Casa Espírita Missionários da Luz - ESDE - 06/06/2017
Estudo do livro: Os Mensageiros – André Luiz
Monitora: Lilia
Tema: Os Mensageiros – Cap 17 – Romance de Alfredo
Objetivos:
- estudar a teoria das almas gêmeas;
- refletir sobre o ensinamento do ‘Seja feita a Sua vontade’ da Oração
Dominical.
Bibliografia:
- Os Mensageiros, André Luiz/Emmanuel, Cap 17;
- Nosso Lar, Caps 17;
-
Página ‘Conflitos’, Joanna de Ângelis/Divaldo Franco (http://divaldofranco.com.br/mensagens.php?not=335)
Tema Almas Gêmeas:
- Nosso Lar, Caps 38;
- O Livro dos Espíritos, questões 298, 299 e 303a (almas gêmeas);
- Revista Espírita, maio de 1858, ‘As Metades Eternas’;
- O Consolador, Emmanuel/Chico Xavier, pergs 323 à 328 (almas gêmeas);
- Renúncia, Emmanuel/Chico Xavier, Cap 1 ‘Sacrifícios do amor’;
- O Problema do Ser, do Destino e da Dor, Leon Denis, ‘O problema do
Destino’ - ‘As vidas Sucessivas, a Reencarnação e Suas Leis) (almas gêmeas);
- Recordações da
Mediunidade, Yvonne Pereira, Cap 2 Faculdade Nativa;
https://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=4&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwjTwfm3i5vUAhVGkpAKHYkRB0IQFgg4MAM&url=http%3A%2F%2Fwww.redencao.org.br%2Fjoomla%2Findex.php%3Foption%3Dcom_docman%26task%3Ddoc_download%26gid%3D78%26Itemid%3D127&usg=AFQjCNH8rP8SB7E-0IaI6imUEEFpkG0oyA
- Yvonne Pereira e Roberto de Canalejas (Boletim A Redenção – mensal 190)
Tema Resignação:
-
Evang.Seg.Espiritismo, Cap V – Bem-Aventurados os Aflitos, Itens 9, 12 e
13; Cap IX – Bem-Aventurados os Que São Brandos e Pacíficos, Item 8; Cap XXVIII
- I – Preces Gerais, itens 2 e 3;
Material: apresentação PowerPoint; cópias dos textos do
trabalho em grupo.
Desenvolvimento:
- Leitura da página ‘Conflitos’, de Joanna de Ângelis, e prece
inical.
- Apresentação de slides com os trechos a serem debatidos:
Pequenas necessidades do cotidiano:
“Depois de
alguns minutos, utilizados por nós no serviço da higiene reconfortadora”
“Em seguida, chamou-me Lísias para ver algumas dependências da casa,
demorando-me na Sala de Banho, cujas instalações interessantes me maravilharam.
Tudo simples, mas confortável. (Nosso Lar, Cap 17)
ð Lembramos
nesse trecho de Nosso Lar e no do capítulo 17 de Os Mensageiros, que as
necessidades básicas, nos níveis ainda muito ligados às questões materiais, são
presentes!
“Alfredo convidou-nos à mesa, onde Ismália, com
extrema fidalguia, mandou servir frutos diversos.”
ð Novamente a
questão da alimentação dos Espíritos, que vimos no estudo do livro Nosso Lar.
Nesse caso, frutos.
“Servidores
iam e vinham, com grande júbilo a lhes transparecer do rosto.”
ð Novamente o trabalho, em diversas funções.
Também aqui, Espíritos auxiliando as questões da vida em família! Porém, com
alegria pela oportunidade de servir!
O lado espiritual da 2ª Guerra Mundial:
- Multiplica-se o número de necessitados que recorrem ao Posto;
- Produção
de alimentos e remédios tem sido integralmente absorvida pelos famintos e
doentes;
- Quinhentos cooperadores,
incapazes de atender a todas as obrigações;
- Massas de sofredores são
incontáveis;
- Noutro tempo, a paisagem do
Posto se mantinha sem sombras, durante muitas semanas.
