmanuel Swedenborg, Andrew Jackson
Davis);
b)
Citar fatos das vidas destes precursores, relacionando-os aos fenômenos
espíritas;
c)
Tornar conhecida a importância dos fenômenos de Hydesville e das Mesas
Girantes, no surgimento do Espiritismo.
Desenvolvimento:
- Iniciar com a leitura da página
”Mediunidade”, Cap 10 de Caminho, Verdade e Vida, de Emmanuel/Chico
Xavier, ligeiros comentários sobre a página, e a prece de abertura.
- Falar do tema do estudo e perguntar ao grupo:
a- O
Espiritismo sempre existiu?
b- Há
notícias de idéias espíritas antes de Kardec?
- Entregar cópia da folha resumo dos precursores, pedindo
que cada participante leia as informações sobre um precursor, começando
com os textos de Paulo.
Falar
dos diversos exemplos de comunicações com os Espíritos relatadas no Velho e no
Novo Testamento.
Tecer então comentários específicos da
vida do precursor em estudo.
- Depois de estudados os 4 itens (Swedenborg, Andrew Jackson Davis, Irmãs Fox e as
Mesas Girantes), perguntar a diferença entre as diversas comunicações que
sempre existiram e as comunicações relatadas.
- Entregar
cópias da 2a.folha: “invasão organizada” = desígnos de Deus; textos de
Kardec sobre o início da DE.
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Cap. 10 - “MEDIUNIDADE”, Caminho Verdade e Vida,
Emmanuel/Chico Xavier
“E nos últimos dias acontecerá, diz o
Senhor, que do meu Espírito derramarei sobre toda carne; os vossos filhos e as
vossas filhas profetizarão, vossos mancebos terão visões e os vossos velhos
sonharão sonhos.” — (ATOS, capítulo 2, versículo 17.)
No dia de Pentecostes,
Jerusalém estava repleta de forasteiros. Filhos da Mesopotâmía, da Frígia, da
Líbia, do Egito, cretenses, árabes, partos e romanos se aglomeravam na praça
extensa, quando os discípulos humildes do Nazareno anunciaram a Boa Nova,
atendendo a cada grupo da multidão em seu idioma particular.
Uma onda de surpresa e
de alegria invadiu o espírito geral.
Não faltaram os
cépticos, no divino concerto, atribuindo à loucura e à embriaguez a revelação
observada. Simão Pedro destaca-se e esclarece que se trata da luz prometida
pelos céus à escuridão da carne.
Desde esse dia, as
claridades do Pentecostes jorraram sobre o mundo, incessantemente.
Até aí, os discípulos
eram frágeis e indecisos, mas, dessa hora em diante, quebram as influências do
meio, curam os doentes, levantam o espírito dos infortunados, falam aos reis da
Terra em nome do Senhor.
O poder de Jesus se lhes
comunicara às energias reduzidas.
Estabelecera-se a era da
mediunidade, alicerce de todas as realizações do Cristianismo, através dos
séculos.
Contra o seu influxo, trabalham, até hoje, os prejuízos morais que avassalam os
caminhos do homem, mas é sobre a mediunidade, gloriosa luz dos céus oferecida
às criaturas, no Pentecostes, que se edificam as construções espirituais de
todas as comunidades sinceras da Doutrina do Cristo e é ainda ela que, dilatada
dos apóstolos ao círculo de todos os homens, ressurge no Espiritismo cristão,
como a alma imortal do Cristianismo redivivo.
I Cor, Capítulo 14:1-4
Segui o amor; e procurai com zelo os
dons espirituais, mas principalmente o de profetizar. Porque o que fala em
língua não fala aos homens, mas a Deus; pois ninguém o entende; porque em
espírito fala mistérios. Mas o que profetiza fala aos homens para edificação,
exortação e consolação. O que fala em língua edifica-se a si mesmo, mas o que
profetiza edifica a igreja.
I
Ts, Capítulo 5: 19-20
Não extingais o Espírito; não desprezeis as profecias, mas
ponde tudo à prova. Retende o que é bom;
EMMANUEL SWEDENBORG (1688 – 1772) -
SUÉCIA
-
Engenheiro militar;
-
Zoologista e anatomista
-
Financista e político
-
Autoridade em Física e em Astronomia.
-
Vidência a
distância: desabrochou subitamente em Londres,
em abril de 1744;
-
fundou uma igreja e escreveu livros em
latim e inglês. Foi o primeiro homem a descrever o processo da morte e o
mundo espiritual.
ANDREW JACKSON DAVIS -
NASCIDO EM 1826 NAS MARGENS DO HUDSON, EUA.
-
família simples; infância pobre;
-
grau de instrução = curso primário;
-
mediunidade começou na infância:
clarividência e desdobramento; diagnóstico de doenças;
-
ditou livro de Filosofia em 1847;
fundou em Nova York em 25/01/1863, um Liceu Espiritista, a partir de uma
“visita” a um local semelhante no Plano
Espiritual;
-
mentor espiritual: Swedenborg;
-
previu o aparecimento da DE em seu
livro “Princípios da Natureza” de 1847. Estava claramente fadado a associar-se
intimamente com ela, de vez que conhecia a demonstração de Hydesville, desde o
dia em que ocorreu. De suas notas tomamos a passagem seguinte, que traz a data
significativa de 31 de março de 1848: “Esta madrugada um sopro quente passou
pela minha face e ouvi uma voz, suave e forte, dizer: – Irmão, um bom trabalho
foi começado. Olha! surgiu uma demonstração viva.”
