Casa Espírita Missionários da Luz
ESDE1 13/03/12
Tema:
O Caráter da DE, seu Tríplice Aspecto e o Consolador Prometido:
Objetivos:
a)
Descrever os caracteres das revelações divinas
b)
Ressaltar a significação da Revelação Espírita
c)
Conceituar a Doutrina Espírita em seu Tríplice Aspecto
d) Dar
o significado de “O Consolador Prometido por Jesus”
e)
Explicar a relação entre o Consolador Prometido e o Espiritismo
Bibliografia
- O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap I, itens 1 a 9; Cap.
VI, itens 3 e 4.
- KARDEC, Allan. O que é o espiritismo. 53. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2005. Preâmbulo, p. 50.
- A Gênese, cap I; Cap. XVII itens 36 à 40;
- KARDEC, Allan. O que é o espiritismo. 53. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2005. Preâmbulo, p. 50.
- A Gênese, cap I; Cap. XVII itens 36 à 40;
- O Livro dos Espíritos, Conclusão, item V, VI
e VII
- Revista Espírita, Novembro 1868 “O
Espiritismo é uma Religião?”
Material
Textos
para os grupos: exemplares de A Gênese.
Desenvolvimento:
- Leitura da
página de Vinha de Luz,
Emmanuel/Chico Xavier, Cap. 174 “Plataforma do Mestre”, comentários e
prece inicial.
- Falar ao
grupo do tema da noite sugerindo a abordagem da seguinte forma:
- Dividir o grupo me dois sub-grupos, ficando cada um com um dos 2 temas
do estudo: Revelação Divina e Tríplice Aspecto. Cada grupo deve ler e e
discutir um texto sobre o assunto, resumir para relatar ao outro grupo na
apresentação dos grupos;
- Depois da apresentação dos grupos e conclusão desses dois temas;
- Estudo do texto do Evangelho sobre o Consolador Prometido.
- Trabalho
em grupos – 20 minutos
- Apresentação
dos grupos – 30 minutos
Perguntas ao grupo Grupo Caráter da Doutrina Espírita:
- Qual a definição de
revelação e qual sua característica essencial?
- Quais as três
revelações divinas que o mundo teve até hoje?
- Qual o duplo caráter
da Doutrina Espírita?
- Que outros
caracteres a DE possui?
Perguntas ao grupo Grupo Tríplice Aspecto da Doutrina Espírita:
-
Quais são os três aspectos da Doutrina Espírita?
-
Em seu aspecto científico, qual seu objeto de estudo e seu
método de pesquisa?
-
Sob a ótica do Espiritismo Filosófico, quais os efeitos da
compreensão da filosofia espírita?
-
Como conceituar Religião sob a ótica da Doutrina Espírita?
-
Como Kardec conceituou os período de desenvolvimento do
Espiritismo, e em qual período estamos?
- Texto
sobre o Consolador: A Gênese, Cp. XVII, itens 35 à 40: “ANUNCIAÇÃO
DO CONSOLADOR”
Leitura em conjunto e comentários.
- Prece
final
- Anexos
Grupo Caráter da Doutrina Espírita
A Gênese – Allan Kardec, Cap. I
2. Definamos
primeiro o sentido da palavra revelação. Revelar,
do latim revelare, cuja raiz, velum, véu,
significa literalmente sair de sob o véu — e, figuradamente,
descobrir, dar a conhecer uma coisa secreta ou desconhecida.
3. A
característica essencial de qualquer revelação tem que ser a verdade. Revelar
um segredo é tornar conhecido um fato; (…).
10. (…) O caráter
essencial da revelação divina é o da eterna verdade. (…) É assim que a
lei do Decálogo tem todos os caracteres de sua origem, (...) ficou sempre de
pé, como farol da Humanidade. O Cristo fez dele a base do seu edifício,
abolindo as outras leis. (…) O Cristo e
Moisés foram os dois grandes reveladores que mudaram a face ao mundo e nisso
está a prova da sua missão divina.
