Casa Espírita Missionários da Luz
Grupo
de estudos Obras de André Luiz Novembro/2020
Estudo
virtual no Google Meet
Tema: Planejamento Reencarnatório
Temas
Básicos Associados:
- Família espiritual e família consanguínea
Bibliografia
geral:
Livro dos Espíritos,perg. 171, 203, 207, 258, 262, 264, 266, 269, 386 à
391, ;
Evangelho, Cap. IV, item 18, Cap. V, item 9, XIV, itens 8 e 9
RE, Maio/1867> Uma expiação terrestre
(enviado ao grupo anteriormente)
RE, Out/1858 >Assassinato de cinco crianças por outra de doze anos -
Problema moral (enviado ao grupo
anteriormente)
Desafios da Vida Familiar, Camilo/Raul Teixeira, pergs 6, 15, 17, 25
Desafios da Educação,
Camilo/Raul Teixeira, perg.33, 36
https://espirito.org.br/artigos/educacao-para-a-vida/
Perguntas Gerais:
LE, perg. 258. Quando na erraticidade, antes de começar nova
existência corporal, tem o Espírito consciência e previsão do que lhe sucederá
no curso da vida terrena?
“Ele próprio escolhe o gênero de provas por que
há de passar, e nisso consiste o seu livre-arbítrio.”
LE, perg. 259.Escolhestes apenas o gênero das provações. As
particularidades são a consequência da posição em que vos achais e, muitas
vezes, das vossas próprias ações.
Sabe o Espírito que, escolhendo tal caminho, terá que
sustentar lutas de determinada espécie; sabe, portanto, de que natureza serão
as vicissitudes que se lhe depararão, mas ignora se se verificará este ou
aquele evento. Os acontecimentos secundários se originam das circunstâncias e
da força mesma das coisas. Previstos só são os fatos principais, os que influem
no destino.
LE, perg. 262 a) – Quando o Espírito goza do livre-arbítrio, a
escolha da existência corporal dependerá sempre exclusivamente de sua vontade,
ou essa existência lhe pode ser imposta, como expiação, pela vontade de Deus?
“Deus sabe esperar, não apressa a expiação. Todavia, pode
impor certa existência a um Espírito, quando este, pela sua inferioridade ou má
vontade, não se mostra apto a compreender o que lhe seria mais benéfico, e
quando vê que tal existência servirá para a purificação e o progresso do Espírito,
ao mesmo tempo que lhe sirva de expiação.”
LE, perg. 264. Que é o que dirige o Espírito na escolha das provas que queira sofrer?
“Ele escolhe, de acordo com a natureza de suas
faltas, as que o levem à expiação destas e a progredir mais depressa.
LE, perg. 386. Podem dois seres que se conheceram e estimaram encontrar-se noutra existência corporal e reconhecer-se?
“Reconhecer-se, não. Podem, porém, sentir-se atraídos um para o outro. E, frequentemente, diversa não é a causa de íntimas ligações fundadas em sincera afeição. Um do outro dois seres se aproximam devido a circunstâncias aparentemente fortuitas, mas que na realidade resultam da atração dos dois Espíritos, que se buscam reciprocamente por entre a multidão.”
LE, perg. 387. A simpatia tem sempre por princípio um anterior
conhecimento?
“Não. Dois Espíritos que se
harmonizem atraem-se naturalmente um ao outro, sem que se tenham conhecido como
homens.”
Por
fim após anos de meditações e preces, o Espírito se aproveita de um corpo em
preparo na família daquele a quem detestou, e pede aos Espíritos incumbidos de
transmitir as ordens superiores permissão para ir preencher na Terra os
destinos daquele corpo que acaba de formar-se. Qual será o seu procedimento na
família escolhida? Dependerá da sua maior ou menor persistência nas boas
resoluções que tomou. O incessante contacto com seres a quem odiou constitui
prova terrível, sob a qual não raro sucumbe, se não tem ainda bastante forte a
vontade. Assim, conforme prevaleça ou não a resolução boa, ele será o amigo ou
inimigo daqueles entre os quais foi chamado a viver. É como se explicam esses
ódios, essas repulsões instintivas que se notam da parte de certas crianças e
que parecem injustificáveis. Nada, com efeito, naquela existência há podido
provocar semelhante antipatia; para se lhe apreender a causa, necessário se
torna volver o olhar ao passado. (Evang. Cap. XIV, item 9)
As encarnações são todas programadas ou existem aquelas que
seriam “acidentais”, provenientes do livre-arbítrio?
