Casa
Espírita Missionários da Luz
ESDE3 – 28/10/2014
Tema: Anjos Guardiães
Objetivos:
- Analisar
a atuação de nossos Espíritos Protetores;
- Dar
a diferença existente entre Espíritos protetores, familiares e simpáticos.
Bibliografia:
·
O
Livro dos Espíritos, 489 à 521
·
Entre a Terra e o Céu, André
Luiz, Cap.33
Material: Livros dos
Espíritos;
Desenvolvimento:
1.Evangelho; Prece
Inicial.
2. O estudo de hoje é sobre os nossos anjos guardiões e
Espíritos familiares.
Qual
a diferença entre essas 2 categorias? Vamos refletir sobre isso.
3. Propor o estudo a partir das perguntas
do Livro dos Espíritos: 489, 490, 491, 492, 499, 504ª, 514
Perg.
490: “O Espírito protetor, pertencente a uma ordem
elevada.”
Perg 492: O Espírito protetor se dedica ao indivíduo desde
o seu nascimento?
Perg. 499: “O
Espírito protetor está constantemente com o seu protegido?Não haverá alguma
circunstância em que, sem abandoná-lo, ele o perca de vista?”
504 a) — Como então o podemos invocar, se o não
conhecemos?
514:
Os
Espíritos familiares são os mesmos a quem chamamos Espíritos simpáticos ou
Espíritos protetores? èResumo de Kardec sobre o assunto.
4. Ler em conjunto, o texto de André
Luiz em “Entre a
Terra e o Céu”, cap. 33
5.Para finalizar, ler resposta à perg.
495, a partir do 2º parágrafo. De SÃO LUÍS, SANTO AGOSTINHO
6. Propor então, a visualização do encontro com o Mestre
Interior.
7.Prece final
Anexos
— E os anjos de guarda? — inquiri.
Diante da surpresa que assomou ao semblante do nosso orientador, acentuei,
reverente:
— Perdoe-me, mas ainda sou estudante
incipiente da vida espiritual. Os anjos de guarda estão em nossa esfera?
Clarêncio encarou-me, admirado, e sentenciou:
— Os Espíritos tutelares encontram-se
em todas as esferas, contudo é indispensável tecer algumas considerações
sobre o assunto, Os anjos da sublime vigilância, analisados em sua excelsitude
divina, seguem-nos a longa estrada evolutiva. Desvelam-se por nós, dentro das
Leis que nos regem, todavia, não podemos esquecer que nos movimentamos todos
em círculos multidimensionais. A cadeia de ascensão do espírito vai da
intimidade do abismo à suprema glória celeste.
Ligeira pausa trouxe paternal sorriso aos lábios do instrutor, que
prosseguiu:
— Será justo lembrar que estamos
plasmando nossa individualidade imperecível no espaço e no tempo, ao preço de
continuadas e difíceis experiências. A idéia de um ente divinizado e perfeito,
invariàvelmente ao nosso lado, ao dispor de nossos caprichos ou ao sabor de
nossas dívidas, não concorda com a justiça. Que governo terrestre destacaria
um de seus ministros mais sábios e especializados na garantia do bem de todos
para colar-se, indefinidamente, ao destino de um só homem, quase sempre
renitente cultor de complicados enigmas e necessitado, por isso mesmo, das mais
severas lições da vida? porque haveria de obrigar-se um arcanjo a descer da Luz
Eterna para seguir, passo a passo, um homem deliberadamente egoísta ou
preguiçoso? Tudo exige lógica, bom-senso.
— Com semelhante apontamento quer
dizer que os anjos de guarda não vivem conosco?
— Não digo isso — asseverou o
benfeitor.
E, com graça, aduziu:
— O Sol está com o verme, amparando-o
na furna, a milhões e milhões de quilômetros, sem que o verme esteja com o Sol.
(...)
O apontamento de nosso orientador
impunha-nos graves reflexões e, talvez por esse motivo, o silêncio tentou
apossar-se do grupo, mas Clarêncio, reconhecendo que o assunto demandava
elucidação mais ampla, continuou:
— Anjo, segundo a acepção justa do
termo, é mensageiro. Ora, há mensageiros de todas as condições e de todas as
procedências e, por isso, a antigüidade sempre admitiu a existência de anjos
bons e anjos maus. Anjo de guarda, desde as concepções religiosas mais
antigas, é uma expressão que define o Espírito celeste que vigia a criatura em
nome de Deus ou pessoa que se devota infinitamente a outra, ajudando-a e
defendendo-a. Em qualquer região, convivem conosco os Espíritos familiares de
nossa vida e de nossa luta. Dos seres mais embrutecidos aos mais sublimados,
temos a corrente de amor, cujos elos podemos simbolizar nas almas que se querem
ou que se afinam umas com as outras, dentro da infinita gradação do progresso.
