Casa Espírita Missionários da Luz
Diretoria Doutrinária – ESDE1 – Princípios Básicos da DE
Tema: Mediunidade nos Evangelhos - 04/06/2013
Objetivo:
a) Conceituar Médium e Mediunidade
b) Citar fenômenos mediúnicos no Novo
Testamento
c) Citar os principais tipos de mediunidade,
dando suas características
d) Constatar a importância da vivência evangélica
na prática mediúnica
e) Demonstrar
que a mediunidade era fenômeno praticado nos primeiros núcleos cristãos
f) Citar o concílio de
Nicéia que aboliu a prática mediúnica nos núcleos cristãos.
Bibliografia:
NT, Atos, 3:1-8; 1a Epístola aos
coríntios, Cap. 12, 13 e 14; Lc, 4:33-36
O Livro dos Médiuns, Cap. XIV “Dos Médiuns”, Itens 159 e 160, 164 à 167, 172, Cap. XV “Dos médiuns
escreventes ou psicógrafos”, item 178
Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap.26
, itens 1 e 2
Estudos Espíritas, Cap 18,
“Mediunidade”, Joanna de Ângelis/Divaldo
P. Franco
Desenvolvimento:
- Leitura inicial: Caminho, Verdade e Vida, Cap.156 - “Intuição”
- Prece
- Distribuir cópias do anexo, com a
definição de mediunidade e alguns dos diferentes tipos.
- Distribuir cópias do anexo que
cita trechos do NT com exemplos de mediunidade.
Qual a orientação de Paulo no último
trecho ==> como conduzir, com se
organizar uma reunião mediúnica!!!!
==>
pq será que Paulo fez tantas vezes essas orientações? ==> pq a mediunidade era frequente nas
reuniões dos primeiros cristãos. Paulo orientava-os a se conduzirem com os dons
da mediunidade, a serviço do bem e do esclarecimento de todos.
- Falar do Concílio de Nicéia:
Quando foi que a mediunidade
deixou de ser uma prática comum nas igrejas?
O Cristianismo, desde a Ressurreição
até o Concílio de Nicéia, fez uso constante da Mediunidade. Através deste
concílio realizado no ano 325 de nossa era, na cidade de Constantinopla, foi
condenado o uso da mediunidade e outros pontos mantidos pelos primeiros
cristãos, dando início à desagregação e à decomposição do Cristianismo em suas
legítimas bases, que fora tão profundamente marcado pelo dia de Pentecostes. (Joanna, Estudos Espíritas)
- Mediunidade com Jesus
"Restituí
a saúde aos doentes, ressuscitai os mortos, curai os leprosos, expulsai os
demônios. Dai gratuitamente o que gratuitamente haveis recebido."
Foi esta a recomendação de Jesus a seus discípulos e com isto
querendo dizer "(...) que ninguém se faça pagar daquilo que nada pagou.
Ora, o que eles haviam recebido gratuitamente era a faculdade de curar os
doentes e de expulsar os demônios, isto é, os maus espíritos. Esse dom Deus
lhos dera gratuitamente, para alívio dos que sofrem e como meio de propagação
da fé; Jesus, pois, recomendava-lhes que não fizesse dele objeto de comércio,
nem de especulação, um meio de vida."
(Evangelho
Segundo o Espiritismo, Cap.26 , itens 1 e 2)
- Avaliação
- Anexos
Lucas, Capítulo 4: VV 33 à 36
Havia na sinagoga um homem que tinha o
espírito de um demônio imundo; e gritou em alta voz: Ah! que temos nós contigo, Jesus, nazareno?
vieste destruir-nos? Bem sei quem é: o Santo de Deus. Mas Jesus o repreendeu, dizendo: Cala-te, e sai
dele. E o demônio, tendo-o lançado por terra no meio do povo, saiu dele sem lhe
fazer mal algum. E veio espanto sobre todos, e falavam entre si, perguntando
uns aos outros: Que palavra é esta, pois com autoridade e poder ordena aos
espíritos imundos, e eles saem?
==>
como interpretar esse trecho à luz da mediunidade?
Atos, Capítulo 3:
vv1 à 8
Pedro
e João subiam ao templo à hora da oração, a nona. E, era carregado um homem,
coxo de nascença, o qual todos os dias punham à porta do templo, chamada Formosa,
para pedir esmolas aos que entravam. Ora, vendo ele a Pedro e João, que iam
entrando no templo, pediu que lhe dessem uma esmola. E Pedro, com João, fitando
os olhos nele, disse: Olha para nós. E ele os olhava atentamente, esperando
receber deles alguma coisa. Disse-lhe Pedro: Não tenho prata nem ouro; mas o
que tenho, isso te dou; em nome de Jesus Cristo, o nazareno, anda. Nisso,
tomando-o pela mão direita, o levantou; imediatamente os seus pés e artelhos se
firmaram e, dando ele um salto, pôs-se em pé. Começou a andar e entrou com eles
no templo, andando, saltando e louvando a Deus.
