Casa Espírita Missionários da Luz - ESDE - 30/08/2016
Tema: Estudo do capítulos 35 e 36 de Nosso Lar
Objetivo:
Refletir sobre a importância do perdão e do auto-perdão, como
libertadores dos sofrimentos;
Perceber a necessidade da reconciliação com os adversários,
conforme orientação de Jesus;
Identificar no perispírito a chave para os sonhos
no plano espiritual.
Bibliografia:
Nosso Lar, André Luiz/Chico Xavier, Cap. 35 e 36;
O Livro dos Espíritos, perg 93,94, 295, 439, 440;
O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap X, itens 2,
3, 5 e 6, 14 e 15;
A Gênese, Cap.
XIV, itens 7 e 10;
Celeiro de
bênçãos, Joanna de Ângelis/Divaldo, Caps 10 e 25.
Ilumita-te,
Joanna de Ângelis/Divaldo, Cap ‘Lazeres
e Divertimentos’
Evolução em
Dois Mundos, André Luiz/Chico Xavier, Cap. II, ‘Retrato Do Corpo Mental’ Cap. XVII
‘Mediunidade e Corpo Espiritual’;
Diversidade dos Carismas, Hermínio Miranda, Cap. V (Desdobramento), item
6 e Cap. VI itens 3 (Desdobramento em desdobramento) e 4 (http://www.acasadoespiritismo.com.br/mediunidade/divdoscarismas/diversidade%20dos%20carismas.htm)
Material: apresentação PowerPoint, trechos do evangelho
em tiras de papel
Desenvolvimento:
- Leitura da
página de Joanna, ‘Convite ao Perdão’, e Prece inicial
- Vemos no
cap. 35, um problema ocorrido numa questão envolvendo o André Luiz, seu
pai e um devedor. Como toda questão, tem 2 primas: o do credor, e o do
devedor. Vamos refletir um pouco sobre esse fato relatado por André Luiz.
èDistribuir os trechos do evangelho, para cochico 2-a-2, alternando os trechos
entre as duplas. Pedir que leiam e analisem, frente ao episódio relatado.
Reconciliai-vos
o mais depressa possível com o vosso adversário, enquanto estais com ele a
caminho, para que ele não vos entregue ao juiz, o juiz não vos entregue ao
ministro da justiça e não sejais metido em prisão. – Digo-vos, em verdade, que
daí não saireis, enquanto não houverdes pago o último ceitil. (S.
MATEUS, 5:25 e 26.) - Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. X, item 5
Se
perdoardes aos homens as faltas que cometerem contra vós, também vosso Pai
celestial vos perdoará os pecados; – mas, se não perdoardesaos homens quando
vos tenham ofendido, vosso Pai celestial também não vos perdoará ospecados. (S.
MATEUS, 6:14 e 15.) Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap X, item 2
Se
contra vós pecou vosso irmão, ide fazer-lhe sentir a falta em particular, a sós
com ele; se vos atender, tereis ganho o vosso irmão. – Então, aproximando-se
dele, disse-lhe Pedro: “Senhor, quantas vezes perdoarei a meu irmão, quando
houver pecado contra mim? Até sete vezes?” – Respondeu-lhe Jesus: “Não vos digo
que perdoeis até sete vezes, mas até setenta vezes sete vezes.” (S.
MATEUS, 18:15, 21 e 22.) Evangelho
Segundo o Espiritismo, Cap X, item 3
- Solicitar
que as duplas comentem as reflexões.
- Desenvolver
o estudo do tema ‘Perdão’, com base em exposição dialogada, com apoio de projeção
de slides.
Duplas do trecho da reconciliação com os adversários:
Reconciliai-vos
o mais depressa possível com o vosso adversário, enquanto estais com ele a
caminho, para que ele não vos entregue ao juiz, o juiz não vos entregue ao
ministro da justiça e não sejais metido em prisão. – Digo-vos, em verdade, que
daí não saireis, enquanto não houverdes pago o último ceitil. (S.
MATEUS, 5:25 e 26.) - Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. X, item 5
Que
sentimento anima, depois da morte, aqueles a quem fizemos mal neste mundo?
