segunda-feira, 28 de novembro de 2016

O Bem e o Mal

Casa Espírita Missionários da Luz -  ESDE1

Tema:   O Bem e o Mal                                                                                             21/08/2012


Bibliografia:
l   O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, perg. 629, à 646;
l   A Gênese, Allan Kardec, Cap. III - O Bem e o Mal;
l   Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec, Cap. V, item 5;
l   Atualidade do Pensamento Espírita, pergs. 74 e 75

Desenvolvimento:

1.Leitura página inicial:  O Mal Existe – Momento Espírita
2. Prece de abertura
3. Como estamos iniciando o estudo das leis morais, vamos começar conceituando moral.

Dicionário: O que é Moral:
Moral é o conjunto de regras adquiridas através da cultura, da educação, da tradição e do cotidiano, e  que orientam o comportamento humano dentro de uma sociedade. O termo tem origem no Latim “morales” cujo significado é “relativo aos costumes”.

-        Resposta na perg. 629 de O Livro dos Espíritos:  Que definição se pode dar da moral?
“A moral é a regra de bem proceder, isto é, de distinguir o bem do mal. Funda-se na observância da lei de Deus. O homem procede bem quando tudo faz pelo bem de todos, porque então cumpre a lei de Deus.”

Como se desenvolve a moral?
==> decorrência natural da evolução, da necessidade de elaborar leis para organizar a vida em sociedade;
==> se adquire aos poucos, através das diversas reencarnações.

Kardec, na Gênese (Cap. III, 3), coloca duas naturezas dos males, físicos ou morais, que afligem a humanidade: aqueles que podem ser evitados e os que não podem.

Quais são os mais numerosos? Os causados pelos vícios humanos.
Os que ele não pode evitar, Deus lhe deu a inteligência para buscar evitar ou reduzir os efeitos; isso impulsiona o progresso pelo desenvolvimento da inteligência.

E quais recursos tem o homem para evitar o mal, causado pelos vícios? (item 6)
==> consciência: guia seguro;
==> reveladores de todos os tempos, os messias;
==> desde a DE, os próprios Espíritos, que nos advertem sobre a observância das leis de Deus.

(item 7) Do próprio mal, Deus tira o bem: pelo excesso do mal, o homem sente a necessidade de buscar o bem. Assim, a moral vai se desenvolvendo.

Discussão em trios:
Tem meios o homem de distinguir por si mesmo o que é bem do que é mal?  Estando sujeito ao erro, não pode o homem enganar-se na apreciação do bem e do mal e crer que pratica o bem quando em realidade pratica o mal?  (pergs. 631 e 632)


A culpabilidade pelo mal é igual para todos os homens?   (perg. 636)


Ler as perg, 74 e 75, de Atualidade do Pensamento Espírita,  para discussão com o grupo.

74: A legislação penal aplicável às crianças e adolescentes deve ser idêntica à estabelecida para os adultos?
75: A constituição brasileira admite que todos são iguais perante a lei e a justiça aplica penas iguais, embora vigente o princípio da individualização da pena. Com isso não se pratica lamentável injustiça contra os pobres de corpo e de espírito?


4.Distribuir o Livro dos Espíritos e ler com o grupo as pergs. 639 à 646.

5. Se ainda houver tempo, abordar a questão do instinto e da inteligência, que Kardec trata na Gênese:

A questão, pois, consiste em saber-se qual é, no homem, a origem da sua propensão para o mal.
10. Estudando-se todas as paixões e, mesmo, todos os vícios, vê-se que as raízes de umas e outros se acham no instinto de conservação, instinto que se encontra em toda a pujança nos animais e nos seres primitivos mais próximos da animalidade, nos quais ele exclusivamente domina, sem o contrapeso do senso moral, por não ter ainda o ser nascido para a vida intelectual. O instinto se enfraquece, à medida que a inteligência se desenvolve, porque esta domina a matéria.
O Espírito tem por destino a vida espiritual, porém, nas primeiras fases da sua existência corpórea, somente da conservação da espécie e dos indivíduos, materialmente falando. Mas, uma vez saído desse período, outras necessidades se lhe apresentam, a princípio semimorais e semimateriais, depois exclusivamente morais. É então que o Espírito exerce domínio sobre a matéria, sacode-lhe o jugo, avança pela senda providencial que se lhe acha traçada e se aproxima do seu destino final. Se, ao contrário, ele se deixa dominar pela matéria, atrasa-se e se identifica com o bruto. Nessa situação, o que era outrora um bem, porque era uma necessidade da sua natureza, transforma-se num mal, não só porque já não constitui uma necessidade, como porque se torna prejudicial à espiritualização do ser. Muita coisa, que é qualidade na criança, torna-se defeito no adulto. O mal é, pois, relativo e a responsabilidade é proporcionada ao grau de adiantamento.

Todas as paixões têm, portanto, uma utilidade providencial, visto que, a não ser assim, Deus teria feito coisas inúteis e, até, nocivas. No abuso é que reside o mal e o homem abusa em virtude do seu livre-arbítrio. Mais tarde, esclarecido pelo seu  próprio interesse, livremente escolhe entre o bem e o mal.

