terça-feira, 10 de novembro de 2020

Obsessão

 Casa Espírita Missionários da Luz

Grupo de estudos Obras de André Luiz                               Outubro/2020

Estudo virtual no Google Meet

Tema: Obsessão 

Temas Básicos Associados:

- Perdão

- Materialismo (sensações do corpo físico)

- Código Penal da Vida Futura

- Fluidos e perispírito

 

Bibliografia geral:

Livro dos Espíritos, perg. 229, Cap. IX (Intervenção dos Espíritos no mundo corporal), pergs 457, 459 à 461, 463 à 472, Possessos – pergs 473 à 480; 484, 530 e 531,549 e 550; 199ª;

 

Livros dos Médiuns, cap. XXIII (Da Obsessão) todo o capítulo;

A Gênese, Cap. XIV, itens 45 à 49 (Obsessões e Possessões);

O Céu e o Inferno – Código Penal da Vida Futura, e exemplos de obsessão (2ª.parte);

O Evang.eg.Espiritismo, Cap. V, item 6; Cap. XXVIII Coletânea de Preces,

RE, Jun/1864 > Cura da jovem obsedada de Marmande (exemplo de subjugação).

RE Jan/1865 > Nova cura de uma jovem obsedada de Marmande  (13 anos, reencarnação, subjugação);

RE Nov/1865 > Um novo Nabucodonosor – subjugação como animal

 

Trilhas da Obsessão, Manoel Philomeno de Miranda/Divaldo Franco – obsessão na infância;

Dramas da Obsessão, Bezerra de Menezes/Yvonne Pereira – caso da família de Leonel

 

Perguntas Gerais:

 

1.    O que é a obsessão?

2.    Como ocorre esse fenômeno?

3.    Quais as causas da obsessão?

4.    Qual a cura da obsessão?

5.    Como analisar a obsessão na ótica da Justiça Divina?

6.    O materialismo favorece a obsessão?

7.    O perdão das ofensas é prevenção para a obsessão?

 

Estudo geral do tema:

 

- Dividir o grupo em subgrupo de 4 pessoas. Cada subgrupo deve fazer um grupo no whatsapp, em reunião de vídeo para realização da tarefa. Depois os grupos retornam e apresentam suas conclusões.

 

 

Grupo 01 – Texto de  Gênese (definição e tratamento)

Perguntas:

1.    O que é a obsessão?

2.    Como ocorre esse fenômeno?

3.    Como curar a obsessão?

 

Textos: A Gênese, Cap. XIV, itens 45 à 47 (Obsessões e Possessões).

 

 

Grupo 02 – Texto de O Livro dos Médiuns, com foco no exercício da mediunidade

Perguntas:

1.    O que é a obsessão na prática mediúnica?

2.    Como reconhecer que o médium está obsidiado?

3.    Quais as causas da obsessão?

4.    O que deve fazer o médium obsidiado?

 

Textos: Livros dos Médiuns, cap. XXIII, itens 237 e 238, 243, 245, 249

 

 

Grupo 03 – Perguntas de O LE, com foco na influência diária em nossos pensamentos:

Perguntas:

1.    O que é a obsessão?

2.    Como ocorre esse fenômeno?

3.    Como curar a obsessão?

4.    Quais as causas da obsessão?

 

Textos:

Livro dos Espíritos, perg. 229, pergs 459, 463 à 475, Possessos – pergs 473 à 480; 484, 530 e 531,549 e 550;

 

 

Estudo a partir do livro Libertação, de André Luiz

 

- Procurar no livro Libertação, os casos de obsessão que esse livro apresenta, buscando identificar para cada caso encontrado:

> como foi retratada a obsessão;

> quais as causas dessa obsessão;

> como agia o obsessor;

> como foi resolvida a obsessão (no caso da cura da mesma).

 

1.    Cap III – Caso do Claudio – assassinou o sobrinho para ficar com a fortuna e viveu com o remorso, sintonizando com Espíritos perversos. No PE, inserido num grupo de vampirizadores.

 

2.    Cap. V ‘Operações Seletivas’ – Caso de Licantropia (na cidade purgatorial)

Mulher que sob ação magnética do carrasco, confessou crimes cometidos na última encarnação: matou 4 filhinhos, e combinou o assassinato do marido.

Pelo remorso, permitiu inconscientemente a hipnose comandada pelo carrasco, que a induziu à forma de um lobo.

Nesse caso, o obsessor agia para demonstrar poder sobre outros Espíritos culpados. Não era uma questão pessoal.

 

RE Nov/1865 > Um novo Nabucodonosor

“A punição de Nabucodonosor não é, portanto, uma fábula. Ele não foi, como dissestes muito judiciosamente, transformado em fera; mas ele era, como o caso que vos ocupa no momento, privado por algum tempo do livre exercício de suas faculdades intelectuais, e isso em condições que o assemelhavam às feras e transformavam o poderoso déspota em objeto de piedade para todos. Deus o tinha ferido no seu orgulho.

 

Todas estas questões se ligam às dos fluidos e do magnetismo. Nesse jovem, há obsessão e subjugação. Ele tem muita lucidez como Espírito, e seu irmão exerce sobre ele uma irresistível influência magnética; atrai-o facilmente para fora de seu corpo, quando uma pessoa amiga e simpática lá não está para retê-lo. Ele sofre quando desprendido; para ele, também, é uma punição, e é então que solta rugidos ferozes.

