domingo, 6 de novembro de 2016

Estudo Nosso Lar - capítulos 32 à 34

Casa Espírita Missionários da Luz - ESDE - 23/08/2016

Tema: Estudo do capítulos 32 à 34 de Nosso Lar

Objetivo:
     Refletir sobre a relevância dos pensamentos e sentimentos fraternos no Natal;
   Entender a emancipação da alma como base para os sonhos, e a possibilidade de atuação do Espírito encarnado durante o sono; 
     Identificar no equívoco da escravidão, a oportunidade de redenção para Espíritos devedores.


Bibliografia:
Nosso Lar, André Luiz/Chico Xavier, Cap. 32, 33 e 34;
O Livro dos Espíritos, pergs 401, 402, 410, 412, 829 à 832;
O que é o Espiritismo, pergs 141,143;
A Gênese, Cap XI, itens 29 à 32 (Gênese Espiritual), cap. XIV ‘Os Fluidos’ itens 13, 14,16,17, 23, 24, 27 e 28, Cap XV, ‘Os Milagres do Evangelho’, item 3 (Sonhos);
O Livro dos Médiuns, 2ª parte,cap. VIII ‘Laboratório do Mundo Invisível’;
Revista Espírita – Abr/1862 – ‘Frenologia espiritualista e espírita - Perfectibilidade da raça negra’;
Responsabilidade, de Joanna de Ângelis e Divaldo Franco, cap. ‘Alegria de Natal’;
Leis Morais da Vida, de Joanna de Ângelis e Divaldo Franco, cap. 53Na Esfera Dos Sonhos’;
Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho, Humberto de Campos/Chico Xavier, ‘Os escravos’, ‘Os Negros no Brasil’, ‘O Movimento Abolicionista’;
http://www.apologiaespirita.org/apologia/artigos/025_O_polemico_texto_de_Kardec_sobre_a_raca_negra.pdf

Vídeos Interessantes

https://www.youtube.com/watch?v=Q4lM35tDoJM
https://www.youtube.com/watch?v=bBE1s_ICbtE


Revista Espírita

1859 - Conversas familiares de além-túmulo - Junho- O Negro Pai César
- 3º artigo
1860 - Formação da Terra - Teoria da incrustação planetária - Abril - 3º artigo

1861 - Dissertações espíritas. Um Espírito israelita aos Seus Correligionários.

Material: apresentação PowerPoint

Desenvolvimento:
  1. Prece inicial

Iniciar falando que o estudar da questão dos animais na erraticidade, foi feito quando estudamos o cap.7. Assim, essa temática no cap.33 já foi estudada.

  1. Desenvolver o estudo com base em exposição dialogada, com apoio de projeção de slides.

Os salões verdes – Por iniciativa de Veneranda, foram criados em "Nosso Lar" os salões verdes, a serviço da educação. Entre fileiras de árvores, bancos naturais cobertos de relva formavam salas de aula ao ar livre.
A conservação exige cuidados permanentes, mas a beleza dos quadros representa vasta compensação.

O maior e o mais belo recinto do Ministério da Regeneração é o destinado às palestras do Governador, construído à maneira do gosto helênico e coberto de flores que se revezam de trinta em trinta dias.
Cada mês do ano mostra cores diferentes, em razão das flores que se vão modificando em espécie, de trinta a trinta dias. A Ministra reserva o mais lindo aspecto para o mês de dezembro, em comemoração ao Natal de Jesus.  (Cap. 32)

èComo vocês entenderam esses salões verdes, construídos em todos os ministérios?
èPorquê será que a conservação exige cuidados?
èQue flores serão essas que se modificam em espécie a cada mês?
èSerá que chove em Nosso Lar?

