segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Pedofilia – Sexo e Obsessão

Casa Espírita Missionários da Luz 
ESDE3 –  09/09/2014

Tema:  Pedofilia – Sexo e Obsessão

Objetivos:
-  Analisar as questões espirituais envolvidas na pedofilia e em outros crimes sexuais.

Bibliografia:  

·         Temas Polêmicos do Século XX, Cap. 29;
·         Sexo e Obsessão, Manoel Philomeno de Miranda/Divaldo P. Franco

Material: levar papel e caneta para as duplas

Desenvolvimento:

1. Prece Inicial.
2. Cochico 2 a dois, para respostas às perguntas, que deverão ser comandadas de 3 em 3 minutos. Como serão diversas perguntas, dar lápis e papel para anotação das respostas.
      - quem é o pedófilo?
      - quem é a criança, vítima da pedofilia?
      - como Deus permite esse crime contra uma criança indefesa?
      - o anjo da guarda da criança, não atua nesse caso?
      - qual deve ser a atitude perante os casos identificados de pedofilia?

Sexo e Obsessão – Cap. 4:
“- E não terá ela - voltei a interrogar - a proteção do seu anjo da guarda, que contribua para impossibilitar a obsessão?
- É certo que sim - respondeu, gentil. - Sucede, porém, que os débitos contraídos são muito graves, e a misericórdia divina já vem amparando-a, sendo a reencarnação o melhor instrumento para a sua reparação.”
è a pergunta está no contexto da obsessão na infância, mas cabe no assunto em estudo.

3. Pedir que cada dupla, responda às perguntas sugeridas, deixando que o próprio grupo comente, concorde/discorde das colocações e ao final, falar do caso real do padre Mauro, cujo drama foi relatado por Miranda no seu livro.

Reforçar, que no caso em pauta, o padre Mauro, era um Espírito em luta contra as tendências da pedofilia, e do assédio espiritual constante de antigo inimigo.
Padre Mauro, há 3 encarnações atrás, no início do século XIX, na Paris napoleônica, promovia em sua mansão, como mulher influente que era à época, grandes festas com desvios sexuais de toda ordem, envolvendo animais e crianças, que eram roubadas de seus pais, ou compradas.
Sofreu abuso sexual na infância, pelo seu próprio pai, que na reencarnação dos abusos sexuais, foi o pai de um dos meninos roubados para seu usado nas torpezas.
O obsessor que o perseguia de forma implacável, era o menino que foi roubado do pai e entregue para os desvios sexuais das festas que promovia.
Como padre, lecionava aos pequenos, e cometeu crimes de pedofilia, sendo descoberto quando estava prestes a cometer mais um abuso. A descoberta se deu pela diretora da escola, que foi teleguiada pelo mentor, para evitar mais um crime contra a infância.
Durante reuniões noturnas, em desprendimento pelo sono, a diretora Foi orientada a procurar o bispo para a solução do caso ao invés de levar a público a descoberta, promovendo um escândalo.

“Nesse comenos, utilizando-se da natural concentração da senhora, Dilermando envolveu-a com fluidos refazentes e calmantes, asserenando-a e inspirando-a a comportamento de equilíbrio, já que um escândalo em nada auxiliaria a Escola, à quase vítima, aos demais alunos e aos seus familiares.
A Mídia insensata, que se compraz em escabrosidades, logo se envolveria, tornando o fato isolado uma tragédia generalizada, criando situações muito embaraçosas para todos.
Assim, quando as idéias se lhe aclararam, ela solicitou a uma auxiliar conduzir o menino à sua sala, diluindo a gravidade da ocorrência que não deveria tomar dimensões maiores do que as reais.”

ð  Vemos aqui a ação da Espiritualidade Maior para evitar dano à criança, e maiores complicações para o padre Mauro, que já estava em um reencarnação expiatória.
ð  Outras crianças porém, foram agredidas; ele próprio sofreu agressão sexual pelo seu próprio pai. Ninguém renasce para sofrer semelhante agressão, mas a atração existe entre antigos algozes e vítimas e sempre existe o risco de novas quedas morais.

O padre Mauro foi protegido para eu não viesse a cair em novos crimes, e levado à região do interior, para fundar um lar para crianças deficientes, para receber e cuidar de suas antigas vítimas.


4.Leitura em conjunto de trecho do livro de Miranda, da obsessão e da cidade estranha, com comentários durante a leitura (em anexo).



