segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Evolução dos Animais

Casa Espírita Missionários da Luz 
ESDE3 –  23/09/2014

Tema:  Evolução dos Animais

Objetivos:
-  Analisar as questões espirituais envolvidas na evolução dos animais,

Bibliografia:  

·         Temas Polêmicos do Século XX, Cap. 35 e 38;
·         Aulas da Vida, Chico Xavier/Diversos Espíritos, Cap. “ANIMAIS EM SOFRIMENTO” – Emmanuel;
·         O Livro dos Espíritos, 536 à 540, 597 à 602, 606, 607, 611, 613
·         A Gênese, cap.XI  “Gênese Espiritual”, item 23;
·         Evolução em Dois Mundos, Cap. 12, 13, 38;
·         Nosso Lar, Cap. 33.

Material: Livros dos Espíritos; cópias texto da RE

Desenvolvimento:

1.Evangelho;  Prece Inicial.
2. Leitura inicial: Aulas da Vida, Chico Xavier/Diversos Espíritos, Cap. “ANIMAIS EM SOFRIMENTO”

3. Falar do tema e propor o estudo a partir das perguntas do Livro dos Espíritos.

i.              LE pergs. 597 à 600 – alma dos animais
ii.             Comentar o texto de “Evolução em Dois Mundos – Cap. 12 “Alma e desencarnação”
iii.            LE pergs. 601 e 602 – evolução da alma dos animais
iv.            Comentar o texto de “Evolução em Dois Mundos – Cap, 13 e 38
v.             LE pergs 606, 607 (1.parágrafo) e 608– origem comum animais e homens
vi.            LE pergs 537 à 540 e texto da Revista Espírita;  è Espíritos que atuam na natureza

4. Para finalizar falar de Nosso Lar – Cap. 33 (pesquisas sobre os animais)

5.Prece final

ANEXOS

Aulas da Vida, Chico Xavier/Diversos Espíritos  -  “ANIMAIS EM SOFRIMENTO”
Emmanuel
Se os animais estão isentos da lei de causa e efeito, em suas motivações profundas, já que não têm culpas a expiar, de que maneira se lhes justificar os sacrifícios e aflições?
Assunto aparentemente relacionado com injustiça, mas a lógica nos deve orientar os passos na solução do problema.
Imperioso interpretar a dor por mais altos padrões de entendimento.
Ninguém sofre, de um modo ou de outro, tão-somente para resgatar o preço de alguma coisa. Sofre-se também angariando os recursos precisos para obtê-la.
Assim é que o animal atravessa longas eras de prova a fim de domesticar-se, tanto quanto o homem atravessa outras tantas longas eras para instruir-se.
Que mal terá praticado o aprendiz a fim de submeter-se aos constrangimentos da escola?
E acaso conseguirá ele diplomar-se em conhecimento superior se foge às penas edificantes da disciplina?
Espírito algum obtém elevação ou cultura por osmose, mas sim através de trabalho paciente e intransferível.
O animal igualmente para atingir a auréola da razão deve conhecer benemérita e comprida fieira de experiências que terminarão por integrá-la na posse definitiva do raciocínio.
Compreendamos, desse modo, que o sofrimento é ingrediente inalienável no prato do progresso.
Todo ser criado simples e ignorante é compelido a lutar pela conquista da razão, e atingindo a razão, entre os homens, é compelido igualmente a lutar a fim de burilar-se devidamente.
O animal se esforça para obter as próprias percepções e estabelecê-las.
O homem se esforça avançando da inteligência para a sublimação.
Dor física no animal é passaporte para mais amplos recursos nos domínios da evolução.
Dor física, acrescida de dor moral no homem, é fixação de responsabilidade em trânsito para a Vida Maior.
Certifiquemo-nos, porém, de que toda criatura caminha para o reino da angelitude, e que, investindo-se na posição de espírito sublime, não mais conhece a dor, porquanto o amor ser-lhe-á sol no coração dissipando todas as sombras da vida ao toque de sua própria luz.

537.a) — Poderá então haver Espíritos que habitem o interior da Terra e presidam aos fenômenos geológicos?
“Tais Espíritos não habitam positivamente a Terra. Presidem aos fenômenos e os dirigem de acordo com as atribuições que têm. Dia virá em que recebereis a explicação de todos esses fenômenos e os compreendereis melhor.”

