Casa Espírita Missionários da Luz
ESDE1 06/03/12
Tema:
O método e As Obras Básicas:
Objetivos:
a)
Explicar o método adotado por Allan Kardec na Codificação Espírita
b)
Conhecer as Obras Básicas da Doutrina Espírita
c)
Reconhecer a necessidade do estudo aprofundado das obras básicas da codificação
Bibliografia
-
Obras Póstumas – 2a.Parte – “Minha
Primeira Iniciação no Espiritismo”, “O Livros dos Espíritos”, “A “Revista
Espírita”; “Imitação do Evangelho”; “Minha nova obra sobre a Gênese”; “A
Gênese”.
-
O Livro dos Espíritos – Introdução Cap.
VIII, Prolegômenos;
-
O Evangelho Segundo o Espiritismo,
Introdução – Cap. II.
Material
Exemplares
de todos os 5 livros da codificação; textos de Obras Póstumas e de O Evangelho
Seg. Espiritismo em tiras de papel.
Desenvolvimento:
O tema
deverá ser abordado através da exposição dialogada, com trechos de Obras
Póstumas e da introdução do Evangelho Segundo o Espiritismo, distribuídos entre
os participantes para leitura sequencial.
- Leitura Inicial: O Evangelho Seg. O Espiritismo, Cap.
VI, item 5 – cópia a todos
- Comentários da msg lida de O Espírito de
Verdade (Paris, 1860).
Prece inicial
- Distribuir
os papéis com os trechos em anexo, para que cada participante possa ler o
trecho que recebeu e comentar.
- Resumir
ao final da leitura:
O método de
Kardec: Experimental
-
Observar, comparar, julgar;
-
dos efeitos, remontar às causas;
-
por dedução e encadeamento lógico dos
fatos;
-
agir com circunspecção e não
levianamente;
-
ser positivista e não idealista.
Levava para cada sessão uma
série de perguntas preparadas e metodicamente dispostas.
Autoridade
da DE (Evangelho Segundo o Espiritismo. Introdução Cap. II)
-
controle universal do ensino dos Espíritos.
- Pedir
que todos manuseiem os livros da Codificação Espírita, analisando cada
obra:
O Livro dos Espíritos – 1857:
Primeira obra da Codificação
Kardequiana. Primeira edição em Paris, em 18 de abril de 1857.
A Introdução é composta por 27
parágrafos, onde Allan Kardec explica a obra, esclarece alguns termos novos,
comenta as dificuldades das primeiras comunicações, no que se refere à
psicografia, comenta e justifica as objeções lançadas sobre a obra; mas é o
capítulo VI, que mais nos chama a atenção, pois em 36 parágrafos, é traçado um Resumo da Doutrina dos Espíritos.
Na seqüência temos os Prolegômenos, que seria a exposição
preliminar dos princípios gerais de uma ciência ou doutrina:
Os Espíritos
desenharam uma Cepa e mandaram que se colocasse no cabeçalho do livro e ela
representa o emblema do trabalho do
Criador.
-
o corpo é a cepa;
-
a alma, ou seja o Espírito encarnado,
ou o Espírito ligado à matéria, seria a fruta, a uva;
-
o Espírito seria o licor.
O homem aperfeiçoa o Espírito pelo trabalho e somente
mediante o trabalho do corpo o Espírito adquire conhecimentos.
Adentrando-se, propriamente no corpo
da obra, encontramo-la dividida em quatro partes:
Primeira Parte – Das Causas Primárias – subdividida em quatro capítulos: Deus; Dos Elementos
gerais do Universo; Da Criação; Do Princípio vital.
Segunda Parte – Do Mundo Espírita ou Do
Mundo dos Espíritos – subdividida em onze capítulos: Dos
Espíritos; Da Encarnação dos Espíritos; Da volta do Espírito à Vida Espiritual;
Da Pluralidade das Existências; Considerações sobre a Pluralidade das
Existências; Da Vida Espírita; Da Volta do Espírito à Vida Corporal; Da
Emancipação da Alma; Da Intervenção dos Espíritos no Mundo Corporal; Das
Ocupações e Missões dos Espíritos e Dos
Três Reinos.
Terceira Parte – Das Leis Morais – subdividida em 12 capítulos: Da Lei Divina ou Natural; Da
Lei de Adoração; Da Lei do Trabalho; Da Lei de Reprodução; Da Lei de
Conservação; Da Lei de Destruição; DA Lei de Sociedade; Da Lei do Progresso; Da
Lei de Igualdade; Da Lei de Liberdade; Da Lei de Justiça de Amor e Caridade e
Da Perfeição Moral.
Quarta Parte – Das Esperanças e
Consolações – subdividida em dois capítulos: Das Penas e Gozos terrenos; Das Penas e Gozos Futuros.
