sábado, 19 de maio de 2018

Os Mensageiros – Cap 35 e 36 – Culto Doméstico


Casa Espírita Missionários da Luz - ESDE - 17/10/2017
Estudo do livro: Os Mensageiros – André Luiz

Tema: Os Mensageiros – Cap 35 e 36 – Culto Doméstico

Objetivos:
- Refletir sobre a importância da manutenção do ambiente espiritual de nosso lar para merecermos a presença constante de benfeitores espirituais em família;
- Perceber na pobreza, assim como na riqueza, oportunidade de crescimento espiritual, analisando as diferentes visões sobre a importância e o uso dos bens materiais.
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Bibliografia:
- Os Mensageiros, André Luiz, Cap 35 e 36;
- Ação e Reação, André Luiz, Cap.13 ‘Débito estacionário

Material: apresentação PowerPoint; cópias do texto do livro Ação e Reação.

Desenvolvimento:

  1. Leitura inicial e prece na sequência:
Caminho, Verdade e Vida, Cap. 176 ‘LIÇÃO VIVA’, , Emmanuel/Chico Xavier

  1. Desenvolver o tema do cap. 35 com auxílio de apresentações:
Slide 1: Evangelho no Lar

Nas primeiras horas da noite, Dona Isabel abandonou a agulha e convidou os filhinhos para o culto doméstico.
Notando o interesse que me despertavam as crianças, Aniceto explicou:
– As meninas são entidades amigas de “Nosso Lar”, que vieram para serviço espiritual e resgate necessário, na Terra. O mesmo, porém, não acontece ao pequeno, que procede de região inferior.

èVemos uma viúva, com 5 filhos menores, sendo um deles, de condição espiritual inferior. Sem se deixar levar pelo desânimo, ela mantém acesa a chama da fé, fortalecendo os Espíritos dos filhos com a bênção do Evangelho no Lar, onde é assessorada pelos mentores da casa, da família.

A viúva sentou-se à cabeceira e, após meditar breves instantes, recomendou à pequena Neli, de nove anos, fizesse a oração inicial do culto, pedindo a Jesus o esclarecimento espiritual.
Todos os trabalhadores invisíveis sentaram-se, respeitosos. Isidoro e alguns companheiros mais íntimos do casal permaneceram ao lado de Dona Isabel, sendo quase todos vistos e ouvidos por ela.
Tão logo começou aquele serviço espiritual da família, as luzes ambientes se tornaram muito mais intensas.
Profunda sensação de paz envolvia-me o coração.
            èvemos claramente que é uma única reunião, envolvendo os encarnados e os desencarnados. Imediatamente as bênçãos vindas do Alto são perceptíveis, como resposta de Deus, à fé da D.Isabel.
            èisso vale para todas as reuniões dedicadas às questões de fé religiosa. Aqui na Casa, por exemplo, ao chegarmos, a equipe espiritual já se encontra presente. Nossas conversas, enquanto aqui na CEMIL, são acompanhadas por eles.
Vale uma reflexão: nós nos lembramos disso? Nossa conversação ao chegar está de acordo com o objetivo de nossa reunião aqui? Se tivéssemos a possibilidade de perceber a presença dos Espíritos Mentores, como D.Isabel, será que teríamos postura diferente?

Observei, então, um fenômeno curioso. Um amigo espiritual, que reconheci de nobilíssima condição, pelas vestes resplandecentes, colocou a destra sobre a fronte da generosa viúva.
Antes que lhe perguntasse, Aniceto explicou em voz quase imperceptível:
– Aquele é o nosso irmão Fábio Aleto, que vai dar a interpretação espiritual do texto lido. Os que estiverem nas mesmas condições dele, poderão ouvir-lhe os pensamentos; mas, os que estiverem em zona mental inferior, receberão os valores interpretativos, como acontece entre os encarnados, isto é, teremos a luz espiritual do verbo de Fábio na tradução do verbo materializado de Isabel.
èsintonia vibratória necessária à comunicação via pensamento. O mentor inspira D.Isabel para que o pensamento dele seja materializado através da fala de D.Isabel.
èE as vestes desse mentor? André Luiz conta que reconheceu a condição espiritual elevada dele pelas vestes.
5ª Formulo novamente a questão, de modo categórico, a fim de evitar todo e qualquer equívoco: São alguma coisa as vestes de que os Espíritos se cobrem?
“Parece-me que a minha resposta precedente resolve a questão. Não sabes que o próprio perispírito é alguma coisa?”
6ª Resulta, desta explicação, que os Espíritos fazem passar a matéria etérea pelas transformações que queiram e que, portanto, com relação à caixa de rapé, o Espírito não a encontrou completamente feita, fê-la ele próprio, no momento
em que teve necessidade dela, por ato de sua vontade. E, do mesmo modo que a fez, pôde desfazê-la. Outro tanto naturalmente se dá com todos os demais objetos, como vestuários, jóias, etc. Será assim?
“Mas, evidentemente.”  
16ª O Espírito tem sempre o conhecimento exato do modo por que compõe suas vestes, ou os objetos cuja aparência le faz visível?
“Não; muitas vezes concorre para a formação de todas essas coisas, praticando um ato instintivo, que ele próprio não compreende, se já não estiver bastante esclarecido para isso.”
(LM, item 128, resposta de São Luís)