“Se são
bons, eles vos perdoam, segundo o vosso arrependimento. Se maus, é possível que
guardem ressentimento do mal que lhes fizestes e vos persigam até, não raro, em
outra existência. Deus pode permitir que assim seja, por castigo.” (LE, perg 295)
èpara nosso próprio bem, precisamos ‘limpar’ nossas desavenças enquanto
temos oportunidade! Quantas obsessões sofremos por não termos nos desculpado
com aqueles a quem ofendemos!
èpq será que temos dificuldade de pedir desculpas? == > orgulho!
Duplas com o trecho do
perdão das ofensas:
Se
perdoardes aos homens as faltas que cometerem contra vós, também vosso Pai
celestial vos perdoará os pecados; – mas, se não perdoardes aos homens quando
vos tenham ofendido, vosso Pai celestial também não vos perdoará os pecados. (S.
MATEUS, 6:14 e 15.) Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap X, item 2
Se
contra vós pecou vosso irmão, ide fazer-lhe sentir a falta em particular, a sós
com ele; se vos atender, tereis ganho o vosso irmão. – Então, aproximando-se
dele, disse-lhe Pedro: “Senhor, quantas vezes perdoarei a meu irmão, quando
houver pecado contra mim? Até sete vezes?” – Respondeu-lhe Jesus: “Não vos digo
que perdoeis até sete vezes, mas até setenta vezes sete vezes.” (S.
MATEUS, 18:15, 21 e 22.) Evangelho
Segundo o Espiritismo, Cap X, item 3
èquando falamos em perdão, como a nossa visão é normalmente egocentrada,
pensamos nas situações em que fomos ofendidos. Mas esquecemos, o quanto nós
somos necessitados de perdão!
Olvidai
o mal que vos hajam feito e não penseis senão numa coisa: no bem que podeis
fazer.
Evangelho
Segundo o Espiritismo, Cap X, item 14
èveja
que profundidade essa orientação! O mal realizado é passado!!! Ficar parado
nele, é se manter no sofrimento! Pensar no bem a ser feito, é nos direcionar
para a frente, e mudar o tom vibratório de nossos pensamentos!
èQuantas
obsessões seculares, com a vítima do ontem parada no tempo, cultivando a dor
por séculos!
“O perdão é sempre mais útil a quem o concede.”
Se perdoares, cap. 10 - Celeiro de bênçãos, Joanna de Ângelis
“Todo
labor para alcançar êxito impõe a necessidade de uma técnica própria, de uma
diretriz segura. Indispensável exercitar-te mentalmente para o cometimento do
perdão, a que estás chamado a cada instante.”
Treinamento para o perdão, Cap. 25 - Celeiro de bênçãos, Joanna de Ângelis
- Desenvolver
o estudo do tema ‘Sonhos’, com base em exposição dialogada, com apoio de
projeção de slides.
Vamos agora ver, com base no capítulo 36, a questão dos sonhos no plano
espiritual.
André Luiz relata que se viu arrebatado para outro plano onde encontrou
sua mãe. Depois adormeceu e acordou no quarto onde repousava. Exatamente como
ocorre conosco, no sono comum.
Daí a instantes, sensações de leveza invadiram-me a alma toda e tive a
impressão de ser arrebatado em pequenino barco, rumando a regiões desconhecidas.
Para onde me dirigia? Impossível responder. A meu lado, um homem silencioso
sustinha o leme.
Parecia-me que a embarcação seguia célere, não obstante os movimentos
de ascensão.
O sonho não era propriamente qual se verifica na Terra. Eu sabia,
perfeitamente, que deixara o veículo inferior no apartamento das Câmaras de
Retificação, em "Nosso Lar", e tinha absoluta consciência daquela
movimentação em plano diverso.
Foi então que ela me tomou nos braços, acariciando-me desveladamente.
Qual o menino que adormece após a lição, perdi a consciência de mim mesmo, para
despertar mais tarde nas Câmaras de Retificação, experimentando vigorosas
sensações de alegria. (Nosso Lar, cap. 36)
ècomo explicar essa questão, dele estar ‘lá’ com a mãe, e o ‘corpo’ dele
estar descansando no quarto em Nosso Lar?
èque corpo ficou em Nosso Lar? Que corpo ‘foi’ até onde estava a mãe de
André Luiz?