Os fluidos espirituais, que constituem um dos estados do fluido cósmico universal, são, a bem dizer, a atmosfera dos seres espirituais; o elemento donde eles tiram os materiais sobre que operam; 

Para os Espíritos, o pensamento e a vontade são o que é a mão para o homem. Pelo pensamento, eles imprimem àqueles fluidos tal ou qual direção, os aglomeram, combinam ou dispersam, organizam com eles conjuntos que apresentam uma aparência,
uma forma, uma coloração determinadas; mudam-lhes as propriedades, como um químico muda a dos gases ou de outros corpos, combinando-os segundo certas leis. É a grande oficina ou laboratório da vida espiritual. (A Gênese, cap. XIV, item 14)


Vibrações do NatalA Ministra reserva o mais lindo aspecto para o mês de dezembro, em comemoração ao Natal de Jesus, quando a cidade recebe os mais formosos pensamentos e as mais vigorosas promessas dos nossos companheiros encarnados na Terra e envia, por sua vez, ardentes afirmações de esperança e serviço às esferas superiores, em homenagem ao Mestre dos mestres. Esse salão é nota de júbilo para os nossos Ministérios. (Cap. 32)

èVocês percebem que a psicosfera fica diferente nas proximidades do Natal?

Sendo esses fluidos o veículo do pensamento e podendo este modificar-lhes as propriedades, é evidente que eles devem achar-se impregnados das qualidades boas ou más dos pensamentos que os fazem vibrar, modificando-se pela pureza ou impureza dos sentimentos.  (A Gênese, cap. XIV, item 16)

Fantasmas em “Nosso Lar”Tudo luar e serenidade, céu sublime e beleza silenciosa! Extasiando-me na contemplação do quadro, demorei alguns minutos entre a admiração e a prece.
Instantes depois, divisei ao longe dois vultos enormes que me impressionaram vivamente. Pareciam dois homens de substância indefinível, semiluminosa. Dos pés e dos braços pendiam filamentos estranhos, e da cabeça como que se escapava um longo fio de singulares proporções. Tive a impressão de identificar dois autênticos fantasmas. (Cap. 33)

èO que André Luiz viu? Que longo fio os vultos tinham?

Aqueles são os nossos próprios irmãos da Terra. Trata-se de poderosos espíritos que vivem na carne em missão redentora e podem, como nobres iniciados da Eterna Sabedoria, abandonar o veículo corpóreo, transitando livremente em nossos planos. Os filamentos e fios que observou são singularidades que os diferenciam de nós outros. (Cap. 33)

èQue fenômeno é esse?  (anímico. Emancipação da alma)
èPor quê nem sempre lembramos dessas incursões durante o sono?
èO que são então, os sonhos?

Durante o sono, a alma repousa como o corpo?
“Não, o Espírito jamais está inativo. Durante o sono, afrouxam-se os laços que o prendem ao corpo e, não precisando este então da sua presença, ele se lança pelo espaço e entra em relação mais direta com os outros Espíritos.” (LE, perg.401)

O sonho é a lembrança do que o Espírito viu durante o sono. Notai, porém, que nem sempre sonhais. Que quer isso dizer? Que nem sempre vos lembrais do que vistes, ou de tudo o que haveis visto, enquanto dormíeis. É que não tendes então a alma no pleno desenvolvimento de suas faculdades. Muitas vezes, apenas vos fica a lembrança da perturbação que o vosso Espírito experimenta à sua partida ou no seu regresso, acrescida da que resulta do que fizestes ou do que vos preocupa quando despertos.  (LE. 402)


Ler o trecho de Joanna, em Leis Morais da Vida:

“Os interesses recalcados, as aspirações frustradas, os tormentos íntimos, complexos, mal conduzidos dormem temporariamente no inconsciente do homem e assomam quando emoções de qualquer porte fazem-no desbordar, facultando o predomínio de conflitos em formas perturbadoras, gerando neuroses que se incorporam à personalidade, inquietando-a.

Da mesma forma os ideais de enobrecimento, os anelos de beleza, o hábito das emoções elevadas, a mentalização de planos superiores, as aquisições e lutas humanistas repousam nos departamentos da subconsciência, acordando, freqüentemente, e produzindo euforia, emulações no homem, ajudando-o os seu programa de paz interior e de realizações externas.

O homem é sempre aquilo que armazena consciente ou inconscientemente nos complexos mecanismos da mente.”

Projetar:
“Quando se dá o parcial desprendimento da alma através do sono natural, açodado pelos desejos e paixões que erguem ou envilecem, liberam-se aos memórias arquivadas que o assaltam, em formas variadas de sonhos nos quais se vê envolvido.

Permanecem nesse capítulo os estados oníricos da catalogação freudiana, em que as fixações de ordem sexual assumem expressões de realidade, dominando os múltiplos setores psíquicos da personalidade.

