segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Destruição Necessária e Abusiva

Casa Espírita Missionários da Luz - ESDE1 - 27/09/2011

Tema: Destruição Necessária e Abusiva

Objetivos:
  1. Caracterizar o que é destruição.
  2. Estabelecer a diferença entre destruição necessária e destruição abusiva.
  3. Explicar porque, instintivamente, o homem tem medo da morte.
  4. Perceber a guerra e crueldade como resquícios da natureza inferior do ser.

IDÉIAS PRINCIPAIS.
"preciso é que tudo se destrua para renascer e se regenerar. Por que, o que chamais destruição não passa de uma transformação, que tem por fim a renovação e melhoria dos seres vivos. (...)" (LE, perg 728)
"(...) Para se alimentarem, os seres vivos reciprocamente se destroem, destruição esta que obedece a um duplo fim: manutenção do equilíbrio na reprodução, que poderia tornar-se excessiva, e utilização dos despojos do invólucro exterior que sofre a destruição. (...)" (LE, perg 728)
Toda destruição que excede os limites da necessidade é uma violação da lei de Deus. (...)" (LE, perg 735)
O homem teme, instintivamente, a morte porque "(...) Deus lhe deu o instinto de conservação, instinto que o sustenta nas provas. A não ser assim,, ele muito freqüentemente se entregaria ao desânimo. A voz intima, que o induz a repelir a morte, lhe diz que ainda pode realizar alguma coisa pelo seu progresso. (...)" (LE, perg 730)


Bibliografia:
O Livro dos Espíritos, pergs. 728 à 736, 742 à 755;
A Gênese, Cap. III, "O bem e o mal", itens 20 à 24.
"Temor da morte", O Céu e o Inferno, 1a Parte, Cap. II, Itens 2,3, e 4


1. Leitura Inicial: “Considerando o Medo”, Joanna de Ângelis/Divaldo Franco, em Leis Morais da Vida, Cap.26

2. Comentários da página lida e prece inicial.

3. Fazer uma explosão de idéias, com o grupo, de forma que um a um, diga uma palavra ou frase, com relação à palavra “Destruição”. (cuidar para que fiquem no solicitado: palavra ou frase).
==> anotar num pedaço de papel, para ver no final, se os pontos levantados foram discutidos.

4. Passar slides: cada um deve ler e comentar
  • LE Perg. 728 (É lei da Natureza a destruição?)
==> o que é da lei, é a destruição <=> renovação. O foco é a vida material; os fenômenos físicos/fisiológicos

  • LE Perg. 728 a ==> passar a pegunta e solicitar a resposta de quem leu. Depois então passar a resposta do LE. (O instinto de destruição)

  • ==> LE Perg. 729 ==> passar a pegunta e solicitar a resposta de quem leu. Depois então passar a resposta do LE. (destruição x conservação)
  • No caso do homem, considerando desde seu estágio mais primitivo, como podemos ver o instinto da destruição sendo aplicado?

É necessária a luta para o desenvolvimento do Espírito. Na luta é que ele exercita suas faculdades. O que ataca em busca do alimento e o que se defende para conservar a vida usam de habilidade e inteligência, aumentando, em conseqüência, suas forças intelectuais. (A Gênese, Cap.III, item 23)


Nos seres inferiores da criação, naqueles a quem ainda falta o senso moral, em os quais a inteligência ainda não substituiu o instinto, a luta não pode ter por móvel senão a satisfação de uma necessidade material. Ora, uma das mais imperiosas dessas necessidades é a da alimentação. Eles, pois, lutam unicamente para viver, isto é, para fazer ou defender uma presa, visto que nenhum móvel mais elevado os poderia estimular. É nesse primeiro período que a alma se elabora e ensaia para a vida. (A Gênese, Cap.III, item 24)

Mais tarde, contrabalançam-se o instinto animal e o sentimento moral; luta então o homem, não mais para se alimentar, porém, para satisfazer à sua ambição, ao seu orgulho, à necessidade, que experimenta, de dominar. Para isso, ainda lhe é preciso destruir.