O Livro dos Médiuns – 1861:
Primeira edição em Paris, em 15
janeiro de 1861.
O Livro dos Médiuns no seu
frontispício, apresenta o subtítulo: “Guia dos Médiuns e dos Evocadores” e
resume o seu conteúdo assim: Ensino especial dos Espíritos sobre a Teoria de
todos os gêneros de manifestações, os meios de comunicação com o mundo
invisível, o desenvolvimento da mediunidade, as dificuldades e os tropeços que
se podem encontrar na prática do Espiritismo, constituindo o seguimento de O
Livro dos Espíritos.
Esses temas acham-se expostos
através das seguintes partes: Parte
Primeira – Noções Preliminares; Parte Segunda – Das Manifestações Espíritas.
O Evangelho Segundo o Espiritismo– 1864:
Primeira edição em paris, em abril
de 1864.
3a. Edição em 1866, revista
corrigida e modificada por Kardec.
Traz em sua folha
de rosto, a síntese de seu conteúdo que é: “A explicação das máximas do Cristo
em concordância com o Espiritismo e suas aplicações às diversas circunstâncias
da vida”.
O seu estudo se
desdobra em uma Introdução e vinte e
seis capítulos.
O Céu e o
Inferno – 1865:
Primeira edição,
em Paris, em 01 de Agosto de 1865.
Tem como subtítulo
“A justiça Divina Segundo o Espiritismo”.
Contém, segundo o
resumo constante em sua folha de rosto a seguinte menção: “Exame comparado das
doutrinas sobre a passagem da vida corporal à vida espiritual, sobre as
penalidades e recompensas futuras, sobre os anjos e os demônios, sobre as
penas, etc., seguido de numerosos exemplos acerca da situação real da alma
durante e depois da morte.
Sua matéria
desdobra-se da seguinte forma: Parte
Primeira – Doutrina, com onze capítulos;
Parte Segunda – Exemplos, com oito capítulos.
A Gênese – 1868:
Primeira edição
em Paris, em 06 de janeiro de 1868.
Traz no
respectivo frontispício o título completo: “A Gênese, Os Milagres e as
Predições Segundo o Espiritismo”.
Essa obra se
divide nas seguintes partes: Introdução;
A Gênese, com doze capítulos; Os Milagres, com três capítulos e as Predições,
também com três capítulos.
- A Codificação
Espírita é um todo homogêneo e integrado:
O Livro dos Espíritos:
Parte 1a – Das Causas Primárias ==> A Gênese (tb Cap. IX,
X e XI da Parte 2);
Parte 2a – Do Mundo Espírita ou dos Espíritos ==> O Livro
dos Médiuns (a partir do Cap. VI até o fim);
Parte 3a – Das Leis Morais ==> O Evangelho Segundo o
Espiritismo
Parte 4a – Das Esperanças e Consolações ==> O Céu e o
Inferno.
Obras Póstumas – 1868:
Primeira edição
em Paris, em janeiro de 1890.
- Além desses 5 livros, que formam a Codificação
Espírita, Kardec teve inúmeras outras tarefas como o Codificador:
18/04/1857
– O Livro dos Espíritos;
01/01/1858
– Edita a Revista Espírita – por 12 anos – até a sua desencarnação;
01/04/1858
– Fundou a 1a. Sociedade Espírita: Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas;
Jul/1859
– O que é o Espiritismo;
15/01/1861
– O Livro dos Médiuns;
15/01/1862
– O Espiritismo em sua mais Simples Expressão;
Abr/1864
– O Evangelho Segundo o Espiritismo;
01/08/1865
– O Céu e o Inferno;
06/01/1868
– A Gênese
Viagens
de Kardec para esclarecimento – 1860, 1861, 1862, 1864, 1866 e 1867
- Prece final
- Avaliação:
Estudo para 8 pessoas.
Os textos podem ser reduzidos pois
ficaram redundantes, e acabou faltando tempo para ver com mais detalhes as
obras.
Anexos:
(
1 )
“Foi nessas reuniões que comecei os meus estudos sérios de Espiritismo,
menos, ainda, por meio de revelações, do que de observações. Apliquei a essa nova
ciência, como o fizera até então, o método experimental; nunca elaborei teorias
preconcebidas; observava cuidadosamente, comparava, deduzia conseqüências; dos
efeitos procurava remontar às causas, por dedução e pelo encadeamento lógico
dos fatos, não admitindo por válida uma explicação, senão quando resolvia todas
as dificuldades da questão. Foi assim que procedi sempre em meus trabalhos
anteriores, desde a idade de 15 a 16 anos. Compreendi, antes de tudo, a
gravidade da exploração que ia empreender; percebi, naqueles fenômenos, a chave
do problema tão obscuro e tão controvertido do passado e do futuro da
Humanidade, a solução que eu procurara em toda a minha vida. Era, em suma, toda
uma revolução nas idéias e nas crenças; fazia-se mister, portanto, andar com a
maior circunspeção e não levianamente; ser positivista e não idealista, para
não me deixar iludir.”