Temos outro relato de uma médium, Regina, registrados por Hermínio
Miranda, no livro Diversidade dos Carismas, bem semelhante a este, embora seja
o desdobramento de Espírito encarnado:
Regina distingue seus desdobramentos em duas
categorias: os que ocorrem em plena consciência, no estado de vigília, e os que
acontecem durante o sono, sendo estes os mais comuns, ainda que menos
percebidos, pela simples razão de que, assim que se encontra desdobrada em
conseqüência do mergulho no sono, a atividade do perispírito começa a ser
traduzida sob o que entendemos por sonho. (Diversidade
dos Carismas, Cap.V, item 6)
No decorrer do processo de desdobramento, a
consciência (ou, se você quiser, o EU) assume progressivamente três posições
distintas. Está, inicialmente, no corpo físico e daí é que observa os primeiros
movimentos e esforços. (Em Regina, a impressão é de que a cama ou o sofá é que
se movimenta.) Em seguida, a consciência como que se reparte, observando o
fenômeno ao mesmo tempo, do corpo físico e do corpo espiritual, pois Regina vê
um e outro, no ato de se "desencaixarem". Finalmente, a consciência
se transfere toda para o corpo espiritual, que começa a movimentar-se numa
dimensão diferente da habitual, deixando de atuar no corpo físico; e a partir
desse momento ela não sabe mais o que ocorre, a não ser que seja programada
para lembrar-se posteriormente. (Diversidade
dos Carismas, Cap.V, item 6)
èvejamos um caso de desdobramento de Regina, que podemos ver alguma
semelhança com o sonho de André Luiz:
Viu-se,
desdobrada, integrando um grupo de pessoas encarnadas que se preparavam para
seguir para um local onde participariam de uma reunião no mundo espiritual.
Puseram-se a
caminhar conversando tranqüilamente e chegaram a um local onde estava armada
uma espécie de plataforma. Aguardaram alguns momentos, até que chegou um veículo
parecido com um helicóptero que transportava apenas duas pessoas de cada vez,
além da que manobrava o aparelho. Regina não deixou de manifestar certo
receio e chegou a comentar com uma companheira: - Acho que vou ter medo;
imagine se a gente cai lá de cima. Isto porque o veículo não era fechado e os
dois assentos destinados aos 'passageiros' pendiam sobre o espaço, como os de
um teleférico. Chegada a sua vez, embarcou no estranho veículo juntamente com
outra pessoa e a 'coisa' começou a subir e subir e parecia nunca mais
chegar ao seu destino. Mas chegou. Era uma nova plataforma onde o aparelho
pousou e elas desceram. Ali também o espaço 'físico' era exíguo e precário.
Parecia apenas uma estreita prancha suspensa sobre a imensidão do espaço vazio.
Uma pessoa as recebeu e as conduziu ao local da reunião, aonde chegaram sãs e
salvas. (...)
No momento seguinte, ela viu-se desdobrada
pela segunda vez, pois foi informada de que iria trabalhar mediunicamente,
ou seja, colaborar, através de suas faculdades, com a tarefa da noite, logo em
seguida, vê a entidade a falar. (...) É a primeira a surpreender-se com o seu
desdobramento em desdobramento: - Como posso eu, já estando aqui - pensou
ela -, ser desdobrada outra vez: Em verdade, ela via a sua própria
forma perispiritual ser utilizada no trabalho, perfeitamente consciente
de estar sentada na primeira fila entre os assistentes. Era como uma
materialização, pois à medida que pessoa falava e gesticulava, ela sentia a
repercussão dos gestos e da fala como se ela própria estivesse a falar e fazer
os mesmos movimentos. (Diversidade dos Carismas, Cap.VI, item 3)
èNo item 4, Hermínio analisa os símbolos do sonho de Regina
Vimos, ainda
há pouco, na experiência em que ela funcionou como médium após passar por um
segundo desdobramento, a inconcebível distância espiritual entre o plano em que
vivemos e aquele em que se passaram as atividades que ela descreve. Para
figurar objetivamente essa distância, que é vibratória, é moral, que não é
mensurável em termos geográficos, o seu sistema de codificação pessoal traduziu
a viagem em símbolos oníricos: primeiro a caminhada em grupo e, em seguida, o
transporte numa espécie de helicóptero no qual apenas duas pessoas de cada vez
poderiam embarcar, como que a sugerir que raras pessoas poderiam ser
selecionadas para essa 'viagem'; parecia um teleférico em que o passageiro
ficava sentado numa cadeira individual pendurado sobre imensos abismos. É de se
supor que a um descuido mais sério em qualquer ponto da trajetória, como um
pensamento impróprio ou um momento de invigilância, poderia o viajante
precipitar-se de volta àquele minúsculo grãozinho de poeira cósmica em que
vivemos, presos a um bloco de carne e ossos ... mesmo depois que o aparelho
depositou as pessoas, duas a duas, em algum ponto identificável, ainda houve
necessidade de um guia que a levasse à instituição a que se destinavam.