538. Formam categoria especial no mundo espírita os Espíritos que presidem aos fenômenos da Natureza?
Serão seres à parte, ou Espíritos que foram encarnados como nós?
“Que foram ou que o serão.”
a) — Pertencem esses Espíritos às ordens superiores ou às inferiores da hierarquia espírita?
“Isso é conforme seja mais ou menos material, mais ou menos inteligente o papel que desempenhem. Uns mandam, outros executam. Os que executam coisas materiais são sempre de ordem inferior, assim entre os Espíritos, como entre os homens.

539. A produção de certos fenômenos, das tempestades, por exemplo, é obra de um só Espírito, ou muitos se reúnem, formando grandes massas, para produzi-los?
“Reúnem-se em massas inumeráveis.”

540. Os Espíritos que exercem ação nos fenômenos da Natureza operam com conhecimento de causa, usando do livre-arbítrio, ou por efeito de instintivo ou irrefletido impulso?
“Uns sim, outros não. Estabeleçamos uma comparação. Considera essas miríades de animais que, pouco a pouco, fazem emergir do mar ilhas e arquipélagos. Julgas que não há aí um fim providencial e que essa transformação da superfície do globo não seja necessária à harmonia geral? Entretanto, são animais de ínfima ordem que executam essas obras, provendo às suas necessidades e sem suspeitarem de que são instrumentos de Deus. Pois bem, do mesmo modo, os Espíritos mais atrasados oferecem utilidade ao conjunto. Enquanto se ensaiam para a vida, antes que tenham plena consciência de seus atos e estejam no gozo pleno do livre-arbítrio, atuam em certos fenômenos, de que inconscientemente se constituem os agentes. Primeiramente, executam. Mais tarde, quando suas inteligências já houverem alcançado um certo desenvolvimento, ordenarão
e dirigirão as coisas do mundo material. Depois, poderão dirigir as do mundo moral. É assim que tudo serve, que tudo se encadeia na Natureza, desde o átomo primitivo até o arcanjo, que também começou por ser átomo. Admirável lei de harmonia, que o vosso acanhado espírito ainda não pode apreender em seu conjunto!”

597. Pois que os animais possuem uma inteligência que lhes faculta certa liberdade de ação, haverá neles algum princípio independente da matéria?
“Há e que sobrevive ao corpo.”
a) — Será esse princípio uma alma semelhante à do homem?
“É também uma alma, se quiserdes, dependendo isto do sentido que se der a esta palavra. É, porém, inferior à do homem. Há entre a alma dos animais e a do homem distância equivalente à que medeia entre a alma do homem e Deus.”

598. Após a morte, conserva a alma dos animais a sua individualidade e a consciência de si mesma?
“Conserva sua individualidade; quanto à consciência do seu eu, não. A vida inteligente lhe permanece em estado latente.”

599. À alma dos animais é dado escolher a espécie de animal em que encarne?
“Não, pois que lhe falta livre-arbítrio.”

600. Sobrevivendo ao corpo em que habitou, a alma do animal vem a achar-se, depois da morte, num estado de erraticidade, como a do homem?
“Fica numa espécie de erraticidade, pois que não mais se acha unida ao corpo, mas não é um Espírito errante. O Espírito errante é um ser que pensa e obra por sua livre vontade. De idêntica faculdade não dispõe o dos animais. A consciência de si mesmo é o que constitui o principal atributo do Espírito. O do animal, depois da morte, é classificado pelos Espíritos a quem incumbe essa tarefa e utilizado quase imediatamente. Não lhe é dado tempo de entrar em relação com outras criaturas.”

601. Os animais estão sujeitos, como o homem, a uma lei progressiva?
“Sim; e daí vem que nos mundos superiores, onde os homens são mais adiantados, os animais também o são, dispondo de meios mais amplos de comunicação. São sempre, porém, inferiores ao homem e se lhe acham submetidos, tendo neles o homem servidores inteligentes.”
Nada há nisso de extraordinário. Tomemos os nossos mais inteligentes animais, o cão, o elefante, o cavalo, e imaginemo-los dotados de uma conformação apropriada a trabalhos manuais. Que não fariam sob a direção do homem?