Há homens e mulheres, com maiores responsabilidades, em todos os bairros, que evidenciam paixões nefastas e destruidoras no campo dos sentimentos, dos negócios, das relações sociais. As mentes desequilibradas pela irreflexão permanecem, neste mundo, quase por toda a parte. É que nos temos descuidado das coisas pequeninas.
Jamais realizaremos a bondade, sem começarmos a ser bons. Alguma coisa pequenina há de ser feita, antes de edificarmos as grandes coisas.
èesse pensamento do mentor, segue a mesma linha de raciocínio da msg de Emmanuel na página inicial. É preciso seguir o caminho traçado por Jesus, começando nas menores coisas, na nossa esfera de ação.

  1. Continuar com o cap. 36 com auxílio de apresentações:

– Mamãe, se Jesus é tão bom, porque estamos comendo só uma vez por dia, aqui em casa?
– Ora, Marieta, você vive muito impressionada com essa questão. Não devemos, filhinha, subordinar todos os pensamentos às necessidades do estômago. Há quanto tempo estamos tomando nossa refeição diária e gozando boa saúde? Quanto benefício estaremos colhendo com esta frugalidade de alimentação?
– Além disso – acentuou Dona Isabel, confortada –, vocês devem estar certos de que Jesus abençoa o pão e a água de todas as criaturas que sabem agradecer as dádivas divinas.
èresignação e orientação às crianças quanto à sabedoria das leis divinas mesmo em grandes dificuldades nas necessidades básicas.
èo que nos falta para termos essa postura, essa certeza de D.Isabel?  (Fé!!! Se tivésseis a fé do tamanho do grão de mostarda...)

Observei, porém, que o menino não compartilhava aquele dilúvio de bênçãos. Entre Dona Isabel e as quatro filhinhas havia permuta constante de vibrações luminosas, como se estivessem identificadas no mesmo ideal e unidas numa só posição; mas o rapazote permanecia espiritualmente distante, fechado num círculo de sombras. De quando em quando, sorria irônico, insensível à significação do momento.
èinteressante essa observação, pois nem sempre conseguimos perceber que nem todas as pessoas conseguem sentir, ver coerência, captar as verdades espirituais. Se temos contato com alguém assim, não adianta insistir; ela não tem capacidade de compreender.

– Creio, meu filho, que a pobreza é uma das melhores oportunidades de elevação, ao nosso alcance. Estou convencida de que os homens afortunados têm uma grande tarefa a cumprir, na Terra, mas admito que os pobres, além da missão que lhes cabe no mundo, são mais livres e mais felizes. Na pobreza, é mais fácil encontrar a amizade sincera, a visão da assistência de Deus, os tesouros da natureza, a riqueza das alegrias simples e puras.
            èconcordamos com esse pensamento de D.Isabel? Nos sentimos assim?
ð  É coerente ter um espaço enorme em casa, que poderia ser sublocado, quando a família, as 5 crianças passam fome? Como saber o limite entre convicção pela fé e a negligência por falta de ações mais concretas?
            èe o que fazer se fomos aquinhoados com os bens materiais? Como bem utilizar esses recursos?

– Se você insistir, será punido, porque eu não sou mãe para criar ilusões perigosas ao coração dos filhinhos que Deus me confiou. Se muito amo a vocês, precisarei incliná-los ao caminho reto.
            èimportância da orientação segura e firme dos responsáveis pelas crianças.