Outro pormenor interessante é o de que ela
teve de ser desdobrada novamente, numa forma ainda mais sutil que a
perispirítica, a fim de poder funcionar como médium de apoio ao orador que veio
de regiões muito mais elevadas do que aquela em que se encontravam reunidos os
que vieram ouvi-lo. (Diversidade dos Carismas, Cap.VI, item 4)
Como são as camadas do corpo perispiritual?
Composição:
1. ESPÍRITO
2. CORPO
MENTAL (somente citado por André Luiz e estudiosos
encarnados)
3. CORPO
ESPIRITUAL
4. DUPLO
ETÉRICO – Fluido Terrestre (André Luiz
e alguns autores)
5. CORPO
FÍSICO – Matéria Terrestre
Espírito
Desencarnado somente possui 1,2 e 3. Os encarnados, possuem os 5
O corpo
mental, assinalado experimentalmente por diversos estudiosos, é o envoltório
sutil da mente, e que, por agora, não podemos definir com
mais amplitude de conceituação além daquela com que tem sido apresentado pelos
pesquisadores encarnados, e isto por falta de terminologia adequada no
dicionário terrestre. (Xavier, Francisco C./Vieira. Waldo/ André Luiz. 1973) (Evolução
em dois Mundos, capítulo II, esta observação, em nota de rodapé)
ð No LE, Kardec fala do
perispírito dos Espíritos, citando a questão da sua constituição ser dos
fluidos ambientais ao Espírito:
LE perg. 93.
O Espírito, propriamente dito, nenhuma cobertura tem, ou, como pretendem
alguns, está sempre envolto numa substância qualquer?
“Envolve-o
uma substância, vaporosa para os teus olhos, mas ainda bastante grosseira para
nós; assaz vaporosa, entretanto, para poder elevar-se na atmosfera e
transportar-se aonde queira.”
“O perispírito,
ou corpo fluídico dos Espíritos, é um dos mais importantes produtos do fluido
cósmico; é uma condensação desse fluido em torno de um foco de inteligência ou alma.”
A Gênese, Cap. XIV, item 7
LE perg. 94.
De onde tira o Espírito o seu invólucro semimaterial?
“Do fluido
universal de cada globo, razão por que não é idêntico em todos os mundos.
Passando de um mundo a outro, o Espírito muda de envoltório, como mudais de
roupa.”
a) — Assim,
quando os Espíritos que habitam mundos superiores vêm ao nosso meio, tomam um
perispírito mais grosseiro?
“É
necessário que se revistam da vossa matéria, já o dissemos.”
Os
Espíritos chamados a viver naquele meio tiram dele seus perispíritos; porém, conforme
seja mais ou menos depurado o Espírito, seu perispírito se formará das partes
mais puras ou das mais grosseiras do fluido peculiar ao mundo onde ele encarna. A
Gênese, Cap. XIV, item 10
(...)
a constituição íntima do perispírito não é idêntica em todos os Espíritos
encarnados ou desencarnados que povoam a
Terra ou o espaço que a circunda. A
Gênese, Cap. XIV, item 10
èse muda de planeta, precisa mudar de ‘roupa’.... Poderíamos estender
esse raciocínio, para a necessidade de mudança de ‘roupa’ para se deslocar em
outras camadas fluídicas da Terra.
Perg. 439. Que
diferença há entre o êxtase e o sonambulismo?
“O êxtase é
um sonambulismo mais apurado. A alma do extático ainda é mais independente.”