R – Se considerarmos as programações que são feitas na erraticidade, junto dos nossos Anjos Guardiães, com vistas ao nosso melhor aproveitamento da existência corporal, diremos que nem sempre as encarnações foram programadas. Entretanto, se compreendermos que, a partir do nosso modus vivendi, dos caracteres que desenvolvemos no mundo, os Bons Espíritos vão deixando que cada um refaça seu caminho, em virtude dos atalhos escolhidos, dos vícios assimilados ou desenvolvidos, então, veremos que as “novas disposições” do indivíduo passam a representar uma reprogramação da sua vida. Assim, conseguiremos entender que não ocorrem episódios fora da “visão” do Criador. Os renascimentos poderão ser chamados “acidentais”, porque se deram dentro de contextos que a sociedade familiar não esperava, ou que mesmo o casal não desejava, de modo consciente. Contudo, o seu modo de ser, seu estilo de vida, muitas vezes não exteriorizados, mas alimentados no íntimo, onde residem desejos e se nutrem fantasias já o haviam candidatado ao episódio, dito inesperado ou acidental. A “lei do acaso”, tão bem defendida pela estatística, não tem sentido no campo da vida moral, onde a cada um é dado conforme suas obras. (Desafios da Educação, Camilo/Raul Teixeira, perg.33)
A maioria das pessoas acredita que os filhos são inimigos do passado. Não poderiam ser espíritos que nos foram caros em outras vidas ou mesmo que nunca tiveram relação conosco, mas que nos são confiados para o relacionamento e educação?
R – Grande número de indivíduos que participa dos movimentos espíritas, ou não, tem muita dificuldade de entender o processamento das leis divinas no âmbito das nossas vidas. É muito comum essa idéia, no contexto familiar, de que filhos e pais hajam sido inimigos no pretérito, e que, agora, estão juntos para a re-harmonização.
É indiscutível que
muitíssimos são os casos de indivíduos que se reencontram com fins de
devoluções recíprocas, situações em que se defrontam inimigos antigos ou
recentes para os re-acertos. Porém, há um enorme contingente de almas que se
acham no mundo terrestre para que se ajustem com as divinas leis, aceitos por
esses ou aqueles espíritos na condição de filhos, de pais ou de irmãos, sem que
tais vínculos hajam sido de mágoa, de malquerenças, de ódios, obrigatoriamente.
Muitos deles vêm de experiências de velhas amizades, de ternuras imensas, de
amores sublimes, e vêm para apoiarem-se reciprocamente em momentos difíceis que
passarão em conjunto. Outros vários, provêm das rotas das afinidades, sem que
tenham que ter convivido fisicamente juntos. Os desencontros que podem advir,
mesmo nessas últimas relações, estão atrelados às condições humanas de cada um,
às predisposições ao equívoco que cada um leva em si sem que tal corresponda a
posicionamentos antigos de inimizades ou outras relações amargas.
Entretanto, vale
lembrar que, seja qual for o motivo que une pais e filhos, a tarefa dos pais é
uma verdadeira missão, conforme ensinam os Luminares a Allan Kardec, na
pergunta 582 de O Livro dos Espíritos. (Desafios da Educação, Camilo/Raul
Teixeira, perg.36)
Quando ainda no Mundo dos
Espíritos, antes do berço físico, o espírito tem consciência da importância que
terá sua futura família sobre o seu progresso?
Na
maior parte das vezes, sim. É no além que costuma ser instruído por seu Anjo
Guardião ou por entidades benfeitoras que o orientam para o bom aproveitamento
da reencarnação.”
(...)
“Antes do renascimento, roga o espírito ao
Senhor a chance de poder estar no seio de uma família que disponha de todos ou
de vários elementos que lhe permitam avançar: a pobreza, a riqueza, pais
enérgicos e exigentes, pais que o coloquem no trabalho desde cedinho, para que
aprendam a valorizá-lo. Exora também a oportunidade da cultura intelectual ou
da sombra do analfabetismo, o brilho acadêmico ou a “touca cirúrgica” da
deficiência cerebral.” (Desafios da Vida Familiar, Camilo/Raul Teixeira, perg.
6 Parte I - “O sentido da Família”)
Como é que se estrutura a família no Mundo dos Espíritos?
Os filhos chegam à Terra nos braços de pais que foram acordados no Invisível pelos Mentores Espirituais responsáveis por sua tutela – salvo os inúmeros casos em que a invigilância, a intemperança e a promiscuidade sexual atraem diversas entidades que se imiscuem nas programações reencarnatórias de indivíduos incautos que contraem compromissos que, inúmeras vezes, não lhes caberia, caso tivessem pautado a existência humana de modo mais nobre. (Desafios da Vida Familiar, Camilo/Raul Teixeira, perg. 15)
Todos os espíritos são programados para encontrar um
cônjuge? E os que não encontram?