(Obras Póstumas, 2a.Parte “A MINHA PRIMEIRA INICIAÇÃO NO ESPIRITISMO”)
( 2 )
“Vi logo que cada Espírito, em virtude da sua posição pessoal e de seus
conhecimentos, me desvendava uma face daquele mundo, do mesmo modo que se chega
a conhecer o estado de um país, interrogando habitantes seus de todas as
classes, não podendo um só, individualmente, informar-nos de tudo. Compete ao
observador formar o conjunto, por meio dos documentos colhidos de diferentes
lados, colecionados, coordenados e comparados uns com outros. Conduzi-me, pois,
com os Espíritos, como houvera feito com homens. Para mim, eles foram, do menor
ao maior, meios de me informar e não reveladores predestinados.
Tais as disposições com que empreendi meus estudos e neles prossegui
sempre. Observar, comparar e julgar, essa a regra que constantemente segui.”
(Obras
Póstumas, 2a.Parte “A
MINHA PRIMEIRA INICIAÇÃO NO ESPIRITISMO”)
( 3 )
“Levava para cada sessão uma série de questões preparadas e metodicamente
dispostas. Eram sempre respondidas com precisão, profundeza e lógica. (...).
Foram aquelas mesmas questões que, sucessivamente desenvolvidas e completadas,
constituíram a base de O Livro dos Espíritos.”
(Obras
Póstumas, 2a.Parte “A
MINHA PRIMEIRA INICIAÇÃO NO ESPIRITISMO”)
( 4 )
“Estava concluído, em grande parte, o meu trabalho e tinha as proporções de
um livro. Eu, porém, fazia questão de submetê-lo ao exame de outros Espíritos,
com o auxilio de diferentes médiuns. (...). Tendo-me as circunstâncias posto em
relação com outros médiuns, sempre que se apresentava ocasião eu a aproveitava
para propor algumas das questões que me pareciam mais espinhosas. Foi assim que
mais de dez médiuns prestaram concurso a esse trabalho. Da comparação e
da fusão de todas as respostas, coordenadas, classificadas e muitas vezes
retocadas no silêncio da meditação, foi que elaborei a primeira edição de O
Livro dos Espíritos, entregue à publicidade em 18 de abril de 1857.”
(Obras
Póstumas, 2a.Parte “A
MINHA PRIMEIRA INICIAÇÃO NO ESPIRITISMO”)
( 5 )
“O Espiritismo não
tem nacionalidade e não faz parte de nenhum culto existente; nenhuma classe
social o impõe, visto que qualquer pessoa pode receber instruções de seus
parentes e amigos de além-túmulo. Cumpre seja assim, para que ele possa
conduzir todos os homens à fraternidade. Se não se mantivesse em terreno
neutro, alimentaria as dissensões, em vez de apaziguá-las.”
(O Evangelho Segundo o Espiritismo,
Introdução – Cap. II)
(
6 )
“Nessa universalidade
do ensino dos Espíritos reside a força do Espiritismo e, também, a causa de sua
tão rápida propagação. Enquanto a palavra de um só homem, mesmo com o concurso
da imprensa, levaria séculos para chegar ao conhecimento de todos, milhares de
vozes se fazem ouvir simultaneamente em todos os recantos do planeta,
proclamando os mesmos princípios e transmitindo-os aos mais ignorantes, como
aos mais doutos, a fim de que não haja deserdados.”
(O Evangelho Segundo o Espiritismo,
Introdução – Cap. II)
(
7 )
“Daí resulta que, com
relação a tudo o que seja fora do âmbito do ensino exclusivamente moral, as
revelações que cada um possa receber terão caráter individual, sem cunho de
autenticidade; que devem ser consideradas opiniões pessoais de tal ou qual
Espírito e que imprudente fora aceitá-las e propagá-las levianamente como
verdades absolutas. O primeiro exame comprobativo é, pois, sem contradita, o da
razão, ao qual cumpre se submeta, sem exceção, tudo o que venha dos Espíritos.
Toda teoria em manifesta contradição
com o bom senso, com uma lógica rigorosa e com os dados positivos já
adquiridos, deve ser rejeitada, por mais respeitável que seja o nome que traga como
assinatura.”
(O Evangelho Segundo o Espiritismo,
Introdução – Cap. II)
(
8 )
“A concordância no
que ensinem os Espíritos é, pois, a melhor comprovação. Importa, no entanto,
que ela se dê em determinadas condições. (...)