Perg. 440. O Espírito
do extático penetra realmente nos mundos superiores?
“Vê esses mundos e compreende a
felicidade dos que os habitam, donde lhe nasce o desejo de lá permanecer. Há, porém, mundos inacessíveis aos Espíritos que
ainda não estão bastante purificados.”
èaqui, no estudo do fenômeno do êxtase, os Espíritos falam que um
encarnado pode ‘ver’ mundos superiores... Quando fala em ‘permanecer’, demonstra que, de
alguma forma, ‘algo’ do Espírito ‘lá foi’, e ligado ao seu corpo material, pois
o extático está encarnado.
ècomo disse André Luiz, em Evolução em Dois Mundos, ainda há muito o que
estudar e desvendar nessa questão do perispírito!
- Conclusão
Para reflexão final, para pensarmos sobre a questão dos prazeres, das
diversões, projetar:
‘Sempre que possas, porém, olvida o entretenimento e busca o serviço
útil.’
(mãe de André Luiz, Nosso Lar, cap. 36)
É claro que todo esforço prolongado culmine em
cansaço e mal-estar, causando sensações de aniquilamento e de abandono.
A recreação surge, como estímulo renovador, capaz de proporcionar júbilo, facultando estímulos edificantes.
Há lazeres no lar, no trabalho, na comunidade, ricos de divertimentos domésticos não desgastantes, como frutos da Consciência objetiva do dever.
A recreação surge, como estímulo renovador, capaz de proporcionar júbilo, facultando estímulos edificantes.
Há lazeres no lar, no trabalho, na comunidade, ricos de divertimentos domésticos não desgastantes, como frutos da Consciência objetiva do dever.
Preenche as tuas horas com atividades produtivas, e
naquelas dedicadas ao repouso, ao lazer, não te desligando da realidade,
prosseguindo ativo mentalmente e com emoção de felicidade.
E quando possas espairecer, mudando de ambiente, procurando lazeres e divertimentos convencionais, vive-os no seu momento próprio, sem que se te façam pesada carga de despesas inoportunas ou geradoras de futuros desencantos. (Ilumita-te, Joanna de Ângelis/Divaldo, Cap ‘Lazeres e Divertimentos’)
E quando possas espairecer, mudando de ambiente, procurando lazeres e divertimentos convencionais, vive-os no seu momento próprio, sem que se te façam pesada carga de despesas inoportunas ou geradoras de futuros desencantos. (Ilumita-te, Joanna de Ângelis/Divaldo, Cap ‘Lazeres e Divertimentos’)
- Prece
final.
Anexos:
CONVITE AO
PERDÃO
"Porque
se perdoardes aos homens as suas ofensas também vosso Pai celeste vos
perdoará."
[Mateus:
6-14 e 15.)
Por mais rude haja sido a agressão, perdoa.
Mesmo que a injustiça prossiga amargando as tuas elevadas aspirações,
perdoa.
Não obstante, o amigo momentaneamente enganado se haja transformado em
teu algoz, perdoa.
Apesar dos teus esforços no bem se nada conseguires, permitindo a
sementeira da calúnia a multiplicar dificuldades e espinhos pela senda, perdoa.
Em qualquer circunstância perdoa aqueles que te ofendam, esquecendo as ofensas
com que te agridam.
O ofensor é alguém a um passo do desequilíbrio.
Aquele que se compraz na perseguição, ignora o grau de enfermidade que o
vitima.
O perseguidor permanece enleado sempre àquele nas teias do desvario e em
breve será vítima de si mesmo.
Indubitavelmente a felicidade pertence sempre àquele que pode oferecer,
que possui para dar.
Muitas vezes será convidado ao revide, conclamando à reação engendrada
pela ira, que provoca a rebelião, tal a soma de circunstâncias negativas em que
te verás envolvido.
Tem, porém, cuidado.
Reflexiona antes de reagir a fim de agires por precipitação e
reflexionares tardiamente.
Jesus, convidado diretamente à reação negativa, vezes sem conto,
permaneceu integérrimo, perdoando e amando, por saber que aqueles que O
afligiam eram espíritos aturdidos, afligidos em si mesmos, por essa razão,
dignos de perdão.
[Joanna de
Ângelis] [Divaldo P. Franco] [Convites da Vida]
Integérrimo - extremamente íntegro.