5.Concluir com o texto de Miranda no prefácio do livro:

“Neste livro, tentamos fazer um estudo cuidadoso sobre sexo e obsessão, baseado em fatos reais, que vimos acompanhando desde há vários anos.
Procuramos suavizar o relato, evitando chocar alguns leitores menos avisados ou  desconhecedores da Doutrina Espírita, porém evitamos disfarçar a realidade dos acontecimentos, tirando-lhes a legitimidade, de forma que a nossa mensagem possa alcançar as mentes e os corações desenovelando-os de diversos conflitos e despertando-os para algumas ocorrências de parasitose obsessiva em que talvez se encontrem envolvidos.
O padre Mauro ainda se encontra na Terra, havendo recebido os Espíritos que se reencarnaram para resgates imperiosos e inadiáveis conforme comprometera-se em nossa esfera de ação espiritual.
O seu lar de crianças deficientes hoje hospeda inúmeras antigas vítimas suas, que lhe recebem carinho e afeto, recuperando-se das alucinações que se permitiram, ele mesmo estando em processo de refazimento espiritual, avançando, porém, para os anos da velhice com paz no coração e com a consciência tranquilizada em razão do bem que vem executando.
A cidade perversa vem lentamente sendo esvaziada pelo amor de Deus, já que os seus habitantes, em número bastante expressivo, encontram-se reencarnados, desde há algumas dezenas de anos, dando curso às aberrações e hediondezes que se permitiam, quando lá estavam...
A denominada mudança de comportamento dos anos sessenta, com a liberação sexual, tem muito a ver com a inspiração e chegada desses Espíritos que estão retornando à Terra, afim de desfrutarem da oportunidade de renovação antes da grande depuração que experimentará o planeta, transferindo-se de mundo de provas e de expiações para mundo de regeneração. A chance de que desfrutam é-lhes valiosa, porquanto não sendo aproveitada conforme deverá, cassar-lhes-á outros ensejos, que somente serão recuperados em outras penosas situações em Orbes inferiores...
Este é, pois, o grande momento para todos nós, que aspiramos por uma vida melhor e mais ditosa. Reflexionar e agir de maneira correta em relação às funções sexuais é dever de todo ser que pensa e que compreende a finalidade da existência humana.
Nesta hora de conturbação moral e de violência, de agressividade, de aberrações sexuais, de descontrole geral e de sofrimentos de todo porte, cumpre-nos, a todos, somar esforços em favor dos princípios da dignidade humana e da honradez, do equilíbrio no comportamento e da educação das gerações novas, único meio de oferecer ao futuro uma sociedade menos conturbada e deslindada dos terríveis cipoais da obsessão. À educação moral cabe a tarefa de construir um novo homem e uma nova mulher, que formarão uma nova e saudável sociedade para o porvir.
Como doutrina de educação o Espiritismo oferece os melhores recursos e métodos para esse cometimento, colocando à disposição de todo e qualquer investigador o seu patrimônio de informações e o seu excelente laboratório mediúnico, para que ali encontrem o conforto e a coragem necessários para o enfrentamento que se apresenta em todos os instantes, no qual, por enquanto, têm predominado o vulgar e o perverso, embora os nobilíssimos exemplos de dignificação e nobreza de incontáveis cidadãos dedicados ao bem e ao dever.”