==> as vibrações de
encarnados e desencarnados na zona dos conflitos afetam o ambiente espiritual
do Posto. As desencarnações em massa, aumentam a necessidade de socorro e a
equipe de trabalhadores do Bem, não tem efetivo que consiga atender à demanda.
Esse tema será ampliado no próximo capítulo.
A História de Alfredo e Ismália:
“Minha esposa e eu temos o
divino compromisso da união eterna, mas ainda não lhe mereço a presença
contínua. Ela é a bondade celeste, e eu, a realidade humana.”
“O matrimônio espiritual realiza-se, alma com alma, representando os
demais simples conciliações indispensáveis à solução de necessidades ou
processos retificadores, embora todos sejam sagrados.” (Nosso Lar, Cap.38 ‘O
caso Tobias’)
è como entender essa fala
de Alfredo ‘divino compromisso da união eterna’ e ‘matrimônio espiritual’ citado no caso Tobias,
perante a evolução contínua dos Espíritos e a fraternidade universal? Existem
almas gêmeas?
èseparar em dois grupos
para uma discussão em 15 minutos:
Grupo 1
– texto de Emmanuel em
Renúncia
- trecho de Leon Denis
em ‘O Problema do Ser, do Destino e da Dor’
- RE Maio/1858
Grupo 2
- trecho de Yvonne
Pereira em ‘Recordações da Mediunidade’
- trecho de Emmanuel em
‘O Consolador’
- LE
Após o trabalho em
grupo, exibir os slides e na sequência, as conclusões dos grupos.
323 –Será
uma verdade a teoria das almas gêmeas?
-No sagrado
mistério da vida, cada coração possui no Infinito a alma gêmea da sua,
companheira divina para a viagem à gloriosa imortalidade.
Criadas umas
para as outras, as almas gêmeas se buscam, sempre que separadas. A união perene
é-lhes a aspiração suprema e indefinível.
(Emmanuel, O Consolador)
“Nós que saímos juntos do
mesmo sôpro de vida, chegaremos juntos aos braços amoráveis do Eterno.”
“Temos sêde
de Deus, Pólux! O infinito amor que nos transfunde as almas tem sua origem
sagrada em sua misericórdia paternal. Quero-te eternamente, como sei que a
união comigo é a tua sublime aspiração; entretanto, seria justo encerrar nosso
júbilo num círculo egoístico, tão somente? Amamo-nos para sempre, a eternidade
nos santifica os destinos, mas o Pai está acima de nós.” (Alcione, em Renúncia)
èAlcione, por amor a ele,
saiu de um planeta feliz, em outro sistema planetário, para reencarnar na Terra
para ajudá-lo!
“Muitas
almas, criadas aos pares, são destinadas a evoluírem juntas, unidas para sempre
na alegria como na dor. Deram-lhes o nome de almas irmãs; o seu número é mais considerável do que geralmente se
crê; realizam a forma mais completa, mais perfeita da vida e do sentimento e
dão às outras almas o exemplo de um amor fiel, inalterável, profundo; podem ser
reconhecidas por esse característico.” (Leon Denis, O Problema do Ser, do
Destino e da Dor)
è Leon Denis trata essa
questão dentro da discussão da necessidade dos Espíritos trocarem de sexo ao
reencarnar. Ele desenvolve a tese de que isso é raro; somente em caso de
expiação. Parece ser contrário ao LE, e aos inúmeros exemplos que vemos na
literatura espírita!
Lembro-me ainda de que, muitas vezes, sentada no soalho, a brincar com as
bonecas, eu via Roberto numa cadeira que invariavelmente era posta no mesmo
local. Ele curvava-se, apoiava os cotovelos nos joelhos e sustentava o rosto
com as mãos numa atitude muito humana, e assim, tristemente, pois era um
Espírito triste, me falava com doçura e eu respondia. (...). Era esse o
Espírito companheiro de minhas existências passadas, a quem poderosos laços
espirituais me ligam, a quem muito feri em idades pretéritas e por quem me
submeti às duras provações que me afligiram neste mundo, na esperança de reaver
o perdão da lei de Deus pelo mal outrora praticado contra ele próprio.”