4.    Atividade de reflexão
Dar cópias do texto de Ação e Reação, para análise pelo grupo: leitura e depois discussão.
André Luiz acompanha o orientador, Silas, no socorro à mendiga doente, mãe de um anão deficiente mental.
èa força da fé, da oração no socorro em nome de outra pessoa. Silas sozinho não tinha condições de ajudar. Rogou ajuda a Deus!
èatuação física dos mentores para a restauração do equilíbrio orgânico;
èreencarnação dos dois, mãe e filho, em extrema penúria material. A necessidade ali, é um corpo presídio de anão, ao Espírito que era grande devedor às leis divinas. Necessidade de uma pausa, de um tempo, para recomeço da longa trajetória da ‘volta para a casa’ do Pai...
èintuição posterior, a pessoas de bem, para irem até o casebre para levar socorro material aos dois necessitados.

5.    Prece final
6.    Anexos


Ação e Reação, André Luiz/Chico Xavier, Cap.13 ‘Débito estacionário

Tarefas e excursões cobriam-se de êxito desejável, quando, certa noite, no parlatório, foi Silas procurado por um companheiro aflito, que avisou, atencioso:
- Assistente, nossa irmã Poliana parece vergar, em definitivo, ao peso da imensa prova.
- Revoltada? - indagou nosso amigo com inflexão de paciência e bondade.
- Não - aclarou o interpelado. - Nossa irmã está enferma e o equilíbrio orgânico declina de hora a hora... Apesar disso vem lutando heroicamente para conservar-se ao pé do filho infeliz.
Silas refletiu por momentos rápidos e falou resoluto:
- É imperioso agir sem demora.
E, qual acontecera em circunstâncias anteriores, utilizamos a volitação para lograr mais tempo.
A breves minutos, achávamo-nos em paisagem rural pobre e triste. Num casebre, totalmente exposto à ventania noturna, infortunada mulher jazia enrolada em farrapos, numa esteira de palha ao rés do solo e, a poucos metros, mísero anão paralítico exibia o semblante alvar.
Reconhecia-se-lhe, de pronto, a idiotia completa, sob a vigilância da enferma desditosa, que o fitava entre a aflição e o desencanto.
Abarcando-os com o olhar, nosso condutor informou solícito:
- Temos aqui nossa irmã Poliana e Sabino, o filho desventurado que o Poder Celeste lhe confiou. Espiritualmente, são ambos tutelados da Mansão, em pedregoso caminho de reajuste.
Entretanto, o generoso amigo parecia mais interessado na assistência prática que na obra informativa.
Inclinando-se, atento, para a desventurada mulher, auscultou-lhe o tórax, explicando algo inquieto:
- Caso urgente.
E, convidados ao concurso imediato, associamo-nos à minuciosa pesquisa, observando que o coração da enferma apresentava alarmante arritmia, figurando-se-nos agitado prisioneiro a emaranhar-se nas artérias estreitadas em estranhas calcificações.
Examinando aquele atormentado quadro circulatório, o Assistente informou:
- Os vasos enfraquecidos do miocárdio ameaçam ruptura próxima, porquanto a doente se encontra na tensão de angústia extrema. A parada súbita do órgão central pode ocorrer de um instante para outro.
Assim dizendo, relanceou o olhar sobre o homem-criança, estirado a dois passos, e acrescentou:
- Entretanto, Poliana precisa mais tempo no corpo, de vez que o filho não lhe dispensa os cuidados. Acham-se não apenas jungidos à mesma prova, mas imanizados ao mesmo clima fluídico, reciprocamente alimentados pelas forças que exteriorizam, no campo da afinidade pura. Dessa maneira, a desencarnação da genitora repercutiria mortalmente sobre o filho, cuja existência, no estágio de segregação em que se encontra, gravita, invariável, em derredor da carícia materna. Aflitiva expectação caiu sobre nós.
Silas como que buscava, na choça desguarnecida de tudo, algo que pudesse funcionar à guisa de socorro, todavia, somente velho cântaro ali guardava pequena porção dágua.
O Assistente comunicou-nos que a enferma reclamava medicação imediata, considerando, porém, que naquela hora da noite não era fácil trazer algum companheiro encarnado ao sítio deserto, nem dispúnhamos, ali, de recursos quaisquer.
Ainda assim, vimo-lo aplicar-lhe passes à glote, com desvelada atenção.
Logo após, administrou recursos fluídicos à linfa pura.
Compreendemos que Silas ativara a sede na doente, constrangendo-a a servir-se da água simples então convertida em liquido medicamentoso.
Despendendo enorme esforço, Poliana abandonou o leito e buscou o pote humilde.
Após beber ligeiros goles, asserenou as próprias ânsias, qual se houvera sorvido valiosa poção calmante.
