Casa Espírita Missionários da Luz - ESDE - 17/10/2017
Estudo do livro: Os Mensageiros – André Luiz
Tema: Os Mensageiros – Cap 35 e 36 – Culto Doméstico
Objetivos:
- Refletir sobre a importância da
manutenção do ambiente espiritual de nosso lar para merecermos a presença
constante de benfeitores espirituais em família;
- Perceber na pobreza, assim como na riqueza, oportunidade
de crescimento espiritual, analisando as diferentes visões sobre a importância
e o uso dos bens materiais.
.
Bibliografia:
- Os Mensageiros, André Luiz, Cap 35 e 36;
- Ação e Reação, André Luiz, Cap.13 ‘Débito estacionário’
Material: apresentação PowerPoint; cópias do texto do
livro Ação e Reação.
Desenvolvimento:
- Leitura inicial e prece na sequência:
Caminho, Verdade e Vida, Cap. 176 ‘LIÇÃO VIVA’, , Emmanuel/Chico
Xavier
- Desenvolver o tema do cap. 35 com auxílio de apresentações:
Slide 1: Evangelho no Lar
Nas primeiras horas da noite, Dona
Isabel abandonou a agulha e convidou os filhinhos para o culto doméstico.
Notando o interesse que me despertavam
as crianças, Aniceto explicou:
– As meninas são entidades amigas de
“Nosso Lar”, que vieram para serviço
espiritual e resgate necessário,
na Terra. O mesmo, porém, não acontece ao pequeno, que procede de região
inferior.
èVemos uma viúva, com 5 filhos menores, sendo um deles, de condição
espiritual inferior. Sem se deixar levar pelo desânimo, ela mantém acesa a
chama da fé, fortalecendo os Espíritos dos filhos com a bênção do Evangelho no
Lar, onde é assessorada pelos mentores da casa, da família.
A viúva sentou-se à cabeceira e, após
meditar breves instantes, recomendou à pequena Neli, de nove anos, fizesse a
oração inicial do culto, pedindo a Jesus o esclarecimento espiritual.
Todos os
trabalhadores invisíveis sentaram-se, respeitosos. Isidoro e alguns
companheiros mais íntimos do casal permaneceram ao lado de Dona Isabel, sendo
quase todos vistos e ouvidos por ela.
Tão logo
começou aquele serviço espiritual da família, as luzes ambientes se tornaram
muito mais intensas.
Profunda
sensação de paz envolvia-me o coração.
èvemos
claramente que é uma única reunião,
envolvendo os encarnados e os desencarnados. Imediatamente as bênçãos vindas do
Alto são perceptíveis, como resposta de Deus, à fé da D.Isabel.
èisso vale para todas as reuniões dedicadas às questões de fé religiosa.
Aqui na Casa, por exemplo, ao chegarmos, a equipe espiritual já se encontra
presente. Nossas conversas, enquanto aqui na CEMIL, são acompanhadas por eles.
Vale uma reflexão: nós nos lembramos disso? Nossa conversação ao chegar
está de acordo com o objetivo de nossa reunião aqui? Se tivéssemos a
possibilidade de perceber a presença dos Espíritos Mentores, como D.Isabel,
será que teríamos postura diferente?
Observei, então, um fenômeno curioso. Um amigo espiritual, que reconheci
de nobilíssima condição, pelas vestes
resplandecentes, colocou a destra sobre a fronte da generosa viúva.
Antes que lhe perguntasse, Aniceto explicou em voz quase imperceptível:
– Aquele é o nosso irmão Fábio Aleto, que vai dar a interpretação
espiritual do texto lido. Os que
estiverem nas mesmas condições dele, poderão ouvir-lhe os pensamentos; mas,
os que estiverem em zona mental inferior, receberão os valores interpretativos,
como acontece entre os encarnados, isto é, teremos a luz espiritual do verbo de
Fábio na tradução do verbo materializado de Isabel.
èsintonia vibratória necessária à comunicação via pensamento. O mentor
inspira D.Isabel para que o pensamento dele seja materializado através da fala
de D.Isabel.
èE as vestes desse mentor? André Luiz conta que reconheceu a condição
espiritual elevada dele pelas vestes.
5ª Formulo novamente a questão, de modo categórico, a fim
de evitar todo e qualquer equívoco: São alguma coisa as vestes de que os
Espíritos se cobrem?
“Parece-me que a minha resposta precedente resolve a
questão. Não sabes que o próprio perispírito é alguma coisa?”