 

Não vos apresseis em condenar o que está escrito nos livros sagrados, como faz a maioria dos que só veem a letra e não o espírito.” (Espírito São Bento)

 

Resulta desta explicação eminentemente racional, que esse jovem está sob o império de uma obsessão, ou melhor, de uma terrível subjugação, semelhante à que sofreu o rei Nabucodonosor. Isto destrói a justiça de Deus que tinha punido o monarca orgulhoso? Absolutamente não, pois sabemos que as obsessões são, ao mesmo tempo, provações e castigos. Assim, Deus podia puni-lo pondo-o sob o jugo de um Espírito maléfico que o constrangesse a agir como uma fera, sem com isso metamorfoseá-lo em fera. A primeira dessas punições é natural e se explica pela lei das relações entre o mundo visível e o invisível; a outra é antinatural, fantástica e não se explica. Uma se apresenta, em nossos dias, como uma realidade, sob as formas diversas da obsessão, a outra só se acha nos contos de fadas. Enfim, uma é aceitável pela razão, a outra não.  (Allan Kardec)

 

3.    Cap VI ‘Observações e Novidades’ – obsessão durante o sono

Mulher desprendida do corpo pelo sono, vai à colônia purgatorial e se encontra com obsessora que se faz de amiga para conseguir vingança. Se contamina com os fluidos emitidos pela obsessora, ficando mais suscetível às influências negativas.

Com a ação obsessiva, permanece atormentando o marido, e se faz refratária a ação dos benfeitores que agem para proteger o casal.

 

O Livro dos Espíritos:

459.Influem os Espíritos em nossos pensamentos e em nossos atos?

“Mais do que imaginais, pois com bastante frequência são eles que vos dirigem.”

 

467. Pode o homem eximir-se da influência dos Espíritos que procuram arrastá-lo ao mal?

“Pode, visto que tais Espíritos só se apegam aos que, pelos seus desejos, os chamam, ou aos que, pelos seus pensamentos, os atraem.”

 

469.Por que meio podemos neutralizar a influência dos maus Espíritos?

“Praticando o bem e pondo em Deus toda a vossa confiança, repelireis a influência dos Espíritos inferiores e aniquilareis o império que desejam ter sobre vós. Guardai-vos de atender às sugestões dos Espíritos que vos suscitam maus pensamentos, que sopram a discórdia entre vós outros e que vos insuflam as paixões más. Desconfiai especialmente dos que vos exaltam o orgulho, pois que esses vos assaltam pelo lado fraco. Essa a razão por que Jesus, na oração dominical, vos ensinou a dizer: “Senhor! Não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal.”

 

A Gênese, cap. XIV, item 46.... Quase sempre a obsessão exprime vingança tomada por um Espírito e cuja origem frequentemente se encontra nas relações que o obsidiado manteve com o obsessor, em precedente existência.

 

ESE, Cap. XXVIII Coletânea de Preces

 

I – PRECES GERAIS - ORAÇÃO DOMINICAL

VI. Não nos deixes entregues à tentação, mas livra-nos do mal

 

Senhor, ampara-nos em nossa fraqueza; inspira-nos, pelos nossos anjos guardiães e pelos bons Espíritos, a vontade de nos corrigirmos de todas as imperfeições a fim de obstarmos aos Espíritos maus o acesso à nossa alma.

 

II – PRECES POR AQUELE MESMO QUE ORA AOS ANJOS GUARDIÃES E AOS ESPÍRITOS PROTETORES

 

Os Espíritos sedutores se esforçam por nos afastar das veredas do bem, sugerindo-nos maus pensamentos. Aproveitam-se de todas as nossas fraquezas, como de outras tantas portas abertas, que lhes facultam acesso à nossa alma. Alguns há que se nos aferram, como a uma presa, mas que se afastam, em se reconhecendo impotentes para lutar contra a nossa vontade.

 

Os maus Espíritos acorrem voluntariamente, desde que achem meio de assumir predomínio sobre nós, ou pela nossa fraqueza, ou pela negligência que ponhamos em seguir as inspirações dos bons Espíritos. Somos nós, portanto, que os atraímos. Resulta desse fato que jamais nos encontramos privados da assistência dos bons Espíritos e que de nós depende o afastamento dos maus. Sendo, por suas imperfeições, a causa primária das misérias que o afligem, o homem é, as mais das vezes, o seu próprio mau gênio.

 

12. Prece. – Espíritos esclarecidos e benevolentes, mensageiros de Deus, que tendes por missão assistir os homens e conduzi-los pelo bom caminho, sustentai-me nas provas

desta vida; dai-me a força de suportá-las sem queixumes; livrai-me dos maus pensamentos e fazei que eu não dê entrada a nenhum mau Espírito que queira induzir-me ao mal.

 

PARA AFASTAR OS MAUS ESPÍRITOS

17. Prece. – Em nome de Deus Todo-Poderoso, afastem-se de mim os maus Espíritos, servindo-me os bons de antemural contra eles.

Espíritos malfazejos, que inspirais maus pensamentos aos homens; Espíritos velhacos e mentirosos, que os enganais; Espíritos zombeteiros, que vos divertis com a credulidade deles, eu vos repilo com todas as forças de minha alma e fecho os ouvidos às vossas sugestões; mas, imploro para vós a misericórdia de Deus.

Bons Espíritos que vos dignais de assistir-me, dai-me a força de resistir à influência dos Espíritos maus e as luzes de que necessito para não ser vítima de suas tramas.

Preservai-me do orgulho e da presunção; isentai o meu coração do ciúme, do ódio, da malevolência, de todo sentimento contrário à caridade, que são outras tantas portas abertas ao Espírito do mal.

 

 

4.    Cap VII ‘Quadro Doloroso’ - Ovóides

Mulher, ex-senhora de escravos, dementada e cercada de 3 formas ovoides, de ex-escravos (mãe e dois filhos).

Obsessão desde a encarnação anterior, quando gerou sofrimentos aos 3 escravos que vieram a desencarnar com muito ódio.

Motivo da obsessão é a vingança deles, pelos sofrimentos que a mulher lhes causou. Ainda durante a encarnação dela, já sofrendo a obsessão por parte dos três Espíritos, ela adoeceu sem terapia que ajudasse, por 10 anos, até desencarnar.

Fixados no ódio, os 3 Espíritos perderam a forma do perispírito. Ficaram os 4 Espíritos ligados nesse processo doloroso.

A solução é a reencarnação dos 4, ela recebendo os 3 ex-escravos por filhos. Terá infância dolorosa e sombria, com diversas doenças sem terapia que auxilie, por serem geradas pela presença constante dos 3 ovóides, até que se complete a reencarnação desses Espíritos como filhos.

