sábado, 19 de novembro de 2016

ESDE1 - O método e As Obras Básicas:

Casa Espírita Missionários da Luz
ESDE1                                                                                                                      06/03/12

Tema: O método e As Obras Básicas:
           
Objetivos:
a) Explicar o método adotado por Allan Kardec na Codificação Espírita
b) Conhecer as Obras Básicas da Doutrina Espírita
c) Reconhecer a necessidade do estudo aprofundado das obras básicas da codificação

Bibliografia
-         Obras Póstumas – 2a.Parte – “Minha Primeira Iniciação no Espiritismo”, “O Livros dos Espíritos”, “A “Revista Espírita”; “Imitação do Evangelho”; “Minha nova obra sobre a Gênese”; “A Gênese”.
-         O Livro dos Espíritos – Introdução Cap. VIII, Prolegômenos;
-         O Evangelho Segundo o Espiritismo, Introdução – Cap. II.

Material
Exemplares de todos os 5 livros da codificação; textos de Obras Póstumas e de O Evangelho Seg. Espiritismo em tiras de papel.

Desenvolvimento:

O tema deverá ser abordado através da exposição dialogada, com trechos de Obras Póstumas e da introdução do Evangelho Segundo o Espiritismo, distribuídos entre os participantes para leitura sequencial.

  1. Leitura Inicial: O Evangelho Seg. O Espiritismo, Cap. VI, item 5 – cópia a todos
  2.  Comentários da msg lida de O Espírito de Verdade (Paris, 1860).
Prece inicial

  1. Distribuir os papéis com os trechos em anexo, para que cada participante possa ler o trecho que recebeu e comentar.

  1. Resumir ao final da leitura:
O método de Kardec: Experimental
-                    Observar, comparar, julgar;
-                    dos efeitos, remontar às causas;
-                    por dedução e encadeamento lógico dos fatos;
-                    agir com circunspecção e não levianamente;
-                    ser positivista e não idealista.
Levava para cada sessão uma série de perguntas preparadas e metodicamente dispostas.

Autoridade da DE (Evangelho Segundo o Espiritismo. Introdução Cap. II)
- controle universal do ensino dos Espíritos.

  1. Pedir que todos manuseiem os livros da Codificação Espírita, analisando cada obra:

           O Livro dos Espíritos – 1857:

            Primeira obra da Codificação Kardequiana. Primeira edição em Paris, em 18 de abril de 1857.
            A Introdução é composta por 27 parágrafos, onde Allan Kardec explica a obra, esclarece alguns termos novos, comenta as dificuldades das primeiras comunicações, no que se refere à psicografia, comenta e justifica as objeções lançadas sobre a obra; mas é o capítulo VI, que mais nos chama a atenção, pois em 36 parágrafos, é traçado um Resumo da Doutrina dos Espíritos.
            Na seqüência temos os Prolegômenos, que seria a exposição preliminar dos princípios gerais de uma ciência ou doutrina:
Os Espíritos desenharam uma Cepa e mandaram que se colocasse no cabeçalho do livro e ela representa o emblema do trabalho do Criador.
-                       o corpo é a cepa;
-                       a alma, ou seja o Espírito encarnado, ou o Espírito ligado à matéria, seria a fruta, a uva;
-                       o Espírito seria o licor.
O homem aperfeiçoa o Espírito pelo trabalho e somente mediante o trabalho do corpo o Espírito adquire conhecimentos.

            Adentrando-se, propriamente no corpo da obra, encontramo-la dividida em quatro partes:

Primeira Parte – Das Causas Primárias – subdividida em quatro capítulos: Deus; Dos Elementos gerais do Universo; Da Criação; Do Princípio vital.

Segunda Parte – Do Mundo Espírita ou Do Mundo dos Espíritos – subdividida em onze capítulos: Dos Espíritos; Da Encarnação dos Espíritos; Da volta do Espírito à Vida Espiritual; Da Pluralidade das Existências; Considerações sobre a Pluralidade das Existências; Da Vida Espírita; Da Volta do Espírito à Vida Corporal; Da Emancipação da Alma; Da Intervenção dos Espíritos no Mundo Corporal; Das Ocupações e Missões dos Espíritos e  Dos Três Reinos.

Terceira Parte – Das Leis Morais – subdividida em 12 capítulos: Da Lei Divina ou Natural; Da Lei de Adoração; Da Lei do Trabalho; Da Lei de Reprodução; Da Lei de Conservação; Da Lei de Destruição; DA Lei de Sociedade; Da Lei do Progresso; Da Lei de Igualdade; Da Lei de Liberdade; Da Lei de Justiça de Amor e Caridade e Da Perfeição Moral.