A família espiritual é uma constelação de Inteligências, cujos membros estão na
Terra e nos Céus. Aquele que já pode ver mais um pouco auxilia a visão daquele
que ainda se encontra em luta por desvencilhar-se da própria cegueira. Todos
nós, por mais baixo nos revelemos na escala da evolução, possuímos, não longe
de nós, alguém que nos ama a impelir-nos para a elevação. Isso podemos
verificar nos círculos da matéria mais densa. Temos constantemente corações que
nos devotam estima e se consagram ao nosso bem. De todas as afeições
terrestres, salientemos, para exemplificar, a devoção das mães. O espírito
maternal é uma espécie de anjo ou mensageiro, embora muita vez circunscrito ao
cárcere de férreo egoísmo, na custódia dos filhos. Além das mães, cujo amor
padece muitas deficiências, quando confrontado com os princípios essenciais da
fraternidade e da justiça, temos afetos e simpatias dos mais envolventes,
capazes dos mais altos sacrifícios por nós, não obstante condicionados a
objetivos por vezes egoísticos. Não podemos olvidar, porém, que o admirável
altruísmo de amanhã começa na afetividade estreita de hoje, como a árvore parte
do embrião. Todas as criaturas, individualmente, contam com louváveis
devotamentos de entidades afins que se lhes afeiçoam. A orfandade real não
existe. Em nome do Amor, todas as almas recebem assistência onde quer que se
encontrem. Irmãos mais velhos ajudam os mais novos.
Mestres inspiram discípulos. Pais socorrem os filhos. Amigos ligam-se a
amigos.
Companheiros auxiliam companheiros. Isso ocorre em todos os planos da
Natureza e, fatalmente, na Terra, entre os que ainda vivem na carne e os que já
atravessaram o escuro passadiço da morte. Os gregos sabiam disso e recorriam
aos seus gênios invisíveis. Os romanos compreendiam essa verdade e cultuavam os
numes domésticos. O gênio guardião será sempre um Espírito benfazejo para o
protegido, mas é imperioso anotar que os laços afetivos, em torno de nós, ainda
se encontram em marcha ascendente para mais altos níveis da vida. Com toda a
veneração que lhes devemos, importa reconhecer, nos Espíritos familiares que
nos protegem, grandes e respeitáveis heróis do bem, mas ainda singularmente
distanciados da angelitude eterna.
Naturalmente, avançam em linhas enobrecidas, em planos elevados, todavia,
ainda sentem inclinações e paixões particulares, no rumo da universalização de
sentimentos. Por esse motivo, com muita propriedade, nas diversas escolas
religiosas, escutamos a intuição popular asseverando: — «nossos anjos de
guarda não combinam entre si», ou, ainda, «façamos uma oração aos anjos de
guarda», reconhecendo-se, instintivamente, que os gênios familiares de nossa
intimidade ainda se encontram no campo de afinidades específicas, e precisam,
por vezes, de apelos à natureza superior para atenderem a esse ou àquele gênero
de serviço.
(Entre a Terra e o Céu, Cap. 33)
EXERCÍCIO DE ENCONTRO COM O MESTRE INTERIOR
Coloque-se
em posição confortável, com a coluna, o pescoço e a cabeça bem equilibrados.
Pode ser sentado ou deitado, se preferir.
Relaxamento.
(O seguinte exercício de relaxamento é utilizado antes das meditações. Se
quiser, no entanto, você poderá realizá-lo isoladamente com o objetivo de
aliviar tensões).
Inspire fundo e procure relaxar ao inspirar. Repita isso mais duas
vezes. Leve sua atenção para seus pés: solte-os, relaxe. Passe para os
tornozelos: relaxe, solte-os bem. Agora vá soltando as pernas. Relaxe seus joelhos,
sinta-os soltos, molinhos. Também as coxas, vá soltando, relaxe-as. Leve a
atenção aos quadris: sinta-os relaxar, solte as nádegas, sinta que seus órgãos
genitais também se soltam. Vá soltando agora a região do abdômen; sinta que ele
relaxa também por dentro, solte os órgãos de seu abdômen. Perceba agora seu
tórax: relaxe, solte, sinta solto por dentro e por fora. Vá agora relaxando sua
coluna; solte as vértebras desde o cóccix até o pescoço. Leve então a atenção
para as suas mãos: solte seus dedos, relaxe-os bem. Relaxe os pulsos. Solte os
antebraços, sinta-os bem molinhos. Relaxe ainda os cotovelos, perceba que eles
se soltam. Perceba que seus braços vão relaxando, soltando-se. Relaxe bem os
ombros, solte-os. Passe agora para o pescoço: sinta-o soltar-se, relaxe-o por
dentro e por fora. Relaxe a nuca. Solte o couro cabeludo. Alise a testa. Solte
os olhos. Relaxe o nariz. As bochechas. Relaxe as orelhas. Solte os maxilares.
