segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Estudo Nosso Lar - Capítulos 37 e 38 – Tempo/Casamento

Casa Espírita Missionários da Luz 
Estudo Livro Nosso Lar  –  13/09/2016

Tema:  Capítulos 37 e 38 de Nosso Lar – Tempo/Casamento

Objetivos:
- Perceber a importância do tempo, como recurso ao progresso do Espírito;
- Refletir sobre os diversos laços que unem os cônjuges.

Bibliografia:  
- Nosso Lar, André Luiz/Chico Xavier, Cap’s 37 e 38
Cap. 37
·         O Livro dos Espíritos, pergs 675, 682 (Trabalho, repouso).
·         Momento Espírita - "A Preciosidade do Tempo"; “Tempo de Vida”
·         Vereda Familiar (Raul Teixeira/ Thereza de Brito), cap. 3 "Ilumine suas Horas"
·         Missionários da Luz, Cap. 7 e 12;
·         Trilhas da Libertação, Cap. “Noite de Angustias” e “Novos Rumos”

Cap.38
O Livro dos Espíritos, pergs 775 (Laços de Família)
Desafios da Vida Familiar, Raul Teixeira/Camilo ‘Alevantamento Familiar’

Material: notebook e projetor

Roteiro:
. Exposição dialogada com auxílio de slides

Desenvolvimento:

1.Leitura inicial: página de Thereza de Brito: ‘Ilumine suas Horas
2.Prece Inicial.
3. Iniciar falando que na semana passada vimos no cap. 37, a questão do pensamento, e da importância do estudo. Hoje focaremos nossa atenção, na utilização do tempo, como recurso importantíssimo de progresso espiritual.

4. Projetar:

(Tempo - Cap. 37 - Sobre o bônus-hora)
“Como poderia estar a compensação da hora afeta a Deus? Não era atribuição do administrador espiritual, ou humano, a contagem do tempo?”
vocês entenderam essa questão trazida por André Luiz?

“Aos administradores, em geral, impende a obrigação de contar o tempo de serviços”

“mas, quanto ao valor essencial do aproveitamento justo, só mesmo as Forças Divinas podem determinar com exatidão.”

Tobias deu um exemplo:
(Tempo - Cap. 37 - Sobre o bônus-hora)
Há servidores que, depois de quarenta anos de atividade especial, dela se retiram com a mesma incipiência da primeira hora, provando que gastaram tempo sem empregar dedicação espiritual, assim como existem homens que, atingindo cem anos de existência, dela saem com a mesma ignorância da idade infantil.”

Cada filho acerta contas com o Pai, conforme o emprego da oportunidade, ou segundo suas obras.

“Essa contribuição de esclarecimento auxiliou-me a ponderar o valor do tempo, em todos os sentidos.”  (Conclusão de André Luiz)

(Tempo - Cap. 37 – Aproveitamento do Ensino)
- Essas aulas - disse ele - são ouvidas somente pelos espíritos sinceramente interessados. Os instrutores, aqui, não podem perder tempo.
é necessário autorização para participar. Tobias autorizou André Luiz.

“- O Governador determinou essa medida, nas aulas e palestras de todos os Ministros, a fim de que os trabalhos não se convertessem em desregramento da opinião pessoal, sem base justa, com grave perda de tempo para o conjunto.”
somente um grupo de mais adiantados na matéria em pauta, podem fazer perguntas

(Tempo – LE perg. 675)
Por trabalho só se devem entender as ocupações materiais?
Não; o Espírito trabalha, assim como o corpo. Toda ocupação útil é trabalho.
èVemos então que a nossa responsabilidade é muito maior! Se toda ocupação útil é trabalho, o quanto podemos fazer em nossas horas de folga, nos momentos em que não temos compromissos a atender?
- não é a motricidade neurótica, mas sim, o uso de cada tempinho em coisas úteis.

(Tempo – LE perg. 682)
Sendo uma necessidade para todo aquele que trabalha, o repouso não é também uma lei da Natureza?
Sem dúvida. O repouso serve para a reparação das forças do corpo e também é necessário para dar um pouco mais de liberdade à inteligência, a fim de que se eleve acima da matéria.
Dentro da lei natural, o repouso é para a reparação das forças do corpo, para permitir que a alma possa se elevar acima da matéria; nessa concepção, o tempo que dedicamos ao repouso, ao laser, também deve ser bem utilizado.
Muito repouso físico èpreguiça... Já repararam que quem muito dorme vive com sono?
Laser èo que fazemos como laser? Possibilita elevação da alma aos níveis espirituais superiores?

Vemos quantos conceitos errados existem com relação ao uso de nosso tempo? Quantas vezes ansiamos pela aposentadoria para nada fazer? Para só nos divertirmos, passearmos, viajarmos?
Hoje a ciência já nos demonstra que quem para de utilizar a mente, vai morrendo aos poucos... as demências estão aí em uma verdadeira epidemia...