Quarta Parte – Das Esperanças e Consolações – subdividida em dois capítulos:  Das Penas e Gozos  terrenos; Das Penas e Gozos Futuros.


           O Livro dos Médiuns – 1861:

            Primeira edição em Paris, em 15 janeiro de 1861.
            O Livro dos Médiuns no seu frontispício, apresenta o subtítulo: “Guia dos Médiuns e dos Evocadores” e resume o seu conteúdo assim: Ensino especial dos Espíritos sobre a Teoria de todos os gêneros de manifestações, os meios de comunicação com o mundo invisível, o desenvolvimento da mediunidade, as dificuldades e os tropeços que se podem encontrar na prática do Espiritismo, constituindo o seguimento de O Livro dos Espíritos.
            Esses temas acham-se expostos através das seguintes partes: Parte Primeira – Noções Preliminares; Parte Segunda – Das Manifestações Espíritas.


           O Evangelho Segundo o Espiritismo– 1864:

            Primeira edição em paris, em abril de 1864.
            3a. Edição em 1866, revista corrigida e modificada por Kardec.
      Traz em sua folha de rosto, a síntese de seu conteúdo que é: “A explicação das máximas do Cristo em concordância com o Espiritismo e suas aplicações às diversas circunstâncias da vida”.
      O seu estudo se desdobra em uma Introdução e vinte e seis capítulos.


          O Céu e o Inferno – 1865:

      Primeira edição, em Paris, em  01 de Agosto de 1865.
      Tem como subtítulo “A justiça Divina Segundo o Espiritismo”.
      Contém, segundo o resumo constante em sua folha de rosto a seguinte menção: “Exame comparado das doutrinas sobre a passagem da vida corporal à vida espiritual, sobre as penalidades e recompensas futuras, sobre os anjos e os demônios, sobre as penas, etc., seguido de numerosos exemplos acerca da situação real da alma durante e depois da morte.
      Sua matéria desdobra-se da seguinte forma: Parte Primeira – Doutrina, com onze capítulos;  Parte Segunda – Exemplos, com oito capítulos.


           A Gênese – 1868:

      Primeira edição em Paris, em 06 de janeiro de 1868.
      Traz no respectivo frontispício o título completo: “A Gênese, Os Milagres e as Predições Segundo o Espiritismo”.
      Essa obra se divide nas seguintes partes: Introdução; A Gênese, com doze capítulos; Os Milagres, com três capítulos e as Predições, também com três capítulos.


  1.   A Codificação Espírita é um todo homogêneo e integrado:
O Livro dos Espíritos:
Parte 1a – Das Causas Primárias ==> A Gênese (tb Cap. IX, X e XI da Parte 2);
Parte 2a – Do Mundo Espírita ou dos Espíritos ==> O Livro dos Médiuns (a partir do Cap. VI até o fim);
Parte 3a – Das Leis Morais ==> O Evangelho Segundo o Espiritismo
Parte 4a – Das Esperanças e Consolações ==> O Céu e o Inferno.

           Obras Póstumas – 1868:

      Primeira edição em Paris, em janeiro de 1890.



  1. Além desses 5 livros, que formam a Codificação Espírita, Kardec teve inúmeras outras tarefas como o Codificador:

18/04/1857 – O Livro dos Espíritos;
01/01/1858 – Edita a Revista Espírita – por 12 anos – até a sua desencarnação;
01/04/1858 – Fundou a 1a. Sociedade Espírita: Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas;
Jul/1859 – O que é o Espiritismo;
15/01/1861 – O Livro dos Médiuns;
15/01/1862 – O Espiritismo em sua mais Simples Expressão;
Abr/1864 – O Evangelho Segundo o Espiritismo;
01/08/1865 – O Céu e o Inferno;
06/01/1868 – A Gênese
Viagens de Kardec para esclarecimento – 1860, 1861, 1862, 1864, 1866 e 1867



  1. Prece final
  2. Avaliação:
Estudo para 8 pessoas.
Os textos podem ser reduzidos pois ficaram redundantes, e acabou faltando tempo para ver com mais detalhes as obras.

