Casa
Espírita Missionários da Luz
ESDE3 – 09/09/2014
Tema: Pedofilia – Sexo e Obsessão
Objetivos:
- Analisar
as questões espirituais envolvidas na pedofilia e em outros crimes sexuais.
Bibliografia:
·
Temas Polêmicos
do Século XX, Cap. 29;
·
Sexo e Obsessão,
Manoel Philomeno de Miranda/Divaldo P. Franco
Material: levar papel e
caneta para as duplas
Desenvolvimento:
1. Prece Inicial.
2. Cochico 2 a dois,
para respostas às perguntas, que deverão ser comandadas de 3 em 3 minutos. Como
serão diversas perguntas, dar lápis e papel para anotação das respostas.
- quem é o pedófilo?
- quem é a criança, vítima da pedofilia?
- como Deus permite esse crime contra uma
criança indefesa?
- o anjo da guarda da criança, não atua
nesse caso?
- qual deve ser a atitude perante os casos
identificados de pedofilia?
Sexo e Obsessão –
Cap. 4:
“- E não terá ela -
voltei a interrogar - a proteção do seu anjo da guarda, que contribua para
impossibilitar a obsessão?
- É certo que sim -
respondeu, gentil. - Sucede, porém, que os débitos contraídos são muito graves,
e a misericórdia divina já vem amparando-a, sendo a reencarnação o melhor
instrumento para a sua reparação.”
è
a pergunta está no contexto da obsessão na infância, mas cabe no assunto em
estudo.
3. Pedir que cada dupla,
responda às perguntas sugeridas, deixando que o próprio grupo comente,
concorde/discorde das colocações e ao final, falar do caso real do padre Mauro,
cujo drama foi relatado por Miranda no seu livro.
Reforçar, que no caso
em pauta, o padre Mauro, era um Espírito em luta contra as tendências da
pedofilia, e do assédio espiritual constante de antigo inimigo.
Padre Mauro, há 3
encarnações atrás, no início do século XIX, na Paris napoleônica, promovia em
sua mansão, como mulher influente que era à época, grandes festas com desvios
sexuais de toda ordem, envolvendo animais e crianças, que eram roubadas de seus
pais, ou compradas.
Sofreu abuso sexual
na infância, pelo seu próprio pai, que na reencarnação dos abusos sexuais, foi
o pai de um dos meninos roubados para seu usado nas torpezas.
O obsessor que o
perseguia de forma implacável, era o menino que foi roubado do pai e entregue
para os desvios sexuais das festas que promovia.
Como padre, lecionava
aos pequenos, e cometeu crimes de pedofilia, sendo descoberto quando estava
prestes a cometer mais um abuso. A descoberta se deu pela diretora da escola,
que foi teleguiada pelo mentor, para evitar mais um crime contra a infância.
Durante reuniões
noturnas, em desprendimento pelo sono, a diretora Foi orientada a procurar o
bispo para a solução do caso ao invés de levar a público a descoberta,
promovendo um escândalo.
“Nesse comenos, utilizando-se da natural concentração da
senhora, Dilermando envolveu-a com fluidos refazentes e calmantes,
asserenando-a e inspirando-a a comportamento de equilíbrio, já que um escândalo
em nada auxiliaria a Escola, à quase vítima, aos demais alunos e aos seus
familiares.
A Mídia insensata, que se compraz em escabrosidades, logo
se envolveria, tornando o fato isolado uma tragédia generalizada, criando
situações muito embaraçosas para todos.
Assim, quando as idéias se lhe aclararam, ela solicitou a
uma auxiliar conduzir o menino à sua sala, diluindo a gravidade da ocorrência
que não deveria tomar dimensões maiores do que as reais.”
ð Vemos aqui a ação da
Espiritualidade Maior para evitar dano à criança, e maiores complicações para o
padre Mauro, que já estava em um reencarnação expiatória.
ð Outras crianças
porém, foram agredidas; ele próprio sofreu agressão sexual pelo seu próprio
pai. Ninguém renasce para sofrer semelhante agressão, mas a atração existe
entre antigos algozes e vítimas e sempre existe o risco de novas quedas morais.
O padre Mauro foi
protegido para eu não viesse a cair em novos crimes, e levado à região do
interior, para fundar um lar para crianças deficientes, para receber e cuidar
de suas antigas vítimas.
4.Leitura em conjunto
de trecho do livro de Miranda, da obsessão e da cidade estranha, com
comentários durante a leitura (em anexo).