12. O
Espiritismo, dando-nos a conhecer o mundo invisível que nos cerca e no meio do
qual vivíamos sem o suspeitarmos, assim como as leis que o regem, suas relações
com o mundo visível, a natureza e o estado dos seres que o habitam e, por
conseguinte, o destino do homem depois da morte, é uma verdadeira revelação, na
acepção científica da palavra.
13. Por sua
natureza, a revelação espírita tem duplo caráter: participa ao mesmo tempo da
revelação divina e da revelação científica. Participa da primeira, porque foi
providencial o seu aparecimento e não o resultado da iniciativa, nem de um
desígnio premeditado do homem; porque os pontos fundamentais da doutrina provêm
do ensino que deram os Espíritos encarregados por Deus de esclarecer os homens
acerca de coisas que eles ignoravam, que não podiam aprender por si mesmos e
que lhes importa conhecer, hoje que estão aptos a compreendê-las. Participa da
segunda, por não ser esse ensino privilégio de indivíduo algum, mas ministrado
a todos do mesmo modo; por não serem os que o transmitem e os que o recebem
seres passivos, dispensados do trabalho da observação e da
pesquisa, por não renunciarem ao raciocínio e ao livre-arbítrio; porque não lhes
é interdito o exame, mas, ao contrário, recomendado; enfim, porque a doutrina
não foi ditada completa, nem imposta à crença cega; porque é
deduzida, pelo trabalho do homem, da observação dos fatos que os Espíritos lhe
põem sob os olhos e das instruções que lhe dão, instruções que ele estuda,
comenta, compara, a fim de tirar ele próprio as ilações e aplicações. Numa
palavra, o que caracteriza a revelação espírita é o ser divina a sua
origem e da iniciativa dos Espíritos, sendo a sua elaboração fruto do trabalho
do homem.
20. (…) É uma
revolução completa a operar-se nas idéias, revolução tanto maior, tanto mais
poderosa, quanto não se circunscreve a um povo, nem a uma casta, visto que
atinge simultaneamente, pelo coração, todas as classes, todas as nacionalidades,
todos os cultos.
Razão há,
pois, para que o Espiritismo seja considerado a terceira das grandes
revelações. Vejamos em que essas revelações diferem e qual o laço que as liga
entre si.
21. Moisés,
como profeta, revelou aos homens a existência de um Deus único, Soberano Senhor
e Orientador de todas
as coisas;
promulgou a lei do Sinai e lançou as bases da verdadeira fé. Como homem, foi o
legislador do povo pelo qual essa primitiva fé, purificando-se, havia de
espalhar-se por sobre a Terra.
22. O Cristo,
tomando da antiga lei o que é eterno e divino e rejeitando o que era
transitório, puramente disciplinar e de concepção humana, acrescentou a revelação
da vida futura, de que Moisés não falara, assim como a das penas e recompensas
que aguardam o homem, depois da morte.
23. A parte
mais importante da revelação do Cristo, no sentido de fonte primária, de pedra
angular de toda a sua doutrina é o ponto de vista inteiramente novo sob que
considera ele a Divindade. Esta já não é o Deus terrível, ciumento, vingativo,
de Moisés; (…) mas, um Deus clemente, soberanamente justo e bom, cheio de
mansidão e misericórdia, que perdoa ao pecador arrependido e dá a cada
um segundo as suas obras. Já não é o Deus de um único povo privilegiado,
(…) mas, o Pai comum do gênero humano, que estende a sua proteção por sobre
todos os seus filhos e os chama todos a si; (…).
30. O
Espiritismo, partindo das próprias palavras do Cristo, como este partiu das de
Moisés, é conseqüência direta da sua doutrina. À idéia vaga da vida futura,
acrescenta a revelação da existência do mundo invisível que nos rodeia e povoa
o espaço, e com isso precisa a crença, dá-lhe um corpo, uma consistência, uma
realidade à idéia.
45. A primeira
revelação teve a sua personificação em Moisés, a segunda no Cristo, a terceira
não a tem em indivíduo algum. As duas primeiras foram individuais, a terceira
coletiva; aí está um caráter essencial de grande importância. Ela é coletiva no
sentido de não ser feita ou dada como privilégio a pessoa alguma; ninguém, por
conseqüência, pode inculcar-se como seu profeta exclusivo; foi espalhada
simultaneamente, por sobre a Terra, a milhões de pessoas, de todas as idades e
condições, (…).