(Yvonne Pereira e
Roberto Canalejas, ‘Recordações da Mediunidade’)
èYvonne e Roberto
aparecem juntos/são citados em diversas obras de Yvonne. No livro ‘Um caso de reencarnação - eu
e Roberto de Canalejas’, ela relata quando quase o reencontrou no Rio, mas o
mentor dela, Espírito Charles, a orientou a sair da cidade para evitar esse
reencontro físico, que poderia prejudicar as tarefas de cada um na presente
encarnação.
298. As almas que
devam unir-se estão, desde suas origens, predestinadas a essa união e cada um
de nós tem, nalguma parte do Universo, sua metade, a que fatalmente um dia se
reunirá?
“Não; não há
união particular e fatal, de duas almas. A união que há é a de todos os
Espíritos, mas em graus diversos, segundo a categoria que ocupam, isto é,
segundo a perfeição que tenham adquirido. Quanto mais perfeitos, tanto mais
unidos. Da discórdia nascem todos os males dos humanos; da concórdia resulta a
completa felicidade.” (LE)
300. Se dois
Espíritos perfeitamente simpáticos se reunirem, estarão unidos para todo o
sempre, ou poderão separar-se e unir-se a outros Espíritos?
“Todos os
Espíritos estão reciprocamente unidos. Falo dos que atingiram a perfeição. Nas
esferas inferiores, desde que um Espírito se eleva, já não simpatiza, como
dantes, com os que lhe ficaram abaixo.”
(LE)
Não se deve,
pois, aceitar a ideia de que, criados um para o outro, dois Espíritos tenham,
fatalmente, que se reunir um dia na eternidade, depois de haverem estado
separados por tempo mais ou menos longo. (Comentário de Kardec, perg.303a)
èconclusões dos Grupos
èprovavelmente Emmanuel e os outros autores,
falam do processo de evolução entre Espíritos que caminham juntos, por terem
desde cedo, desenvolvido uma laço afetivo mais profundo. O LE fala da regra
geral: todos somos criados iguais e chegaremos a uma mesma condição, onde experimentaremos o
amor universal. O texto de Emmanuel na
perg. 325, me parece que conduz a esse raciocínio.
è a FEB questionou
Emmanuel sobre essa teoria, mas Emmanuel pediu que se mantivesse o texto. Disse
que o assunto é mais complexo do que parece. Essa resposta dele está em nota da
editora ao final do livro.
“326 –A união das almas gêmeas
pode constituir restrição ao amor universal?
O amor das
almas gêmeas não pode efetuar semelhante restrição, porquanto, atingida a
culminância evolutiva, todas as expressões afetivas se irmanam na conquista do
amor divino. O amor das almas gêmeas, em suma, é aquele que o Espírito, um dia,
sentirá pela Humanidade inteira.” (Emmanuel, O Consolador)
“Para todos
nós, o primeiro instante da criação do ser está mergulhado num suave mistério,
assim como também a atração profunda e inexplicável que arrasta uma alma para
outra, no instituto dos trabalhos, das experiências e das provas, no caminho
infinito do Tempo.
A ligação
das almas gêmeas repousa, para o nosso conhecimento relativo, nos desígnios
divinos, insondáveis na sua sagrada origem, constituindo a fonte vital do
interesse das criaturas para as edificações da vida.” (Emmanuel, O Consolador, perg. 325)
Auto defesa e Resignação
“Minha esposa sofreu, em
silêncio, a perseguição dele por alguns anos consecutivos.”
“Cheguei a acusá-la,
veladamente. Ismália chorou e calou-se.”
“Ismália levantou-se, receosa
da minha saúde mental, mas não lhe atendi os rogos,”
“Olhos congestos, vomitando
insultos, quis eliminar Ismália, banhada em lágrimas a meus pés;”
“Vociferando blasfêmias, surdo
aos rogos dela, afastei-me do lar, tomado de horror.”
“No dia imediato, fiz valer
meu direito exclusivo sobre os filhos e providenciei para que Ismália,
convertida em estátua de dor, fosse restituída à fazenda paterna.”
èSerá que Ismália deveria
ter se defendido?