5.Concluir com o texto
de Miranda no prefácio do livro:
“Neste livro,
tentamos fazer um estudo cuidadoso sobre sexo e obsessão, baseado em fatos
reais, que vimos acompanhando desde há vários anos.
Procuramos suavizar o
relato, evitando chocar alguns leitores menos avisados ou desconhecedores da Doutrina Espírita, porém
evitamos disfarçar a realidade dos acontecimentos, tirando-lhes a legitimidade,
de forma que a nossa mensagem possa alcançar as mentes e os corações
desenovelando-os de diversos conflitos e despertando-os para algumas ocorrências
de parasitose obsessiva em que talvez se encontrem envolvidos.
O padre Mauro ainda
se encontra na Terra, havendo recebido os Espíritos que se reencarnaram para
resgates imperiosos e inadiáveis conforme comprometera-se em nossa esfera de
ação espiritual.
O seu lar de crianças
deficientes hoje hospeda inúmeras antigas vítimas suas, que lhe recebem carinho
e afeto, recuperando-se das alucinações que se permitiram, ele mesmo estando em
processo de refazimento espiritual, avançando, porém, para os anos da velhice
com paz no coração e com a consciência tranquilizada em razão do bem que vem
executando.
A cidade perversa vem
lentamente sendo esvaziada pelo amor de Deus, já que os seus habitantes, em
número bastante expressivo, encontram-se reencarnados, desde há algumas dezenas
de anos, dando curso às aberrações e hediondezes que se permitiam, quando lá
estavam...
A denominada mudança
de comportamento dos anos sessenta, com a liberação sexual, tem muito a ver com
a inspiração e chegada desses Espíritos que estão retornando à Terra, afim de
desfrutarem da oportunidade de renovação antes da grande depuração que
experimentará o planeta, transferindo-se de mundo de provas e de expiações para
mundo de regeneração. A chance de que desfrutam é-lhes valiosa, porquanto não
sendo aproveitada conforme deverá, cassar-lhes-á outros ensejos, que somente
serão recuperados em outras penosas situações em Orbes inferiores...
Este é, pois, o
grande momento para todos nós, que aspiramos por uma vida melhor e mais ditosa.
Reflexionar e agir de maneira correta em relação às funções sexuais é dever de
todo ser que pensa e que compreende a finalidade da existência humana.
Nesta hora de
conturbação moral e de violência, de agressividade, de aberrações sexuais, de
descontrole geral e de sofrimentos de todo porte, cumpre-nos, a todos, somar
esforços em favor dos princípios da dignidade humana e da honradez, do
equilíbrio no comportamento e da educação das gerações novas, único meio de
oferecer ao futuro uma sociedade menos conturbada e deslindada dos terríveis
cipoais da obsessão. À educação moral cabe a tarefa de construir um novo homem
e uma nova mulher, que formarão uma nova e saudável sociedade para o porvir.
Como doutrina de
educação o Espiritismo oferece os melhores recursos e métodos para esse
cometimento, colocando à disposição de todo e qualquer investigador o seu
patrimônio de informações e o seu excelente laboratório mediúnico, para que ali
encontrem o conforto e a coragem necessários para o enfrentamento que se
apresenta em todos os instantes, no qual, por enquanto, têm predominado o
vulgar e o perverso, embora os nobilíssimos exemplos de dignificação e nobreza
de incontáveis cidadãos dedicados ao bem e ao dever.”
6.Prece final
“- Estamos diante de
uma resposta da Vida aos atos clamorosos perpetrados anteriormente pelo nosso
amigo. É natural que, havendo desconsiderado as Leis que estabelecem o
respeito, o amor e o dever para com o próximo, hoje sofra os conflitos e as
perturbações que lhe constituem mecanismo de depuração dos gravames cometidos.
Ao mesmo tempo, algumas das suas vítimas cercam-no de vibrações deletérias e
odientas, inspirando-o nas tendências doentias, a fim de mais o afligirem, ao
tempo em que o alucinam e o estarrecem ante os próprios absurdos gerados pela
mente em desalinho. Sempre há cobrador, quando existe devedor na pauta dos
processos atuais de evolução do planeta terrestre e dos seus habitantes.
Examinando com
atenção o enfermo que orava em desespero, estorcegando-se na consciência
culpada pelos excessos cometidos e quase arrancando os cabelos em ato de
deplorável inconsciência, o Orientador concluiu:
- Os seus adversários
espirituais encharcam-no de idéias pervertidas e desejos lúbricos insaciáveis,
desvairando-o. Fixando-se-lhe nos painéis mentais, telecomandam-no a distância,
e quando se desprende pelo sono físico é atraído ou arrebatado para os sítios
de vergonha e de depravação, nos quais mais se acentuam os desbordamentos da
paixão insana.