E muitas vezes, depois de tanto laser, vem o tédio, o desalento, o desencanto...
Outras vezes, buscamos tantas atividades que fazemos mecanicamente, como para fugir de nós mesmos, e ao despertarmos no fim da presente encarnação, ou mesmo já no plano espiritual, percebemos o quanto desperdiçamos o tempo!
Semana passada lemos um trecho de Joanna que falava das diversões...

(Tempo – Reencarnação – Missionários da Luz, Cap 12)
- esse capítulo trata do planejamento das reencarnações. Um senhor recebe um corpo para viver 70 anos, e recebe a orientação para voltar ao PE como ‘completista’. O mentor esclarece:

Completista “- É o título que designa os raros irmãos que aproveitaram todas as possibilidades construtivas que o corpo terrestre lhes oferecia.
Em geral, quase todos nós, em regressando à esfera carnal, perdemos oportunidades muito importantes no desperdício das forças fisiológicas. Perambulamos por lá, fazendo alguma coisa de útil para nós e para outrem, mas, por vezes, desprezamos cinqüenta, sessenta, setenta per cento e, freqüentemente, até mais, de nossas possibilidades.
Em muitas ocasiões, prevalece ainda, contra nós, a agravante de termos movimentado as energias sagradas da vida em atividades inferiores que degradam a inteligência e embrutecem o coração.”

Pensando sob esse prisma, tem sentido a expressão “matar o tempo”?  E a expressão está certa, pois efetivamente quem desperdiça o tempo, está matando oportunidades de servir, de ser útil... tempo que não retornará...
(Tempo – Reencarnação)
”A Lei Divina estabelece, em Sua sabedoria, que todo excesso merece escassez e todo abuso exigirá restrições, porque em questão de tempo também cada um recebe exatamente o que semeia.
Este o motivo pelo qual alguns que aprendemos o valor do tempo e desejamos muito realizar, na atualidade, percebemos que não dispomos de todo o tempo que desejaríamos para tal, esforçando-nos para agir sem perder a chance dourada dos minutos que passam com rapidez.”
(Momento Espírita – A Preciosidade do Tempo)

No filme Chico Xavier, de Daniel Filho, vemos na cena da consulta ao oftalmologista, como o Chico utiliza as horas de seus dias: trabalho remunerado de dia, CE às noites e psicografias nas horas vagas. O médico diz que isso é “trabalho escravo”. Mas Chico sabia das tarefas a cumprir e que não tinha tempo a perder. Foram mais de 400 livros!.

Nesse mesmo livro, temos relatado um caso em que a pessoa conseguiu um acréscimo de 5 meses em sua encarnação. Por acréscimo de misericórdia ele teve esse adicional de tempo, para resolver umas pendências de ordem moral!

Mas também temos o oposto. No livro Trilhas da Libertação, do Espírito Manoel Philomeno de Miranda, psicografado por Divaldo Franco, temos o relato da vida de um médium, Davi, que reencarnou com grandes possibilidades de trabalho no bem, mas se complicou pois não resistiu às tentações. Manoel Philomeno relata que ele foi acometido por um infarto fulminante, a pedido do mentor que o atendia, para evitar que ele cometesse um assassinato se comprometendo ainda mais...


5.No capítulo 38, veremos os diversos laços que unem as pessoas no casamento.
Hilda e Luciana foram esposas de Tobias na última encarnação:

(Relações nos Casamentos – Cap 38)
“ ... os casos dessa natureza são resolvidos nos alicerces da fraternidade legítima, reconhecendo-se que o verdadeiro casamento é de almas e essa união ninguém poderá quebrantar.”  (fala de Tobias)

“Tobias e eu nos casamos na Terra, quando ainda muito jovens, em obediência a sagradas afinidades espirituais.” (fala de Hilda)
èa desencarnação levou Hilda que, do PE, não se conformou com a separação da família. Tobias ficou inconsolável. Para atender às crianças pequenas, Tobias casou com Luciana.

(Relações nos Casamentos – Cap 38)
“Minha ignorância deu até para lutar com a pobrezinha, tentando aniquilá-la. Foi aí que Jesus me concedeu a visita providencial de minha avó materna, desencarnada havia muitos anos.”  (Fala de Hilda)
            ècom o apoio da avó, Hilda percebeu o equívoco em que se encontrava e seguiu com a avó para Nosso Lar, onde passou a ver em Luciana, uma filha.