“Faça-se a tua vontade,
assim na Terra como no Céu.” (Oração Dominical)
Evang.Seg.Espiritismo, Cap
V
9. Não há crer, no
entanto, que todo sofrimento suportado neste mundo denote a existência de uma
determinada falta. Muitas vezes são simples provas buscadas pelo Espírito para
concluir a sua depuração e ativar o seu progresso. (...)
Tais são, especialmente,
essas pessoas de instintos naturalmente bons, de alma elevada, de nobres
sentimentos inatos, que parece nada de mau haverem trazido de suas precedentes
existências e que sofrem, com resignação toda cristã, as maiores dores, somente
pedindo a Deus que as possam suportar sem murmurar.
èesse pode ser o caso de
Ismália; com certeza é o caso de Alcione, de Lívia (Há dois mil anos)...
12. Por estas palavras:
Bem-aventurados os aflitos, pois que serão consolados, Jesus aponta a
compensação que hão de ter os que sofrem e a resignação que leva o padecente a bendizer
do sofrimento, como prelúdio da cura.
Também podem essas
palavras ser traduzidas assim: Deveis considerar-vos felizes por sofrerdes,
visto que as dores deste mundo são o pagamento da dívida que as vossas
passadas faltas vos
fizeram contrair;
èaqui somos nós...
Concluir fazendo a
ligação com a página de Joanna, lida no início.
“O meu
mandamento é este: Que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei.”
(Jo, 15:12)
3. Prece final
4. Anexos
“A
história de Roberto esteve sempre entrelaçada à de Yvonne. Em Recordações da
mediunidade percebemos os fortes laços que os uniu séculos a fio. Roberto foi
Luiz de Narbone (Nas
voragens do pecado), Henri Numiers (O cavaleiro de Numiers) e Arthur de Guzman (O drama de Bretanha). A
sua existência, no século 19, quando foi médico pesquisador do vírus causador
da tuberculose, não está registrada em forma de romance. Há, porém, um pequeno
volume, quase desconhecido do público, denominado ‘Um
caso de reencarnação - eu e Roberto de Canalejas’ (editora Associo
Lorenz, 2004). Nessas poucas páginas Yvonne nos surpreende com o relato da
reencarnação de Roberto, na Polônia, quando ela já em idade madura o localiza
através de um grupo que trocava postais usando o esperanto (idioma que os
espíritos utilizaram para ditar alguns de seus livros). Nesta narrativa
comovente, a relação entre a médium e Roberto é detalhada, desvelada. Yvonne
nos revela a presença de Roberto desde a sua infância, passando pela
adolescência, quando a seguia como espírito, a despedida ao retornar à Terra,
até o vínculo com um ‘desconhecido’ Z. P. (ela não revela o nome) que é o
próprio Roberto, vivendo na Polônia distante. A transmutação do amor humano,
carnal em amor espiritual, profundo, abrangente é para ela uma luta diária
consigo mesma. O sofrimento ao sabê-lo encarnado, ao visitá-lo espiritualmente,
sem poder vê-lo foi sua ‘prova de fogo’, que lhe exigiu renúncia extrema. Tanto
conteúdo há nesse pequeno volume, ensinamentos e exemplos que nos mostram que o
maior desafio para o ser humano é vencer a si mesmo, superar o passado e
construir um futuro de luz.” (Boletim A
Redenção – mensal 190)
-
Recordações da Mediunidade, Yvonne Pereira, Cap 2 Faculdade Nativa
“Durante minha primeira infância
esse Espírito falava-me muitas vezes, usando de autoridade e energia, assim
como a entidade «Roberto», também entrevista pelo leitor nos volumes Dramas da Obsessão, de Adolfo Bezerra
de Menezes, e Memórias de um Suicida, como
sendo o médico espanhol Roberto de Canalejas,
e que teria existido na Espanha pelos meados do 19º século.
Lembro-me ainda de que, muitas
vezes, sentada no soalho, a brincar com as bonecas, eu via Roberto numa cadeira
que invariavelmente era posta no mesmo local. Ele curvava-se, apoiava os
cotovelos nos joelhos e sustentava o rosto com as mãos numa atitude muito
humana, e assim, tristemente, pois era um Espírito triste, me falava com doçura
e eu respondia. (...). Era esse o Espírito companheiro de minhas existências
passadas, a quem poderosos laços espirituais me ligam, a quem muito feri em
idades pretéritas e por quem me submeti às duras provações que me afligiram
neste mundo, na esperança de reaver o perdão da lei de Deus pelo mal outrora
praticado contra ele próprio.”