Lazeres e Divertimentos
A indústria do turismo, habilmente manipulada, vende os pacotes da ilusão como anestésico para a consciência da responsabilidade, desviando o ser humano do seu programa de autodignificação mediante o esforço que deve ser desenvolvido através da consciência lúcida em torno dos objetivos essenciais da existência terrena.
Muitos indivíduos trabalham afanosamente, acumulando recursos amoedados e o cansaço inevitável, estresse e angústia em decorrência da luta em demasia, mantendo a expectativa de fruir lazeres e divertimentos que lhes trariam reequilíbrio e alegria pura.
Afinal, o objetivo essencial do viver não é o de desfrutar as concessões artificiais que diariamente são renovadas e podem ser conseguidas mediante os recursos financeiros.
Como efeito, empenham-se para compensar a ausência física e emocional no lar, ao lado da família, pelo anseio de ganhar mais dinheiro, proporcionando-se e a todos os membros domésticos férias coletivas, numa fuga psicológica da realidade do dia a dia, que é a participação dos problemas e desafios no seio dessa célula de valor ímpar que são os familiares.
À semelhança de aves gárrulas, realizando a viagem dos sonhos e do espairecimento, visitam lugares consagrados ao Ócio, onde predominam a beleza das paisagens, os artefatos de alto valor tecnológico para o esquecimento dos problemas, vivenciando o mundo de fantasias e do cansaço, das caminhadas exaustivas, dos suores e dos aborrecimentos inevitáveis, esteja-se onde se estiver...
Quando se chegam aos lugares paradisíacos, passada a primeira emoção, logo se descobre que quase todo mundo tomou a mesma decisão, escolheu o mesmo local e suas ofertas fantásticas, passando a ouvir os guias monótonos, as crianças em fase de irritação, as despesas não previstas, que pioram o orçamento, algum desencanto inicial...
Ao invés do repouso anelado, defronta-se o corre-corre das filas imensas ou o silêncio dos lugares selecionados que, após algum tempo, induzem ao tédio e ao arrependimento.
As promoções muito bem elaboradas magoam aqueles que não podem participar dessas festas, sentindo-se humilhados no grupo social, levando-os à depressão.
Que busca, afinal, a criatura humana, senão as aparências, os aplausos, a ilusão?
É claro que todo esforço prolongado culmine em cansaço e mal-estar, causando sensações de aniquilamento e de abandono.
A recreação surge, como estímulo renovador, capaz de proporcionar júbilo, facultando estímulos edificantes.
O ser humano é possuidor de inesgotável cabedal de energias e de vitalidade.
Sucede que, fascinado pelo exterior, não se anima a auto-penetrar-se, a encontrar as respostas claras para as próprias necessidades.
A fantasia, que faz parte da imaginação enriquecida, convida aos voos, alguns alucinantes das conquistas consumistas, ou à jornada dos problemas, quando a vida propõe os enfrentamentos que são superados pelas naturais soluções.
Nessa sofreguidão, o indivíduo não pensa na sua realidade imortal, optando pela enganosa postura de vítima necessitada de apoio, invejando os lutadores que considera como privilegiados pela vida.
Há lazeres no lar, no trabalho, na comunidade, ricos de divertimentos domésticos não desgastantes, como frutos da Consciência objetiva do dever.
A indústria do turismo, habilmente manipulada, vende os pacotes da ilusão como anestésico para a consciência da responsabilidade, desviando o ser humano do seu programa de autodignificação mediante o esforço que deve ser desenvolvido através da consciência lúcida em torno dos objetivos essenciais da existência terrena.
Muitos indivíduos trabalham afanosamente, acumulando recursos amoedados e o cansaço inevitável, estresse e angústia em decorrência da luta em demasia, mantendo a expectativa de fruir lazeres e divertimentos que lhes trariam reequilíbrio e alegria pura.
Afinal, o objetivo essencial do viver não é o de desfrutar as concessões artificiais que diariamente são renovadas e podem ser conseguidas mediante os recursos financeiros.