6ª Resulta, desta explicação, que os Espíritos fazem
passar a matéria etérea pelas transformações que queiram e que, portanto, com
relação à caixa de rapé, o Espírito não a encontrou completamente feita, fê-la
ele próprio, no momento
em que teve necessidade dela, por ato de sua vontade. E,
do mesmo modo que a fez, pôde desfazê-la. Outro tanto naturalmente se dá com
todos os demais objetos, como vestuários, jóias, etc. Será assim?
“Mas, evidentemente.”
16ª O Espírito tem sempre o conhecimento exato do modo
por que compõe suas vestes, ou os objetos cuja aparência le faz visível?
“Não; muitas vezes concorre para a formação de todas
essas coisas, praticando um ato instintivo, que ele próprio não compreende, se
já não estiver bastante esclarecido para isso.”
(LM, item 128, resposta de São Luís)
Há
homens e mulheres, com maiores responsabilidades, em todos os bairros, que
evidenciam paixões nefastas e destruidoras no campo dos sentimentos, dos
negócios, das relações sociais. As mentes desequilibradas pela irreflexão
permanecem, neste mundo, quase por toda a parte. É que nos temos descuidado das
coisas pequeninas.
Jamais realizaremos a bondade, sem
começarmos a ser bons. Alguma coisa pequenina há de ser feita, antes de
edificarmos as grandes coisas.
èesse pensamento do mentor, segue a mesma linha de raciocínio da msg de Emmanuel
na página inicial. É preciso seguir o caminho traçado por Jesus, começando nas
menores coisas, na nossa esfera de ação.
- Continuar com o cap. 36 com auxílio de apresentações:
– Mamãe, se Jesus é tão bom, porque
estamos comendo só uma vez por dia, aqui em casa?
– Ora,
Marieta, você vive muito impressionada com essa questão. Não devemos, filhinha,
subordinar todos os pensamentos às necessidades do estômago. Há quanto tempo
estamos tomando nossa refeição diária e gozando boa saúde? Quanto benefício estaremos
colhendo com esta frugalidade de alimentação?
– Além disso – acentuou Dona Isabel,
confortada –, vocês devem estar certos de que Jesus abençoa o pão e a água de
todas as criaturas que sabem agradecer as dádivas divinas.
èresignação e orientação
às crianças quanto à sabedoria das leis divinas mesmo em grandes dificuldades
nas necessidades básicas.
èo que nos falta para
termos essa postura, essa certeza de D.Isabel?
(Fé!!! Se tivésseis a fé do tamanho do grão de mostarda...)
Observei,
porém, que o menino não compartilhava aquele dilúvio de bênçãos. Entre Dona
Isabel e as quatro filhinhas havia permuta constante de vibrações luminosas,
como se estivessem identificadas no mesmo ideal e unidas numa só posição; mas o
rapazote permanecia espiritualmente
distante, fechado num círculo de
sombras. De quando em quando, sorria irônico, insensível à significação do
momento.
èinteressante essa
observação, pois nem sempre conseguimos perceber que nem todas as pessoas
conseguem sentir, ver coerência, captar as verdades espirituais. Se temos
contato com alguém assim, não adianta insistir; ela não tem capacidade de
compreender.
– Creio,
meu filho, que a pobreza é uma das melhores oportunidades de elevação, ao nosso
alcance. Estou convencida de que os homens afortunados têm uma grande tarefa a
cumprir, na Terra, mas admito que os pobres, além da missão que lhes cabe no
mundo, são mais livres e mais felizes. Na pobreza, é mais fácil encontrar a
amizade sincera, a visão da assistência de Deus, os tesouros da natureza, a
riqueza das alegrias simples e puras.
èconcordamos com esse pensamento de D.Isabel? Nos
sentimos assim?
ð É coerente ter um espaço enorme em casa, que
poderia ser sublocado, quando a família, as 5 crianças passam fome? Como saber
o limite entre convicção pela fé e a negligência por falta de ações mais
concretas?
èe o que fazer se fomos aquinhoados com os bens
materiais? Como bem utilizar esses recursos?
– Se
você insistir, será punido, porque eu não sou mãe para criar ilusões perigosas
ao coração dos filhinhos que Deus me confiou. Se muito amo a vocês, precisarei
incliná-los ao caminho reto.
èimportância da orientação segura e firme dos
responsáveis pelas crianças.
4. Atividade de reflexão
Dar cópias do texto de
Ação e Reação, para análise pelo grupo: leitura e depois discussão.
André Luiz acompanha o
orientador, Silas, no socorro à mendiga doente, mãe de um anão deficiente
mental.
èa força da fé, da oração
no socorro em nome de outra pessoa. Silas sozinho não tinha condições de
ajudar. Rogou ajuda a Deus!