Mensagem inicial:
Conflitos
(http://divaldofranco.com.br/mensagens.php?not=335)
Sociável,
o ser humano se encontra equipado de instrumentos necessários à comunhão
fraternal através dos seus relacionamentos. Todavia, herdeiro da agressividade
que nele vigeu nos primórdios da evolução, prossegue com certa prepotência no
instinto de conservação da vida, tornando-se, com frequência, hostil e
violento.
Invariavelmente
permanece armado em relação ao próximo, duvidando dos valores morais que servem
de roteiro a todas as vidas, quando seria ideal encontrar-se aberto à
afetividade para tornar-se amado.
Mesmo
sendo gentil, toda vez quando se sente incompreendido, logo pensa que poderá
ser exterminado, e, de imediato, dispõe-se a reagir, no processo inconsciente
de eliminar aquele que se lhe apresenta como ameaça à sua existência.
Acreditando-se
injustiçado, quando a agressão de que é vítima não procede, por faltarem os
elementos que a poderiam justificar, tomba no revide conforme as circunstâncias
e os recursos de que dispõe.
Utiliza-se,
então, de acusações indébitas, de calúnias, mediante as quais procura punir o
opositor, e crê estar atendendo ao dever da consciência saudável. Nos seus
padrões de lucidez, acredita que a sua defesa é uma necessidade, permitindo-se
a utilização de recursos procedentes ou não, como vingança ou, na sua visão
distorcida, justiça reparadora.
Em
decorrência, o conflito se lhe instala, porque lhe falta segurança íntima em
torno dos próprios valores, liberando o medo que escamoteia com habilidade,
desse modo compensando-se com as atitudes de agressividade. Em consequência,
existem os pequenos e os grandes conflitos, que resultam do volume de pacientes
que explodem ante as ocorrências para as quais não têm resistências morais a
fim de enfrentá-las com serenidade.
Noutras
circunstâncias, a depender do significado daquilo que considera como ofensa,
passa às reações semelhantes que no outro censura, culminando em lutas
corporais, crimes hediondos e guerras infelizes...
A
ignorância das Divinas Leis que programam as existências humanas de acordo com
as suas próprias ações, responde pela prepotência que facilmente comanda o
comportamento social.
Transferindo-se
de uma para outra existência no carreiro das reencarnações, o conflito domina a
vida íntima, devorando, não poucas vezes, as aspirações da beleza, do
progresso, das realizações dignificadoras da sociedade.
Todos
indivíduos experimentam conflitos, sofrem situações conflitivas que os afligem.
Fazem parte do processo evolutivo.
Desde
o momento, porém, que se deem conta do transtorno na área emocional, procure-se
enfrentá-lo com naturalidade e, de imediato, começam a diluir-se os fatores
causais, vencendo-se a injunção momentânea.
Para
que assim possam proceder, faz-se necessário ver o conflito com amor,
entendê-lo na sua gênese, treinando paciência e confiança em Deus.
*
Jesus
asseverou com propriedade: - No mundo somente tereis aflições; mas tendo bom
ânimo, eu venci o mundo.
Portadora
de profundo sentido é a Sua assertiva, por ensejar a reflexão de que a Terra é uma
escola de aprendizagem transitória e a luta que se trava tem como objetivo a
vitória sobre todas as paixões vis.
A
maioria das criaturas humanas, no entanto, desde a infância é educada
equivocadamente para vencer no mundo, isto é: triunfar no palco das
apresentações competitivas, tornar-se destaque, fruir prazeres inexauríveis,
desfrutar de todos os gozos. A imortalidade não encontra campo para
desenvolver-se e a questão da vida após a morte é deixada à margem, como se a
ocorrência pudesse ser evitada ou não existisse...
Quando
algo não concorre para esse imediato desiderato, permite-se o conflito que se
lhe assenhoreia e produz-lhe sofrimento.