46. As duas
primeiras revelações, sendo fruto do ensino pessoal, ficaram forçosamente localizadas,
isto é, apareceram num só ponto, em torno do qual a idéia se propagou pouco a
pouco; mas, foram precisos muitos séculos para que atingissem as extremidades
do mundo, sem mesmo o invadirem inteiramente A terceira tem isto de particular:
não estando personificada em um só indivíduo, surgiu simultaneamente em
milhares de pontos diferentes, que se tornaram centros ou focos de irradiação.
Multiplicando-se esses centros, seus raios se reúnem pouco a pouco, como os
círculos formados por uma multidão de pedras lançadas na água, de tal sorte
que, em dado tempo, acabarão por cobrir toda a superfície do globo.
55. Um último
caráter da revelação espírita, a ressaltar das condições mesmas em que ela se
produz, é que, apoiando-se em fatos, tem que ser, e não pode deixar de ser,
essencialmente progressiva, como todas as ciências de observação. (…) O Espiritismo, pois, não estabelece como
princípio absoluto senão o que se acha evidentemente demonstrado, ou o que
ressalta logicamente da observação.
57. Uma das questões
mais importantes, entre as propostas no começo deste capítulo, é a seguinte:
Que autoridade tem a revelação espírita, uma vez que emana de seres de
limitadas luzes e não infalíveis?
A objeção
seria ponderosa, se essa revelação consistisse apenas no ensino dos Espíritos,
se deles exclusivamente a devêssemos receber e houvéssemos de aceitá-la de
olhos fechados. Perde, porém, todo valor, desde que o homem concorra para a
revelação com o seu raciocínio e o seu critério; desde que os Espíritos se limitam
a pô-lo no caminho das deduções que ele pode tirar da observação dos fatos.
Ora, as manifestações, nas suas inumeráveis modalidades, são fatos que o homem
estuda para lhes deduzir a lei, auxiliado nesse trabalho por Espíritos de todas
as categorias, que, de tal modo, são mais colaboradores seus do que
reveladores, no sentido usual do termo. Ele lhes submete os
dizeres ao cadinho da lógica e do bom-senso: desta maneira se beneficia dos
conhecimentos especiais de que os Espíritos dispõem pela posição em que se
acham, sem abdicar o uso da própria razão.
Perguntas
para subsidiar a apresentação do grupo:
- Qual a definição de
revelação e qual sua característica essencial?
- Quais as três
revelações divinas que o mundo teve até hoje?
- Qual o duplo caráter
da Doutrina Espírita?
- Que outros
caracteres a DE possui?
Grupo Tríplice Aspecto da
Doutrina Espírita
O Evangelho Segundo o Espiritismo – Cap. I:
“5. O
Espiritismo é a ciência nova que vem revelar aos homens, por meio de provas
irrecusáveis, a existência e a natureza do mundo espiritual e as suas relações
com o mundo corpóreo. Ele no-lo mostra, não mais como coisa sobrenatural,
porém, ao contrário, como uma das forças vivas e sem cessar atuantes da
Natureza, como a fonte de uma imensidade de fenômenos até hoje incompreendidos
e, por isso, relegados para o domino do fantástico e do maravilhoso.
Preâmbulo do livro "O QUE É O
ESPIRITISMO", Allan Kardec:
O espiritismo é "uma ciência que trata da natureza, da
origem e da destinação dos Espíritos, e das suas relações com o mundo
corporal".
"O Espiritismo é ao mesmo tempo uma ciência
de observação e uma doutrina filosófica. Como ciência prática, ele consiste nas
relações que se podem estabelecer com os Espíritos; como filosofia, ele
compreende todas conseqüências morais que decorrem dessas relações".
O Livro dos Espíritos:
Conclusão, item V.
Três períodos distintos apresenta o
desenvolvimento dessas idéias: primeiro, o da curiosidade, que a singularidade
dos fenômenos produzidos desperta; segundo, o do raciocínio e da filosofia;
terceiro, o da aplicação e das conseqüências. O período da curiosidade passou;
a curiosidade dura pouco. Uma vez satisfeita, muda de objeto. O mesmo não
acontece com o que desafia a meditação séria e o raciocínio. Começou o segundo
período, o terceiro virá inevitavelmente.
O
Espiritismo progrediu principalmente depois que foi sendo mais bem compreendido
na sua essência íntima, depois que lhe perceberam o alcance, porque tange a
corda mais sensível do homem: a da sua felicidade, mesmo neste mundo.
Aí a causa da sua propagação, o segredo da força que o fará triunfar. Enquanto
a sua influência não atinge as massas, ele vai felicitando os que o
compreendem. Mesmo os que nenhum fenômeno têm testemunhado, dizem: à parte
esses fenômenos, há a filosofia, que me explica o que NENHUMA OUTRA me havia
explicado. Nela encontro, por meio unicamente do raciocínio, uma solução racional
para os problemas que no mais alto grau interessam ao meu futuro. Ela me dá
calma, firmeza, confiança; livra-me do tormento da incerteza. Ao lado de tudo
isto, secundária se torna a questão dos fatos materiais.
“O Espiritismo é forte porque assenta sobre
as próprias bases da religião; Deus, a alma, as penas e as recompensas futuras;
sobretudo, porque mostra que essas penas e recompensas são corolários naturais
da vida terrestre e, ainda, porque, no quadro que apresenta do futuro, nada há
que a razão mais exigente possa recusar. ”
Conclusão, item VI
Falsíssima idéia
formaria do Espiritismo quem julgasse que a sua força lhe vem da prática das
manifestações materiais e que, portanto, obstando-se a tais manifestações, se
lhe terá minado a base. Sua força está na sua filosofia, no apelo que dirige à
razão, ao bom-senso.
Que
faz a moderna ciência espírita? Reúne em corpo de doutrina o que estava
esparso; explica, com os termos próprios, o que só era dito em linguagem
alegórica; poda o que a superstição e a ignorância engendraram, para só deixar
o que é real e positivo. Esse o seu papel. O de fundadora não lhe pertence.
Mostra o que existe, coordena, porém não cria, por isso que suas bases são de
todos os tempos e de todos os lugares.
Conclusão, item VII
“O Espiritismo se apresenta sob três aspectos
diferentes: o das manifestações, o dos princípios e da filosofia que delas
decorrem e o da aplicação desses princípios. Daí, três classes, ou, antes, três
graus de adeptos: 1° os que crêem nas manifestações e se limitam a
comprová-las; para esses, o Espiritismo é uma ciência experimental; 2° os que
lhe percebem as conseqüências morais; 3° os que praticam ou se esforçam por
praticar essa moral.”
“ (…)
para os que compreendem o Espiritismo filosófico e nele vêem outra
coisa, que não somente fenômenos mais ou menos curiosos, diversos são os seus
efeitos.
O
primeiro e mais geral consiste em desenvolver o sentimento religioso até
naquele que, sem ser materialista, olha com absoluta indiferença para as
questões espirituais. (…) que o
leva a aceitar,
sem queixa, nem pesar, uma morte inevitável, como coisa mais de alegrar do que
de temer, pela certeza que tem do estado que se lhe segue.
O
segundo efeito, quase tão geral quanto o primeiro, é a resignação nas
vicissitudes da vida. O Espiritismo dá a ver as coisas de tão alto, que,
perdendo a vida terrena três quartas partes da sua importância, o homem não se
aflige tanto com as tribulações que a acompanham. Daí, mais coragem nas
aflições, mais moderação nos desejos.
O terceiro efeito é o de estimular no homem a indulgência para com os defeitos
alheios.”
Questão
625:
Qual o tipo mais
perfeito que Deus tem oferecido ao homem para, lhe servir de guia e
modelo ? "Jesus"
A Gênese, Cap. I
54.
Nenhuma ciência existe que haja saído prontinha do cérebro de um
homem. Todas, sem exceção de nenhuma, são fruto de observações sucessivas,
apoiadas em observações precedentes, como em um ponto conhecido, para chegar ao
desconhecido. Foi assim que os Espíritos procederam, com relação ao
Espiritismo. Daí o ser gradativo o ensino que ministram. Eles não enfrentam as
questões, senão à medida que os princípios sobre que hajam de apoiar-se estejam
suficientemente elaborados e amadurecida bastante a opinião para os assimilar.