IRMÃS FOX – NOVA YORK – MARÇO DE 1848
-
batidas começaram em março de 1848;
-
Margaret – 14 anos e Kate – 11 anos;
-
comunicação por meio de pancadas;
-
investigações provaram a autenticidade do fenômeno.
MESAS GIRANTES – 1850 NOS
EUA – 1853 NA EUROPA
-
na França assumiram forma e caráter
peculiares;
-
considerado o maior fenômeno do século
pelo Revmo Pde Ventura de Raulica;
-
imprensa tecia largos comentários;
-
físico inglês Faraday e alguns outros
cientistas se interessaram pelo fenômeno;
-
O objetivo central estava sendo
cumprido: atrair a atenção do homem inteligente para a Espiritualidade.
A
diferença entre os fatos desta fase e os fenômenos da Pré-História, como bem
acentua Artur C.Doyle, está em que estes últimos episódios eram esporádicos, ou
diríamos melhor, sem uma seqüência metódica, enquanto aqueles "têm a
característica de uma invasão organizada" (DOYLE, Arthur Conan. A história do
Espiritismo. A história de Swendenborg. In: . A historia do Espiritismo. Trad.
de Julio Abreu Filho. São Paulo, Pensamento, 1978. p. 33. )
Vejamos Allan Kardec:
“Lembremos, antes de tudo, em poucas
palavras, a série progressiva dos fenômenos
que deram origem a esta doutrina.
O primeiro fato observado foi o da
movimentação de objetos diversos. Designaram-no
vulgarmente pelo nome de mesas girantes ou dança das mesas. Este
fenômeno, que parece ter sido notado
primeiramente na América, ou melhor, que se repetiu nesse país, porquanto a
História prova que ele remonta à mais alta antigüidade, se produziu rodeado de
circunstâncias estranhas, tais como ruídos insólitos, pancadas sem nenhuma
causa ostensiva. Em seguida, propagou-se rapidamente pela Europa e pelas partes
do mundo. A princípio quase que só encontrou incredulidade, porém, ao cabo de
pouco tempo, a multiplicidade das experiências não mais permitiu lhe pusessem
em dúvida a realidade. “ (O Livro do Espíritos – Introdução III).
“Se os
fenômenos, com que nos estamos ocupando, houvessem ficado restritos ao
movimento dos objetos, teriam permanecido, como dissemos, no domínio das
ciências físicas. Assim, entretanto, não sucedeu: estava-lhes reservado
colocar-nos na pista de fatos de ordem singular. Acreditaram haver descoberto,
não sabemos pela iniciativa de quem, que a impulsão dada aos objetos não era
apenas o resultado de uma força mecânica cega; que havia nesse movimento a
intervenção de uma causa inteligente. Uma vez aberto, esse caminho conduziu a
um campo totalmente novo de observações. De sobre muitos mistérios se erguia o
véu. Haverá, com efeito, no caso, uma potência inteligente? Tal a questão. Se
essa potência existe, qual é ela, qual a sua natureza, a sua origem?
Encontra-se acima da Humanidade? Eis outras questões que decorrem da anterior.
As
primeiras manifestações inteligentes se produziram por meio de mesas que se
levantavam e, com um dos pés, davam certo número de pancadas, respondendo desse
modo - sim, ou - não, conforme fora convencionado, a uma pergunta feita. Até aí
nada de convincente havia para os cépticos, porquanto bem podiam crer que tudo
fosse obra do acaso. Obtiveram-se depois respostas mais desenvolvidas com o
auxílio das letras do alfabeto: dando o móvel um número de pancadas
correspondente ao número de ordem de cada letra, chegava-se a formar palavras e
frases que respondiam às questões propostas. A precisão das respostas e a
correlação que denotavam com as perguntas causaram espanto. O ser misterioso
que assim respondia, interrogado sobre a sua natureza, declarou que era
Espírito ou Gênio, declinou um nome e prestou diversas informações a seu
respeito. Há aqui uma circunstância muito importante, que se deve assinalar. É
que ninguém imaginou os Espíritos como meio de explicar o fenômeno; foi o
próprio fenômeno que revelou a palavra. Muitas vezes, em se tratando das
ciências exatas, se formulam hipóteses para dar-se uma base ao raciocínio. Não
é aqui o caso.
Tal
meio de correspondência era, porém, demorado e incômodo. O Espírito (e isto
constitui nova circunstância digna de nota) indicou outro. Foi um desses seres
invisíveis quem aconselhou a adaptação de um lápis a uma cesta ou a outro
objeto. Colocada em cima de uma folha de papel, a cesta é posta em movimento
pela mesma potência oculta que move as mesas; mas, em vez de um simples
movimento regular, o lápis traça por si mesmo caracteres formando palavras,
frases, dissertações de muitas páginas sobre as mais altas questões de
filosofia, de moral, de metafísica, de psicologia, etc., e com tanta rapidez
quanta se se escrevesse com a mão. O conselho foi dado simultaneamente na
América, na França e em diversos outros países.” (O Livro do Espíritos –
Introdução IV).
“As
mesas girantes representarão sempre o ponto de partida da Doutrina Espírita e
merecem pôr isso, explicações e estudos para que, em se conhecendo as causas,
facilitadas será a chave para a decifração dos efeitos mais complexos. “ (O
Livro dos Médiuns)
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