Naquele momento vimos
acercar-se do jovem sacerdote um Espírito de aspecto feroz e asselvajado, com
muitas anomalias na forma em que se apresentava, que o examinou detidamente, e,
após gargalhar zombeteiro, escarneceu-o com palavras vulgares, em razão do
anseio da vítima em buscar libertar-se do cerco em que se debatia através da
oração.
Ouvimo-lo, então,
exclamar, exprobrando-o:
- Por que buscas
Deus, miserável, em nome de Quem te escondes para dares prosseguimento aos teus
anseios degenerados? Pensas que Ele te atenderá ou socorrerá àqueles aos quais
mutilas moralmente e infelicitas? Quanto cinismo! Orar, como se a prece te
pudesse ajudar nesta conjuntura, senão para encontrares mais gado para o nosso
matadouro! Mudemos de atitude e vamos ao prazer.
Assumindo uma posição
de sicário ergueu um chicote que trazia numa das mãos e aplicou sibilante golpe
nas costas do desesperado.
Naquela postura de
desequilíbrio, as palavras desconexas que exteriorizava não mais constituíam
uma prece, mas refletiam o estado de perturbação que se lhe vinha sendo quase
habitual, embora a intenção inicial fosse de encontrar paz e a libertação do
drama excruciante.
O jovem padre
experimentou uma estranha sensação, e, à medida que os golpes se repetiram,
enquanto o adversário o fixava no chakra coronário com olhos em brasas,
expressando o ódio que o acometia, foi-se-lhe acentuando a percepção e, logo
depois de alguns breves minutos, passou a sentir o acicatar das dores que
aumentavam enquanto o chicote repetia os golpes, atirando-se, por inteiro, no
solo, entrando em
delírio de torpeza sexual, no qual se misturavam gemidos e gritos surdos, sob o
delirar da mente excitada pelos clichés vulgares que lhe eram habituais.
Entrando em exaustão,
cessada a aplicação da sova inusitada, estertorou por um pouco, e entrou em
pesado sono agitado, até que se libertou do corpo envolto em densa névoa
escura, sendo surpreendido pelo algoz que o segurou com vigor, arrastando-o do
recinto com grosseria.
O corpo tombado
continuava com leves estremecimentos e uma baba pegajosa escorria-lhe da boca
retorcida como se houvesse sido acometido por uma crise epileptiforme.
3 A COMUNIDADE DA PERVERSÃO MORAL
Embora não pudéssemos
ver Mauro e o seu adversário que seguiam para ignota região, o irmão Anacleto
conduziu-nos com segurança para o perímetro fora da cidade, em vasta área
pantanosa e sombria, que certamente conhecia, e de onde recendiam odores
pútridos e uma gritaria infrene enchia a noite com blasfémias, expressões
chulas e sórdidas, gargalhadas estentóricas, movimentação agitada...
O cuidadoso Guia
advertiu-nos que nos estávamos adentrando em uma Comunidade totalmente dedicada
à perversão sexual, dirigida por implacáveis sicários da Humanidade, que ali
reuniam o deboche à degradação, o cinismo à rudeza do trato, onde encontravam
inspiração muitos indivíduos reencarnados e dali procedentes na área da mórbida
comunicação social, da literatura doentia e da arte escabrosa para os seus
espetáculos de hediondez e de degeneração moral.
Reduto imenso, criado
pelas emanações morbíficas das próprias criaturas da Terra, que para lá seguiam
por imantação magnética opcional, quando parcialmente desprendidas pelo sono
físico, constituía um sorvedouro de paixões primárias que, no passado,
destruíram culturas e civilizações, qual está acontecendo no presente com
grande parte da nossa sociedade.
Quando irrompem o
deboche e a insensatez, o desvario do sexo e dos compromissos morais nos grupamentos sociais, a ética, a
cultura e a civilização tombam no desalinho, avançando para o descalabro e a
servidão.
Tem sido assim
através dos tempos e, por enquanto, ainda parece que se demorará por algum
tempo, até quando o ser humano se resolva por absorver os compromissos elevados
e os deveres dignificadores da Vida na pauta das suas existências. A
consciência de si mesmo, a responsabilidade perante o seu próximo e a mãe
Natureza, nunca devem sair da linha da conduta humana, pois que nisso residem
as aspirações máximas do Espírito para a conquista da beleza e da plenitude.