Caso
opte pelo trabalho de autorrealização, o que equivale a dizer: incessante labor
para enfrentar as ocorrências menos agradáveis com certo grau de misericórdia,
superar o egoísmo e considerar que as alegrias transitórias são necessárias,
mas não as únicas manifestações que proporcionam plenitude, e estará vencendo o
mundo.
Jesus
experimentou a hostilidade gratuita e contínua de todos aqueles que se Lhe
opunham, a perseguição sistemática, a zombaria e o desagrado, mas não se deixou
afetar pela belicosidade dos Seus adversários, e por essa razão superou-os.
Levado
ao sacrifício, manteve-se sereno e permitiu-se o holocausto, vencendo a
hediondez dos conflitos coletivos que geraram os ódios e a violência contra Ele
através da misericórdia e da compaixão.
Fez-se
exemplo para todos que vieram depois e permanece como lição viva do não
conflito.
*
Ante
os conflitos que te aturdem e afligem, trabalha o ego e desenvolve o sentimento
de amor, mantendo serenidade em todas as situações em que te encontres e
perceberás que para vencer no mundo não faltam os contributos da traição, da
violência e do desrespeito às leis. No entanto, para vencer o mundo e os seus
conflitos, a presença de Jesus na mente e na emoção bastará para equacionar os
desafios.
Joanna
de Ângelis
Psicografia
de Divaldo Pereira Franco, na reunião mediúnica de 15 de abril de 2015, no
Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador, Bahia.
Em
2.9.2015.
Texto do Grupo 1
Renúncia, Emmanuel, Cap 1 ‘Sacrifícios
do amor’
“Alcione contemplou-o embevecidamente, olhos mareados de pranto, numa
doce emoção de júbilo e reconhecimento. As afirmativas e promessas do amado
penetravam-lhe o coração como brandas carícias.”
“Nós que saímos juntos do mesmo sôpro de vida, chegaremos juntos aos
braços amoráveis do Eterno.”
“Temos sêde de Deus, Pólux! O
infinito amor que nos transfunde as almas tem sua origem sagrada em sua misericórdia
paternal. Quero-te eternamente, como sei que a união comigo é a tua sublime
aspiração; entretanto, seria justo encerrar nosso júbilo num círculo egoístico,
tão somente? Amamo-nos para sempre, a eternidade nos santifica os destinos, mas
o Pai está acima de nós.” (Alcione, em Renúncia)
“Muitas almas, criadas aos
pares, são destinadas a evoluírem juntas, unidas para sempre na alegria como na
dor. Deram-lhes o nome de almas irmãs;
o seu número é mais considerável do que geralmente se crê; realizam a forma
mais completa, mais perfeita da vida e do sentimento e dão às outras almas o
exemplo de um amor fiel, inalterável, profundo; podem ser reconhecidas por esse
característico.” (Leon Denis, O Problema do Ser, do Destino e da Dor)
(Obs.: algumas traduções trazem “Muitas almas, juntam-se em pares
e se propõem a evoluir, unidas para sempre...”)
RE Maio/1858 – ‘Metades
Eternas’
“1. As almas que devem se
unir, estão predestinadas a essa união desde a sua origem, e cada um de nós
tem, em alguma parte do Universo, sua metade eterna à qual estará, um
dia, fatalmente reunido? - R. Não existe união particular e fatal entre duas
almas. A união existe entre todos os Espíritos, mas em graus diferentes,
segundo a categoria que ocupam, quer dizer, segundo a perfeição que adquiriram:
quanto mais são perfeitos, mais são unidos. Da discórdia nascem todos os males
dos humanos; da concórdia resulta a felicidade completa.”
(resposta de São Luís) - (Idem na perg, 298 de O LE)
“3. Dois Espíritos perfeitamente simpáticos, uma vez reunidos, o são por
toda a eternidade, ou podem se separar e se unir a outros Espíritos? - R. Todos
os Espíritos estão unidos entre si; falo daqueles que atingiram a perfeição.