 

LE, perg. 199ª:   (obsessão na infância)

Aliás, não é racional considerar-se a infância como um estado normal de inocência. Algumas não há que parecem trazer, ao nascer, a astúcia, a falsidade, a perfídia, até pendor para o roubo e para o assassínio, não obstante os bons exemplos que de todos os lados se lhes dão? (...) Donde a precoce perversidade, senão da inferioridade do Espírito, uma vez que a educação em nada contribuiu para isso? As que se revelam viciosas, é porque seus Espíritos progrediram menos. Sofrem então, por efeito dessa falta de progresso, as consequências, não dos atos que praticam na infância, mas dos de suas existências anteriores. Assim é que a lei é uma só para todos e que todos são atingidos pela justiça de Deus.

 

RE Jan/1865 > Nova cura de uma jovem obsedada de Marmande 

èrelato de um caso de obsessão de mais de uma encarnação. Kardec não tem os dados exatos da trama, pois alguns envolvidos ainda estão encarnados.

- Germaine obsidiava a jovem Valentine de 13 anos, filha do Sr. Laurent. Na encarnação anterior. Germaine era mãe de Valentine e avó de Laurent. As duas se odiavam. Germaine assassinou o neto, irmão de Laurent. Com a reencarnação da mãe de Laurent (como Valentine), começou a obsessão pela Germaine.

 

“─ E eu sou a causa única desse mal? Ela contribui tanto quanto eu. Dizeis atormentar? Nós lutamos, engalfinhamo-nos; a culpabilidade é compartilhada. Ela foi minha cúmplice. Não vejo por que faríeis pesar apenas sobre mim a responsabilidade por esses atos violentos dos quais também eu sou vítima.” (Germaine)

 

“Citai tudo quanto pode lacerar a alma; dizei quanto o veneno queima as entranhas: eu experimentei tudo, e o mais cruel para mim era estar só, abandonada, maldita. Eu não inspirei piedade a ninguém. Compreendeis a raiva que transborda de meu coração? Sofri muito! Eu não podia morrer; suicídio não me era possível. E sempre à minha frente o mais sombrio futuro! Jamais vi surgir um clarão. Nenhuma voz me disse: Espera! Então gritei: Raiva, vingança! A mim as vítimas! Pelo menos terei companheiras de sofrimento.”  (Germaine)

 

“Uma vítima espera, ou sua liberdade, que depende de vós, ou o golpe que tenho sobre sua cabeça. Não é uma ameaça para vos intimidar: é um aviso de que o ódio e a raiva me cegariam. Chegastes a tempo. Ela talvez já estivesse morta.“(Germaine)

 

Ela explicou a causa do ódio que lhe votava. Elas haviam lutado entre si, como Espíritos, e essa luta continuou quando uma delas reencarnou.”

 

Depois da cura da Valentine: “Seguindo os conselhos dos nossos guias, adormeci a jovem Valentina todos os dias pelo sono magnético, para livrá-la completamente da ação dos maus fluidos que a tinham envolvido, e fortalecer o seu organismo. Desde sua libertação, ela experimentava mal-estar, incômodos do estômago, pequenos abalos nervosos, consequência inevitável da obsessão.”

OBSERVAÇÃO: Para que teria servido o magnetismo se a causa tivesse subsistido? Para começar, teria sido necessário destruir a causa, antes de atacar os efeitos, ou pelo menos agir sobre ambos simultaneamente.  (Kardec)

 

- "Não desconhecemos que a obsessão na infância tem um caráter expiatório, como efeito de ações danosas de curso mais grave. Não obstante, os recursos terapêuticos ministrados ao adulto serão aplicados ao enfermo infantil com mais intensa contribuição dos passes e água fluidificada - bioenergia -, bem como proteção amorosa e paciente, usando-se a oração e a doutrinação indireta ao agente agressor - psicoterapia -, por fim, através do atendimento desobsessivo mediante o concurso psicofônico, quando seja possível atrair o "hóspede" à comunicação mediúnica de conversação direta. (Trilhas da Libertação, Manoel Philomeno de Miranda/Divaldo Franco)

 

No livro "Dramas da Obsessão", Bezerra de Menezes/ Yvonne Pereira: caso do drama da família de Leonel, este, um obsidiado de berço, tendo igualmente uma filha também obsidiada desde a infância.

 

... "Ora, ao efeito precedendo sempre a causa, se esta não se encontra na vida atual, há de ser anterior a essa vida, isto é, há de estar numa existência precedente. " Allan Kardec

"O Evangelho Segundo o Espiritismo" Capítulo V, item 6.

 

5.    Cap. IX ‘Perseguidores Invisíveis’ – Obsessão de Margarida

Obsessão técnica de Margarida, comandada por Gregório, com o objetivo de levar à desencarnação dela:

- 2 obsessores em operações magnéticas, contaminando o corpo já adoecido pelas constantes emissões fluídicas negativas;

- dezenas de ovoides vinculados ao cérebro de Margarida, se apropriando das energias vitais;

- a hipnose dos técnicos obsessores, geravam alucinações (visão e audição) que lhe pioravam o quadro.

- Saldanha comanda a equipe de obsessores.

 

A Gênese, Cap. XIV, item 18... Atuando esses fluidos sobre o perispírito, este, a seu turno, reage sobre o organismo material com que se acha em contacto molecular. Se os eflúvios são de boa natureza, o corpo ressente uma impressão salutar; se são maus, a impressão é penosa. Se são permanentes e enérgicos, os eflúvios maus podem ocasionar desordens físicas; não é outra a causa de certas enfermidades.

 

A Gênese, Cap. XIV, itens 45 à 49

45. Pululam em torno da Terra os maus Espíritos, em consequência da inferioridade moral de seus habitantes. A ação malfazeja desses Espíritos é parte integrante dos flagelos com que a Humanidade se vê a braços neste mundo. A obsessão que é um dos efeitos de semelhante ação, como as enfermidades e todas as atribulações da vida, deve, pois, ser considerada como provação ou expiação e aceita com esse caráter. Chama-se obsessão à ação persistente que um Espírito mau exerce sobre um indivíduo.