-
Qual tipo de mediunidade vemos nessa
passagem de Atos dos Apóstolos, do NT?
-
Quem foi o médium?
1a Epístola de
Paulo aos Coríntios, Capítulo 12, VV 1, 4 à 8, 11, 27 à 31
Ora, a
respeito dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes. Ora,
há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo. E há diversidade de
ministérios, mas o Senhor é o mesmo. E há diversidade de operações, mas é o
mesmo Deus que opera tudo em todos. A
cada um, porém, é dada a manifestação do Espírito para o proveito comum. Porque
a um, pelo Espírito, é dada a palavra da sabedoria; a outro, pelo mesmo
Espírito, a palavra da ciência; a outro, pelo mesmo Espírito, a fé; a outro,
pelo mesmo Espírito, os dons de curar; a outro a operação de milagres; a outro
a profecia; a outro o dom de discernir espíritos; a outro a variedade de
línguas; e a outro a interpretação de línguas. Mas um só e o mesmo Espírito opera todas estas
coisas, distribuindo particularmente a cada um como quer.
Ora,
vós sois corpo de Cristo, e individualmente seus membros. E a uns pôs Deus na
igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro
mestres, depois operadores de milagres, depois dons de curar, socorros,
governos, variedades de línguas. Porventura são todos apóstolos? são todos
profetas? são todos mestres? são todos operadores de milagres? Todos têm dons
de curar? falam todos em línguas? interpretam todos? Mas procurai com zelo os maiores dons.
==>
E nesse trecho da carta de Paulos aos cristãos de Corinto?
==>
De que ele está falando?
==>
Qual a instrução que está dando aos cristãos de lá?
1a Epístola de
Paulo aos Coríntios, Capítulo 14, VV 1 à 6
Segui
o amor; e procurai com zelo os dons espirituais, mas principalmente o de
profetizar. Porque o que fala em língua não fala aos homens, mas a Deus; pois
ninguém o entende; porque em espírito fala mistérios. Mas o que profetiza fala
aos homens para edificação, exortação e consolação. O que fala em língua
edifica-se a si mesmo, mas o que profetiza edifica a igreja. Ora, quero que
todos vós faleis em línguas, mas muito mais que profetizeis, pois quem
profetiza é maior do que aquele que fala em línguas, a não ser que também
intercede para que a igreja receba edificação. E agora, irmãos, se eu for ter
convosco falando em línguas, de que vos aproveitarei, se vos não falar ou por
meio de revelação, ou de ciência, ou de profecia, ou de doutrina?
==>
Qual a orientação de Paulo nesse trecho?
12
Assim também vós, já que estais desejosos de dons espirituais, procurai
abundar neles para a edificação da igreja.
13 Por
isso, o que fala em língua, ore para que a possa interpretar.
==>
e nesse trecho na sequência?
==>
o que é a “edificação da igreja”?
26 Que
fazer, pois, irmãos? Quando vos congregais, cada um de vós tem salmo, tem
doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para
edificação.
27 Se
alguém falar em língua, faça-se isso por dois, ou quando muito três, e cada um
por sua vez, e haja um que interprete.
28
Mas, se não houver intérprete, esteja calado na igreja, e fale consigo mesmo, e
com Deus.
29 E
falem os profetas, dois ou três, e os outros julguem.
30 Mas
se a outro, que estiver sentado, for revelada alguma coisa, cale-se o primeiro.
31
Porque todos podereis profetizar, cada um por sua vez; para que todos aprendam
e todos sejam consolados;
32
pois os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas;
33
porque Deus não é Deus de confusão, mas sim de paz.
==>
Qual a orientação de Paulo aqui?
==>
pq será que Paulo fez tantas vezes essas orientações?
Mediunidade –
Conceito e Tipos
Todo aquele que sente, num grau qualquer a ''influência dos
Espíritos é, por esse fato, médium. Essa faculdade é inerente ao homem; não constitui,
portanto, um privilégio exclusivo. Por isso mesmo, raras são as pessoas que
delas não possuam alguns rudimentos. (...) Todavia, usualmente, assim só se
qualificam aqueles em quem a faculdade mediúnica se mostra bem caracterizada e
se traduz por efeitos patentes e de certa intensidade, o que então depende de
uma organização mais ou menos sensitiva.
É importante considerar que a percepção de influências espirituais
são detectadas pelo fenômeno mental da sintonia. Nossa mente, sendo um núcleo
de forças inteligentes, gera pensamentos plasmados que, ao se exteriorizarem
entra (a mente) em comunhão com as faixas de idéias do mesmo teor vibratório,
estabelecendo-se, assim, a sintonia mediúnica.
"(...) Atraímos os Espíritos que se afinam conosco, tanto quanto somos por eles atraídos; e se é verdade que cada um de nós somente pode dar conforme o que tem, indiscutível é que cada um recebe de acordo com aquilo que dá."