(Relações nos Casamentos – Cap 38)
“ ... aprendi que há casamento de amor, de fraternidade, de provação, de dever, e, no dia em que Hilda me beijou, perdoando-me, senti que meu coração se libertara desse monstro que é o ciúme inferior. O matrimônio espiritual realiza-se, alma com alma, representando os demais simples conciliações indispensáveis à solução de necessidades ou processos retificadores, embora todos sejam sagrados.” (Fala de Luciana)


-Qual a finalidade do casamento?

(Relações nos Casamentos – LE perg 775)
Qual seria, para a sociedade, o resultado do relaxamento dos laços de família?
“Uma recrudescência do egoísmo.”

è“Fica bastante nítida, assim, a certeza de que a formação familiar por escopo, entre os outros itens, o trabalho de diminuir a carga egoística que se desenvolveu ao longo dos milênios na alma humana.” (Desafios da Vida Familiar, Raul Teixeira/Camilo ‘Alevantamento Familiar’)

(Relações nos Casamentos – Cap 38)
“- Quando desposei Tobias, viúvo, já devia estar certa de que, com todas as probabilidades, meu casamento seria uma união fraternal, acima de tudo. Foi o que me custou a compreender. Aliás, é lógico que, se os consortes padecem inquietação, desentendimento, tristeza, estão unidos fisicamente, mas não integrados no matrimônio espiritual.” (Fala de Luciana)

(Relações nos Casamentos – Cap 38)
èE no Plano Espiritual? Qual a base do casamento?

 “Pela combinação vibratória, ou então, para ser mais explícito -, pela afinidade máxima ou completa.”  (Fala de Tobias)


6.Prece final


Ilumine suas Horas

            Enquanto vivemos nas experiências do mundo, por entre lutas, equívocos e construções felizes, poucas vezes damos valor ao tempo que o Pai Criador nos concede para a evolução de nós mesmos.

            Faz-se preciso, porém, iniciarmos o esforço de avaliação quanto às bênçãos das horas, a se escoarem em nossas mãos.

            Nos caminhos terrenos, aproveite as suas horas para os exercícios corporais, mantendo forma física em regime de saúde, mas não eternize ginásticas, quando você sabe que o serviço de amor prestado aos outros transforma-se em excelente exercício para o Espírito, fazendo-o elegante e nobre perante Deus.

            Dedique-se às alegrias, às distrações e passeios culturais, recolhendo nos olhos e no coração os quadros belos da Natureza festiva, porém, procure não viver somente de gorjeios turísticos, quando você identifica tantos sofredores, tantos necessitados a requererem alguns instantes de sua preciosa atenção, ocasião em que você faria importantes incursões na alma alheia, fazendo-se bendito amigo ante os Olhos Celestes.

            Busque repousar nas fadigas, dando ao veículo corpóreo o de que necessita para prosseguir ativo; todavia, evite descansar excessivamente, considerando que o repouso muito longo vive parede contígua com a preguiça, que deformaria as suas possibilidades de ser útil.

            Para o agrado dos entes caros, prepare acepipes e sobremesas que deliciem os paladares, pondo em ação as suas capacidades culinárias, para gáudio de todos. Entretanto, não olvide que há muita gente que morre pelo excesso de comida que, pouco a pouco, vai minando a saúde orgânica, sem que se perceba.

            Na órbita da sua vida, não lance fora os tempinhos tantas vezes desprezados. Aproveite-os para escrever um ligeiro bilhete de carinho a alguém enfermo ou enfrentando momentos graves, telegrafe a um irmão, alimentando-lhe as iniciativas das boas obras; telefone a um familiar ou amigo, que não veja desde muito tempo, demonstrando atenção; costure retalhos para cobrir corpinhos carentes; pregue botões em alguma peça que será válida para alguém; arrume uma gaveta para encontrar utilidades para muita gente; cuide de um jardim ou de um vaso de planta; borde uma peça; teça um agasalho; desenvolva idéias felizes para fazer o bem a alguma pessoa que você saiba precisada, e muito mais.

            Você não necessita neurotizar-se numa perpétua motricidade. Apenas evitará as horas vazias, preservando-se da neurotizante inutilidade daqueles que, por estarem ocupados em não fazer nada, deixam de servir, desvalorizando os minutos.

            Se você aproveitar esses tempinhos, a curto prazo terá encontrado motivos gloriosos de viver, terá aprendido a amar a vida e terá iluminado seu caminho, pois cada ação produtiva saída de você será um círio de alegrias a clarear-lhe a senda, desde a Terra até o seu retorno às regiões do Além, para recolher, centuplicadamente, o bem que tenha sido capaz de espalhar em tantas vidas, o que os Céus contarão e lhe resolverão com formidáveis acréscimos de paz e de amor.

                       (Brito, Thereza de. Vereda familiar / ditado pelo espírito de Thereza de Brito; psicografado por José Raul Teixeira. - Niterói, RJ: Fráter, 2004. págs 31 e 32.)

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