Além deles, há os que decorrem dos fenômenos digestivos, das intoxicações de múltipla ordem por conseqüência dos estados alucinatórios momentâneos, que produzem.” (Leis Morais da Vida, Cap. 53, Joanna de Ângelis, ‘Na Esfera dos Sonhos’)

Quando se trata de conteúdos do inconsciente, os mesmos (os sonhos) apresentam-se confusos, mesclados de imagens perturbadoras, que são as aspirações e atos não decodificados com clareza pela consciência lúcida ou resultados de mecanismos automáticos de ocultação dos conflitos angustiantes, que se expressam, nessas ocasiões, em catarse necessária ao equilíbrio psicofísico.

Quando ocorre o desdobramento, em que é o Espírito que experiência a ocorrência, a sua nitidez e qualidade são reais que se fixam na lembrança as cores e os detalhes que fazem parte do acontecimento. Nesse caso, expressam-se lógicos os diálogos com outros Espíritos, ricos de informações e de percepções psíquicas que se transformam em premonição, retrocognição, vivência da realidade... (Refletindo a Alma, Joanna de Ângelis, “, parte IV, perg 3)

Escravidão - - André, meu amigo, você esqueceu que estamos providenciando alívio a doentes e perturbados? Que proveito lhe advém de semelhantes informações? Os dementes falam de maneira incessante, e quem os ouve, gastando interesse espiritual, pode não estar menos louco. (Cap.34)

èque lição podemos extrair dessa orientação de Narcisa? == > É preciso saber ajudar!

èO que a DE nos fala sobre a escravidão?

Haverá homens que estejam, por natureza, destinadosa ser propriedades de outros homens?
“É contrária à lei de Deus toda sujeição absoluta de um homem a outro homem. A escravidão é um abuso da força. Desaparece com o progresso, como gradativamente desaparecerão todos os abusos.” (LE, perg.829)

LE. Per. 830 Quando a escravidão faz parte dos costumes de um povo, são censuráveis os que dela aproveitam, embora só o façam conformando-se com um uso que lhes parece natural?
“O mal é sempre o mal e não há sofisma que faça se torne boa uma ação má. A responsabilidade, porém, do mal é relativa aos meios de que o homem disponha para compreendê-lo. Aquele que tira proveito da lei da escravidão é sempre culpado de violação da lei da Natureza. Mas, aí, como em tudo, a culpabilidade é relativa. Tendo-se a escravidão introduzido nos costumes de certos povos, possível se tornou que, de boa-fé, o homem se aproveitasse dela como de uma coisa que lhe parecia natural. Entretanto, desde que, mais desenvolvida e, sobretudo, esclarecida pelas luzes do Cristianismo, sua razão lhe mostrou que o escravo era um seu igual perante Deus, nenhuma desculpa mais ele tem.”

LE 831. A desigualdade natural das aptidões não coloca certas raças humanas sob a dependência das raças mais inteligentes?
“Sim, mas para que estas as elevem, não para embrutecê-las ainda mais pela escravização.

èEssa pergunta de Kardec já traz uma afirmação. Qual seria?
èExistem raças inferiores a outras raças?

“A respeito dos negros escravos, diz-se: ‘São seres tão brutos, tão pouco inteligentes, que seria trabalho perdido procurar instruí-los; é uma raça inferior, incorrigível e profundamente incapaz’. A teoria que acabamos de dar permite encará-los sob uma outra luz; na questão do aperfeiçoamento das raças, é preciso ter em conta dois elementos constitutivos do homem; o elemento espiritual e o elemento corpóreo. É preciso conhecê-los, um e o outro, e só o Espiritismo pode nos esclarecer sobre a natureza do elemento espiritual, o mais importante, uma vez que é este que pensa e que sobrevive, ao passo que o elemento corpóreo se destrói”.
“Os negros, pois, como organização física, serão sempre os mesmos; como Espíritos, sem dúvida, são uma raça inferior, quer dizer, primitiva; são verdadeiras crianças às quais pode-se ensinar muita coisa; mas, por cuidados inteligentes, pode-se sempre modificar certos hábitos, certas tendências, e já é um progresso que levarão numa outra existência, e que lhes permitirá, mais tarde, tomar um envoltório em melhores condições.”
 “Sob o mesmo envoltório, quer dizer, com os mesmos instrumentos de manifestação do pensamento, as raças não são perfectíveis senão em limites estreitos, pelas razões que desenvolvemos. Eis por que a raça negra, enquanto raça negra, corporeamente falando, jamais alcançará o nível das raças caucásicas; mas, enquanto Espíritos, é outra coisa; ela pode se tornar, e se tornará, o que somos; somente ser-lhe-á preciso tempo e melhores instrumentos.”  (Revista Espírita, Abril 1862 ‘Perfectibilidade da raça negra’)
èComo podemos entender essas colocações de Allan Kardec?