Nas esferas inferiores, quando um Espírito se eleva, não é mais simpático
àqueles que deixou.” (resposta de São Luís) (Idem
perg. 300 de O LE)
“É preciso, pois, rejeitar
essa idéia de que dois Espíritos, criados um para o outro, devem um dia,
fatalmente, se reunir na eternidade, depois de estarem separados por um lapso
de tempo mais ou menos longo.” (Kardec) (idem comentário de Kardec na perg.303a, de
O LE)
===================================
Texto do Grupo 2
(Emmanuel, O Consolador)
323 –Será uma verdade a
teoria das almas gêmeas?
-No sagrado mistério da vida,
cada coração possui no Infinito a alma gêmea da sua, companheira divina para a
viagem à gloriosa imortalidade.
Criadas umas para as outras,
as almas gêmeas se buscam, sempre que separadas. A união perene é-lhes a
aspiração suprema e indefinível.
325 –A atração das almas
gêmeas é traço característico de todos os planos de luta na Terra?
-O Universo é o plano infinito
que o pensamento divino povoou de ilimitadas e intraduzíveis belezas.
Para todos nós, o primeiro
instante da criação do ser está mergulhado num suave mistério, assim como
também a atração profunda e inexplicável que arrasta uma alma para outra, no
instituto dos trabalhos, das experiências e das provas, no caminho infinito do
Tempo.
A ligação das almas gêmeas
repousa, para o nosso conhecimento relativo, nos desígnios divinos, insondáveis
na sua sagrada origem, constituindo a fonte vital do interesse das criaturas
para as edificações da vida.
Separadas ou unidas nas
experiências do mundo, as almas irmãs caminham, ansiosas, pela união e pela
harmonia supremas, até que se integrem, no plano espiritual, onde se reúnem
para sempre na mais sublime expressão de amor divino, finalidades profundas de
todas as cogitações do ser, no Dédalo do destino.
“326 –A união das almas gêmeas pode constituir
restrição ao amor universal?
O amor das almas gêmeas não
pode efetuar semelhante restrição, porquanto, atingida a culminância evolutiva,
todas as expressões afetivas se irmanam na conquista do amor divino. O amor das
almas gêmeas, em suma, é aquele que o Espírito, um dia, sentirá pela Humanidade
inteira.”
--------------------------
Lembro-me
ainda de que, muitas vezes, sentada no soalho, a brincar com as bonecas, eu via
Roberto numa cadeira que invariavelmente era posta no mesmo local. Ele
curvava-se, apoiava os cotovelos nos joelhos e sustentava o rosto com as mãos
numa atitude muito humana, e assim, tristemente, pois era um Espírito triste,
me falava com doçura e eu respondia. (...). Era esse o Espírito companheiro de
minhas existências passadas, a quem poderosos laços espirituais me ligam, a
quem muito feri em idades pretéritas e por quem me submeti às duras provações
que me afligiram neste mundo, na esperança de reaver o perdão da lei de Deus
pelo mal outrora praticado contra ele próprio.”
(Yvonne Pereira e Roberto Canalejas,
‘Recordações da Mediunidade’)
--------------------------
Livro dos Espíritos
298. As almas que devam unir-se
estão, desde suas origens, predestinadas a essa união e cada um de nós tem,
nalguma parte do Universo, sua metade, a que fatalmente um dia se reunirá?
“Não; não há união particular
e fatal, de duas almas. A união que há é a de todos os Espíritos, mas em graus
diversos, segundo a categoria que ocupam, isto é, segundo a perfeição que
tenham adquirido. Quanto mais perfeitos, tanto mais unidos. Da discórdia nascem
todos os males dos humanos; da concórdia resulta a completa felicidade.”
300. Se dois Espíritos
perfeitamente simpáticos se reunirem, estarão unidos para todo o sempre, ou
poderão separar-se e unir-se a outros Espíritos?
“Todos os Espíritos estão
reciprocamente unidos. Falo dos que atingiram a perfeição. Nas esferas
inferiores, desde que um Espírito se eleva, já não simpatiza, como dantes, com
os que lhe ficaram abaixo.”
Não se deve, pois, aceitar a
ideia de que, criados um para o outro, dois Espíritos tenham, fatalmente, que
se reunir um dia na eternidade, depois de haverem estado separados por tempo
mais ou menos longo. (Comentário de Kardec, perg.303a)
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