Como efeito, empenham-se para compensar a ausência física e emocional no lar, ao lado da família, pelo anseio de ganhar mais dinheiro, proporcionando-se e a todos os membros domésticos férias coletivas, numa fuga psicológica da realidade do dia a dia, que é a participação dos problemas e desafios no seio dessa célula de valor ímpar que são os familiares.
À semelhança de aves gárrulas, realizando a viagem dos sonhos e do espairecimento, visitam lugares consagrados ao Ócio, onde predominam a beleza das paisagens, os artefatos de alto valor tecnológico para o esquecimento dos problemas, vivenciando o mundo de fantasias e do cansaço, das caminhadas exaustivas, dos suores e dos aborrecimentos inevitáveis, esteja-se onde se estiver...
Quando se chegam aos lugares paradisíacos, passada a primeira emoção, logo se descobre que quase todo mundo tomou a mesma decisão, escolheu o mesmo local e suas ofertas fantásticas, passando a ouvir os guias monótonos, as crianças em fase de irritação, as despesas não previstas, que pioram o orçamento, algum desencanto inicial...
Ao invés do repouso anelado, defronta-se o corre-corre das filas imensas ou o silêncio dos lugares selecionados que, após algum tempo, induzem ao tédio e ao arrependimento.
As promoções muito bem elaboradas magoam aqueles que não podem participar dessas festas, sentindo-se humilhados no grupo social, levando-os à depressão.
Que busca, afinal, a criatura humana, senão as aparências, os aplausos, a ilusão?
É claro que todo esforço prolongado culmine em cansaço e mal-estar, causando sensações de aniquilamento e de abandono.
A recreação surge, como estímulo renovador, capaz de proporcionar júbilo, facultando estímulos edificantes.
O ser humano é possuidor de inesgotável cabedal de energias e de vitalidade.
Sucede que, fascinado pelo exterior, não se anima a auto-penetrar-se, a encontrar as respostas claras para as próprias necessidades.
A fantasia, que faz parte da imaginação enriquecida, convida aos voos, alguns alucinantes das conquistas consumistas, ou à jornada dos problemas, quando a vida propõe os enfrentamentos que são superados pelas naturais soluções.
Nessa sofreguidão, o indivíduo não pensa na sua realidade imortal, optando pela enganosa postura de vítima necessitada de apoio, invejando os lutadores que considera como privilegiados pela vida.
Há lazeres no lar, no trabalho, na comunidade, ricos de divertimentos domésticos não desgastantes, como frutos da Consciência objetiva do dever.
Se te sentes afadigado no trabalho a que te dedicas, muda a rotina,
retempera o ânimo e sentirás renovação emocional, tornando-te tranquilo.
Reflexiona em torno dos teus compromissos e põe-lhes o sul do amor, pensando nas metas a alcançar, especialmente quando portadoras de significado profundo.
Considera que o trabalho é bênção que deves honrar, não acalentando o anseio infantil somente de férias e de repouso.
Quem opera no bem conscientemente experimenta inefável alegria e, quando é alcançado pela estafa, transfere-se para outro tipo de ação, renovando-se e prosseguindo.
Toda ilusão, ao ser defrontada pela realidade e esfumar-se, deixa significativas marcas de desencanto. Ocorrendo-lhe a morte, alguns indivíduos também sentem o morrer das suas aspirações caracterizadas pela falsa necessidade do gozo, do prazer, do possuir...
As alegrias das férias de encantamento passam e retornam os compromissos que ficaram aguardando, esquecidos nos escaninhos da magia e do encantamento de breve duração.
Pessoas que residem nas montanhas e entediam-se com as paisagens encantadoras anelam por viver à beira-mar, nas praias, onde outras que ali vivem, desmotivadas pelo largo período no mesmo local, sonham com os altiplanos...
Enquanto os turistas risonhos locupletam-se nos paraísos do prazer, os funcionários que os servem com sorrisos profissionais, muitas vezes interiormente irritados, acalentam o desejo, quase irrefreável, de fugir dali para outros locais onde gostariam de estar e de serem servidos.
Não acolhas a tristeza, quando não possas fazer parte dos grupos sorridentes de conquistadores do mundo mágico da imaginação deslumbrada.
Estabelece um programa a respeito de tudo quanto te é importante ou secundário e labora com disposição jubilosa, e nenhum cansaço te amarfanhará as horas.