Anexos:

(   1   )
Foi nessas reuniões que comecei os meus estudos sérios de Espiritismo, menos, ainda, por meio de revelações, do que de observações. Apliquei a essa nova ciência, como o fizera até então, o método experimental; nunca elaborei teorias preconcebidas; observava cuidadosamente, comparava, deduzia conseqüências; dos efeitos procurava remontar às causas, por dedução e pelo encadeamento lógico dos fatos, não admitindo por válida uma explicação, senão quando resolvia todas as dificuldades da questão. Foi assim que procedi sempre em meus trabalhos anteriores, desde a idade de 15 a 16 anos. Compreendi, antes de tudo, a gravidade da exploração que ia empreender; percebi, naqueles fenômenos, a chave do problema tão obscuro e tão controvertido do passado e do futuro da Humanidade, a solução que eu procurara em toda a minha vida. Era, em suma, toda uma revolução nas idéias e nas crenças; fazia-se mister, portanto, andar com a maior circunspeção e não levianamente; ser positivista e não idealista, para não me deixar iludir.”   (Obras Póstumas, 2a.Parte “A MINHA PRIMEIRA INICIAÇÃO NO ESPIRITISMO”)


(   2   )
Vi logo que cada Espírito, em virtude da sua posição pessoal e de seus conhecimentos, me desvendava uma face daquele mundo, do mesmo modo que se chega a conhecer o estado de um país, interrogando habitantes seus de todas as classes, não podendo um só, individualmente, informar-nos de tudo. Compete ao observador formar o conjunto, por meio dos documentos colhidos de diferentes lados, colecionados, coordenados e comparados uns com outros. Conduzi-me, pois, com os Espíritos, como houvera feito com homens. Para mim, eles foram, do menor ao maior, meios de me informar e não reveladores predestinados.
Tais as disposições com que empreendi meus estudos e neles prossegui sempre. Observar, comparar e julgar, essa a regra que constantemente segui.
(Obras Póstumas, 2a.Parte “A MINHA PRIMEIRA INICIAÇÃO NO ESPIRITISMO”)



 (   3   )
Levava para cada sessão uma série de questões preparadas e metodicamente dispostas. Eram sempre respondidas com precisão, profundeza e lógica. (...). Foram aquelas mesmas questões que, sucessivamente desenvolvidas e completadas, constituíram a base de O Livro dos Espíritos.
(Obras Póstumas, 2a.Parte “A MINHA PRIMEIRA INICIAÇÃO NO ESPIRITISMO”)


 (   4   )
Estava concluído, em grande parte, o meu trabalho e tinha as proporções de um livro. Eu, porém, fazia questão de submetê-lo ao exame de outros Espíritos, com o auxilio de diferentes médiuns. (...). Tendo-me as circunstâncias posto em relação com outros médiuns, sempre que se apresentava ocasião eu a aproveitava para propor algumas das questões que me pareciam mais espinhosas. Foi assim que mais de dez médiuns prestaram concurso a esse trabalho. Da comparação e da fusão de todas as respostas, coordenadas, classificadas e muitas vezes retocadas no silêncio da meditação, foi que elaborei a primeira edição de O Livro dos Espíritos, entregue à publicidade em 18 de abril de 1857.
(Obras Póstumas, 2a.Parte “A MINHA PRIMEIRA INICIAÇÃO NO ESPIRITISMO”)


 (   5   )
“O Espiritismo não tem nacionalidade e não faz parte de nenhum culto existente; nenhuma classe social o impõe, visto que qualquer pessoa pode receber instruções de seus parentes e amigos de além-túmulo. Cumpre seja assim, para que ele possa conduzir todos os homens à fraternidade. Se não se mantivesse em terreno neutro, alimentaria as dissensões, em vez de apaziguá-las.”
(O Evangelho Segundo o Espiritismo, Introdução – Cap. II)


 (   6   )
“Nessa universalidade do ensino dos Espíritos reside a força do Espiritismo e, também, a causa de sua tão rápida propagação. Enquanto a palavra de um só homem, mesmo com o concurso da imprensa, levaria séculos para chegar ao conhecimento de todos, milhares de vozes se fazem ouvir simultaneamente em todos os recantos do planeta, proclamando os mesmos princípios e transmitindo-os aos mais ignorantes, como aos mais doutos, a fim de que não haja deserdados.”
(O Evangelho Segundo o Espiritismo, Introdução – Cap. II)

 (   7   )
“Daí resulta que, com relação a tudo o que seja fora do âmbito do ensino exclusivamente moral, as revelações que cada um possa receber terão caráter individual, sem cunho de autenticidade; que devem ser consideradas opiniões pessoais de tal ou qual Espírito e que imprudente fora aceitá-las e propagá-las levianamente como verdades absolutas. O primeiro exame comprobativo é, pois, sem contradita, o da razão, ao qual cumpre se submeta, sem exceção, tudo o que venha dos Espíritos. Toda teoria em manifesta   contradição com o bom senso, com uma lógica rigorosa e com os dados positivos já adquiridos, deve ser rejeitada, por mais respeitável que seja o nome que traga como assinatura.”
(O Evangelho Segundo o Espiritismo, Introdução – Cap. II)