Não. Nem todos os
indivíduos reencarnados no mundo vêm com compromissos
estabelecidos para o
matrimônio. Incontáveis criaturas chegam ao planeta para, na época prevista, experimentar
a solidão afetiva, em nome da lei de causa e efeito, que estabelece a pauta das
provas e das expiações das pessoas.
A situação de não ter
ninguém para a troca afetiva em nível conjugal, ou passional, é de molde a levar
os indivíduos a reajustar emoções, disciplinar atitudes e burilar sentimentos,
facultando-lhes aprender a valorizar as relações conjugais, a valorizar a
família, a aprender a viver com outras pessoas(...).
Há, contudo,
celibatários que não encontram correspondência amorosa, em termos conjugais, em
razão de compromissos de diferentes magnitudes, de grande amplitude na
sociedade,
trazidos à presente
encarnação. São deveres que não compatibilizam com as
responsabilidades do
lar, dos esponsais, da prole, perante as exigências de amplo aspecto da tarefa
ou da missão esposada, desde o além.
Muitos que reencarnam comprometidos
com profundos descobrimentos e inventos científicos, com atividades abnegadas
na esfera religiosa, ou deveres outros a exigir dedicação quase exclusiva em
prol da causa social ou sócio-moral do mundo, já sabem, no seu íntimo –
percebem-no por intuição – que o matrimônio ou um relacionamento estável com alguém
não consta de sua “agenda” reencarnatória.
Em casos em que o
indivíduo se dê conta de que já buscou, já se insinuou, já demonstrou interesse
e continua a “ouvir” um intenso silêncio nessa área, ou se nota que o que surge
não é compatível com seus projetos de vida para o trabalho e para o bem, é de
bom alvitre tranquilizar a mente, assossegar a alma, entregando-se a viver seu
dia-a-dia com dignidade, sem ansiedade, evitando enveredar por faixas de
exploração obsessiva, considerando-se que nos disse o Cristo: “Buscai e
achareis...”(Lc 11:9) (...)
Ocorrem também casos de
celibato com almas que não sentem nada por ninguém. São
emocionalmente frias,
sentimentalmente mudas, inaptas para tais relações afetivas, uma vez que
expiam, duramente, as posturas desdenhosas ou exploradoras do pretérito.
Posições numa
existência corporal geram incapacidades e bloqueios magnéticos em outras,
impondo frustrações e sofrimentos.
Dessa forma, quem deseja unir-se a alguém e não logra êxito, quem aspira por sentir algum tipo de atração afetiva por alguma pessoa e nada sente, por maiores esforços que realize, deve procurar tranquilizar-se, mergulhando na ação do bem. Trabalhe, estude, desenvolva seus veios artísticos, pratique esportes salutares e sirva, em nome do amor, onde quer que se encontre. Na impossibilidade de ter uma pessoa a quem oferecer carinho, afeto, trate de tornar-se uma pessoa útil, prestativa, fraterna, simpática e jovial, deixando-se conduzir pelas mãos do Criador que pode alterar, a cada momento, os rumos de nossas existências em função do que nos seja melhor. (Desafios da Vida Familiar, Camilo/Raul Teixeira, perg. 25)
Estudo geral do tema:
1. Iniciar propondo algumas perguntas para ver as ideias que o grupo já possui sobre o tema, consolidando as reflexões da semana anterior, sobre as perguntas de OLE.
Fazer duplas e pedir que discutam, respondam e depois tragam para o grupão (cada dupla recebe uma pergunta):
Dupla
1:
As encarnações são todas programadas ou existem aquelas que
seriam “acidentais”, provenientes do livre-arbítrio? (Desafios da Educação,
Camilo/Raul Teixeira, perg.33)
Dupla
2:
Todos os filhos que chegam à Terra foram acordados pelos respectivos pais, no plano invisível? (Desafios da Vida Familiar, Camilo/Raul Teixeira, perg. 15)
Dupla 3:
Todos os espíritos são programados para encontrar um cônjuge? E os que não encontram? Quais os motivos? (Desafios da Vida Familiar, Camilo/Raul Teixeira, perg. 25)
Dupla
4:
A maioria das pessoas acredita que os filhos são inimigos do passado. Não poderiam ser espíritos que nos foram caros em outras vidas ou mesmo que nunca tiveram relação conosco, mas que nos são confiados para o relacionamento e educação? (Desafios da Educação, Camilo/Raul Teixeira, perg.36)
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