602. Os animais progridem, como o homem, por ato da própria vontade, ou pela força das coisas?
“Pela força das coisas, razão por que não estão sujeitos à expiação.”

606. Donde tiram os animais o princípio inteligente que constitui a alma de natureza especial de que são dotados?
“Do elemento inteligente universal.”
a) — Então, emanam de um único princípio a inteligência do homem e a dos animais?
“Sem dúvida alguma, porém, no homem, passou por uma elaboração que a coloca acima da que existe no animal.”

607. Dissestes (190) que o estado da alma do homem, na sua origem, corresponde ao estado da infância na vida corporal, que sua inteligência apenas desabrocha e se ensaia para a vida. Onde passa o Espírito essa primeira fase do seu desenvolvimento?
“Numa série de existências que precedem o período a que chamais Humanidade.”
a) — Parece que, assim, se pode considerar a alma como tendo sido o princípio inteligente dos seres inferiores da criação, não?
“Já não dissemos que tudo em a Natureza se encadeia e tende para a unidade? Nesses seres, cuja totalidade estais longe de conhecer, é que o princípio inteligente se elabora, se individualiza pouco a pouco e se ensaia para a vida, conforme acabamos de dizer. É, de certo modo, um trabalho preparatório, como o da germinação, por efeito do qual o princípio inteligente sofre uma transformação e se torna Espírito. Entra então no período da humanização, começando a ter consciência do seu futuro, capacidade de distinguir o bem do mal e a responsabilidade dos seus atos.
Assim, à fase da infância se segue a da adolescência, vindo depois a da juventude e da madureza. Nessa origem, coisa alguma há de humilhante para o homem. Sentir-se-ão humilhados os grandes gênios por terem sido fetos informes nas entranhas que os geraram? Se alguma coisa há que lhe seja humilhante, é a sua inferioridade perante Deus e sua impotência para lhe sondar a profundeza dos desígnios e para apreciar a sabedoria das leis que regem a harmonia do Universo. Reconhecei a grandeza de Deus nessa admirável harmonia, mediante a qual tudo é solidário na Natureza. Acreditar que Deus haja feito, seja o que for, sem um fim, e criado seres inteligentes sem futuro, fora blasfemar da sua bondade, que se estende por sobre todas as suas criaturas.”

608. O Espírito do homem tem, após a morte, consciência de suas existências anteriores ao período de humanidade?
“Não, pois não é desse período que começa a sua vida de Espírito. Difícil é mesmo que se lembre de suas primeiras existências humanas, como difícil é que o homem se lembre dos primeiros tempos de sua infância e ainda menos do tempo que passou no seio materno. Essa a razão por que os Espíritos dizem que não sabem como começaram.”

611. O terem os seres vivos uma origem comum no princípio inteligente não é a consagração da doutrina da metempsicose?
“Duas coisas podem ter a mesma origem e absolutamente não se assemelharem mais tarde. Quem reconheceria a árvore, com suas folhas, flores e frutos, no gérmen informe que se contém na semente donde ela surge? Desde que o princípio inteligente atinge o grau necessário para ser Espírito e entrar no período da humanização, já não guarda relação com o seu estado primitivo e já não é a alma dos animais, como a árvore já não é a semente. De animal só há no homem o corpo e as paixões que nascem da influência do corpo e do instinto de conservação inerente à matéria. Não se pode, pois, dizer que tal homem é a encarnação do Espírito de tal animal.

Comentário da perg.613:
Seria verdadeira a metempsicose, se indicasse a progressão da alma, passando de um estado inferior a outro superior, onde adquirisse desenvolvimentos que lhe transformassem a natureza. (...)

O ponto inicial do Espírito é uma dessas questões que se prendem à origem das coisas e de que Deus guarda o segredo. Dado não é ao homem conhecê-las de modo absoluto, nada mais lhe sendo possível a tal respeito do que fazer suposições, criar sistemas mais ou menos prováveis. Os próprios Espíritos longe estão de tudo saberem e, acerca do que não sabem, também podem ter opiniões pessoais mais ou menos sensatas.


Ditados espontâneos - O Gênio das flores
Revista Espírita, março de 1860    (Sessão de 23 dezembro de 1859. Médium, senhora de Boyer.)