Uma só garantia séria
existe para o ensino dos Espíritos: a concordância que haja entre as revelações
que eles façam espontaneamente, servindo-se de grande número de médiuns
estranhos uns aos outros e em vários lugares.”
(O
Evangelho Segundo o Espiritismo, Introdução – Cap. II)
(
9 )
“Prova a experiência
que, quando um principio novo tem de ser enunciado, isso se dá espontaneamente
em diversos pontos ao mesmo tempo e de modo idêntico, senão quanto à forma,
quanto ao fundo.”
(O Evangelho Segundo o Espiritismo,
Introdução – Cap. II)
(
10 )
“Essa a base em que
nos apoiamos, quando formulamos um principio da doutrina. Não é porque esteja
de acordo com as nossas idéias que o temos por verdadeiro. Não nos arvoramos,
absolutamente, em árbitro supremo da verdade e a ninguém dizemos: "Crede
em tal coisa, porque somos nós que vo-lo dizemos." A nossa opinião não
passa, aos nossos próprios olhos, de uma opinião pessoal, que pode ser
verdadeira ou falsa, visto não nos considerarmos mais infalível do que qualquer
outro. Também não é porque um principio nos foi ensinado que, para nós, ele
exprime a verdade, mas porque recebeu a sanção da concordância. Na posição em
que nos encontramos, a receber comunicações de perto de mil centros espiritas
sérios, disseminados pelos mais diversos pontos da Terra, achamo-nos em
condições de observar sobre que principio se estabelece a concordância. Essa
observação é que nos tem guiado até hoje e é a que nos guiará em novos campos
que o Espiritismo terá de explorar.”
(O Evangelho Segundo o Espiritismo,
Introdução – Cap. II)
(
11 )
“Não será à opinião
de um homem que se aliarão os outros, mas à voz unânime dos Espíritos; não
será um homem, nem nós, nem qualquer outro que fundará a ortodoxia
espírita; tampouco será um Espírito que se venha impor a quem quer que seja:
será a universalidade dos Espíritos que se comunicam em toda a Terra, por ordem
de Deus. Esse o caráter essencial da Doutrina Espírita; essa a sua força, a sua
autoridade. Quis Deus que a sua lei assentasse em base inamovível e por isso
não lhe deu por fundamento a cabeça frágil de um só.”
(O Evangelho Segundo
o Espiritismo, Introdução – Cap. II)
(Evangelho
Segundo o Espiritismo, Cap. VI, item 5)
Venho, como outrora aos transviados filhos de Israel, trazer-vos
a verdade e dissipar as trevas. Escutai-me.
O Espiritismo, como o fez antigamente a minha palavra, tem de
lembrar aos incrédulos que acima deles reina a imutável
verdade: o Deus bom, o Deus grande, que faz germinem as plantas
e se levantem as ondas. Revelei a doutrina divinal. Como um ceifeiro, reuni em
feixes o bem esparso no seio da Humanidade e disse: “Vinde a mim, todos vós que
sofreis.”
Mas, ingratos, os homens afastaram-se do caminho reto e largo
que conduz ao reino de meu Pai e enveredaram pelas ásperas sendas da impiedade.
Meu Pai não quer aniquilar a raça humana; quer que, ajudando-vos uns aos
outros, mortos e vivos, isto é, mortos segundo a carne, porquanto não existe a
morte, vos socorrais mutuamente, e que se faça ouvir não mais a voz dos
profetas e dos apóstolos, mas a dos que já não vivem na Terra, a clamar: Orai e
crede! pois que a morte é a ressurreição, sendo a vida a prova buscada e
durante a qual as virtudes que houverdes cultivado crescerão e se desenvolverão
como o cedro.
Homens fracos, que compreendeis as trevas das vossas
inteligências, não afasteis o facho que a clemência divina vos coloca nas mãos
para vos clarear o caminho e reconduzir-vos, filhos perdidos, ao regaço de
vosso Pai.
Sinto-me por demais tomado de compaixão pelas vossas misérias,
pela vossa fraqueza imensa, para deixar de estender mão socorredora aos
infelizes transviados que, vendo o céu, caem nos abismos do erro. Crede, amai,
meditai sobre as coisas que vos são reveladas; não mistureis o joio com a boa
semente, as utopias com as verdades.
Espíritas! amai-vos, este o primeiro ensinamento; instruí-vos,
este o segundo. No Cristianismo encontram-se todas as verdades; são de origem
humana os erros que nele se enraizaram. Eis que do além-túmulo, que julgáveis o
nada, vozes vos clamam: “Irmãos! nada perece. Jesus-Cristo é o vencedor do mal,
sede os vencedores da impiedade.” O Espírito
de Verdade. (Paris, 1860.)
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