6.Prece final




“- Estamos diante de uma resposta da Vida aos atos clamorosos perpetrados anteriormente pelo nosso amigo. É natural que, havendo desconsiderado as Leis que estabelecem o respeito, o amor e o dever para com o próximo, hoje sofra os conflitos e as perturbações que lhe constituem mecanismo de depuração dos gravames cometidos. Ao mesmo tempo, algumas das suas vítimas cercam-no de vibrações deletérias e odientas, inspirando-o nas tendências doentias, a fim de mais o afligirem, ao tempo em que o alucinam e o estarrecem ante os próprios absurdos gerados pela mente em desalinho. Sempre há cobrador, quando existe devedor na pauta dos processos atuais de evolução do planeta terrestre e dos seus habitantes.
Examinando com atenção o enfermo que orava em desespero, estorcegando-se na consciência culpada pelos excessos cometidos e quase arrancando os cabelos em ato de deplorável inconsciência, o Orientador concluiu:
- Os seus adversários espirituais encharcam-no de idéias pervertidas e desejos lúbricos insaciáveis, desvairando-o. Fixando-se-lhe nos painéis mentais, telecomandam-no a distância, e quando se desprende pelo sono físico é atraído ou arrebatado para os sítios de vergonha e de depravação, nos quais mais se acentuam os desbordamentos da paixão insana.
Naquele momento vimos acercar-se do jovem sacerdote um Espírito de aspecto feroz e asselvajado, com muitas anomalias na forma em que se apresentava, que o examinou detidamente, e, após gargalhar zombeteiro, escarneceu-o com palavras vulgares, em razão do anseio da vítima em buscar libertar-se do cerco em que se debatia através da oração.
Ouvimo-lo, então, exclamar, exprobrando-o:
- Por que buscas Deus, miserável, em nome de Quem te escondes para dares prosseguimento aos teus anseios degenerados? Pensas que Ele te atenderá ou socorrerá àqueles aos quais mutilas moralmente e infelicitas? Quanto cinismo! Orar, como se a prece te pudesse ajudar nesta conjuntura, senão para encontrares mais gado para o nosso matadouro! Mudemos de atitude e vamos ao prazer.
Assumindo uma posição de sicário ergueu um chicote que trazia numa das mãos e aplicou sibilante golpe nas costas do desesperado.
Naquela postura de desequilíbrio, as palavras desconexas que exteriorizava não mais constituíam uma prece, mas refletiam o estado de perturbação que se lhe vinha sendo quase habitual, embora a intenção inicial fosse de encontrar paz e a libertação do drama excruciante.
O jovem padre experimentou uma estranha sensação, e, à medida que os golpes se repetiram, enquanto o adversário o fixava no chakra coronário com olhos em brasas, expressando o ódio que o acometia, foi-se-lhe acentuando a percepção e, logo depois de alguns breves minutos, passou a sentir o acicatar das dores que aumentavam enquanto o chicote repetia os golpes, atirando-se, por inteiro, no
solo, entrando em delírio de torpeza sexual, no qual se misturavam gemidos e gritos surdos, sob o delirar da mente excitada pelos clichés vulgares que lhe eram habituais.
Entrando em exaustão, cessada a aplicação da sova inusitada, estertorou por um pouco, e entrou em pesado sono agitado, até que se libertou do corpo envolto em densa névoa escura, sendo surpreendido pelo algoz que o segurou com vigor, arrastando-o do recinto com grosseria.
O corpo tombado continuava com leves estremecimentos e uma baba pegajosa escorria-lhe da boca retorcida como se houvesse sido acometido por uma crise epileptiforme.

