domingo, 6 de novembro de 2016

Estudo Nosso Lar - Capítulo 31

Casa Espírita Missionários da Luz
Estudo Livro Nosso Lar  –  16/08/2016

Tema:  Capítulo 31 de Nosso Lar
                                                                                                                      Coordenação: Augusto
Objetivos:
- Identificar os prejuízos do aborto para o Espírito que desencarna;
- Refletir sobre os compromissos firmados quanto a formação da família, antes do renascimento terrestre.
- Perceber os benefícios do arrependimento.

Bibliografia:  
- Nosso Lar, André Luiz/Chico Xavier, Cap. 31
- LE, perg. 344, 355 a 360, 880, 990, 991 e 1007;
- O Céu E o Inferno, 1ª parte, cap. 7, “Código penal da vida futura” itens: 1, 10, 13 a 17, 33;
- Alerta, Joanna de Ângelis, Cap. 22 “Aborto”;
- Após a tempestade, Joanna de Ângelis, Cap. 12 “Aborto Delitoso”;
- Luz Viva, Joanna de Ângelis, Cap. 12 “Abortamento”;
- Estudando a mediunidade, Martins Peralta, Cap. 13 “Vampirismo”.

Material: Tiras com as frases para reflexão, notebook e projetor

Desenvolvimento:

1. Prece Inicial.

2.Projetar textos de André Luiz

1.    Vampirismo

“Venho participar que uma infeliz mulher está pedindo socorro, no grande portão que dá para os campos de cultura. “

“(...). Segundo as ordens que nos regem, não pude fazê-lo, porque a pobrezinha está rodeada de pontos negros. ”

“Então, o caso é muito grave. ”

“(...). Nada vi, senão o vulto da infeliz, coberta de andrajos, rosto horrendo e pernas em chaga viva (...). ”

“Aquela voz lamuriosa sensibilizava-me o coração. Narcisa, por sua vez, mostrava-se comovida, mas falou em tom confidencial: - Não está vendo os pontos negros? ”

“(...). Preciso recorrer ao Vigilante-Chefe, em serviço. “

“Está mulher, por enquanto, não pode receber nosso socorro. Trata se de um dos mais fortes vampiros que tenho visto até hoje. É preciso entregá-la à própria sorte. “

      èPerguntas após a apresentação:
      O que é vampirismo e como se prevenir?

      èProjetar:

“É do Instrutor Alexandre:
-Sem nos referirmos aos morcegos sugadores, o vampiro, entre os homens, é o fantasma dos mortos, que se retira do sepulcro, alta noite, para alimentar-se do sangue dos vivos. Não sei quem é o autor de semelhante definição, mas, no fundo, não está errada. Apenas cumpre considerar que, entre nós, vampiro é toda entidade ociosa que se vale, indebitamente, das possibilidades alheias e, em se tratando de vampiros que visitam os encarnados, é necessário reconhecer que eles atendem aos sinistros propósitos a qual quer hora, desde que encontrem guarida no estojo de carne dos homens. “

Larvas: Alimento mental das entidades infelizes, formado pelas nossas criações inferiores”.

Vampirismo: Ação pela qual Espíritos involuídos, arraigados às paixões interiores, se imantam à organização psicofísica dos encarnados (e desencarnados), sugando-lhes a substância vital”.

LOCALIZAÇÃO HABITUAL = {Estômago, fígado, aparelho digestivo, zona do sexo”.

CAUSAS EFETIVAS = {Desregramentos emocionais, glutonaria, excessos alcoólicos, cólera, tristeza, ódio, etc; etc”.

“Como evitaremos a vampirização? E a resposta será, lógica e simplesmente: Pela conduta reta e pelo cultivo, incessante, de hábitos opostos aos acima caracterizados”.
(Estudando a Mediunidade, Martins Peralva, cap. 13 Vampirismo)

“(...) em respeito para com os outros, não devemos esperar o respeito alheio. Se temos sido vampiros insaciáveis dos seres frágeis que nos cercam, entre as formas terrenas, abusando de nosso poder racional ante a fraqueza da inteligência deles, não é demais que, por força da animalidade que conserva desveladamente, venha a cair à maioria das criaturas em situações enfermiças pelo vampirismo das entidades que lhes são afins, na esfera invisível. “
(Missionários da Luz, André Luiz, cap. 4 Vampirismo).


2.    Aborto

“Conte as manchas pretas. Narcisa fixou o olhar na infeliz e respondeu, após alguns instantes: - Cinquenta e oito. O Irmão Paulo, (...), explicou: - Esses pontos escuros representam cinquenta e oito crianças assassinadas ao nascerem. Em cada mancha vejo a imagem mental de uma criancinha aniquilada, umas por golpes esmagadores, outras por asfixia. Essa desventurada criatura foi profissional de ginecologia. A pretexto de aliviar consciências alheias, entregava-se a crimes nefandos, explorando a infelicidade de jovens inexperientes. A situação dela é pior que a dos suicidas e homicidas, que, por vezes, apresentam atenuantes de vulto. “

“(...). Não falo aqui de providências legítimas, que constituem aspectos das provações redentoras, refiro-me ao crime de assassinar os que começam a trajetória na experiência terrestre, com o direito sublime da vida.”