Revista
Espírita, Novembro 1868, Allan Kardec
O laço estabelecido por uma religião, qualquer
que lhe seja o objeto, é, pois, um laço essencialmente moral, que religa os
corações, que identifica os pensamentos, as aspirações, (…). O efeito desse laço moral é de estabelecer entre
aqueles que une, como conseqüência da comunhão de objetivos e de sentimentos, a
fraternidade e a solidariedade, a indulgência e a benevolência mútuas.
Se assim é, dir-se-á, o Espiritismo é, pois, uma
religião? Pois bem, sim! sem dúvida, Senhores; no sentido filosófico, o
Espiritismo é uma religião, e disto nos glorificamos, porque é a doutrina que
fundamenta os laços da fraternidade e da comunhão de pensamentos, não sobre uma
simples convenção, mas sobre as bases mais sólidas: as próprias leis da
Natureza. (...)
As reuniões espíritas podem, pois, ser mantidas
religiosamente, quer dizer, com recolhimento e o respeito que comporta a
natureza séria dos assuntos dos quais ela se ocupa; (…).
Qual é, pois, o laço que deve existir entre os
Espíritas? Eles não são unidos entre si por nenhum contrato material, por
nenhuma prática obrigatória; qual é o sentimento no qual devem se confundir
todos os pensamentos? É um sentimento todo moral, todo espiritual, todo
humanitário: o da caridade para todos, de
outro modo dito: o amor do próximo que compreende os vivos e os mortos,
uma vez que sabemos que os mortos sempre fazem parte da Humanidade.
A caridade é a alma do Espiritismo: ela resume
todos os deveres do homem para consigo mesmo e para com os seus semelhantes; é
porque pode se dizer que não há verdadeiro Espírita sem caridade.
Perguntas para
subsidiar a apresentação do grupo:
-
Quais são os três aspectos da Doutrina Espírita?
-
Em seu aspecto científico, qual seu objeto de estudo e seu
método de pesquisa?
-
Sob a ótica do Espiritismo Filosófico, quais os efeitos da
compreensão da filosofia espírita?
-
Como conceituar Religião sob a ótica da Doutrina Espírita?
-
Como Kardec conceituou os período de desenvolvimento do
Espiritismo, e em qual período estamos?
Vinha de Luz, Emmanuel/Chico Xavier, Cap. 174
“Plataforma do Mestre”
"Ele
salvará seu povo dos pecados deles." - (MATEUS, 1:21.)
Em verdade, há dois mil anos, o povo acreditava que Jesus seria um
comandante revolucionário, como tantos outros, a desvelar-se por reivindicações
políticas, à custa da morte, do suor e das lágrimas de muita gente.
Ainda hoje, vemos grupos compactos de homens indisciplinados que, administrando
ou obedecendo, se reportam ao Cristo, interpretando-o qual se fora patrono de
rebeliões individuais, sedento de guerra civil.
Entretanto, do Evangelho não transparece qualquer programa nesse
sentido.
Que Jesus é o Divino Governador do Planeta não podemos duvidar. O que
fará Ele do mundo redimido ainda não sabemos, porque ao soldado humílimo são
defesos os planos do General.
A Boa Nova, todavia, é muito clara, quanto à primeira plataforma do
Mestre dos mestres. Ele não apresentava títulos de reformador dos hábitos
políticos, viciados pelas más inclinações de governadores e governados de todos
os tempos.
Anunciou-nos a celeste revelação que Ele viria salvar-nos de nossos
próprios pecados, libertar-nos da cadeia de nossos próprios erros, afastando-nos
do egoísmo e do orgulho que ainda legislam para o nosso mundo consciencial.
Achamo-nos, até hoje, em simples fase de começo de apostolado evangélico
- Cristo libertando o homem das chagas de si mesmo, para que o homem limpo
consiga purificar o mundo.
O reino individual que puder aceitar o serviço liberatório do Salvador
encontrará a vida nova.
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