Casa Espírita Missionários da Luz – ESDE2 - 12/05/2015
Tema: Natureza das comunicações
Objetivos:
·
Dar
as características da natureza das comunicações mediúnicas;
·
Esclarecer
que nem toda comunicação séria é verdadeira;
·
Dizer
como julgar o valor moral e intelectual dos Espíritos que ditam comunicações
instrutivas.
Bibliografia:
O Livro dos
Médiuns – Cap. X, itens 133 a
137; Cap XXIV itens 263 à 266; Cap. XXXI.
EV. Segundo Esp., cap. 21, item 6 ‘Não creais em
todos os Espíritos e item 7’
Sugestões de Atividades: apostilas da FEP (Natureza das
Comunicações) ou FEB – Roteiro 14
Material: Evangelho, notebook, Livro dos Médiuns,
Evangelho Seg. Espiritismo
Desenvolvimento:
- Ler itens
6 e 7 de Ev.Seg.Esp,cap 21, comentários e
fazer a prece inicial
- Desenvolver
o tem com auxílio de slides com trechos do LM
SLIDE 1
Há imprudência e leviandade em aceitar sem exame
tudo o que vem dos Espíritos. Torna-se necessário que conheçamos o caráter
daqueles que estão em relação conosco
Os Espíritos só podem responder sobre aquilo que
sabem e dentro dos limites do lhes é permitido dizer-nos
As manifestações mediúnicas dos desencarnados
hão de refletir a elevação ou a baixeza de suas idéias, o saber e a ignorância
deles, seus vícios e suas virtudes
SLIDE 2
Comunicações mediúnicas grosseiras
Provém de Espíritos de baixa condição e que conservam-se ainda sob o
império dos prejuízos terrestres
Chocam o decoro
Podem ser triviais, abjetas,obscenas,insolentes,
arrogantes,malévolas ou ímpias
A linguagem dos Espíritos está sempre em relação
com o grau de elevação a que já tenham chegado
L.M- cap. X- 134
Slide 3
Comunicações mediúnicas frívolas
Emanam de Espíritos levianos, zombeteiros, ou brincalhões, mais
maliciosos do que maus
Muito falam para nada dizer
Muitas vezes, por entre piadas vulgares, dizem duras verdades que, quase
sempre, ferem com justeza
A frivolidade de algumas reuniões mediúnicas podem atrair Espíritos
levianos que procuram oportunidades de enganar e mistificar
L.M- cap. X- 135
SLIDE 4
Comunicações mediúnicas sérias
Toda comunicação que exclui a frivolidade e a grosseria, e que tem um
fim útil, e considerada séria; è mas não está por isso isenta de erros
“Os Espíritos sérios não são todos igualmente esclarecidos.
No tocante a comunicações sérias, cumpre se distingam as verdadeiras das falsas, o que
nem sempre é fácil, porquanto,
exatamente à sombra da elevação da linguagem,é que certos Espíritos
presunçosos, ou pseudo-sábios, procuram fazer prevalecer suas idéias, as mais
falsas, e os seus mais absurdos sistemas” Livro dos Médiuns - Cap X, item 136
Slide 5
Comunicações mediúnicas instrutivas
TEM POR OBJETO PRINCIPAL UM ENSINAMENTO SOBRE CIÊNCIA, MORAL E FILOSOFIA
Caráter regular e perseverante
“Dando a essas comunicações a qualificação de instrutivas, nós as
supomos verdadeiras, porque uma coisa que não seja verdadeira não poderia ser
instrutiva mesmo que fosse dita na linguagem mais imponente” L.M- cap. X- item: 137
3. Exercício: análise de psicografias para categorizá-las
Fazer mini grupos para analisar os textos em
anexo:
- do Livro
Reforma Íntima sem Martírio - Ermance Dufaux médium Wanderley S de
Oliveira – 2 textos que trazem dúvida com relação à autenticidade por seus
conteúdos anti-doutrinários;
- LM cap 31, itens I, VI – sérias e
instrutivas; e XXIX e XXXII – falsas
- Obras Póstumas – 2ªparte, “Acontecimentos” de 7 de
maio de 1856 e de 12 de maio de 1856 – duas mensagens dirigidas a Kardec –
sérias, instrutivas, de caráter pessoal.