èatuação física dos
mentores para a restauração do equilíbrio orgânico;
èreencarnação dos dois,
mãe e filho, em extrema penúria material. A necessidade ali, é um corpo
presídio de anão, ao Espírito que era grande devedor às leis divinas.
Necessidade de uma pausa, de um tempo, para recomeço da longa trajetória da
‘volta para a casa’ do Pai...
èintuição posterior, a
pessoas de bem, para irem até o casebre para levar socorro material aos dois
necessitados.
5. Prece final
6. Anexos
Ação e Reação, André Luiz/Chico Xavier, Cap.13 ‘Débito estacionário’
Tarefas e excursões cobriam-se de êxito
desejável, quando, certa noite, no parlatório, foi Silas procurado por um
companheiro aflito, que avisou, atencioso:
- Assistente, nossa irmã Poliana parece
vergar, em definitivo, ao peso da imensa prova.
- Revoltada? - indagou nosso amigo com
inflexão de paciência e bondade.
- Não - aclarou o interpelado. - Nossa
irmã está enferma e o equilíbrio orgânico declina de hora a hora... Apesar
disso vem lutando heroicamente para conservar-se ao pé do filho infeliz.
Silas refletiu por momentos rápidos e
falou resoluto:
- É imperioso agir sem demora.
E, qual acontecera em circunstâncias
anteriores, utilizamos a volitação para lograr mais tempo.
A breves minutos, achávamo-nos em
paisagem rural pobre e triste. Num casebre, totalmente exposto à ventania
noturna, infortunada mulher jazia enrolada em farrapos, numa esteira de palha
ao rés do solo e, a poucos metros, mísero anão paralítico exibia o semblante
alvar.
Reconhecia-se-lhe, de pronto, a idiotia
completa, sob a vigilância da enferma desditosa, que o fitava entre a aflição e
o desencanto.
Abarcando-os com o olhar, nosso
condutor informou solícito:
- Temos aqui nossa irmã Poliana e
Sabino, o filho desventurado que o Poder Celeste lhe confiou. Espiritualmente,
são ambos tutelados da Mansão, em pedregoso caminho de reajuste.
Entretanto, o generoso amigo parecia
mais interessado na assistência prática que na obra informativa.
Inclinando-se, atento, para a
desventurada mulher, auscultou-lhe o tórax, explicando algo inquieto:
- Caso urgente.
E, convidados ao concurso imediato,
associamo-nos à minuciosa pesquisa, observando que o coração da enferma
apresentava alarmante arritmia, figurando-se-nos agitado prisioneiro a
emaranhar-se nas artérias estreitadas em estranhas calcificações.
Examinando aquele atormentado quadro circulatório,
o Assistente informou:
- Os vasos enfraquecidos do miocárdio
ameaçam ruptura próxima, porquanto a doente se encontra na tensão de angústia
extrema. A parada súbita do órgão central pode ocorrer de um instante para
outro.
Assim dizendo, relanceou o olhar sobre
o homem-criança, estirado a dois passos, e acrescentou:
- Entretanto, Poliana precisa mais
tempo no corpo, de vez que o filho não lhe dispensa os cuidados. Acham-se não
apenas jungidos à mesma prova, mas imanizados ao mesmo clima fluídico,
reciprocamente alimentados pelas forças que exteriorizam, no campo da afinidade
pura. Dessa maneira, a desencarnação da genitora repercutiria mortalmente sobre
o filho, cuja existência, no estágio de segregação em que se encontra, gravita,
invariável, em derredor da carícia materna. Aflitiva expectação caiu sobre nós.
Silas como que buscava, na choça
desguarnecida de tudo, algo que pudesse funcionar à guisa de socorro, todavia,
somente velho cântaro ali guardava pequena porção dágua.
O Assistente comunicou-nos que a
enferma reclamava medicação imediata, considerando, porém, que naquela hora da
noite não era fácil trazer algum companheiro encarnado ao sítio deserto, nem
dispúnhamos, ali, de recursos quaisquer.
Ainda assim, vimo-lo aplicar-lhe passes
à glote, com desvelada atenção.
Logo após, administrou recursos
fluídicos à linfa pura.
Compreendemos que Silas ativara a sede
na doente, constrangendo-a a servir-se da água simples então convertida em
liquido medicamentoso.
Despendendo enorme esforço, Poliana
abandonou o leito e buscou o pote humilde.
Após beber ligeiros goles, asserenou as
próprias ânsias, qual se houvera sorvido valiosa poção calmante.
As preocupações obcecantes da hora em
curso cederam lugar à bonança de espírito.
Foi assim que o diretor de nossa
excursão, acariciando-lhe a fronte, pendida nos molambos a se agregarem por
travesseiro, transmitia-lhe forças revigorantes.