Relaxe a boca, o queixo. Descanse a língua. Relaxe o interior da cabeça. Inspire
e ao expirar relaxe mais ainda o corpo todo.
Vá
percebendo seu interior. Peça ajuda e proteção do seu Mestre durante todo o
exercício que você vai realizar, para que ao terminá-lo você esteja muito, mas
muito melhor que antes.
Imagine
em seu peito uma flor branca que vai se abrindo devagar. Dela vai saindo uma
luz dourada que forma um caminho dourado à sua frente. Um caminho de luz
dourada.
Imagine
que você mesmo sai por essa flor e começa a percorrer esse caminho.
A
uma certa distância você percebe que o caminho dourado vai dar num portal: o
portal mais lindo que você conseguir imaginar.
Aproxime-se
desse portal e pare bem em frente a ele. Reverencie-o com respeito e peça
permissão para entrar. Sinta que a permissão lhe é dada e atravesse o portal devagar.
Você
vai penetrando num imenso jardim, o mais lindo que você conseguir imaginar:
flores, luzes, cores, grama florida, pedras coloridas, cascatas cristalinas,
árvores frondosas... Enfim, tudo que você quiser imaginar para deixar seu
jardim o mais lindo que você conseguir.
Esse
jardim contém as energias equilibrantes do universo. Quando mais você caminha
por ele, mais leve, serena e alegre você vai ficando.
Procure nesse jardim o recanto mais lindo que
você encontrar. Nele, daqui a pouco, você vai se encontrar com seu Mestre.
Então prepare esse recanto, enfeitando-o com todo carinho.
Escolha nesse recanto o ponto exato onde seu
Mestre vai estar. Prepare esse ponto colocando aí um trono com pedras
preciosas, ou um altar enfeitado com flores ou uma pedra circundada com flores
silvestres, etc. ou o que você preferir.
Ao verificar que tudo está pronto, olhe então
para você mesmo; prepare-se para receber seu Mestre. Use sua imaginação para
vestir-se e enfeitar-se como quiser.
Sentindo-se pronto, com todo o respeito,
reverencie o ponto que você preparou. Permaneça curvado por algum tempo e então
vá levantando devagar. Olhe à sua frente: aí está seu Mestre.
Não importa como ele se apresente: um homem,
uma mulher, conhecido ou desconhecido, um grande Avatar ou uma luz. Sinta a
presença de seu Mestre e, acima de tudo, perceba o grande amor que ele tem por
você.
Converse com seu Mestre mesmo que você só o
perceba através de uma sensação. Entregue a ele as suas dificuldades e silencie
um pouco, tentando perceber suas respostas. Mesmo que você não as perceba no
momento, demonstre sincera gratidão, pois você sabe que vai compreender as
respostas depois, mesmo que demore um pouco.
Reverencie o seu Mestre com profunda gratidão
e vá se afastando devagar do recanto. Vá caminhando pelo jardim em direção ao
portal por onde você entrou. Antes de sair reverencie o jardim também com muita
gratidão. Ao atravessar o portal, agradeça-lhe pela permissão que ele lhe deu
para você entrar. Novamente você está no caminho dourado.
Venha voltando por esse caminho e perceba como
ele está muito mais luminoso agora. Perceba também que é a sua própria luz que
ilumina esse caminho.
Entre pela flor branca em seu peito e sinta-se
em seu corpo. Veja o caminho dourado que vem entrando pela flor branca; entram
também o portal, o jardim, o recanto e, com o recanto, o seu mestre. Em seguida
a flor se fecha e desaparece.
Inspire bem fundo e devagar vá cruzando as
mãos ao peito, primeiro a esquerda e depois a direita, agradecendo toda ajuda e
proteção que você recebeu. Quando você quiser, vá se mexendo bem devagar,
abrindo os olhos.
Com a prática freqüente desse
exercício, os canais de comunicação com o Mestre Interior vão amadurecendo e os
resultados são cada vez melhores, até a pessoa adquirir completo domínio desse
relacionamento.
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