 

46.... Quase sempre a obsessão exprime vingança tomada por um Espírito e cuja origem frequentemente se encontra nas relações que o obsidiado manteve com o obsessor, em precedente existência. Nos casos de obsessão grave, o obsidiado fica como que envolto e impregnado de um fluido pernicioso, que neutraliza a ação dos fluidos salutares e os repele. É daquele fluido que importa desembaraçá-lo. Ora, um fluido mau não pode ser eliminado por outro igualmente mau. Por meio de ação idêntica à do médium curador, nos casos de enfermidade, preciso se faz expelir um fluido mau com o auxílio de um fluido melhor. Nem sempre, porém, basta esta ação mecânica; cumpre, sobretudo, atuar sobre o ser inteligente, ao qual é preciso se possua o direito de falar com autoridade, que, entretanto, falece a quem não tenha superioridade moral.

Quanto maior esta for, tanto maior também será aquela. Mas, ainda não é tudo: para assegurar a libertação da vítima, indispensável se torna que o Espírito perverso seja levado a renunciar aos seus maus desígnios; que se faça que o arrependimento desponte nele, assim como o desejo do bem, por meio de instruções habilmente ministradas, em evocações particularmente feitas com o objetivo de dar-lhe educação moral.

 

 

Obsessão na igreja

- ambiente fluidicamente contaminado pela quantidade enorme de Espíritos malfeitores que se acercavam dos poucos fiéis com real interesse em orar, anulando-lhes a concentração através de influências negativas pelos pensamentos.

 

A Gênese, Cap. XIV, 16. Tem consequências de importância capital e direta para os encarnados a ação dos Espíritos sobre os fluidos espirituais. Sendo esses fluidos o veículo do pensamento e podendo este modificar-lhes as propriedades, é evidente que eles devem achar-se impregnados das qualidades boas ou más dos pensamentos que os fazem vibrar, modificando-se pela pureza ou impureza dos sentimentos. Os maus pensamentos corrompem os fluidos espirituais, como os miasmas deletérios corrompem o ar respirável. Os fluidos que envolvem os Espíritos maus, ou que estes projetam são, portanto, viciados, ao passo que os que recebem a influência dos bons Espíritos são tão puros quanto o comporta o grau da perfeição moral destes.

 

Item 18...Os meios onde superabundam os maus Espíritos são, pois, impregnados de maus fluidos que o encarnado absorve pelos poros perispiríticos, como absorve pelos poros do corpo os miasmas pestilenciais.

 

 

6.    Cap.X ‘’Em Aprendizado’

- Saldanha chefia a obsessão de Margarida, para atingir o pai dela, juiz responsável por sentença injusta contra o filho Jorge, internado em prisão psiquiátrica.

 

- Saldanha obsidiava inconscientemente a própria família por não ter outras motivações espirituais positivas. Pelas extremas dificuldades, a esposa morreu na indigência e a nora, esposa de Jorge, se suicidou.

LE, perg.514. Os Espíritos familiares se ligam a certas pessoas por laços mais ou menos duráveis, com o fim de lhes serem úteis, dentro dos limites do poder, quase sempre muito restrito, de que dispõem. São bons, porém muitas vezes pouco adiantados e mesmo um tanto levianos. Ocupam-se de bom grado com as particularidades da vida íntima e só atuam por ordem ou com permissão dos Espíritos protetores.


Os Espíritos simpáticos são os que se sentem atraídos para o nosso lado por afeições particulares e ainda por uma certa semelhança de gostos e de sentimentos, tanto para o bem como para o mal. De ordinário, a duração de suas relações se acha subordinada às circunstâncias.

 

- Obsessão de Jorge: inconscientemente, a mãe e a esposa suicida, ficaram imantadas ao Jorge, levando-o a perda da razão. A loucura levou-o ao hospício. As duas absorviam-lhe os recursos orgânicos (Cap.12).

A Gênese, Cap. XIV, item 18... Atuando esses fluidos sobre o perispírito, este, a seu turno, reage sobre o organismo material com que se acha em contacto molecular. Se os eflúvios são de boa natureza, o corpo ressente uma impressão salutar; se são maus, a impressão é penosa. Se são permanentes e enérgicos, os eflúvios maus podem ocasionar desordens físicas; não é outra a causa de certas enfermidades.

 

RE, Janeiro/1869 > Variedades > Suicídio por obsessão

A causa deste caso de obsessão está no passado, como acabo de dizer. O próprio obsessor foi impelido ao suicídio por esse que ele acaba de empurrar para o abismo. Era sua mulher na existência anterior, e tinha sofrido consideravelmente com o deboche e as brutalidades de seu marido. Muito fraca para aceitar a situação que lhe era dada, com resignação e coragem, buscou na morte um refúgio contra os seus males. Ela vingou-se depois, sabeis como.

- vemos aqui a ex-esposa suicida, de outra existência, obsidiando o rapaz, levando-o igualmente, ao suicídio.

 

RE, Fevereiro/1866 > Curas de obsessões

“Eis um segundo caso de obsessão que assumimos e levamos a bom termo no mês de julho último. A obsedada tinha vinte e dois anos; gozava de saúde perfeita; apesar disso, de repente foi acometida de um acesso de loucura. Seus pais a trataram com médicos, mas inutilmente, pois o mal, em vez de desaparecer, tornava-se cada vez mais intenso, a ponto de, durante as crises, ser impossível contê-la. Vendo isso, os pais, a conselho dos médicos, obtiveram sua internação num hospício, onde seu estado não apresentou qualquer melhora.  èoutro caso de obsessão levando à loucura

 

- Obsessão na casa do médico de Margarida: a ex-esposa desencarnada do médico, ciumenta, permanece na casa, invocada continuamente pelos pensamentos dos 2 filhos que vivem em conflitos com o pai e a madrasta. Duelo mental constante na casa. Ex-esposa agredia fluidicamente o médico e, ligada aos filhos, influenciava pensamentos de revoltas.