èPerguntas após a apresentação:
Constitui crime a provocação do aborto, em qualquer período de gestação?

èProjetar:

LE 344. Em que momento a alma se une ao corpo?
 “A união começa na concepção, mas só é completa por ocasião do nascimento. Desde o instante da concepção, o Espírito designado para habitar certo corpo a este se liga por um laço fluídico, que cada vez mais se vai apertando até ao instante em que a criança vê a luz. O grito, que o recém-nascido solta, anuncia que ela se conta no número dos vivos e dos servos de Deus. ”

LE 345. É definitiva a união do Espírito com o corpo desde o momento da concepção? Durante esta primeira fase, poderia o Espírito renunciar a habitar o corpo que lhe está destinado?
“É definitiva a união, no sentido de que outro Espírito não poderia substituir o que está designado para aquele corpo. Mas, como os laços que ao corpo o prendem são ainda muito fracos, facilmente se rompem e podem romper-se por vontade do Espírito, se este recua diante da prova que escolheu. Em tal caso, porém, a criança não vinga. ”

LE 357. Que consequências tem para o Espírito o aborto?
“É uma existência nulificada e que ele terá de recomeçar. ”

LE 358. Constitui crime a provocação do aborto, em qualquer período da gestação?
“Há crime sempre que transgredis a lei de Deus. Uma mãe, ou quem quer que seja, cometerá crime sempre que tirar a vida a uma criança antes do seu nascimento, por isso que impede uma alma de passar pelas provas a que serviria de instrumento o corpo que se estava formando. ”

LE 359. Dado o caso que o nascimento da criança pusesse em perigo a vida da mãe dela, haverá crime em sacrificar-se a primeira para salvar a segunda?
“Preferível é se sacrifique o ser que ainda não existe a sacrificar-se o que já existe. ”

LE 360. Será racional ter-se para com um feto as mesmas atenções que se dispensam ao corpo de uma criança que viveu algum tempo?
“Vede em tudo isso a vontade e a obra de Deus. Não trateis, pois, desatenciosamente, coisas que deveis respeitar. Por que não respeitar as obras da criação, algumas vezes incompletas por vontade do Criador? Tudo ocorre segundo os seus desígnios e ninguém é chamado para ser juiz. ”

“Nada que o justifique.
Infanticídio execrável, o aborto delituoso é cobarde processo de que se utilizam os espíritos fracos para desfazer-se da responsabilidade, incidindo em grave delito de que não poderão exonerar com facilidade. “

“A ninguém é concedida a faculdade de interromper o fenômeno da vida, sem assumir penoso compromisso de que não se libertará sem pesado ônus...”

Retornará à tentativa de recomeço na Terra o Espírito que foi impedido de renascer.
Talvez em circunstâncias mais grave para a abortista se dê o reencontro com aquele de quem gostaria de se libertar.
Vinculados por compromissos de inadiável regularização, imantam-se reciprocamente, dando início, quando o amor não os felicita, a longos processos de alienações cruéis e enfermidades outras de etiologia mui complexa.”

“Atende, assim, a vida, sob qualquer modalidade que se te manifeste. “
 FRANCO, Divaldo Pereira. Após a Tempestade. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. LEAL. Capítulo 12.

“Admitimos seja suficiente breve meditação, em torno do aborto delituoso, para reconhecermos nele um dos grandes fornecedores das moléstias de etiologia obscura e das obsessões catalogáveis na patologia da mente, ocupando vastos departamentos de hospitais e prisões.

(XAVIER, Francisco Cândido. Vida e Sexo. Pelo Espírito Emmanuel. FEB. Capítulo 17 Aborto)


3.    Reconhecer nossas fraquezas, Arrependimento

“Demonstrando a sensibilidade das almas nobres, Narcisa rogou:
Irmão Paulo, também eu já errei muito no passado. Atendamos a esta desventurada. Se me permite, eu lhe dispensarei cuidados especiais.
Reconheço, minha amiga - respondeu o diretor da vigilância, impressionando pela sinceridade -, que todos somos espíritos endividados; entretanto, temos a nosso favor o reconhecimento das próprias fraquezas e a boa-vontade de resgatar nossos débitos; mas esta criatura, por agora, nada deseja senão perturbar quem trabalha. Os que trazem os sentimentos calejados na hipocrisia emitem forças destrutivas. Para que nos serve aqui um serviço de vigilância?