Eu sou Hettani, um dos Espíritos que presidem à formação das flores, e à diversidade de seus perfumes; sou eu, ou antes, somos nós, porque somos vários milhares de Espíritos, somos nós que ornamos os campos, os jardins; que damos ao horticultor o gosto das flores; não poderíamos ensinar-lhe a mutilação que algumas vezes fá-las sofrer; mas nós lhe ensinamos a variar seus perfumes, a embelezar suas formas já graciosas. Entretanto, é sobretudo sobre as flores naturalmente eclodidas que se coloca toda a nossa atenção; àquelas nós prodigalizamos ainda mais cuidados; são nossas preferidas; como tudo o que é só tem mais necessidade de ajuda, eis porque nós as  cuidamos melhor.
Estamos assim encarregados de esparramar os perfumes; somos nós que levamos ao exilado uma lembrança de seu país, fazendo entrar em sua prisão um perfume das flores que ornam o jardim paterno. Àquele que ama, que ama realmente, levamos o perfume das flores destinadas à sua noiva; àquele que chora, uma lembrança daqueles que morreram, fazendo desabrochar, sobre a sua tumba, as rosas e as violetas que lembram as virtudes.
Quem de vós não nos deu doces emoções? Quem não estremeceu ao contato de um perfume amado? Estais admirado, penso, em nos ouvir dizer que há Espíritos para tudo isso, e todavia é muito verdadeiro. Jamais estivemos encarnados, e não estaremos, talvez, jamais entre vós; entretanto, há os que já foram homens, mas poucos entre os Espíritos dos elementos.
Nossa missão, na vossa Terra, não é nada; progredimos como vós, mas é nesses planetas superiores, sobretudo, que somos felizes; em Júpiter, nossas flores soltam sons melodiosos e nós fazemos moradas aéreas, das quais só os ninhos de colibris podem vos dar uma fraca idéia. Eu vos farei a primeira vez a descrição de algumas dessas flores, magníficas, não, mas sublimes e dignas dos Espíritos elevados aos quais servem de moradas.
Adeus; que um perfume de caridade vos ilumine; as próprias virtudes têm seu perfume.

PERGUNTAS SOBRE O GÊNIO DAS FLORES.
(Sociedade, 30 de dezembro de 1859. Médium, Sr. Roze.)
1. (A São Luís.) Tivemos outro dia uma comunicação espontânea de um Espírito que disse presidir às flores e aos seus perfumes; há realmente Espíritos que podem ser considerados os gênios das flores? - R. Esta expressão é poética e bem aplicada ao assunto; mas,  propriamente falando, ela seria defeituosa. Não deveis duvidar que o Espírito não preside, para toda a criação, ao trabalho que Deus lhe confia; assim é que é necessário entender esta comunicação.

2. Este Espírito é chamado Hettano; como ocorre que ele não tenha um nome e que jamais encarnou? - R. É uma ficção. O Espírito não preside, de um modo particular, à formação das flores; o Espírito elementar, antes de passar para a série animal, dirige a ação fluídica na criação do vegetal; este não está ainda encarnado; mas não age senão sob a direção de inteligências mais elevadas, tendo já vivido bastante para adquirir a ciência necessária à sua missão. Foi um destes que se comunicou; ele vos fez uma mistura poética da ação das duas classes de Espíritos que agem na criação vegetal.
3. Este Espírito não tendo vivido ainda, mesmo na vida animal, como ocorre que seja tão poético? - R. Relede.
4. Assim o Espírito que se comunicou não é o que habita e anima a flor? - R. Não, não; eu vos disse bem claramente: ele guia.
5. Este Espírito que nos falou foi encarnado? - R. Foi.
6. O Espírito que dá a vida às plantas e às flores, tem um pensamento, a inteligência de seu eu? - R. Nenhum pensamento, nenhum instinto.