O Livro dos Espíritos:

459.Influem os Espíritos em nossos pensamentos e em nossos atos?

“Mais do que imaginais, pois com bastante frequência são eles que vos dirigem.”

 

467. Pode o homem eximir-se da influência dos Espíritos que procuram arrastá-lo ao mal?

“Pode, visto que tais Espíritos só se apegam aos que, pelos seus desejos, os chamam, ou aos que, pelos seus pensamentos, os atraem.”

 

- Obsessão da atual esposa do médico: espiritualmente inferior, se apresenta no PE como uma bruxa, e permanece sob o domínio de Espíritos gozadores e animalizados que a mantém em desequilíbrios lamentáveis.

A Gênese, Cap. XIV, item 15. criando imagens fluídicas, o pensamento se reflete no envoltório perispirítico, como num espelho; toma nele corpo e aí de certo modo se fotografa. Tenha um homem, por exemplo, a idéia de matar a outro: embora o corpo material se lhe conserve impassível, seu corpo fluídico é posto em ação pelo pensamento e reproduz todos os matizes deste último; executa fluidicamente o gesto, o ato que intentou praticar.

 

LE, 229. Por que, deixando a Terra, não deixam aí os Espíritos todas suas más paixões, uma vez que lhes reconhecem os inconvenientes?

“Vês nesse mundo pessoas excessivamente invejosas. Imaginas que, mal o deixam, perdem esse defeito? Acompanha os que da Terra partem, sobretudo os que alimentaram paixões bem acentuadas, uma espécie de atmosfera que os envolve, conservando-lhes o que têm de mau, por não se achar o Espírito inteiramente desprendido da matéria. Só por momentos ele entrevê a verdade, que assim lhe aparece como que para mostrar-lhe o bom caminho.”

 

467. Pode o homem eximir-se da influência dos Espíritos que procuram arrastá-lo ao mal?

“Pode, visto que tais Espíritos só se apegam aos que, pelos seus desejos, os chamam, ou aos que, pelos seus pensamentos, os atraem.”

 

7.    Cap XI ‘Valiosa Experiência’

- investigador de polícia aposentado, obsidiado por várias formas ovoides.

Durante a atividade profissional abusou do poder para humilhar e ferir. Com isso, atraiu a convivência de Espíritos inferiores cujas vibrações, aliadas aos pensamentos de indignação das vítimas, foram-lhe arruinando a vida mental. Permanece dominado por quadros malignos dos atos infelizes que praticou: preso pelas memórias, condenou-se a si mesmo.

- ver perg 229 acima (LE) – atmosfera espiritual dos Espíritos inferiores;

- A Gênese, Cap. XIV, item 18... Atuando esses fluidos sobre o perispírito, este, a seu turno, reage sobre o organismo material com que se acha em contacto molecular. Se os eflúvios são de boa natureza, o corpo ressente uma impressão salutar; se são maus, a impressão é penosa. Se são permanentes e enérgicos, os eflúvios maus podem ocasionar desordens físicas; não é outra a causa de certas enfermidades

 

467. Pode o homem eximir-se da influência dos Espíritos que procuram arrastá-lo ao mal?

“Pode, visto que tais Espíritos só se apegam aos que, pelos seus desejos, os chamam, ou aos que, pelos seus pensamentos, os atraem.”

 

- jovem totalmente desequilibrada, fala coisas desconexas e ri sozinha. Obsidiada por 2 Espíritos, totalmente controlada pelos pensamentos de um deles. Projetos de vingança cuja origem vinha da última encarnação.

Obsessores: ex-marido, que se suicidou, e cunhado que enlouqueceu.

 

RE, Fevereiro/1866 > Curas de obsessões

“Eis um segundo caso de obsessão que assumimos e levamos a bom termo no mês de julho último. A obsedada tinha vinte e dois anos; gozava de saúde perfeita; apesar disso, de repente foi acometida de um acesso de loucura. Seus pais a trataram com médicos, mas inutilmente, pois o mal, em vez de desaparecer, tornava-se cada vez mais intenso, a ponto de, durante as crises, ser impossível contê-la. Vendo isso, os pais, a conselho dos médicos, obtiveram sua internação num hospício, onde seu estado não apresentou qualquer melhora.

èvemos nesse caso da RE, uma obsessão igualmente levar uma jovem à loucura.

 

 

A Gênese, cap. XIV, item 46.... Quase sempre a obsessão exprime vingança tomada por um Espírito e cuja origem frequentemente se encontra nas relações que o obsidiado manteve com o obsessor, em precedente existência.

 

Item 18: Se são permanentes e enérgicos, os eflúvios maus podem ocasionar desordens físicas; não é outra a causa de certas enfermidades

 

RE, Dez/1862  Estudo sobre os possessos de Morzine

:Se um Espírito quer agir sobre uma pessoa, dela se aproxima e envolve-a, por assim dizer, com o seu perispírito, como se fosse um manto. Os fluidos se penetram; os dois pensamentos e as duas vontades se confundem, e então o Espírito pode servir-se daquele corpo como se fora o seu próprio; fazê-lo agir à sua vontade, falar, escrever, desenhar, etc. Esses são os médiuns. Se o Espírito for bom, sua ação será suave e benéfica, e ele só provocará boas coisas; se for mau, provocará maldades; se for perverso e maldoso, ele o constrange como numa armadilha; paralisa até mesmo a vontade e a razão, que abafa sob seus fluidos, assim como se apaga o fogo sob um lençol d’água; incita-o a pensar, falar e agir por ele, conduzindo-o, contra sua vontade, a atos extravagantes ou ridículos. Numa palavra, ele magnetiza o indivíduo e o leva a uma espécie de catalepsia moral, transformando-o em instrumento cego de sua vontade. Tal é a causa da obsessão, da fascinação e da subjugação, que se mostram em diversos graus de intensidade.  (...)

 

As casas de alienados contam com muitos doentes de tal gênero, para os quais o contato com outros alienados só poderá ser muito prejudicial, porque esse estado denota sempre uma certa fraqueza moral. Ao lado de todas as variedades de loucura patológica, convém, pois, acrescentar a loucura obsessivaque requer meios especiais. Mas como poderá um médico materialista estabelecer essa diferença, ou mesmo admiti-la?

 

- administrador público: pelas ações austeras, adquiriu ódios de muitos servidores relapsos, cujas vibrações contínuas lhe trouxeram complicações no sistema circulatório. Perseguidores espirituais induziram os médicos a o operarem, para que venha a desencarnação num choque operatório.

- Vingança, como citado no caso anterior (vibrações mentais dos servidores prejudicados). (Itens 18 e 46 de A Gênese)

- Faltou a prece, a ligação com os Bons Espíritos:

ESE, Cap. XXVIII Coletânea de Preces

I – PRECES GERAIS - ORAÇÃO DOMINICAL

VI. Não nos deixes entregues à tentação, mas livra-nos do mal

Senhor, ampara-nos em nossa fraqueza; inspira-nos, pelos nossos anjos guardiães e pelos bons Espíritos, a vontade de nos corrigirmos de todas as imperfeições a fim de obstarmos aos Espíritos maus o acesso à nossa alma.

 

- obsessão recíproca do professor de ciências psíquicas, que cobrava pelas consultas, e de seus servos espirituais assalariados que lhe absorvem as emanações e trabalham cegamente sob suas ordens. Esses Espíritos se alimentavam das energias que se exteriorizavam do médium em transe.

 

Resp. perg. 466. Desde que sobre ti atuam influências más, é que as atrais, desejando o mal; porquanto os Espíritos inferiores correm a te auxiliar no mal, logo que desejes praticá-lo. Só quando queiras o mal podem eles ajudar-te para a prática do mal. 

 

467. Pode o homem eximir-se da influência dos Espíritos que procuram arrastá-lo ao mal?

“Pode, visto que tais Espíritos só se apegam aos que, pelos seus desejos, os chamam, ou aos que, pelos seus pensamentos, os atraem.”

 

475Pode alguém por si mesmo afastar os maus Espíritos e libertar-se da dominação deles?

“Sempre é possível, a quem quer que seja, subtrair-se a um jugo, desde que com vontade firme o queira.”

 

476. (uma terceira pessoa) nada poderá, se o que estiver subjugado não lhe prestar o seu concurso. Há pessoas a quem agrada uma dependência que lhes lisonjeia os gostos e os desejos.  (item que trata das Possessões)

 

RE, agosto1865 > o-que-ensina-o-espiritismo item 9.º

“revelando-nos a influência recíproca dos Espíritos encarnados e desencarnados, ensina-nos o poder do homem sobre os Espíritos imperfeitos para moralizá-los e arrancá-los aos sofrimentos inerentes à sua inferioridade.”

 

RE, novembro/1860/ palestras-familiares-de-alem-tumulo-baltazar-o-espirito-gastronomo

“Sabemos que os Espíritos têm as nossas sensações e percebem os odores tão bem quanto os sons. Não podendo comer, um Espírito material e sensual se repasta da emanação dos alimentos; saboreia-os pelo olfato, como em vida o fazia pelo paladar. Há, pois, algo de material em seu prazer; mas como, na verdade, há mais desejo do que realidade, este mesmo prazer, aguilhoando os desejos, torna-se um suplício para os Espíritos inferiores, que ainda conservaram as paixões humanas.”

6. ─ Sentis necessidade de comer e beber? Notai que dizemos necessidade; há pouco havíamos dito desejo, o que não é a mesma coisa. ─ Necessidade, não; mas desejo, sim, sempre!

 

7. ─ Esse desejo fica plenamente satisfeito pelo cheiro que aspirais? É a mesma coisa que se realmente comêsseis? ─ É como se eu vos perguntasse se a vista de um objeto que desejais ardentemente vos substitui a posse desse objeto.

 

8. ─ Assim, parece que o desejo que experimentais deve ser um verdadeiro suplício, pois não há prazer real... ─ Suplício maior do que pensais. Mas eu procuro atordoar-me, criando-me a ilusão.

 

Este Espírito é um verdadeiro fenômeno. Ele faz parte dessa classe numerosa de seres invisíveis que não se elevaram em nada acima da condição da Humanidade. Só tem de menos o corpo material, mas as suas ideias são exatamente as mesmas. Este não é um mau Espírito. Ele não tem contra si senão a sensualidade, que, ao mesmo tempo, é para ele um suplício e um gozo. Como Espírito, não é, pois, muito infeliz; é até feliz ao seu modo. Mas Deus sabe o que o espera em nova existência! Uma triste volta poderá fazê-lo bem refletir e desenvolver o senso moral, ainda abafado pela preponderância dos sentidos.

 

 

 

8.    Cap XIII ‘Convocação Familiar’

Casa do juiz, pai de Margarida: grande número de entidades sofredoras lhe batia às portas internas. A maioria reclamava justiça.

èpelas defesas que possuem aqueles que trabalham na justiça, como o Gubio explicou um pouco adiante.

 

9.    Cap XV

Gaspar, obsessor hipnotizador de Margarida, marcadamente endurecido de coração, se petrificou sob a influência de Gregório que era mais forte e perverso que ele mesmo. Hipnotizado, perdeu transitoriamente a capacidade de ver, ouvir, sentir.

Levado à reunião mediúnica cristã, Gaspar é atendido em comunicação mediúnica. Com o choque anímico, volta a ver, ouvir e sentir. É levado pelos mentores a local de atendimento.

 

RE, janeiro/1864> mediuns-curadores

Considerando-se que um fluido é suficientemente abundante e enérgico para produzir efeitos instantâneos de sono, de catalepsia, de atração ou de repulsão, absolutamente não se segue que ele tenha as necessárias qualidades para curar. É a força que derruba, mas não o bálsamo que suaviza e restaura. Dessa forma, há Espíritos desencarnados de ordem inferior cujo fluido pode até mesmo ser muito maléfico, o que os espíritas a cada passo têm ocasião de constatar.

Somente nos Espíritos superiores o fluido perispiritual está despojado de todas as impurezas da matéria; está, de certo modo, quintessenciado; sua ação, por conseguinte, deve ser mais salutar e mais pronta: é o fluido benfazejo por excelência. Como ele não pode ser encontrado entre os encarnados, nem entre os desencarnados vulgares, então é preciso pedi-lo aos Espíritos elevados, como se vai procurar em terras distantes os remédios que se não encontram na própria.

- aqui, Kardec trata de médiuns curadores e fala da ação dos fluidos no corpo. O dos Espíritos impuros pode ser muito maléfico (como vimos na doença de Margarida).

- a ação dos fluidos pode causar diversos efeitos: catalepsia, pro exemplo, que foi o caso de Gaspar.

 

https://kardecpedia.com/roteiro-de-estudos/901/revista-espirita-jornal-de-estudos-psicologicos-1867/6116/junho/dissertacoes-espiritas

 

 

“Enfim, como procedeis relativamente aos Espíritos obsessores ou simplesmente inferiores que desejais moralizar? Agis sobre eles por atração fluídica; vós os magnetizais, as mais das vezes inconscientemente, para retê-los em vosso círculo de ação, e algumas vezes conscientemente, quando estabeleceis em torno deles uma toalha fluídica que eles não podem penetrar sem vossa permissão, e agis sobre eles pela força moral, que não é outra coisa senão uma ação magnética quintessenciada.

 

Nos Bastidores da Obsessão, Manoel Philomeno de Miranda/Divaldo Franco, Cap.2

(reunião de desobsessão no plano espiritual)

Os circunstantes se recolheram a profunda meditação, conduzidos pela voz pausada e grave do Mentor que se encarregou de orar ao Mestre, rogando -Lhe socorro para o labor em vias de desenvolvimento. Em seguida, aproximou -se do servo vingador e, aplicando-lhe passes de dispersão fluídica, despertou -o, presto.

A Entidade, vendo-se em uso da razão, circunvagou o olhar algo esgazeado e,

reconhecendo Mariana ali presente, como se fora tomado de estranho horror, intentou precipitar-se sobre ela, brandindo os punhos cerrados (...)

 

Trilhas da Libertação, Manoel Philomeno de Miranda/Divaldo Franco, Cap. “A Luta Prossegue”   (reunião de desobsessão no plano espiritual)

A mim ninguém domina. Eu sou o diabo. Veja!” Nesse instante, como imprimisse a força do ódio a si mesmo, o Espírito transformou-se, ideado, na personificação da figura satânica, conforme a conceberam no passado.(...) A cauda, terminada em lança, agitava-se, enquanto os detalhes gerais produziam um aspecto aterrador. Pelas narinas eliminava vapores com forte odor a enxofre, e faíscas elétricas completavam o quadro, formando uma figura horrenda. (...) Era assim que o siberiano e seus semelhantes votados ao mal se impunham aos Espíritos ignorantes, perturbados, vítimas da consciência culpada, que se lhes submetiam, para serem punidos pelos crimes praticados, tornando-se-lhes subalternos. (...) O Benfeitor (...) aproximou-se da médium e começou a aplicar passes longitudinais, depois circulares, no sentido oposto ao movimento dos ponteiros do relógio, alcançando o chakra cerebral da Entidade, que teimava na fixação. Sem pressa e ritmadamente, o Benfeitor prosseguiu com os movimentos corretos, enquanto dizia: “Tuqtamich, você é gente... Tuqtamich, você é gente...”

 

Memórias de um Suicida, Yvonne Pereira, cap.V

No dia imediato ao da nossa internação no magno Instituto do Astral, passamos a ser diariamente levados aos gabinetes clínico-psíquicos onde era ministrado tratamento magnético muito eficiente, pois dentro de alguns dias já nos podíamos reconhecer mais confortados e raciocinando com maior clareza, gradativamente fortalecidos como se tônicos revivificadores ingeríssemos através das aplicações a que nos submetiam

 

 

Diálogo com as Sombras, Hermínio Miranda, 4ª.parte, Técnicas e Recursos, O Passe

Poucos estudos existem, ao que sabemos, sobre o passe aplicado aos seres desencarnados, não apenas para fins curativos de disfunções perispirituais, como para provocar a regressão de memória. Parece, no entanto, lógico inferir que o mecanismo é idêntico ao passe aplicado em seres encarnados.

O perispírito, como veículo da sensibilidade e intermediário entre o Espírito e o ambiente em que vive, está presente, tanto no encarnado como no desencarnado. Sua estrutura, embora mais sutil noutro campo vibratório, é similar à do corpo físico, pois é ele o modelador da nossa organização material. Dessa forma, o Espírito desencarnado, incorporado ao médium, torna-se facilmente acessível ao passe magnético e, portanto, aberto aos benefícios que o passe proporciona.

 

10.  Cap XVI ‘Encantamento Pernicioso’

Médium D.Isaura, sob domínio de entidades inferiores, com as quais sintonizou devido ao ciúme do marido. Acredita que o obsessor é um mentor que a auxilia. Inteligente, o obsessor age para que ela tenha dúvidas da própria mediunidade, influenciando-a abandonar o exercício dessa faculdade.

 

O Livro dos Médiuns

239. A fascinação tem consequências muito mais graves. É uma ilusão produzida pela ação direta do Espírito sobre o pensamento do médium e que, de certa maneira, lhe paralisa o raciocínio, relativamente às comunicações. O médium fascinado não acredita que o estejam enganando: o Espírito tem a arte de lhe inspirar confiança cega, que o impede de ver o embuste e de compreender o absurdo do que escreve, ainda quando esse absurdo salte aos olhos de toda gente.

Já dissemos que muito mais graves são as consequências da fascinação. Efetivamente, graças à ilusão que dela decorre, o Espírito conduz o indivíduo de quem ele chegou a apoderar-se, como faria com um cego, e pode levá-lo a aceitar as doutrinas mais estranhas, as teorias mais falsas, como se fossem a única expressão da verdade. Ainda mais, pode levá-lo a situações ridículas, comprometedoras e até perigosas.

 

Para chegar a tais fins, preciso é que o Espírito seja destro, ardiloso e profundamente hipócrita, porquanto não pode operar a mudança e fazer-se acolhido, senão por meio da máscara que toma e de um falso aspecto de virtude. Os grandes termos — caridade, humildade, amor de Deus — lhe servem como que de carta de crédito, porém, através de tudo isso, deixa passar sinais de inferioridade, que só o fascinado é incapaz de perceber. Por isso mesmo, o que o fascinador mais teme são as pessoas que vêem claro. Daí o consistir a sua tática, quase sempre, em inspirar ao seu intérprete o afastamento de quem quer que lhe possa abrir os olhos. Por esse meio, evitando toda contradição, fica certo de ter razão sempre.

 

11.  Cap. XVII ‘Assistência Fraternal’

- Viuva se suicidou e deixou 2 filhinhos. Voltando ao lar, percebeu que a presença dela, com sua vibração, envenenava os filhos pequenos.

 

A Gênese, cap. XIV, Item 18: Se são permanentes e enérgicos, os eflúvios maus podem ocasionar desordens físicas; não é outra a causa de certas enfermidades

 

- Escritor de livros de humor malicioso, literatura obscena, impressionou de forma destrutiva, com suas publicações, muitas mentes juvenis. Com essa atividade se ligou a quadrilha de Espíritos perversos e galhofeiros, que o tomaram por médium intuitivo. Desde a desencarnação é atormentado por Espíritos de homens e mulheres que foram prejudicados pelas ideias que espalhou, além de formas pensamentos dos personagens que criou para anestesiar a dignidade dos semelhantes.

 

RE, Fevereiro/1860 – História de um Danado (200 anos num mesmo ambiente)

62. ─ Podeis descrever seu gênero de suplício? ─ É-lhe atroz. Como sabeis, foi condenado a ficar no local do crime, sem poder dirigir o pensamento a outra coisa senão ao crime, sempre ante os seus olhos, e julga-se eternamente condenado a essa tortura.

 

63. ─ Está mergulhado na escuridão? ─ Escuridão quando quer afastar-se do lugar de exílio.

 

64. ─ Qual é o mais terrível gênero de suplício que pode experimentar um Espírito, neste caso? ─ Não há descrição possível das torturas morais que são a punição de certos crimes. Até mesmo aquele que as experimenta terá dificuldade em vos dar uma ideia. Mas a mais horrível é a certeza de se crer condenado sem apelo.

 

68. ─ O estado em que se encontra esse Espírito é o dos seres vulgarmente chamados danados? ─ Certamente, e há casos ainda muito mais horríveis. Os sofrimentos estão longe de ser os mesmos para todos, mesmo para crimes semelhantes, pois variam conforme o culpado seja mais ou menos acessível ao arrependimento. Para este, a casa onde cometeu o crime é o seu inferno; outros o levam em si mesmos, pelas paixões que os atormentam e que não podem satisfazer.

123. — Descrevei a vossa situação antes de nossa primeira evocação. Compreendeis que vo-lo pedimos para nossa ins­trução e não como motivo de curiosidade. — Já vos disse que não tinha consciência de nada, no mundo, senão do meu crime e que não podia deixar a casa onde o cometi, senão para elevar-me no espaço, onde tudo em volta de mim era solidão e obscuridade. Não poderia vos dar uma idéia do que isto é, e jamais o com­preendi. Desde que me elevava acima do ar, tudo era negro e vazio; não sei o que era.

 

 

 

O Céu e o Inferno, Segunda parte - Exemplos > Capítulo VIII - Expiações terrestres > Szymel Slizgol

Depois do sofrimento físico, veio o sofrimento moral, e este durou muito mais tempo ainda do que o primeiro. Fui posto na presença de todas as vítimas que eu havia torturado. Periodicamente, e por uma força maior do que a minha, era colocado de novo diante de minhas ações culpadas. Eu via física e moralmente todas as dores que fizera suportar. Oh! meus amigos, quão terrível é a visão constante daqueles a quem se fez mal!

 

O Céu e o Inferno, Segunda parte - Exemplos > Capítulo VI - Criminosos arrependidos > Jacques Latour

“E minhas vítimas que estão aqui, à minha volta... que me mostram suas feridas...., que me perseguem com seus olhares!... Elas estão aqui, diante de mim, vejo-as todas... sim, todas..., vejo-as todas; não posso evitá-las!... E essa poça de sangue!.... e esse ouro sujo de sangue!... tudo está aqui! Sempre diante de mim?... Sentis o cheiro do sangue?... Sangue, sempre sangue!... Ei-las, essas pobres vítimas ; elas me imploram... e eu, sem compaixão, golpeio... golpeio... golpeio sempre!... O sangue inebria-me!

 

“Compaixão, Senhor! Oh! compaixão! Compaixão! Peço-vos, não sejais inflexível; livrai-me desta visão odiosa, destas imagens terríveis..., deste sangue..., das minhas vítimas cujos olhares me penetram até o coração como punhaladas.

 

Obrigado pelas vossas preces; uma melhora sensível se produz em mim. Orei a Deus com tanto fervor, que ele me permitiu que, por um momento, meus sofrimentos sejam aliviados; mas ainda verei as minhas vítimas... Ei-las! Eilas!... Vedes este sangue?...”

 

A Gênese, Cap. XIV

15. Sendo os fluidos o veículo do pensamento, este atua sobre os fluidos como o som sobre o ar; eles nos trazem o pensamento, como o ar nos traz o som. (...) Há mais: criando imagens fluídicas, o pensamento se reflete no envoltório perispirítico, como num espelho; toma nele corpo e aí de certo modo se fotografa.

 

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