“(...). Busquemos a prova. (...).  Que deseja a irmã, do nosso concurso fraterno? - Socorro! socorro! socorro! ... - respondeu lacrimosa. - Mas, minha amiga - ponderou acertadamente -, é preciso sabermos aceitar o sofrimento retifica dor. Por que razão tantas vezes cortou a vida a entezinhos frágeis, que iam à luta com a permissão de Deus? Ouvindo-o, inquieta, ela exibiu terrível carantonha de ódio e bradou: - Quem me atribui essa infâmia? Minha consciência está tranquila, canalha! ...   Empreguei a existência auxiliando a maternidade na Terra. Fui caridosa e crente, boa e pura...”

 “(...). Estamos numa casa de trabalho, onde os doentes reconhecem o seu mal e tentam curar-se, junto de servidores de boa-vontade. A mendiga objetou atrevidamente: - Não lhe pedi remédio, nem serviço. Estou procurando o paraíso que fiz por merecer, praticando boas obras. “

“Observaram o Vampiro? Exibe a condição de criminosa e declara-se inocente; é profundamente má e afirma-se boa e pura; sofre desesperadamente e alega tranquilidade; criou um inferno para si própria e assevera que está procurando o céu. Ante o silêncio com que lhe ouvíamos a lição, o Vigilante-Chefe rematou: - É imprescindível tomar cuidado com as boas ou más aparências. Naturalmente, a infeliz será atendida alhures pela Bondade Divina, mas, por princípio de caridade legítima, na posição em que me encontro, não lhe poderia abrir nossas portas. “


èPerguntas após a apresentação:
A irmã que pede ajuda, está consciente de seus atos quando encarnada? Reconhece suas faltas, o que precisa para ser acolhida em Nosso Lar?

Expiação e arrependimento

LE 990. O arrependimento se dá no estado corporal ou no estado espiritual?
“No estado espiritual; mas, também pode ocorrer no estado corporal, quando bem compreendeis a diferença entre o bem e o mal. “

LE 991. Qual a consequência do arrependimento no estado espiritual?
“Desejar o arrependido uma nova encarnação para se purificar. O Espírito compreende as imperfeições que o privam de ser feliz e por isso aspira a uma nova existência em que possa expiar suas faltas. ”

LE 992. Que consequência produz o arrependimento no estado corporal?
“Fazer que, já na vida atual, o Espírito progrida, se tiver tempo de reparar suas faltas. Quando a consciência o exprobra e lhe mostra uma imperfeição, o homem pode sempre melhorar-se.”

LE 993. Não há homens que só têm o instinto do mal e são inacessíveis ao arrependimento?
“Já te disse que todo Espírito tem que progredir incessantemente. Aquele que, nesta vida, só tem o instinto do mal, terá noutra o do bem e é para isso que renasce muitas vezes, pois preciso é que todos progridam e atinjam a meta. A diferença está somente em que uns gastam mais tempo do que outros, porque assim o querem. Aquele, que só tem o instinto do bem, já se purificou, visto que talvez tenha tido o do mal em anterior existência. ”

LE 994. O homem perverso, que não reconheceu suas faltas durante a vida, sempre as reconhece depois da morte?
“Sempre as reconhece e, então, mais sofre, porque sente em si todo o mal que praticou, ou de que foi voluntariamente causa. Contudo, o arrependimento nem sempre é imediato. Há Espíritos que se obstinam em permanecer no mau caminho, não obstante os sofrimentos por que passam. Porém, cedo ou tarde, reconhecerão errada a senda que tomaram e o arrependimento virá. Para esclarecê-los trabalham os bons Espíritos e também vós podeis trabalhar. ”

Código penal da vida futura
O Espiritismo não vem, pois, com sua autoridade privada, formular um código de fantasia; a sua lei, no que respeita ao futuro da alma, deduzida das observações do fato, pode resumir-se nos seguintes pontos:

1º - A alma ou Espírito sofre na vida espiritual as consequências de todas as imperfeições que não conseguiu corrigir na vida corporal. O seu estado, feliz ou desgraçado, é inerente ao seu grau de pureza ou impureza.

33º - Em que pese à diversidade de gêneros e graus de sofrimentos dos Espíritos imperfeitos, o código penal da vida futura pode resumir-se nestes três princípios:

1- O sofrimento é inerente à imperfeição.

2-Toda imperfeição, assim como toda falta dela promanada, traz consigo o próprio castigo nas consequências naturais e inevitáveis: assim, a moléstia pune os excessos e da ociosidade nasce o tédio, sem que haja mister de uma condenação especial para cada falta ou indivíduo.

3- Podendo todo homem libertar-se das imperfeições por efeito da vontade, pode igualmente anular os males consecutivos e assegurar a futura felicidade.

A cada um segundo as suas obras, no Céu como na Terra: - tal é a lei da Justiça Divina.
(O Céu E o Inferno, Kardec,1ª parte, cap. 7, “Código penal da vida futura)

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