3 A    COMUNIDADE    DA  PERVERSÃO    MORAL

Embora não pudéssemos ver Mauro e o seu adversário que seguiam para ignota região, o irmão Anacleto conduziu-nos com segurança para o perímetro fora da cidade, em vasta área pantanosa e sombria, que certamente conhecia, e de onde recendiam odores pútridos e uma gritaria infrene enchia a noite com blasfémias, expressões chulas e sórdidas, gargalhadas estentóricas, movimentação agitada...
O cuidadoso Guia advertiu-nos que nos estávamos adentrando em uma Comunidade totalmente dedicada à perversão sexual, dirigida por implacáveis sicários da Humanidade, que ali reuniam o deboche à degradação, o cinismo à rudeza do trato, onde encontravam inspiração muitos indivíduos reencarnados e dali procedentes na área da mórbida comunicação social, da literatura doentia e da arte escabrosa para os seus espetáculos de hediondez e de degeneração moral.
Reduto imenso, criado pelas emanações morbíficas das próprias criaturas da Terra, que para lá seguiam por imantação magnética opcional, quando parcialmente desprendidas pelo sono físico, constituía um sorvedouro de paixões primárias que, no passado, destruíram culturas e civilizações, qual está acontecendo no presente com grande parte da nossa sociedade.
Quando irrompem o deboche e a insensatez, o desvario do sexo e dos compromissos  morais nos grupamentos sociais, a ética, a cultura e a civilização tombam no desalinho, avançando para o descalabro e a servidão.
Tem sido assim através dos tempos e, por enquanto, ainda parece que se demorará por algum tempo, até quando o ser humano se resolva por absorver os compromissos elevados e os deveres dignificadores da Vida na pauta das suas existências. A consciência de si mesmo, a responsabilidade perante o seu próximo e a mãe Natureza, nunca devem sair da linha da conduta humana, pois que nisso residem as aspirações máximas do Espírito para a conquista da beleza e da plenitude.
Torna-se-me muito difícil descrever o local e o ambiente de festiva degradação com as suas personagens, participantes que, exaltados, formavam a grande massa deambulante e movimentada em todos os lados.
A tonalidade avermelhada da iluminação, que fazia recordar os archotes fumegantes do passado, colocados em furnas sombrias para as clarear, produzia um aspecto terrificante no ambiente que esfervilhava de Espíritos de ambos os lados da vida em infrene orgia de alucinados.
Podia-se perceber que Espíritos vitimados por graves alterações e mutilações no perispírito misturavam-se à malta desenfreada na exaltação do sexo e das suas mais sórdidas expressões.
Figuras estranhas, com aspecto semelhante aos antigos seres mitológicos do panteão greco-romano, confundiam-se com muitos outros indivíduos extravagantes em complexas simbioses de vampirismo, carregando-se uns aos outros, acompanhando freneticamente um desfile de carros alegóricos, que faziam recordar os carnavais da Terra, porém apresentando formatos de órgãos sexuais disformes e chocantes, exibindo cenas de terrível horror, espetáculos de grosseira manifestação da libido, nos quais se mesclavam apresentações de conúbios sexuais entre animais e seres humanos deformados sob o aplauso descontrolado da massa desnorteada.
Decorando os peculiares veículos, homens e mulheres se apresentavam com aspecto de cortesãos que ficaram célebres pela baixeza de caráter, exibindo-se de maneira servil e provocando galhofas de uns e desejos de outros em uma terrível mescla de animalidade soez.
Aquele circo de hediondez apresentava em cada momento novos e agressivos quadros, enquanto se exibiam sessões de sexo grupal ao som de música estridente e desconcertante, que mais açulava os apetites insaciáveis dos comensais da loucura.
O antro asqueroso dava-me a idéia de ser o mundo inspirador de alguns espetáculos da Terra, que ainda não atingiram aquele nível de vileza, mas que dele se vêm aproximando, especialmente durante a apresentação de alguns dos turbulentos e torpes desfiles de Carnaval.
Sim, era naquela Região que se inspiravam muitos multiplicadores de opinião, que ainda insistem na liberação total dos costumes vis, como se já não bastassem o sexo explícito e vulgar, a violência absurda, a agressividade sem limites, a luxúria desmedida, o cinismo odiento, o furto desbragado, o desrespeito a tudo quanto constitui a dignidade humana, descendo a níveis já insuportáveis...
De quando em quando, aparentando a postura de guardadores da Comunidade horripilante, verdadeiros espectros humanos semi-hebetados, conduzindo mastins de grande porte, vigiavam a população, contra a qual atiçavam os ferozes animais.
Telepaticamente o nobre Mentor advertiu-nos para que mantivéssemos cuidados especiais com o pensamento elevado ao Supremo Amor, sem crítica ou observações descaridosas em relação ao que víamos, a fim de não sermos surpreendidos por esses vigias terrificantes.
Num dos quadros dantescos, pudemos defrontar diversos Espíritos reencarnados, que seguiam jugulados aos seus algozes, presos a coleiras como se fossem felinos esfaimados, babando ante o espetáculo que lhes aguçava os instintos grosseiros.
Entre outros, encontrava-se Mauro com o seu sicário, que dele escarnecia e o amedrontava, enquanto, debatendo-se, para liberar-se da retenção e atirar-se no vulcão de asquerosa sensualidade, urrava em deplorável aspecto.