11.  Qual a diferença entre o instinto e a inteligência? Onde acaba um e o outro começa?

O instinto é a força oculta que solicita os seres orgânicos a atos espontâneos e involuntários, tendo em vista a conservação
deles. Nos atos instintivos não há reflexão, nem combinação, nem premeditação.
No homem, só em começo da vida o instinto domina com exclusividade; é por instinto que a criança faz os primeiros movimentos, que toma o alimento, que grita para exprimir as suas necessidades, que imita o som da voz, que tenta falar e andar. No próprio adulto, certos atos são instintivos, tais como os movimentos espontâneos para evitar um risco, para fugir a um perigo, para manter o equilíbrio do corpo; tais ainda o piscar das pálpebras para moderar o brilho da luz, o abrir maquinal da boca para respirar, etc.
12. A inteligência se revela por atos voluntários, refletidos, premeditados, combinados, de acordo com a oportunidadedas circunstâncias. É incontestavelmente um atributo exclusivo da alma.
O instinto é guia seguro, que nunca se engana; a inteligência, pelo simples fato de ser livre, está, por vezes, sujeita a errar.

A uniformidade no que resulta das faculdades instintivas é um fato característico, que forçosamente implica a unidade da causa. (…) isto é, ao próprio Criador.
Segundo essa teoria, compreende-se que o instinto seja um guia seguro. O instinto materno, o mais nobre de todos, (...). Por intermédio da mãe, o próprio Deus vela pelas suas criaturas que nascem.



6.Prece de encerramento.





Certo dia um professor ateu desafiou seus alunos com a seguinte pergunta:
"Deus fez tudo o que existe?"
Um estudante respondeu corajosamente: "Sim, fez!"
"Deus fez tudo, mesmo?" Insistiu o professor.
"Sim, professor" respondeu o jovem.
O professor replicou: "De Deus fez todas as coisas, então Deus fez o mal, pois o mal existe. E, considerando-se que nossas ações são um reflexo de nós mesmos, e somos a imagem e semelhança de Deus, então Deus é o mal.
O estudante calou-se diante de tal afirmativa e o professor ficou feliz por haver provado uma vez mais que a fé era um mito.

Outro estudante levantou sua mão e disse: "Posso lhe fazer uma pergunta, professor?"
"Sem dúvida", respondeu-lhe o professor.
O jovem ficou de pé e perguntou: "Professor, o frio existe?"
"Mas que pergunta é essa? Claro que existe, você por acaso nunca sentiu frio?"

O rapaz respondeu: "Na verdade, professor, o frio não existe. Eu não sou especialista no assunto, mas, segundo as leis da física, o que consideramos frio é, na realidade, ausência de calor.Todo corpo ou objeto pode ser estudado quando tem ou transmite energia, mas é o calor e não o frio que faz com que tal corpo tenha ou transmita energia. O zero absoluto é a ausência total e absoluta de calor, todos os corpos ficam inertes, incapazes de reagir, mas o frio não existe. Criamos esse termo para descrever como nos sentimos quando nos falta o calor."

E a escuridão, existe?" Continuou o estudante.
O professor respondeu: "Mas é claro que sim."

"Novamente o senhor se engana, a escuridão tampouco existe. A escuridão é, na verdade, a ausência da luz. Podemos estudar a luz, mas a escuridão não. O prisma de Newton decompõe a luz branca nas várias cores de que se compõe, com seus diferentes comprimentos de onda. A escuridão não. Um simples raio de luz rasga as trevas e ilumina a superfície que a luz toca. Como se faz para determinar quão escuro está um determinado local do espaço? Apenas com base na quantidade de luz presente nesse local, não é mesmo? Escuridão é um termo que o homem criou para descrever o que acontece quando não há luz presente."

Finalmente, o jovem estudante perguntou ao professor: "Diga, professor, o mal existe?"
Ele respondeu: "Claro que existe. Como eu disse no início da aula, vemos roubos, crimes e violência diariamente em todas as partes do mundo, essas coisas são o mal."

Então o estudante disse: "O mal não existe, professor, ou, pelo menos, não existe por si só. O mal é simplesmente a ausência do bem. O mal, como acontece com o frio e o calor, é um termo que o homem criou para descrever essa ausência do bem. Assim sendo, Deus não criou o mal. Deus criou o amor, a fé, que existem como existe a luz e o calor. Já o mal é resultado da falta de Deus nos corações. É como o frio que surge quando não há calor, ou a escuridão que acontece quando não há luz."

Diante da lógica da argumentação do aluno, o professor se calou, pensativo.


O mal não tem vida própria, é apenas a ausência do bem.
Onde o bem se faz presente o mal bate em retirada.
Já o amor é de essência divina, e está presente nos corações de todos os homens, mesmo que em estado latente, esperando a oportunidade de germinar, crescer e florescer.


Equipe de Redação do Momento Espírita, com base em história de autoria ignorada.

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