Achando-se a mente na base de todas as
manifestações mediúnicas (...) é imprescindível enriquecer o pensamento,
incorporando-lhe os tesouros morais e culturais (...)"
A mediunidade, pois, não basta por si.
Sendo uma faculdade própria da espécie humana, ela existe desde as épocas
pregressas, encontrando, porém, na Doutrina um sentido mais elevado e
disciplinado.
Com o surgimento do Cristianismo, a
mediunidade atinge a sublimação com as manifestações provocadas por Jesus e,
mais tarde, pelos apóstolos.
O médium, deve buscar disciplina e
iluminação íntimas, a fim de se tornar um instrumento de progresso para
felicidade própria e coletiva.
" Geralmente, os médiuns têm uma
aptidão especial para os fenômenos desta ou daquela ordem, donde resulta que
formam tantas variedades, quantas são as espécies de manifestações. As
principais são: a dos médiuns de efeitos físicos, a dos audientes, a dos
falantes, a dos videntes, a dos sonâmbulos, a dos curadores, a dos escreventes
ou psicógrafos."
·
Os médiuns de efeitos físicos são particularmente aptos a produzir fenômenos
materiais, como os movimentos dos corpos inertes ou ruídos, etc.(...) A mediunidade de efeitos físicos foi muito
comum na nascente do Espiritismo, e, surgiu com a finalidade maior de chamar
atenção dos encarnados sobre as manifestações do Além. Também
podemos citar como mediunidade de efeitos físicos, as materializações como as
do Espírito Katie King, por exemplo.
·
Os médiuns audientes ouvem a voz dos
Espíritos. E, algumas vezes uma voz interior, que se faz ouvir do foro íntimo,
doutras vezes, é uma voz exterior, clara e distinta, qual a de uma pessoa viva.
Os médiuns audientes podem, assim, travar conversação com os Espíritos.
·
Os médiuns falantes transmitem a mensagem
espírita através da fala. Neles, o Espírito atua sobre os órgãos da palavra,
como atua sobre a mão dos médiuns escreventes. (psicofonia)
·
Os médiuns videntes são dotados da
faculdade de ver os Espíritos. Alguns gozam dessa faculdade em estado normal,
quando perfeitamente acordados, e conservam lembrança precisa do que viram.
Outros só a possuem em estado sonambúlico, ou próximo do sonambulismo.
·
Médiuns sonambúlicos são aqueles que, nos momentos de emancipação, vêem, ouvem e
percebem, fora dos limites dos sentidos.
Muitos sonâmbulos vêem perfeitamente os Espíritos e os descrevem
com tanta precisão, como os médiuns videntes. Podem confabular com eles e
transmitir-nos seus pensamentos.
·
Os médiuns curadores são aqueles que têm o
dom de curar pelo simples toque, olhar ou imposição de mãos, sem o uso de
medicação.
·
Médiuns psicógrafos ou escreventes: De todos os meios de
comunicação, a escrita manual é o mais simples, mais cômodo e, sobretudo, mais
completo. Para ele devem tender todos os esforços, porquanto permite se
estabeleçam, com os Espíritos, relações tão continuadas e regulares, como as
que existem entre nós. Para o médium, a faculdade de escrever é, além disso, a
mais suscetível de desenvolver-se pelo exercício.
Podem se classificados em mecânicos, semimecânicos, intuitivos.
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Caminho,
Verdade e Vida, Cap.156 - “Intuição” – Chico Xavier/Emmanuel
“Porque a profecia jamais foi produzida por vontade de homem
algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo.” —
(2ª EPÍSTOLA de PEDRO, capítulo 1, versículo 21.)
Todos os homens participam dos poderes da intuição, no
divino tabernáculo da consciência, e todos podem desenvolver suas
possibilidades nesse sentido, no domínio da elevação espiritual.
Não são fundamentalmente necessárias as grandes
manifestações fenomênicas da mediunidade para que se estabeleçam movimentos de
intercâmbio entre os planos visível e invisível.
Todas as noções que dignificam a vida humana vieram da
esfera superior. E essas idéias nobilitantes não se produziram por vontade de
homem algum, porque os raciocínios propriamente terrestres sempre se inclinam
para a materialidade em seu arraigado egoísmo.
A revelação divina, significando o que a Humanidade possui
de melhor, é cooperação da espiritualidade sublime, trazida às criaturas pelos
colaboradores de Jesus, através da exemplificação, dos atos e das palavras dos
homens retos que, a golpes de esforço próprio, quebram o círculo de
vulgaridades que os rodeia, tornando-se instrumentos de renovação necessária.
A faculdade intuitiva é instituição universal. Através de
seus recursos, recebe o homem terrestre as vibrações da vida mais alta, em
contribuições religiosas, filosóficas, artísticas e científicas, ampliando
conquistas sentimentais e culturais, colaboração essa que se verifica sempre,
não pela vontade da criatura, mas pela concessão de Deus.
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