domingo, 4 de dezembro de 2016

Natureza das comunicações

Casa Espírita Missionários da Luz – ESDE2 - 12/05/2015

Tema: Natureza das comunicações

Objetivos:
·         Dar as características da natureza das comunicações mediúnicas;
·         Esclarecer que nem toda comunicação séria é verdadeira;
·         Dizer como julgar o valor moral e intelectual dos Espíritos que ditam comunicações instrutivas.

Bibliografia:
O Livro dos Médiuns – Cap. X, itens 133 a 137; Cap XXIV itens 263 à 266; Cap. XXXI.
EV. Segundo Esp., cap. 21, item 6 ‘Não creais em todos os Espíritos e item 7’

Sugestões de Atividades: apostilas da FEP (Natureza das Comunicações) ou  FEB – Roteiro 14

Material: Evangelho, notebook, Livro dos Médiuns, Evangelho Seg. Espiritismo

Desenvolvimento:  
  1. Ler itens 6 e 7 de Ev.Seg.Esp,cap 21, comentários  e  fazer a prece inicial
  2. Desenvolver o tem com auxílio de slides com trechos do LM
SLIDE 1
*      Há imprudência e leviandade em aceitar sem exame tudo o que vem dos Espíritos. Torna-se necessário que conheçamos o caráter daqueles que estão em relação conosco
*      Os Espíritos só podem responder sobre aquilo que sabem e dentro dos limites do lhes é permitido dizer-nos
*      As manifestações mediúnicas dos desencarnados hão de refletir a elevação ou a baixeza de suas idéias, o saber e a ignorância deles, seus vícios e suas virtudes

SLIDE 2
Comunicações mediúnicas grosseiras
Provém de Espíritos de baixa condição e que conservam-se ainda sob o império dos prejuízos terrestres
*      Chocam o decoro
*      Podem ser triviais, abjetas,obscenas,insolentes, arrogantes,malévolas ou ímpias
*      A linguagem dos Espíritos está sempre em relação com o grau de elevação a que já tenham chegado
L.M- cap. X- 134

Slide 3
Comunicações mediúnicas frívolas
Emanam de Espíritos levianos, zombeteiros, ou brincalhões, mais maliciosos do que maus
Muito falam para nada dizer
Muitas vezes, por entre piadas vulgares, dizem duras verdades que, quase sempre, ferem com justeza
A frivolidade de algumas reuniões mediúnicas podem atrair Espíritos levianos que procuram oportunidades de enganar e mistificar
L.M- cap. X- 135

SLIDE 4
Comunicações mediúnicas sérias
Toda comunicação que exclui a frivolidade e a grosseria, e que tem um fim útil, e considerada séria;  è mas não está por isso isenta de erros
“Os Espíritos sérios não são todos igualmente esclarecidos.
No tocante a comunicações sérias, cumpre se distingam as  verdadeiras das falsas, o que nem sempre é fácil,  porquanto, exatamente à sombra da elevação da linguagem,é que certos Espíritos presunçosos, ou pseudo-sábios, procuram fazer prevalecer suas idéias, as mais falsas, e os seus mais absurdos sistemas”      Livro dos Médiuns - Cap X, item 136
Slide 5
Comunicações mediúnicas instrutivas
TEM POR OBJETO PRINCIPAL UM ENSINAMENTO SOBRE CIÊNCIA, MORAL E FILOSOFIA
Caráter regular e perseverante
“Dando a essas comunicações a qualificação de instrutivas, nós as supomos verdadeiras, porque uma coisa que não seja verdadeira não poderia ser instrutiva mesmo que fosse dita na linguagem mais imponente”     L.M- cap. X- item: 137


3.    Exercício: análise de psicografias para categorizá-las
Fazer mini grupos para analisar os textos em anexo:
- do Livro Reforma Íntima sem Martírio - Ermance Dufaux médium Wanderley S de Oliveira – 2 textos que trazem dúvida com relação à autenticidade por seus conteúdos anti-doutrinários;
- LM cap 31, itens I, VI – sérias e instrutivas; e XXIX e XXXII – falsas
- Obras Póstumas – 2ªparte, “Acontecimentos”  de 7 de maio de 1856 e de  12 de maio de 1856 – duas mensagens dirigidas a Kardec – sérias, instrutivas, de caráter pessoal.