Torna-se-me muito
difícil descrever o local e o ambiente de festiva degradação com as suas
personagens, participantes que, exaltados, formavam a grande massa deambulante
e movimentada em todos os lados.
A tonalidade
avermelhada da iluminação, que fazia recordar os archotes fumegantes do
passado, colocados em furnas sombrias para as clarear, produzia um aspecto
terrificante no ambiente que esfervilhava de Espíritos de ambos os lados da
vida em infrene orgia de alucinados.
Podia-se perceber que
Espíritos vitimados por graves alterações e mutilações no perispírito
misturavam-se à malta desenfreada na exaltação do sexo e das suas mais sórdidas
expressões.
Figuras estranhas,
com aspecto semelhante aos antigos seres mitológicos do panteão greco-romano,
confundiam-se com muitos outros indivíduos extravagantes em complexas simbioses
de vampirismo, carregando-se uns aos outros, acompanhando freneticamente um
desfile de carros alegóricos, que faziam recordar os carnavais da Terra, porém
apresentando formatos de órgãos sexuais disformes e chocantes, exibindo cenas
de terrível horror, espetáculos de grosseira manifestação da libido, nos quais
se mesclavam apresentações de conúbios sexuais entre animais e seres humanos
deformados sob o aplauso descontrolado da massa desnorteada.
Decorando os
peculiares veículos, homens e mulheres se apresentavam com aspecto de cortesãos
que ficaram célebres pela baixeza de caráter, exibindo-se de maneira servil e
provocando galhofas de uns e desejos de outros em uma terrível mescla de
animalidade soez.
Aquele circo de
hediondez apresentava em cada momento novos e agressivos quadros, enquanto se
exibiam sessões de sexo grupal ao som de música estridente e desconcertante,
que mais açulava os apetites insaciáveis dos comensais da loucura.
O antro asqueroso
dava-me a idéia de ser o mundo inspirador de alguns espetáculos da Terra, que
ainda não atingiram aquele nível de vileza, mas que dele se vêm aproximando,
especialmente durante a apresentação de alguns dos turbulentos e torpes
desfiles de Carnaval.
Sim, era naquela
Região que se inspiravam muitos multiplicadores de opinião, que ainda insistem
na liberação total dos costumes vis, como se já não bastassem o sexo explícito
e vulgar, a violência absurda, a agressividade sem limites, a luxúria
desmedida, o cinismo odiento, o furto desbragado, o desrespeito a tudo quanto
constitui a dignidade humana, descendo a níveis já insuportáveis...
De quando em quando,
aparentando a postura de guardadores da Comunidade horripilante, verdadeiros
espectros humanos semi-hebetados, conduzindo mastins de grande porte, vigiavam
a população, contra a qual atiçavam os ferozes animais.
Telepaticamente o
nobre Mentor advertiu-nos para que mantivéssemos cuidados especiais com o
pensamento elevado ao Supremo Amor, sem crítica ou observações descaridosas em
relação ao que víamos, a fim de não sermos surpreendidos por esses vigias
terrificantes.
Num dos quadros
dantescos, pudemos defrontar diversos Espíritos reencarnados, que seguiam
jugulados aos seus algozes, presos a coleiras como se fossem felinos
esfaimados, babando ante o espetáculo que lhes aguçava os instintos grosseiros.
Entre outros,
encontrava-se Mauro com o seu sicário, que dele escarnecia e o amedrontava,
enquanto, debatendo-se, para liberar-se da retenção e atirar-se no vulcão de
asquerosa sensualidade, urrava em deplorável aspecto.
Observamos que
crianças despidas em atitudes obscenas decoravam o carro exótico, gritando e
movimentando-se sensualmente, inspirando mais compaixão do que outro qualquer
sentimento. Acurando, porém, a visão, surpreendemo-nos, ao constatar que se
tratava de anões cínicos, apresentando-se como criaturas infantis, assim
despertando os viciados em pedofilia a terem mais acicatados os seus impulsos
grosseiros.
A bacante, com as
suas aberrações, alongou-se, na sucessão das horas, até quando os primeiros
raios do amanhecer penetraram a névoa densa, fazendo diminuir o desfile
horrendo e a movimentação foi desaparecendo até ficar o ambiente, com a sua
pesada psicosfera pestífera, quase vazio, exceção feita aos vigilantes e seus
animais em contínua atividade.
A esdrúxula sociedade
ali residente seguiu no rumo das suas furnas e mansardas, a fim de continuar na
exorbitância dos sentidos torpes, terminado o desfile que se repetia todas as
noites...