As preocupações obcecantes da hora em curso cederam lugar à bonança de espírito.
Foi assim que o diretor de nossa excursão, acariciando-lhe a fronte, pendida nos molambos a se agregarem por travesseiro, transmitia-lhe forças revigorantes.
Decorridos alguns minutos, Poliana mostrava-se plenamente fora do vaso físico, mas sem a necessária lucidez espiritual para identificar-nos a presença. Contudo, subordinada ao comando magnético de Silas, ergueu-se automaticamente. Enlaçada por ele e seguidos ambos por nós, demandamos bosque vizinho.
Longe de perceber-se sob a assistência carinhosa de que era objeto, a enferma ausente do corpo de carne, como num sonho consolador, foi convenientemente acomodada por Silas no tapete de relva macia, sentindo-se calma e leve...
Finda essa operação, o Assistente convocou-nos à prece e, levantando o olhar para o firmamento faiscante de estrelas, rogou compungidamente:
- "Pai de Infinita Bondade, Tu que dás provimento às necessidades do verme aparentemente esquecido no ventre do solo, que vestes a flor anônima, perfumando-lhe a contextura, muitas vezes sobre a lama do charco, desce compassivo olhar sobre nós, que nos tresmalhamos a distância de Teu amor! (...)
A voz de Silas, tocada de profunda fé, arrebatava-nos ao pranto insofreável.
Azulíneas cintilações nimbavam-lhe a cabeça e, como resposta do Alto, ali, na selvagem floração do bosque ermo, vimos, ao longe, cinco flamas, em pontos diferentes do Espaço, que se aproximavam de nós, celeremente...
Renteando conosco, transfiguraram-se em companheiros que nos saudaram regozijantes.
Em rápidos minutos, energias imponderáveis da Natureza, associadas aos fluidos de plantas medicinais, foram trazidas à nossa enferma, que as inalava a longos sorvos, e, em tempo breve, vimos Poliana surpreendentemente refeita, pronta a retomar o envoltório para a necessária restauração.
- Ricos da Terra - pensei com lágrimas -, onde o poder das vossas arcas abarrotadas de ouro, ante a simples fulguração de uma prece? Onde a grandeza de vossos palácios, recheados de fausto e pedraria, confrontada com um simples minuto de reverência da alma, em comunhão com a Paternidade de Deus, na majestade do Céu?
Incapaz de raciocinar por si, quanto à metamorfose experimentada, por força das inibições que sofria na provação temporária, a doente não conseguia ver-nos, mas sorria, venturosa, sentindo-se mais robusta e mais ágil.
Novamente amparada, regressou ao tugúrio infecto e auxiliamo-la a retomar a cápsula física.
Enquanto descerrava os olhos, reconfortada, Silas esclareceu:
- As melhoras adquiridas pela organização perispirítica serão apressadamente assimiladas pelas células do equipamento fisiológico.
E acentuou:
- Sabem os médicos terrenos que o sono é um dos ministros mais eficientes da cura. É que, ausente do corpo, muitas vezes consegue a alma prover-se de recursos prodigiosos para a recuperação do veículo carnal em que estagia no mundo.
Após a elucidação, afagou os cabelos grisalhos da pobre doente e prometeu-lhe em voz alta:
- Descanse. Quando o dia ressurgir, nossos companheiros trarão até aqui o socorro da caridade fraternal, valendo-se de algum samaritano das redondezas...
Permitirá o Senhor que você continue...


Caminho, Verdade e Vida, Cap. 176 ‘LIÇÃO VIVA’, , Emmanuel/Chico Xavier

       “Duro é este discurso; quem o pode ouvir?” — (JOÃO, capítulo 6, versículo 60.)

O Cristianismo é a suprema religião da verdade e do amor, convocando corações para a vida mais alta.
Em vista de religião traduzir religamento, é primordial voltarmo-nos para Deus, tornarmos ao campo da Divindade.
Jesus apresentou a sua plataforma de princípios imortais. Rasgou os caminhos. Não enganou a ninguém, relativamente às dificuldades e obstáculos.
É necessário, esclareceu o Senhor, negarmos a vaidade própria, arrependermo-nos de nossos erros e convertermo-nos ao bem.
O evangelista assinalou a observação de muitos dos discípulos: “Duro é este discurso; quem o pode ouvir?”
 Sim, efetivamente é indispensável romper com as alianças da queda e assinar o pacto da redenção.
É imprescindível seguir nos caminhos dAquele que é a luz de nossa vida.
Para isso, as palavras brilhantes e os artifícios intelectuais não bastam. O problema é de “quem pode ouvir” a Divina Mensagem, compreendendo-a com o Cristo e seguindo-lhe os passos.


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