4.    Prece final.

5.    Anexos



Livro Reforma Íntima sem Martírio - Ermance Dufaux médium Wanderley S de Oliveira

— Dona Maria, explique-­nos, por caridade, sobre aquele anel luminoso na cabeça de Cesário.
 — Sim, Helvécio. É uma criação de almas superiores em favor da obra do  bem que todos, pouco a pouco, estamos construindo na Terra. Chama­- se “imunizador psíquico”. Composto de material rarefeito, mas de alta potencia irradiadora de ondas mentais de curta frequência, é um aparelho de defesa mental que concede ao médium melhores recursos no desempenho de sua missão.
Tomado de um impulso, Rosângela, outra integrante de nosso grupo que serviu com louvor às fileiras do Protestantismo, indagou:
— Todos os médiuns carregam esse anel?
—  Não, minha jovem. O “imunizador psíquico” é uma concessão da misericórdia. Fruto de um planejamento no tempo...
— O que fez Cesário para merecê-­lo? Será um “espírito santo” com elevada missão? Terá ele algum mandato diante de Deus?
— Cesário vem se dedicando à tarefa da educação de si mesmo como todos os benfeitores da Nova Revelação. Não é portador de missões especiais e nem dotado de grande elevação moral. Sua qualidade mais saliente, por enquanto, é a devoção persistente que apresenta, ininterruptamente, durante duas décadas no  serviço mediúnico socorrista de almas perturbadas.
—  Quer  dizer então que após um período de serviços de vinte anos os médiuns podem receber semelhante graça?
— Compreendo sua terminologia, considerando sua formação evangélica, mas não se trata de graça, Rosângela, e sim de mérito, justiça e complacência divina. Nosso irmão perseverou  durante esse tempo, mas alem disso integrou  o escasso  grupo de servidores doutrinários que apresentam uma rara qualidade. — E qual é essa qualidade, Dona Modesta?
 —  Cooperativismo cristão. Apesar de suas vivências doutrinárias restringiram-­se a uma casa espírita, desde os seus primeiros passos nos projetos doutrinários tem se oferecido pelo  bem de outras agremiações, desenvolvendo um estimável labor coletivo junto à seara. Graças a isso, tem chamado a atenção dos inimigos da causa que procuram desanimá-­lo no ideal com sorrateiras armadilhas. Sua sincera disposição de melhoria espiritual é seu verdadeiro recurso imunizador,  todavia, algumas almas superiores analisaram o pedido de sua amável mentora para que lhe fosse prestado esse benefício para alento e estímulo.


7 de maio de 1856 “Acontecimentos”

Pergunta — A comunicação há dias dada faz presu­mir, ao que parece, acontecimentos muito graves. Pode­rás dar-nos algumas explicações a respeito?
Resposta — Não podemos precisar os fatos. O que podemos dizer é que haverá muitas ruínas e desolações, pois são chegados os tempos preditos de uma renovação da Humanidade.
P.  — Quem causará essas ruínas? Será um cata­clismo?
R. — Nenhum cataclismo de ordem material ha­verá, como o entendeis, mas flagelos de toda espécie assolarão as nações; a guerra dizimará os povos; as instituições vetustas se abismarão em ondas de sangue. Faz-se mister que o velho mundo se esboroe, para que uma nova era se abra ao progresso.
P.  — A guerra não se circunscreverá então a uma região?
R. — Não, abrangerá a Terra.
P.  — Nada, entretanto, neste momento, parece pres­sagiar uma tempestade próxima.
R. — As coisas estão por fio de teia de aranha, meio partido.
P.  — Poder-se-á, sem indiscrição, perguntar donde partirá a primeira centelha?
R. — Da Itália.


Livro Reforma Íntima sem Martírio - Ermance Dufaux médium Wanderley S de Oliveira

Já um tanto mais refeito, aproximamos daquele coração sofrido, que se dirigiu ao Dr. Inácio:
 — Doutor, não vou aguentar! Não vou aguentar isso! Esse tratamento não é para mim! 
— Se acalme, Euzébio, para não perder a ajuda dessa hora! 
— Desse jeito vou enlouquecer! 
— Você está no lugar certo então, porque aqui somos todos mais ou menos loucos — como de costume, nosso diretor era pura jocosidade elevada, mesmo nos instantes mais sérios.
— Preciso de pelo menos uma “encostadinha”, o senhor não vai poder fazer  isso por mim? E para onde foi levado o Júlio? Por que esse arrancão de uma só vez? Nós nos dávamos tão certo! 
—  Meu  amigo, não poderei lhe dar todas as informações que você quer  saber. Quanto à “encostadinha”, poderei providenciar, mas dependendo de sua recuperação.
— O senhor fala sério?
— E alguma vez eu falei algo brincando? — novamente com o sorriso de deboche, Dr. Inácio olhou para mim e deu uma pisadinha de puro humor.
 — Mas quem servirá a mim, doutor?
—  Palavra bonita usou  você agora. Realmente utilizaremos um outro  instrumento, e ele nada mais fará do que servi-­lo, nas suas necessidades.
— Por quanto tempo poderei ficar ao lado dele?
— Quinze minutos! 
— Mas doutor?! E isso vai me apaziguar as sensações?
— Mais do que você imagina. Será um remédio temporário que vai te fazer  enorme bem, mas... Como já disse, você terá que mostrar o mínimo de condições para conseguirmos a autorização.
— Autorização?
 — Sim, aqui nada acontece sem autorização, ou você acha que vai poder  continuar suas obsessões como bem quer? Se for assim tenho que lhe dar alta, porque o que não falta na Terra é gente querendo ser obsidiado...
(Obs.: Dr. Inácio Ferreira - Devotado trabalhador espírita da cidade de Uberaba­/MG.)

Confiai na bondade de Deus e sede bastante clarividentes para perceberdes os preparativos da nova vida que ele vos destina.
Não vos será dado, é certo, gozá-la nesta existência; porém, não sereis ditosos, se não tornardes a viver neste globo, por poderdes considerar do alto que a obra, que houverdes começado, se desenvolve sob as vossas vistas?
Couraçai-vos de fé firme e inabalável contra os obstáculos que, ao que parece, hão de levantar-se contra o edifício cujos fundamentos pondes. São sólidas as bases em que ele assenta: a primeira pedra colocou-a o Cristo. Coragem, pois, arquitetos do divino Mestre! Trabalhai, construi! Deus vos coroará a obra.
Mas, lembrai-vos bem de que o Cristo renega, como seu discípulo, todo aquele que só nos lábios tem a caridade.
Não basta crer; é preciso, sobretudo, dar exemplos de bondade, de tolerância e de desinteresse, sem o que estéril será a vossa fé.                                                                                            Santo Agostinho.




Não vos arreceeis de certos obstáculos, de certas controvérsias.
A ninguém atormenteis com qualquer insistência. Aos incrédulos, a persuasão não virá, senão pelo vosso desinteresse, senão pela vossa tolerância e pela vossa caridade para com todos, sem exceção.
Guardai-vos, sobretudo, de violar a opinião, mesmo por palavras, ou por demonstrações públicas. Quanto mais modestos fordes, tanto mais conseguireis tornar-vos apreciados. Nenhum móvel pessoal vos faça agir e encontrareis nas vossas consciências uma força de atração que só o bem proporciona.
Por ordem de Deus, os Espíritos trabalham pelo progresso de todos, sem exceção. Fazei o mesmo, vós outros, espíritas.                                                                                                                   São Luís.


 12 de maio de 1856 - (Sessão pessoal em casa do Sr. Baudin) - Acontecimentos

Pergunta (à Verdade) — Que pensas de M...? É homem que venha a influir nos acontecimentos?
Resposta — Muito ruído. Ele tem boas idéias; éhomem de ação, mas não é uma cabeça.
P.  — Dever-se-á tomar ao pé da letra o que foi dito, isto é, que lhe cabe o papel de destruir o que existe?
R. — Não; pretendeu-se apenas personificar nele o partido cujas idéias ele representa.
P.  — Posso manter com ele relações de amizade?
R. — Por enquanto, não; correrias perigos inúteis.
P.  — Dispondo de um médium, diz .... que lhe de­terminaram a marcha dos acontecimentos, para, por assim dizer, uma data fixa. Será verdade?
R. — Sim, determinaram-lhe épocas, mas foram Es­píritos levianos que lhe responderam, Espíritos que não sabem mais do que ele e que lhe exploram a exaltação. Sabes que não devemos precisar as coisas futuras. Os acontecimentos pressentidos certamente se darão em tempo próximo, mas que não pode ser determinado.
P.  — Disseram os Espíritos que os tempos são che­gados em que tais coisas têm de acontecer: em que sen­tido se devem tomar essas palavras?
R. — Em se tratando de coisas de tanta gravidade, que são alguns anos a mais ou a menos? Elas nunca ocorrem bruscamente, como o chispar de um raio; são longamente preparadas por acontecimentos parciais que lhes servem como que de precursores, quais os rumores surdos que precedem a erupção de um vulcão. Pode-se, pois, dizer que os tempos são chegados, sem que isso signifique que as coisas sucederão amanhã. Significa unicamente que vos achais no período em que se veri­ficarão.
P.  — Confirmas o que foi dito, isto é, que não ha­verá cataclismos?
R. — Sem dúvida, não tendes que temer nem um dilúvio, nem o abrasamento do vosso planeta, nem outros fatos desse gênero, porqüanto não se pode denominar cataclismos a perturbações locais que se têm produzido em todas as épocas. Apenas haverá um cataclismo de natureza moral, de que os homens serão os instrumentos.

A criação perpétua e incessante dos mundos é, para Deus, um como gozo perpétuo, porque ele vê incessantemente seus raios se tornarem cada dia mais luminosos em felicidade. Para Deus, não há número, do mesmo modo que não há tempo. Eis por que centenas ou milhares não são, para ele, mais nem menos uns do que outros. É um pai, cuja felicidade se forma da felicidade coletiva de seus filhos e que, a cada segundo da criação, vê uma nova felicidade vir fundir-se na felicidade geral. Não há   parada, nem suspensão, nesse movimento perpétuo, nessa grande felicidade incessante que fecunda a terra e o céu. Do mundo, não se conhece mais do que uma pequena fração e tendes irmãos que vivem em latitudes onde o homem ainda não chegou a penetrar. Que significam esses calores de torrar e esses frios mortais, que detêm os esforços dos mais ousados? Julgais, com simplicidade, haver chegado ao limite do vosso mundo, quando não podeis mais avançar com os insignificantes meios de que dispondes? Poderíeis então medir exatamente o vosso planeta? Não creiais isso. Há no vosso planeta mais lugares ignorados do que lugares conhecidos. Porém, como é inútil que se propaguem ainda mais todas as vossas instituições más, todas as vossas leis más, ações e existências, há um limite que vos detém aqui e ali e que vos deterá até que tenhais de transportar as boas sementes que o vosso livre-arbítrio fez. Oh! não, não conheceis esse mundo, a que chamais Terra. Vereis na vossa existência
um grande começo de provas desta comunicação. Eis que vai soar a hora em que haverá uma outra descoberta diferente da última que foi feita; eis que se vai alargar o círculo da vossa Terra conhecida e, quando toda a imprensa cantar esse Hosana em todas as línguas, vós, pobres filhos, que amais a Deus e que procurais sua voz, o tereis sabido antes daqueles mesmos que darão nome à nova Terra.
Vicente de Paulo.


Não, não se pode mudar de religião, quando não se tem uma que possa, ao mesmo tempo, satisfazer ao senso comum e à inteligência que se tem e que possa, sobretudo, dar ao homem consolações presentes. Não, não se muda de religião, cai-se da inépcia e da dominação na sabedoria e na liberdade. Ide, ide, pequeno exército nosso! ide e não temais as balas inimigas; as que vos hão de matar ainda não foram feitas, se estiverdes sempre, do fundo do coração, na senda do Senhor, isto é, se quiserdes sempre combater pacificamente e vitoriosamente pelo bem-estar e pela liberdade. Vicente de Paulo.

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