4. Prece final.
5. Anexos
Livro Reforma Íntima sem Martírio - Ermance Dufaux
médium Wanderley S de Oliveira
— Dona Maria, explique-nos,
por caridade, sobre aquele anel luminoso na cabeça de Cesário.
— Sim, Helvécio. É uma criação de almas
superiores em favor da obra do bem que todos, pouco a pouco, estamos
construindo na Terra. Chama- se “imunizador psíquico”. Composto de material
rarefeito, mas de alta potencia irradiadora de ondas mentais de curta
frequência, é um aparelho de defesa mental que concede ao médium melhores
recursos no desempenho de sua missão.
Tomado de um impulso, Rosângela,
outra integrante de nosso grupo que serviu com louvor às fileiras do
Protestantismo, indagou:
— Todos os médiuns carregam
esse anel?
— Não, minha jovem. O
“imunizador psíquico” é uma concessão da misericórdia. Fruto de um planejamento
no tempo...
— O que fez Cesário para
merecê-lo? Será um “espírito santo” com elevada missão? Terá ele algum mandato
diante de Deus?
— Cesário vem se dedicando à
tarefa da educação de si mesmo como todos os benfeitores da Nova
Revelação. Não é portador de missões especiais e nem dotado de grande elevação
moral. Sua qualidade mais saliente, por enquanto, é a devoção persistente que
apresenta, ininterruptamente, durante duas décadas no serviço mediúnico
socorrista de almas perturbadas.
— Quer dizer então
que após um período de serviços de vinte anos os médiuns podem receber
semelhante graça?
— Compreendo sua
terminologia, considerando sua formação evangélica, mas não se trata de graça,
Rosângela, e sim de mérito, justiça e complacência divina. Nosso irmão
perseverou durante esse tempo, mas alem disso integrou o
escasso grupo de servidores doutrinários que apresentam uma rara
qualidade. — E qual é essa qualidade, Dona Modesta?
— Cooperativismo cristão. Apesar de suas
vivências doutrinárias restringiram-se a uma casa espírita, desde os seus
primeiros passos nos projetos doutrinários tem se oferecido pelo bem
de outras agremiações, desenvolvendo um estimável labor coletivo junto à seara.
Graças a isso, tem chamado a atenção dos inimigos da causa que procuram
desanimá-lo no ideal com sorrateiras armadilhas. Sua sincera disposição de
melhoria espiritual é seu verdadeiro recurso imunizador, todavia, algumas almas superiores analisaram
o pedido de sua amável mentora para que lhe fosse prestado esse benefício para
alento e estímulo.
7 de
maio de 1856 “Acontecimentos”
Pergunta — A comunicação há dias dada faz presumir, ao que parece,
acontecimentos muito graves. Poderás dar-nos algumas explicações a respeito?
Resposta — Não
podemos precisar os fatos. O que podemos dizer é que haverá muitas ruínas e
desolações, pois são chegados os tempos preditos de uma renovação da
Humanidade.
P. — Quem causará essas ruínas? Será um cataclismo?
R. — Nenhum cataclismo de ordem material haverá,
como o entendeis, mas flagelos de toda espécie assolarão as nações; a guerra
dizimará os povos; as instituições vetustas se abismarão em ondas de sangue.
Faz-se mister que o velho mundo se esboroe, para que uma nova era se abra ao
progresso.
P. — A guerra não se circunscreverá então a uma
região?
R. — Não, abrangerá a Terra.
P. — Nada, entretanto, neste momento, parece pressagiar
uma tempestade próxima.
R. — As coisas estão por fio de teia de aranha,
meio partido.
P. — Poder-se-á, sem indiscrição, perguntar donde
partirá a primeira centelha?
R. — Da Itália.
Livro Reforma Íntima sem Martírio - Ermance Dufaux
médium Wanderley S de Oliveira
Já um tanto mais refeito,
aproximamos daquele coração sofrido, que se dirigiu ao Dr. Inácio:
— Doutor, não vou aguentar! Não
vou aguentar isso! Esse tratamento não é para mim!
— Se acalme, Euzébio, para
não perder a ajuda dessa hora!
— Desse jeito
vou enlouquecer!
— Você está no lugar certo
então, porque aqui somos todos mais ou menos loucos — como de
costume, nosso diretor era pura jocosidade elevada, mesmo nos instantes
mais sérios.
— Preciso de pelo menos uma
“encostadinha”, o senhor não vai poder fazer isso por mim? E para onde
foi levado o Júlio? Por que esse arrancão de uma só vez? Nós nos dávamos
tão certo!
— Meu amigo, não
poderei lhe dar todas as informações que você quer saber. Quanto à
“encostadinha”, poderei providenciar, mas dependendo de sua recuperação.
— O senhor fala sério?
— E alguma vez eu falei
algo brincando? — novamente com o sorriso de deboche, Dr. Inácio
olhou para mim e deu uma pisadinha de puro humor.
— Mas quem servirá a mim, doutor?
— Palavra bonita usou
você agora. Realmente utilizaremos um outro instrumento, e ele nada mais
fará do que servi-lo, nas suas necessidades.
— Por quanto tempo
poderei ficar ao lado dele?
— Quinze minutos!
— Mas doutor?! E isso
vai me apaziguar as sensações?
— Mais do que você imagina.
Será um remédio temporário que vai te fazer enorme bem, mas... Como já
disse, você terá que mostrar o mínimo de condições para conseguirmos a
autorização.
— Autorização?
— Sim, aqui nada acontece sem
autorização, ou você acha que vai poder continuar suas obsessões
como bem quer? Se for assim tenho que lhe dar alta, porque o que não falta na
Terra é gente querendo ser obsidiado...
(Obs.: Dr. Inácio
Ferreira -
Devotado trabalhador espírita da cidade de Uberaba/MG.)
Confiai
na bondade de Deus e sede bastante clarividentes para perceberdes os
preparativos da nova vida que ele vos destina.
Não
vos será dado, é certo, gozá-la nesta existência; porém, não sereis ditosos, se
não tornardes a viver neste globo, por poderdes considerar do alto que a obra,
que houverdes começado, se desenvolve sob as vossas vistas?
Couraçai-vos
de fé firme e inabalável contra os obstáculos que, ao que parece, hão de
levantar-se contra o edifício cujos fundamentos pondes. São sólidas as bases em
que ele assenta: a primeira pedra colocou-a o Cristo. Coragem, pois, arquitetos
do divino Mestre! Trabalhai, construi! Deus vos coroará a obra.
Mas,
lembrai-vos bem de que o Cristo renega, como seu discípulo, todo aquele que só
nos lábios tem a caridade.
Não
basta crer; é preciso, sobretudo, dar exemplos de bondade, de tolerância e de
desinteresse, sem o que estéril será a vossa fé. Santo
Agostinho.
Não
vos arreceeis de certos obstáculos, de certas controvérsias.
A
ninguém atormenteis com qualquer insistência. Aos incrédulos, a persuasão não
virá, senão pelo vosso desinteresse, senão pela vossa tolerância e pela vossa
caridade para com todos, sem exceção.
Guardai-vos,
sobretudo, de violar a opinião, mesmo por palavras, ou por demonstrações
públicas. Quanto mais modestos fordes, tanto mais conseguireis tornar-vos
apreciados. Nenhum móvel pessoal vos faça agir e encontrareis nas vossas
consciências uma força de atração que só o bem proporciona.
Por
ordem de Deus, os Espíritos trabalham pelo progresso de todos, sem exceção.
Fazei o mesmo, vós outros, espíritas. São
Luís.
12 de maio de 1856 - (Sessão
pessoal em casa do Sr. Baudin) - Acontecimentos
Pergunta (à
Verdade) — Que pensas de M...? É homem que venha a influir nos acontecimentos?
Resposta — Muito
ruído. Ele tem boas idéias; éhomem de ação, mas não é uma cabeça.
P. — Dever-se-á tomar ao pé da letra o que foi
dito, isto é, que lhe cabe o papel de destruir o que existe?
R. — Não; pretendeu-se apenas personificar nele o
partido cujas idéias ele representa.
P. — Posso manter com ele relações de amizade?
R. — Por enquanto, não; correrias perigos inúteis.
P. — Dispondo de um médium, diz .... que lhe determinaram
a marcha dos acontecimentos, para, por assim dizer, uma data fixa. Será
verdade?
R. — Sim, determinaram-lhe épocas, mas foram Espíritos
levianos que lhe responderam, Espíritos que não sabem mais do que ele e que lhe
exploram a exaltação. Sabes que não devemos precisar as coisas futuras. Os
acontecimentos pressentidos certamente se darão em tempo próximo, mas que não
pode ser determinado.
P. — Disseram os Espíritos que os tempos são chegados
em que tais coisas têm de acontecer: em que sentido se devem tomar essas
palavras?
R. — Em se tratando de coisas de tanta gravidade,
que são alguns anos a mais ou a menos? Elas nunca ocorrem bruscamente, como o
chispar de um raio; são longamente preparadas por acontecimentos parciais que
lhes servem como que de precursores, quais os rumores surdos que precedem a
erupção de um vulcão. Pode-se, pois, dizer que os tempos são chegados, sem que
isso signifique que as coisas sucederão amanhã. Significa unicamente que vos
achais no período em que se verificarão.
P. — Confirmas o que foi dito, isto é, que não haverá
cataclismos?
R. — Sem dúvida, não tendes que temer nem um
dilúvio, nem o abrasamento do vosso planeta, nem outros fatos desse gênero,
porqüanto não se pode denominar cataclismos a perturbações locais que se têm
produzido em todas as épocas. Apenas haverá um cataclismo de natureza moral, de
que os homens serão os instrumentos.
A
criação perpétua e incessante dos mundos é, para Deus, um como gozo perpétuo,
porque ele vê incessantemente seus raios se tornarem cada dia mais luminosos em
felicidade. Para Deus, não há número, do mesmo modo que não há tempo. Eis por
que centenas ou milhares não são, para ele, mais nem menos uns do que outros. É
um pai, cuja felicidade se forma da felicidade coletiva de seus filhos e que, a
cada segundo da criação, vê uma nova felicidade vir fundir-se na felicidade
geral. Não há parada, nem suspensão,
nesse movimento perpétuo, nessa grande felicidade incessante que fecunda a
terra e o céu. Do mundo, não se conhece mais do que uma pequena fração e tendes
irmãos que vivem em latitudes onde o homem ainda não chegou a penetrar. Que
significam esses calores de torrar e esses frios mortais, que detêm os esforços
dos mais ousados? Julgais, com simplicidade, haver chegado ao limite do vosso
mundo, quando não podeis mais avançar com os insignificantes meios de que
dispondes? Poderíeis então medir exatamente o vosso planeta? Não creiais isso.
Há no vosso planeta mais lugares ignorados do que lugares conhecidos. Porém,
como é inútil que se propaguem ainda mais todas as vossas instituições más,
todas as vossas leis más, ações e existências, há um limite que vos detém aqui
e ali e que vos deterá até que tenhais de transportar as boas sementes que o
vosso livre-arbítrio fez. Oh! não, não conheceis esse mundo, a que chamais
Terra. Vereis na vossa existência
um
grande começo de provas desta comunicação. Eis que vai soar a hora em que
haverá uma outra descoberta diferente da última que foi feita; eis que se vai
alargar o círculo da vossa Terra conhecida e, quando toda a imprensa cantar
esse Hosana em todas as línguas, vós, pobres filhos, que amais a Deus e que
procurais sua voz, o tereis sabido antes daqueles mesmos que darão nome à nova
Terra.
Vicente
de Paulo.
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