Preenche as tuas horas com atividades produtivas, e naquelas dedicadas ao repouso, ao lazer, não te desligando da realidade, prosseguindo ativo mentalmente e com emoção de felicidade.
Contempla os grupos ruidosos dos festeiros e divertidos após as celebrações, e verás a máscara do mal-estar afivelada à face ou a aceitação para dizer aos outros como foram as alegrias, numa necessidade de exibir o ego, assim apaziguando a frustração.
Vida alegre é assinalada pelo trabalho contínuo, enriquecedor e natural.
Faze do teu lar o abençoado reduto de ação e de paz, onde a alegria seja resultado do prazer de viver e de amar.
E quando possas espairecer, mudando de ambiente, procurando lazeres e divertimentos convencionais, vive-os no seu momento próprio, sem que se te façam pesada carga de despesas inoportunas ou geradoras de futuros desencantos.
Reflexiona em torno dos teus compromissos e põe-lhes o sul do amor, pensando nas metas a alcançar, especialmente quando portadoras de significado profundo.
Considera que o trabalho é bênção que deves honrar, não acalentando o anseio infantil somente de férias e de repouso.
Quem opera no bem conscientemente experimenta inefável alegria e, quando é alcançado pela estafa, transfere-se para outro tipo de ação, renovando-se e prosseguindo.
Toda ilusão, ao ser defrontada pela realidade e esfumar-se, deixa significativas marcas de desencanto. Ocorrendo-lhe a morte, alguns indivíduos também sentem o morrer das suas aspirações caracterizadas pela falsa necessidade do gozo, do prazer, do possuir...
As alegrias das férias de encantamento passam e retornam os compromissos que ficaram aguardando, esquecidos nos escaninhos da magia e do encantamento de breve duração.
Pessoas que residem nas montanhas e entediam-se com as paisagens encantadoras anelam por viver à beira-mar, nas praias, onde outras que ali vivem, desmotivadas pelo largo período no mesmo local, sonham com os altiplanos...
Enquanto os turistas risonhos locupletam-se nos paraísos do prazer, os funcionários que os servem com sorrisos profissionais, muitas vezes interiormente irritados, acalentam o desejo, quase irrefreável, de fugir dali para outros locais onde gostariam de estar e de serem servidos.
Não acolhas a tristeza, quando não possas fazer parte dos grupos sorridentes de conquistadores do mundo mágico da imaginação deslumbrada.
Estabelece um programa a respeito de tudo quanto te é importante ou secundário e labora com disposição jubilosa, e nenhum cansaço te amarfanhará as horas.
Preenche as tuas horas com atividades produtivas, e naquelas dedicadas ao repouso, ao lazer, não te desligando da realidade, prosseguindo ativo mentalmente e com emoção de felicidade.
Contempla os grupos ruidosos dos festeiros e divertidos após as celebrações, e verás a máscara do mal-estar afivelada à face ou a aceitação para dizer aos outros como foram as alegrias, numa necessidade de exibir o ego, assim apaziguando a frustração.
Vida alegre é assinalada pelo trabalho contínuo, enriquecedor e natural.
Faze do teu lar o abençoado reduto de ação e de paz, onde a alegria seja resultado do prazer de viver e de amar.
E quando possas espairecer, mudando de ambiente, procurando lazeres e divertimentos convencionais, vive-os no seu momento próprio, sem que se te façam pesada carga de despesas inoportunas ou geradoras de futuros desencantos.
Jesus até hoje trabalha, conforme acentuou, referindo-se ao Pai que nunca
cessou de agir.
O cristão primitivo, no sublime trabalho da autoiluminação e da caridade, encontrava a inigualável alegria que os lazeres e divertimentos de fora jamais conseguem proporcionar.
Desse modo, mantém te desperto, de forma que a noite da ilusão não te sombreie o dia de ação, anunciando-te júbilos que se transformam em esgares.
DIVALDO FRANCO
O cristão primitivo, no sublime trabalho da autoiluminação e da caridade, encontrava a inigualável alegria que os lazeres e divertimentos de fora jamais conseguem proporcionar.
Desse modo, mantém te desperto, de forma que a noite da ilusão não te sombreie o dia de ação, anunciando-te júbilos que se transformam em esgares.
DIVALDO FRANCO
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