“Evolução em Dois Mundos – Cap. 12 “Alma e desencarnação”

METAMORFOSE E DESENCARNAÇÃO — Graduan­do os acontecimentos da desencarnação, é importante recorrer ainda ao mundo dos insetos para lembrar que, se existem aque­les de metamorfose total, existem os de metamorfose incomple­ta, os hemimetibolos, cuja larva sai do ovo e se converte ime­diatamente num indivíduo, sem passar pela fase pupal, à feição dos malófagos, desprovidos de asas, embora possuam aparelho bucal triturador.
Apresentando características singulares, no capítulo da transfiguração, em todas as ordens nas quais se subdividem, os insetos, de algum modo, exprimem, no desenvolvimento da me­tamorfose que lhes marca a existência, a escala de fenômenos que vige para a desencarnação dos seres de natureza superior.
Em relação ao homem, os mamíferos que se ligam a nós outros por extremos laços de parentesco, em se desencarnando, agregam-se aos ninhos em que se lhes desenvolvem os companheiros e, qual ocorre entre os animais inferiores, nas múltiplas faixas evolutivas em que se escalonam, não possuem pensamen­to contínuo para a obtenção de meios destinados à manutenção de nova forma.
Encontram-se, desse modo, aquém da histogênese espiri­tual, inabilitados a mais amplo equilíbrio que lhes asseguraria ascensão a novo plano de consciência.
Em razão disso, efetuada a histólise dos tecidos celulares, nos sucessos recônditos da morte física, dilata-se-lhes o período de vida latente, na esfera espiritual, onde, com exceção de raras espécies, se demoram por tempo curto, incapazes de manobrar os órgãos do aparelho psicossomático que lhes é característico, por ausência de substância mental consciente.
Quando não se fazem aproveitados na Espiritualidade, em serviço ao qual se filiam durante certa quota de tempo, caem, quase sempre de imediato à morte do corpo carnal, em pesada letargia, semelhante à hibernação, acabando automa­ticamente atraídos para o campo genésico das famílias a que se ajustam, retomando o organismo com que se confiarão a nova etapa de experiência, com os ascendentes do automatismo e do instinto que já se lhes fixaram no ser, e sofrendo, naturalmente, o preço hipotecável aos valores decisivos da evolução. (...)
Cap. 13 “Alma e Fluidos”
Plantas e animais domesticados pela inteligência humana, durante milênios, podem ser aí aclimatados e aprimorados, por determinados períodos de existência, ao fim dos quais regres­sam aos seus núcleos de origem no solo terrestre, para que avancem na romagem evolutiva, compensados com valiosas aquisições de acrisolamento, pelas quais auxiliam a flora e a fauna habituais à Terra, com os benefícios das chamadas muta­ções espontâneas.
Cap: 38 “Evolução e Destino”

- Dentre todos os animais superiores, abaixo do homem, qual é o detentor de mais dilatadas idéias-fragmen­tos?
          - O assunto demanda longo estudo técnico na esfera da evolução, porque há idéias-fragmentos de determinado sentido mais avançadas em certos animais que em outros.  Ainda assim, nomearemos o cão e o macaco, o gato e o elefante, o muar e o cavalo como elementos de vossa experiência usual mais amplamente dotados de riqueza mental, como introdução ao pensa­mento contínuo.