Observamos que crianças despidas em atitudes obscenas decoravam o carro exótico, gritando e movimentando-se sensualmente, inspirando mais compaixão do que outro qualquer sentimento. Acurando, porém, a visão, surpreendemo-nos, ao constatar que se tratava de anões cínicos, apresentando-se como criaturas infantis, assim despertando os viciados em pedofilia a terem mais acicatados os seus impulsos grosseiros.
A bacante, com as suas aberrações, alongou-se, na sucessão das horas, até quando os primeiros raios do amanhecer penetraram a névoa densa, fazendo diminuir o desfile horrendo e a movimentação foi desaparecendo até ficar o ambiente, com a sua pesada psicosfera pestífera, quase vazio, exceção feita aos vigilantes e seus animais em contínua atividade.
A esdrúxula sociedade ali residente seguiu no rumo das suas furnas e mansardas, a fim de continuar na exorbitância dos sentidos torpes, terminado o desfile que se repetia todas as noites...            
"Muitos desses Espíritos, ora no corpo físico, são encontrados no mundo físico realizando espetáculos chocantes, vivendo em verdadeiras tribos de promiscuidade primitiva, vestindo-se e assumindo posturas caricatas e ridículas, de que se não conseguem libertar facilmente. Tornam-se, assim, representantes do curioso país espiritual de onde procedem e, telementalizados pelos que lá ficaram, fazem-se verdadeiros propagandistas da orgia despudorada, tentando arrebanhar mais vítimas para a bacanal da extravagância."
Após uma breve reflexão, deu prosseguimento:
- Não são poucos os indivíduos que sentem a atração para o mal, para o vício, para as tendências ancestrais e permanecem receosos, vivendo o claro-escuro da decisão a tomar. Subitamente, porém, enveredam pelos escusos caminhos da morbidez e do escândalo, assumindo comportamentos que envilecem em atitude de desrespeito aos valores morais e sociais vigentes, logo transformando-se em
líderes e modelos singulares.
"Invariavelmente são arrebanhados por esses representantes perversos que lhes influenciam a conduta, demonstrando-lhes a necessidade de serem assumidos exteriormente os conflitos e torpezas interiores, a fim de experienciarem a liberdade e o direito de viver conforme lhes apraz.
Demonstram uma alegria que estão longe de possuir, um cinismo que, em verdade, é a máscara que esconde as aflições quase insuportáveis que os transtornam, porém, insensatamente, vinculando-se a esses campeões do desequilíbrio, tombam-lhes nas redes bem urdidas do prazer, não conseguindo desvincular-se deles com facilidade. Somente através das dores excruciantes, das enfermidades dilaceradoras, das angústias morais que os assaltam é que, encontrando orientação e compaixão, liberam-se das amarras fortes do mal em predomínio. A grande maioria, porém, desencarna durante esse comportamento doentio e quase todos são arrastados para o sórdido campo de luxúria, sofrendo por decênios e mesmo séculos até o momento em que buscam a renovação e são socorridos por especialistas em libertação, que periodicamente visitam esses sítios de horror e de sofrimento irracional."
Novamente silenciou, e, tomado de imensa ternura acompanhada de compaixão, deu prosseguimento:
- A mente é sempre a construtora da vida, oferecendo a energia com a qual são condensados os anseios e as necessidades de todas as criaturas.
"O sexo, por sua vez, porque carregado de sensações e de emoções, quando vilipendiado e exercido com ignorância das suas sagradas funções, transforma-se em geratriz de tormentos que dão curso a outros vícios e alucinações, empurrando as suas vítimas para as drogas, o álcool, o tabaco, a mentira, a traição, a infâmia e todo um séquito de misérias morais que entorpecem os sentimentos e obnubilam a razão. Enquanto não houver um programa educativo baseado nas nobres finalidades da existência humana, cujo objetivo essencial é o progresso intelecto-moral e não a utilização do corpo para o prazer e a leviandade, permanecerão equivocados os valores éticos, sendo utilizados pelo egoísmo para o gozo e a insensatez.
"Vive-se, na Terra da atualidade, a exorbitância da lubricidade, da pornografia, da exibição das formas físicas direcionadas para o comércio da lascívia e da exploração.
"A morte, porém, que a ninguém poupa, ao desvestir da carne os equivocados, abre-lhes a cortina da realidade, e todos se dão conta do alto significado da vida física e do respeito que merece dos aprendizes da evolução. Por enquanto, somente nos cabem as atitudes de compaixão e de solidariedade, de compreensão e de amor, porque os irmãos anestesiados pelo prazer, inconscientes do que lhes ocorre, aguardam ajuda e orientação fraternal para despertarem para a verdadeira alegria de viver. Nesse empreendimento, incluímos também os companheiros desencarnados que, com eles, se encharcam de sensações doentias.

"Chegará o momento adequado, e todos nos deveremos empenhar por apressá-lo, quando luzir o pensamento de Jesus nas consciências humanas, em que o homem e a mulher compreenderão que o sexo existe para fomentar a vida e procriar, amparado por emoções enobrecedoras do intercâmbio de energias revigorantes, e não para o banquete asselvajado dos instintos e das sensações, desbordando em crimes e destruição da vida. Que possamos contribuir em favor desse momento, edificando-nos no bem e preservando-nos interiormente das ciladas do mal e das tentações perturbadoras."

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