"Muitos desses
Espíritos, ora no corpo físico, são encontrados no mundo físico realizando
espetáculos chocantes, vivendo em verdadeiras tribos de promiscuidade
primitiva, vestindo-se e assumindo posturas caricatas e ridículas, de que se
não conseguem libertar facilmente. Tornam-se, assim, representantes do curioso
país espiritual de onde procedem e, telementalizados pelos que lá ficaram,
fazem-se verdadeiros propagandistas da orgia despudorada, tentando arrebanhar
mais vítimas para a bacanal da extravagância."
Após uma breve
reflexão, deu prosseguimento:
- Não são poucos os
indivíduos que sentem a atração para o mal, para o vício, para as tendências
ancestrais e permanecem receosos, vivendo o claro-escuro da decisão a tomar.
Subitamente, porém, enveredam pelos escusos caminhos da morbidez e do
escândalo, assumindo comportamentos que envilecem em atitude de desrespeito aos
valores morais e sociais vigentes, logo transformando-se em
líderes e modelos
singulares.
"Invariavelmente
são arrebanhados por esses representantes perversos que lhes influenciam a
conduta, demonstrando-lhes a necessidade de serem assumidos exteriormente os
conflitos e torpezas interiores, a fim de experienciarem a liberdade e o
direito de viver conforme lhes apraz.
Demonstram uma
alegria que estão longe de possuir, um cinismo que, em verdade, é a máscara que
esconde as aflições quase insuportáveis que os transtornam, porém,
insensatamente, vinculando-se a esses campeões do desequilíbrio, tombam-lhes
nas redes bem urdidas do prazer, não conseguindo desvincular-se deles com
facilidade. Somente através das dores excruciantes, das enfermidades
dilaceradoras, das angústias morais que os assaltam é que, encontrando
orientação e compaixão, liberam-se das amarras fortes do mal em predomínio. A
grande maioria, porém, desencarna durante esse comportamento doentio e quase
todos são arrastados para o sórdido campo de luxúria, sofrendo por decênios e
mesmo séculos até o momento em que buscam a renovação e são socorridos por
especialistas em libertação, que periodicamente visitam esses sítios de horror
e de sofrimento irracional."
Novamente silenciou,
e, tomado de imensa ternura acompanhada de compaixão, deu prosseguimento:
- A mente é sempre a
construtora da vida, oferecendo a energia com a qual são condensados os anseios
e as necessidades de todas as criaturas.
"O sexo, por sua
vez, porque carregado de sensações e de emoções, quando vilipendiado e exercido
com ignorância das suas sagradas funções, transforma-se em geratriz de
tormentos que dão curso a outros vícios e alucinações, empurrando as suas
vítimas para as drogas, o álcool, o tabaco, a mentira, a traição, a infâmia e
todo um séquito de misérias morais que entorpecem os sentimentos e obnubilam a
razão. Enquanto não houver um programa educativo baseado nas nobres finalidades
da existência humana, cujo objetivo essencial é o progresso intelecto-moral e
não a utilização do corpo para o prazer e a leviandade, permanecerão
equivocados os valores éticos, sendo utilizados pelo egoísmo para o gozo e a
insensatez.
"Vive-se, na
Terra da atualidade, a exorbitância da lubricidade, da pornografia, da exibição
das formas físicas direcionadas para o comércio da lascívia e da exploração.
"A morte, porém,
que a ninguém poupa, ao desvestir da carne os equivocados, abre-lhes a cortina
da realidade, e todos se dão conta do alto significado da vida física e do
respeito que merece dos aprendizes da evolução. Por enquanto, somente nos cabem
as atitudes de compaixão e de solidariedade, de compreensão e de amor, porque
os irmãos anestesiados pelo prazer, inconscientes do que lhes ocorre, aguardam
ajuda e orientação fraternal para despertarem para a verdadeira alegria de
viver. Nesse empreendimento, incluímos também os companheiros desencarnados
que, com eles, se encharcam de sensações doentias.
"Chegará o
momento adequado, e todos nos deveremos empenhar por apressá-lo, quando luzir o
pensamento de Jesus nas consciências humanas, em que o homem e a mulher
compreenderão que o sexo existe para fomentar a vida e procriar, amparado por
emoções enobrecedoras do intercâmbio de energias revigorantes, e não para o
banquete asselvajado dos instintos e das sensações, desbordando em crimes e
destruição da vida. Que possamos contribuir em favor desse momento,
edificando-nos no bem e preservando-nos interiormente das ciladas do mal e das
tentações perturbadoras."
Nenhum comentário:
Postar um comentário