Nosso Lar – Cap. 33

- Os cães - disse Narcisa - são auxiliares preciosos nas regiões obscuras do Umbral, onde não estacionam somente os homens desencarnados, mas também verdadeiros monstros, que não cabe agora descrever.
A enfermeira, em voz ativa, chamou os servos distantes, enviando um deles ao interior, transmitindo avisos.
Fixei atentamente o grupo estranho que se aproximava devagarinho.
Seis grandes carros, formato diligência, precedidos de matilhas de cães alegres e bulhentos, eram tirados por animais que, mesmo de longe, me pareceram iguais aos muares terrestres. Mas a nota mais interessante era os grandes bandos de aves, de corpo volumoso, que voavam a curta distância, acima dos carros, produzindo ruídos singulares. (...)
- Os cães facilitam o trabalho, os muares suportam cargas pacientemente e fornecem calor nas zonas onde se faça necessário; e aquelas aves - acrescentou, indicando-as no espaço -, que denominamos íbis viajores, são excelentes auxiliares dos Samaritanos, por devorarem as formas mentais odiosas e perversas, entrando em luta franca com as trevas umbralinas.
Vinha, agora, mais próxima a caravana.
Narcisa fixou-me com bondosa atenção, rematando:
- Mas, no momento, o dever não comporta minudências informativas.
Poderá colher valiosas lições sobre os animais, não aqui, mas no Ministério do Esclarecimento, onde se localizam os parques de estudo e experimentação.
Aulas da Vida, Chico Xavier/Diversos Espíritos  -  “ANIMAIS EM SOFRIMENTO”
Emmanuel
Se os animais estão isentos da lei de causa e efeito, em suas motivações profundas, já que não têm culpas a expiar, de que maneira se lhes justificar os sacrifícios e aflições?
Assunto aparentemente relacionado com injustiça, mas a lógica nos deve orientar os passos na solução do problema.
Imperioso interpretar a dor por mais altos padrões de entendimento.
Ninguém sofre, de um modo ou de outro, tão-somente para resgatar o preço de alguma coisa. Sofre-se também angariando os recursos precisos para obtê-la.
Assim é que o animal atravessa longas eras de prova a fim de domesticar-se, tanto quanto o homem atravessa outras tantas longas eras para instruir-se.
Que mal terá praticado o aprendiz a fim de submeter-se aos constrangimentos da escola?
E acaso conseguirá ele diplomar-se em conhecimento superior se foge às penas edificantes da disciplina?
Espírito algum obtém elevação ou cultura por osmose, mas sim através de trabalho paciente e intransferível.
O animal igualmente para atingir a auréola da razão deve conhecer benemérita e comprida fieira de experiências que terminarão por integrá-la na posse definitiva do raciocínio.
Compreendamos, desse modo, que o sofrimento é ingrediente inalienável no prato do progresso.
Todo ser criado simples e ignorante é compelido a lutar pela conquista da razão, e atingindo a razão, entre os homens, é compelido igualmente a lutar a fim de burilar-se devidamente.
O animal se esforça para obter as próprias percepções e estabelecê-las.
O homem se esforça avançando da inteligência para a sublimação.
Dor física no animal é passaporte para mais amplos recursos nos domínios da evolução.
Dor física, acrescida de dor moral no homem, é fixação de responsabilidade em trânsito para a Vida Maior.
Certifiquemo-nos, porém, de que toda criatura caminha para o reino da angelitude, e que, investindo-se na posição de espírito sublime, não mais conhece a dor, porquanto o amor ser-lhe-á sol no coração dissipando todas as sombras da vida ao toque de sua própria luz.





Aulas da Vida, Chico Xavier/Diversos Espíritos  -  “ANIMAIS EM SOFRIMENTO”
Emmanuel
Se os animais estão isentos da lei de causa e efeito, em suas motivações profundas, já que não têm culpas a expiar, de que maneira se lhes justificar os sacrifícios e aflições?
Assunto aparentemente relacionado com injustiça, mas a lógica nos deve orientar os passos na solução do problema.
Imperioso interpretar a dor por mais altos padrões de entendimento.
Ninguém sofre, de um modo ou de outro, tão-somente para resgatar o preço de alguma coisa. Sofre-se também angariando os recursos precisos para obtê-la.
Assim é que o animal atravessa longas eras de prova a fim de domesticar-se, tanto quanto o homem atravessa outras tantas longas eras para instruir-se.
Que mal terá praticado o aprendiz a fim de submeter-se aos constrangimentos da escola?
E acaso conseguirá ele diplomar-se em conhecimento superior se foge às penas edificantes da disciplina?
Espírito algum obtém elevação ou cultura por osmose, mas sim através de trabalho paciente e intransferível.
O animal igualmente para atingir a auréola da razão deve conhecer benemérita e comprida fieira de experiências que terminarão por integrá-la na posse definitiva do raciocínio.
Compreendamos, desse modo, que o sofrimento é ingrediente inalienável no prato do progresso.
Todo ser criado simples e ignorante é compelido a lutar pela conquista da razão, e atingindo a razão, entre os homens, é compelido igualmente a lutar a fim de burilar-se devidamente.
O animal se esforça para obter as próprias percepções e estabelecê-las.
O homem se esforça avançando da inteligência para a sublimação.
Dor física no animal é passaporte para mais amplos recursos nos domínios da evolução.
Dor física, acrescida de dor moral no homem, é fixação de responsabilidade em trânsito para a Vida Maior.
Certifiquemo-nos, porém, de que toda criatura caminha para o reino da angelitude, e que, investindo-se na posição de espírito sublime, não mais conhece a dor, porquanto o amor ser-lhe-á sol no coração dissipando todas as sombras da vida ao toque de sua própria luz.


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