è No tempo de Kardec todos acreditavam que os negros formavam uma raça inferior à raça caucasiana, ou branca.
è O propósito do artigo de Kardec era esclarecer os conceitos espíritas a partir da realidade científica e cultural de sua época. Passados 130 anos, a desigualdade entre as raças é um conceito totalmente superado.


  1. Conclusão

Para reflexão final, projetar os textos:


Agora que observava em "Nosso Lar" vibrações novas de trabalho intenso e construtivo, admirava-me de haver perdido tanto tempo no mundo em frioleiras de toda sorte. (...) Reconhecia que nada criara de sólido e útil no espírito dos meus familiares. Tarde verificava esse descuido. (André Luiz, cap. 33)

Quem atravessa um campo sem organizar sementeira necessária ao pão e sem proteger a fonte que sacia a sede, não pode voltar com a intenção de abastecer-se. (André Luiz, cap. 33)



  1. Prece final.

Anexos:

 Alegrias do Natal


Não obstante o tumulto crescente das torpes paixões, que desencadeiam dores superlativas, pairam nos corações expectativas e ansiedades de paz.
Embora a tirania tecnicista, que não conseguiu amenizar as rudes aflições, que ora se generalizam, repontam no homem cansado as esperanças alvissareiras, que falam de paz.

Após o malogro das ruidosas fantasias e dos turbulentos gozos, vibram na Terra as notas de doce canção de paz, penetrando e enlevando as criaturas ansiosas...

São as alegrias do Natal que chegam, refazendo o espírito humano, aturdido e descoroçado pela infatigável busca dos valores que, então, constata mortos.

Isto, porque, o Natal não significa tão-somente a algaravia multicolorida, a indústria da inutilidade, expressa na troca de presentes fúteis, mas, também, a lembrança do filho de Deus descendo das Constelações para a Manjedoura a fim de, pacífico e nobre, conviver com animais, reis e pastores, homens e mulheres simples, o poviléu, que conseguiu erguer às culminâncias da felicidade sem jaça.

Convite à reflexão, o Natal faz recordar o Excelso Amigo, participando das justas alegrias de uma boda e do grave-doce encontro com a pobre mulher surpreendida em adultério.

Evoca o Senhor das forças vivas da Natureza, repreendendo os ventos e o mar, e convidando gárrulas crianças ao regaço, por pertencer-lhes, na pureza de que se fazem símbolo, o reino de Deus...

Atualiza o diálogo, de alcance transcendente, com o príncipe e doutor da Lei sobre os renascimentos no corpo  e fala no soerguimento da filha da viúva de Naim, do servo do Centurião, e de Lázaro, do torpor da catalepsia e da morte para as excelências da ação lúcida...

Faculta uma visão nova da vida à luz do sermão da montanha, exaltando, nestes dias de truculência, a grandeza da humildade, força da fé e a operosidade da "não-violência"...

O Natal é oportunidade feliz para cada homem voltar-se para dentro de si, fazer a paz consigo próprio, valorizar a bênção da vida física que se esvai célere, e amar...

As alegrias do Natal proporcionam ensanchas para cada um felicitar-se mediante as doações de amor que se permita, renovando as paisagens íntimas, e, dando um passo além do "eu", distender a solidariedade com os que sofrem, os que se amarfanham nas lutas, os que se desesperam, os que se sentem a sós, os pequeninos e velhinhos ao abandono nas ruas e nos campos, dilatando até eles a ternura e facultando-lhes sorrisos, através da ação do bem, que transforma o homem em anjo de amor e fá-lo repetir quase em silêncio, novamente, a sonata inesquecível dos céus dirigida aos ouvidos do mundo atento:

-Glória a Deus nas alturas e paz na Terra para os homens de boa vontade!


Extraído do Livro Responsabilidade, de Joanna de Ângelis e Divaldo Franco.

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