 (   8   )
“A concordância no que ensinem os Espíritos é, pois, a melhor comprovação. Importa, no entanto, que ela se dê em determinadas condições. (...)
Uma garantia séria existe para o ensino dos Espíritos: a concordância que haja entre as revelações que eles façam espontaneamente, servindo-se de grande número de médiuns estranhos uns aos outros e em vários lugares.”                                             (O Evangelho Segundo o Espiritismo, Introdução – Cap. II)





 (   9   )
“Prova a experiência que, quando um principio novo tem de ser enunciado, isso se dá espontaneamente em diversos pontos ao mesmo tempo e de modo idêntico, senão quanto à forma, quanto ao fundo.”
(O Evangelho Segundo o Espiritismo, Introdução – Cap. II)





 (   10   )
“Essa a base em que nos apoiamos, quando formulamos um principio da doutrina. Não é porque esteja de acordo com as nossas idéias que o temos por verdadeiro. Não nos arvoramos, absolutamente, em árbitro supremo da verdade e a ninguém dizemos: "Crede em tal coisa, porque somos nós que vo-lo dizemos." A nossa opinião não passa, aos nossos próprios olhos, de uma opinião pessoal, que pode ser verdadeira ou falsa, visto não nos considerarmos mais infalível do que qualquer outro. Também não é porque um principio nos foi ensinado que, para nós, ele exprime a verdade, mas porque recebeu a sanção da concordância. Na posição em que nos encontramos, a receber comunicações de perto de mil centros espiritas sérios, disseminados pelos mais diversos pontos da Terra, achamo-nos em condições de observar sobre que principio se estabelece a concordância. Essa observação é que nos tem guiado até hoje e é a que nos guiará em novos campos que o Espiritismo terá de explorar.”
(O Evangelho Segundo o Espiritismo, Introdução – Cap. II)



 (   11   )
“Não será à opinião de um homem que se aliarão os outros, mas à voz unânime dos Espíritos; não será um homem, nem nós, nem qualquer outro que fundará a ortodoxia espírita; tampouco será um Espírito que se venha impor a quem quer que seja: será a universalidade dos Espíritos que se comunicam em toda a Terra, por ordem de Deus. Esse o caráter essencial da Doutrina Espírita; essa a sua força, a sua autoridade. Quis Deus que a sua lei assentasse em base inamovível e por isso não lhe deu por fundamento a cabeça frágil de um só.” 
(O Evangelho Segundo o Espiritismo, Introdução – Cap. II)

(Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. VI, item 5)
Venho, como outrora aos transviados filhos de Israel, trazer-vos a verdade e dissipar as trevas. Escutai-me.
O Espiritismo, como o fez antigamente a minha palavra, tem de lembrar aos incrédulos que acima deles reina a imutável
verdade: o Deus bom, o Deus grande, que faz germinem as plantas e se levantem as ondas. Revelei a doutrina divinal. Como um ceifeiro, reuni em feixes o bem esparso no seio da Humanidade e disse: “Vinde a mim, todos vós que sofreis.”
Mas, ingratos, os homens afastaram-se do caminho reto e largo que conduz ao reino de meu Pai e enveredaram pelas ásperas sendas da impiedade. Meu Pai não quer aniquilar a raça humana; quer que, ajudando-vos uns aos outros, mortos e vivos, isto é, mortos segundo a carne, porquanto não existe a morte, vos socorrais mutuamente, e que se faça ouvir não mais a voz dos profetas e dos apóstolos, mas a dos que já não vivem na Terra, a clamar: Orai e crede! pois que a morte é a ressurreição, sendo a vida a prova buscada e durante a qual as virtudes que houverdes cultivado crescerão e se desenvolverão como o cedro.
Homens fracos, que compreendeis as trevas das vossas inteligências, não afasteis o facho que a clemência divina vos coloca nas mãos para vos clarear o caminho e reconduzir-vos, filhos perdidos, ao regaço de vosso Pai.
Sinto-me por demais tomado de compaixão pelas vossas misérias, pela vossa fraqueza imensa, para deixar de estender mão socorredora aos infelizes transviados que, vendo o céu, caem nos abismos do erro. Crede, amai, meditai sobre as coisas que vos são reveladas; não mistureis o joio com a boa semente, as utopias com as verdades.
Espíritas! amai-vos, este o primeiro ensinamento; instruí-vos, este o segundo. No Cristianismo encontram-se todas as verdades; são de origem humana os erros que nele se enraizaram. Eis que do além-túmulo, que julgáveis o nada, vozes vos clamam: “Irmãos! nada perece. Jesus-Cristo é o vencedor do mal, sede os vencedores da impiedade.”   O Espírito de Verdade. (Paris, 1860.)

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