Decorridos alguns minutos, Poliana
mostrava-se plenamente fora do vaso físico, mas sem a necessária lucidez
espiritual para identificar-nos a presença. Contudo, subordinada ao comando
magnético de Silas, ergueu-se automaticamente. Enlaçada por ele e seguidos
ambos por nós, demandamos bosque vizinho.
Longe de perceber-se sob a assistência
carinhosa de que era objeto, a enferma ausente do corpo de carne, como num
sonho consolador, foi convenientemente acomodada por Silas no tapete de relva
macia, sentindo-se calma e leve...
Finda essa operação, o Assistente
convocou-nos à prece e, levantando o olhar para o firmamento faiscante de
estrelas, rogou compungidamente:
- "Pai de Infinita Bondade, Tu que
dás provimento às necessidades do verme aparentemente esquecido no ventre do
solo, que vestes a flor anônima, perfumando-lhe a contextura, muitas vezes
sobre a lama do charco, desce compassivo olhar sobre nós, que nos tresmalhamos
a distância de Teu amor! (...)
A voz de Silas, tocada de profunda fé,
arrebatava-nos ao pranto insofreável.
Azulíneas cintilações nimbavam-lhe a
cabeça e, como resposta do Alto, ali, na selvagem floração do bosque ermo,
vimos, ao longe, cinco flamas, em pontos diferentes do Espaço, que se
aproximavam de nós, celeremente...
Renteando conosco, transfiguraram-se em
companheiros que nos saudaram regozijantes.
Em rápidos minutos, energias
imponderáveis da Natureza, associadas aos fluidos de plantas medicinais, foram
trazidas à nossa enferma, que as inalava a longos sorvos, e, em tempo breve,
vimos Poliana surpreendentemente refeita, pronta a retomar o envoltório para a
necessária restauração.
- Ricos da Terra - pensei com lágrimas
-, onde o poder das vossas arcas abarrotadas de ouro, ante a simples fulguração
de uma prece? Onde a grandeza de vossos palácios, recheados de fausto e
pedraria, confrontada com um simples minuto de reverência da alma, em comunhão
com a Paternidade de Deus, na majestade do Céu?
Incapaz de raciocinar por si, quanto à
metamorfose experimentada, por força das inibições que sofria na provação
temporária, a doente não conseguia ver-nos, mas sorria, venturosa, sentindo-se
mais robusta e mais ágil.
Novamente amparada, regressou ao
tugúrio infecto e auxiliamo-la a retomar a cápsula física.
Enquanto descerrava os olhos,
reconfortada, Silas esclareceu:
- As melhoras adquiridas pela
organização perispirítica serão apressadamente assimiladas pelas células do
equipamento fisiológico.
E acentuou:
- Sabem os médicos terrenos que o sono
é um dos ministros mais eficientes da cura. É que, ausente do corpo, muitas
vezes consegue a alma prover-se de recursos prodigiosos para a recuperação do
veículo carnal em que estagia no mundo.
Após a elucidação, afagou os cabelos
grisalhos da pobre doente e prometeu-lhe em voz alta:
- Descanse. Quando o dia ressurgir,
nossos companheiros trarão até aqui o socorro da caridade fraternal, valendo-se
de algum samaritano das redondezas...
Permitirá o
Senhor que você continue...
Caminho, Verdade e Vida, Cap. 176 ‘LIÇÃO VIVA’, , Emmanuel/Chico Xavier
“Duro é este
discurso; quem o pode ouvir?” — (JOÃO, capítulo 6, versículo 60.)
O Cristianismo é a suprema religião
da verdade e do amor, convocando corações para a vida mais alta.
Em vista de religião traduzir
religamento, é primordial voltarmo-nos para Deus, tornarmos ao campo da
Divindade.
Jesus apresentou a sua plataforma de
princípios imortais. Rasgou os caminhos. Não enganou a ninguém, relativamente
às dificuldades e obstáculos.
É necessário, esclareceu o Senhor,
negarmos a vaidade própria, arrependermo-nos de nossos erros e convertermo-nos
ao bem.
O evangelista assinalou a observação
de muitos dos discípulos: “Duro é este discurso; quem o pode ouvir?”
Sim, efetivamente é indispensável romper com
as alianças da queda e assinar o pacto da redenção.
É imprescindível seguir nos caminhos
dAquele que é a luz de nossa vida.
Para isso, as palavras brilhantes e
os artifícios intelectuais não bastam. O problema é de “quem pode ouvir” a
Divina Mensagem, compreendendo-a com o Cristo e seguindo-lhe os passos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário