segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Anjos Guardiães

Casa Espírita Missionários da Luz 
ESDE3 –  28/10/2014

Tema:  Anjos Guardiães

Objetivos:
-  Analisar a atuação de nossos Espíritos Protetores;
- Dar a diferença existente entre Espíritos protetores, familiares e simpáticos.

Bibliografia:  

·         O Livro dos Espíritos, 489 à 521
·         Entre a Terra e o Céu, André Luiz, Cap.33

Material: Livros dos Espíritos;

Desenvolvimento:

1.Evangelho;  Prece Inicial.
2. O estudo de hoje é sobre os nossos anjos guardiões e Espíritos familiares.
      Qual a diferença entre essas 2 categorias? Vamos refletir sobre isso.

3. Propor o estudo a partir das perguntas do Livro dos Espíritos: 489, 490, 491, 492, 499, 504ª, 514
Perg. 490: “O Espírito protetor, pertencente a uma ordem elevada.”
Perg 492: O Espírito protetor se dedica ao indivíduo desde o seu nascimento?
Perg. 499: O Espírito protetor está constantemente com o seu protegido?Não haverá alguma circunstância em que, sem abandoná-lo, ele o perca de vista?
504 a) Como então o podemos invocar, se o não conhecemos?
514:  Os Espíritos familiares são os mesmos a quem chamamos Espíritos simpáticos ou Espíritos protetores?  èResumo de Kardec sobre o assunto.

4. Ler em conjunto, o texto de André Luiz em  “Entre a Terra e o Céu”, cap. 33

5.Para finalizar, ler resposta à perg. 495, a partir do 2º parágrafo. De SÃO LUÍS, SANTO AGOSTINHO


6. Propor então, a visualização do encontro com o Mestre Interior.

7.Prece final


         Anexos

—  E os anjos de guarda? — inquiri.
Diante da surpresa que assomou ao semblante do nosso orientador, acentuei, reverente:
—  Perdoe-me, mas ainda sou estudante inci­piente da vida espiritual. Os anjos de guarda estão em nossa esfera?
Clarêncio encarou-me, admirado, e sentenciou:
— Os Espíritos tutelares encontram-se em to­das as esferas, contudo é indispensável tecer algu­mas considerações sobre o assunto, Os anjos da sublime vigilância, analisados em sua excelsitude divina, seguem-nos a longa estrada evolutiva. Des­velam-se por nós, dentro das Leis que nos regem, todavia, não podemos esquecer que nos movimen­tamos todos em círculos multidimensionais. A cadeia de ascensão do espírito vai da intimidade do abismo à suprema glória celeste.
Ligeira pausa trouxe paternal sorriso aos lá­bios do instrutor, que prosseguiu:
—  Será justo lembrar que estamos plasmando nossa individualidade imperecível no espaço e no tempo, ao preço de continuadas e difíceis experiên­cias. A idéia de um ente divinizado e perfeito, invariàvelmente ao nosso lado, ao dispor de nossos caprichos ou ao sabor de nossas dívidas, não con­corda com a justiça. Que governo terrestre desta­caria um de seus ministros mais sábios e especia­lizados na garantia do bem de todos para colar-se, indefinidamente, ao destino de um só homem, qua­se sempre renitente cultor de complicados enigmas e necessitado, por isso mesmo, das mais severas lições da vida? porque haveria de obrigar-se um arcanjo a descer da Luz Eterna para seguir, passo a passo, um homem deliberadamente egoísta ou preguiçoso? Tudo exige lógica, bom-senso.
—  Com semelhante apontamento quer dizer que os anjos de guarda não vivem conosco?
—  Não digo isso — asseverou o benfeitor.
E, com graça, aduziu:
—  O Sol está com o verme, amparando-o na furna, a milhões e milhões de quilômetros, sem que o verme esteja com o Sol. (...)
O   apontamento de nosso orientador impunha-nos graves reflexões e, talvez por esse motivo, o silêncio tentou apossar-se do grupo, mas Clarêncio, reconhecendo que o assunto demandava elucidação mais ampla, continuou:
—  Anjo, segundo a acepção justa do termo, é mensageiro. Ora, há mensageiros de todas as condições e de todas as procedências e, por isso, a antigüidade sempre admitiu a existência de anjos bons e anjos maus. Anjo de guarda, desde as con­cepções religiosas mais antigas, é uma expressão que define o Espírito celeste que vigia a criatura em nome de Deus ou pessoa que se devota infini­tamente a outra, ajudando-a e defendendo-a. Em qualquer região, convivem conosco os Espíritos fa­miliares de nossa vida e de nossa luta. Dos seres mais embrutecidos aos mais sublimados, temos a corrente de amor, cujos elos podemos simbolizar nas almas que se querem ou que se afinam umas com as outras, dentro da infinita gradação do pro­gresso. A família espiritual é uma constelação de Inteligências, cujos membros estão na Terra e nos Céus. Aquele que já pode ver mais um pouco au­xilia a visão daquele que ainda se encontra em luta por desvencilhar-se da própria cegueira. Todos nós, por mais baixo nos revelemos na escala da evolução, possuímos, não longe de nós, alguém que nos ama a impelir-nos para a elevação. Isso pode­mos verificar nos círculos da matéria mais densa. Temos constantemente corações que nos devotam estima e se consagram ao nosso bem. De todas as afeições terrestres, salientemos, para exemplificar, a devoção das mães. O espírito maternal é uma espécie de anjo ou mensageiro, embora muita vez circunscrito ao cárcere de férreo egoísmo, na custó­dia dos filhos. Além das mães, cujo amor padece muitas deficiências, quando confrontado com os princípios essenciais da fraternidade e da justiça, temos afetos e simpatias dos mais envolventes, capazes dos mais altos sacrifícios por nós, não obstante condicionados a objetivos por vezes egoís­ticos. Não podemos olvidar, porém, que o admi­rável altruísmo de amanhã começa na afetividade estreita de hoje, como a árvore parte do embrião. Todas as criaturas, individualmente, contam com louváveis devotamentos de entidades afins que se lhes afeiçoam. A orfandade real não existe. Em nome do Amor, todas as almas recebem assistên­cia onde quer que se encontrem. Irmãos mais ve­lhos ajudam os mais novos.
Mestres inspiram dis­cípulos. Pais socorrem os filhos. Amigos ligam-se a amigos.
Companheiros auxiliam companheiros. Isso ocorre em todos os planos da Natureza e, fatalmente, na Terra, entre os que ainda vivem na carne e os que já atravessaram o escuro passadiço da morte. Os gregos sabiam disso e recorriam aos seus gênios invisíveis. Os romanos compreendiam essa verdade e cultuavam os numes domésticos. O gênio guardião será sempre um Espírito benfazejo para o protegido, mas é imperioso anotar que os laços afetivos, em torno de nós, ainda se encon­tram em marcha ascendente para mais altos níveis da vida. Com toda a veneração que lhes devemos, importa reconhecer, nos Espíritos familiares que nos protegem, grandes e respeitáveis heróis do bem, mas ainda singularmente distanciados da an­gelitude eterna.
Naturalmente, avançam em linhas enobrecidas, em planos elevados, todavia, ainda sentem inclinações e paixões particulares, no rumo da universalização de sentimentos. Por esse mo­tivo, com muita propriedade, nas diversas escolas religiosas, escutamos a intuição popular asseve­rando: — «nossos anjos de guarda não combinam entre si», ou, ainda, «façamos uma oração aos an­jos de guarda», reconhecendo-se, instintivamente, que os gênios familiares de nossa intimidade ainda se encontram no campo de afinidades específicas, e precisam, por vezes, de apelos à natureza superior para atenderem a esse ou àquele gênero de serviço.
(Entre a Terra e o Céu, Cap. 33)


   EXERCÍCIO DE ENCONTRO COM O MESTRE INTERIOR


Coloque-se em posição confortável, com a coluna, o pescoço e a cabeça bem equilibrados. Pode ser sentado ou deitado, se preferir.

Relaxamento. (O seguinte exercício de relaxamento é utilizado antes das meditações. Se quiser, no entanto, você poderá realizá-lo isoladamente com o objetivo de aliviar tensões).
Inspire fundo e procure relaxar ao inspirar. Repita isso mais duas vezes. Leve sua atenção para seus pés: solte-os, relaxe. Passe para os tornozelos: relaxe, solte-os bem. Agora vá soltando as pernas. Relaxe seus joelhos, sinta-os soltos, molinhos. Também as coxas, vá soltando, relaxe-as. Leve a atenção aos quadris: sinta-os relaxar, solte as nádegas, sinta que seus órgãos genitais também se soltam. Vá soltando agora a região do abdômen; sinta que ele relaxa também por dentro, solte os órgãos de seu abdômen. Perceba agora seu tórax: relaxe, solte, sinta solto por dentro e por fora. Vá agora relaxando sua coluna; solte as vértebras desde o cóccix até o pescoço. Leve então a atenção para as suas mãos: solte seus dedos, relaxe-os bem. Relaxe os pulsos. Solte os antebraços, sinta-os bem molinhos. Relaxe ainda os cotovelos, perceba que eles se soltam. Perceba que seus braços vão relaxando, soltando-se. Relaxe bem os ombros, solte-os. Passe agora para o pescoço: sinta-o soltar-se, relaxe-o por dentro e por fora. Relaxe a nuca. Solte o couro cabeludo. Alise a testa. Solte os olhos. Relaxe o nariz. As bochechas. Relaxe as orelhas. Solte os maxilares. Relaxe a boca, o queixo. Descanse a língua. Relaxe o interior da cabeça. Inspire e ao expirar relaxe mais ainda o corpo todo.

Vá percebendo seu interior. Peça ajuda e proteção do seu Mestre durante todo o exercício que você vai realizar, para que ao terminá-lo você esteja muito, mas muito melhor que antes.

Imagine em seu peito uma flor branca que vai se abrindo devagar. Dela vai saindo uma luz dourada que forma um caminho dourado à sua frente. Um caminho de luz dourada.

Imagine que você mesmo sai por essa flor e começa a percorrer esse caminho.

A uma certa distância você percebe que o caminho dourado vai dar num portal: o portal mais lindo que você conseguir imaginar.

Aproxime-se desse portal e pare bem em frente a ele. Reverencie-o com respeito e peça permissão para entrar. Sinta que a permissão lhe é dada e atravesse o portal devagar.

Você vai penetrando num imenso jardim, o mais lindo que você conseguir imaginar: flores, luzes, cores, grama florida, pedras coloridas, cascatas cristalinas, árvores frondosas... Enfim, tudo que você quiser imaginar para deixar seu jardim o mais lindo que você conseguir.

Esse jardim contém as energias equilibrantes do universo. Quando mais você caminha por ele, mais leve, serena e alegre você vai ficando.

 Procure nesse jardim o recanto mais lindo que você encontrar. Nele, daqui a pouco, você vai se encontrar com seu Mestre. Então prepare esse recanto, enfeitando-o com todo carinho.

 Escolha nesse recanto o ponto exato onde seu Mestre vai estar. Prepare esse ponto colocando aí um trono com pedras preciosas, ou um altar enfeitado com flores ou uma pedra circundada com flores silvestres, etc. ou o que você preferir.

 Ao verificar que tudo está pronto, olhe então para você mesmo; prepare-se para receber seu Mestre. Use sua imaginação para vestir-se e enfeitar-se como quiser.

 Sentindo-se pronto, com todo o respeito, reverencie o ponto que você preparou. Permaneça curvado por algum tempo e então vá levantando devagar. Olhe à sua frente: aí está seu Mestre.

 Não importa como ele se apresente: um homem, uma mulher, conhecido ou desconhecido, um grande Avatar ou uma luz. Sinta a presença de seu Mestre e, acima de tudo, perceba o grande amor que ele tem por você.

 Converse com seu Mestre mesmo que você só o perceba através de uma sensação. Entregue a ele as suas dificuldades e silencie um pouco, tentando perceber suas respostas. Mesmo que você não as perceba no momento, demonstre sincera gratidão, pois você sabe que vai compreender as respostas depois, mesmo que demore um pouco.

 Reverencie o seu Mestre com profunda gratidão e vá se afastando devagar do recanto. Vá caminhando pelo jardim em direção ao portal por onde você entrou. Antes de sair reverencie o jardim também com muita gratidão. Ao atravessar o portal, agradeça-lhe pela permissão que ele lhe deu para você entrar. Novamente você está no caminho dourado.

 Venha voltando por esse caminho e perceba como ele está muito mais luminoso agora. Perceba também que é a sua própria luz que ilumina esse caminho.

 Entre pela flor branca em seu peito e sinta-se em seu corpo. Veja o caminho dourado que vem entrando pela flor branca; entram também o portal, o jardim, o recanto e, com o recanto, o seu mestre. Em seguida a flor se fecha e desaparece.

 Inspire bem fundo e devagar vá cruzando as mãos ao peito, primeiro a esquerda e depois a direita, agradecendo toda ajuda e proteção que você recebeu. Quando você quiser, vá se mexendo bem devagar, abrindo os olhos.

Com a prática freqüente desse exercício, os canais de comunicação com o Mestre Interior vão amadurecendo e os resultados são cada vez melhores, até a pessoa adquirir completo domínio desse relacionamento.



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