Todavia, à medida que o senso moral prepondera, desenvolve-se a sensibilidade, diminui a necessidade de destruir, acaba mesmo por desaparecer, por se tornar odiosa. O homem ganha horror ao sangue.

Só à custa de muita atividade adquire conhecimento, experiência e se despoja dos últimos vestígios da animalidade.

Mas, nessa ocasião, a luta, de sangrenta e brutal que era, se torna puramente intelectual. O homem luta contra as dificuldades, não mais contra os seus semelhantes.” (A Gênese, Cap.III, item 24)
==> concluímos que a aplicação da lei da destruição vai se modificando, conforme o ser vai evoluindo!

  • LE. Perg 732: ==> passar a pegunta e solicitar a resposta de quem leu. Depois então passar a resposta do LE. (lei da destruição em outros mundos)


  • LE. Perg 735: ==> passar a pegunta e solicitar a resposta de quem leu. Depois então passar a resposta do LE. (quando ultrapassa os limites que as necessidades e a segurança traçam)


  • LE. Perg 730: ==> passar a pegunta e solicitar a resposta de quem leu. Depois então passar a resposta do LE. (medo da morte)

Já dissemos que o homem deve procurar prolongar a vida, para cumprir a sua tarefa. Tal o motivo por que Deus lhe deu o instinto de conservação, instinto que o sustenta nas provas. A não ser assim, ele muito freqüentemente se entregaria ao desânimo. A voz íntima, que o induz a repelir a morte, lhe diz que ainda pode realizar alguma coisa pelo seu progresso.”

À proporção que o homem compreende melhor a vida futura, o temor da morte diminui; uma vez esclarecida a sua missão terrena, aguarda-lhe o fim calma, resignada e serenamente. A certeza da vida futura dá-lhe outro curso às idéias, outro fito ao trabalho; antes dela nada que se não prenda ao presente; depois dela tudo pelo futuro sem desprezo do presente, porque sabe que aquele depende da boa ou da má direção deste.” (O Céu e o Inferno 1a Parte, Cap. II, 3)


  • LE. Perg 742: ==> passar a pegunta e solicitar a resposta de quem leu. Depois então passar a resposta do LE. (Que é o que impele o homem à guerra?)

Predominância da natureza animal sobre a natureza espiritual e transbordamento das paixões. No estado de barbaria, os povos um só direito conhecem — o do mais forte. Por isso é que, para tais povos, o de guerra é um estado normal. À medida que o homem progride, menos freqüente se torna a guerra, porque ele lhe evita as causas, fazendo-a com humanidade, quando a sente necessária.”


  • LE. Perg 743 e sua resposta:

743. Da face da Terra, algum dia, a guerra desaparecerá?
Sim, quando os homens compreenderem a justiça e praticarem a lei de Deus. Nessa época, todos os povos serão irmãos.”
=> isso também se refere às guerras de grupos, torcidas, seitas.

  • LE. Perg 744 e sua resposta:

744. Que objetivou a Providência, tornando necessária a guerra?
A liberdade e o progresso.”

=> como podemos entender a “necessidade” da guerra?
Da mesma forma que entendemos a necessidade dos escândalos. É preciso que venham os escândalos, mas ai daqueles por quem o escândalo vier.
==> necessário para expugar o mal que os Espíritos, no seu processo de evolução, ainda trazem em si. Aprendem com a dor da guerra.


  • LE. Perg 749 e sua resposta:

749. Tem o homem culpa dos assassínios que pratica durante a guerra?
Não, quando constrangido pela força; mas é culpado das crueldades que cometa, sendo-lhe também levado em conta o sentimento de humanidade com que proceda.”


  • LE. Perg 747 e sua resposta:

747. É sempre do mesmo grau a culpabilidade em todos os casos de assassínio?
Já o temos dito: Deus é justo, julga mais pela intenção do que pelo fato.”


  • LE. Perg 748 e sua resposta:

748. Em caso de legítima defesa, escusa Deus o assassínio?
Só a necessidade o pode escusar. Mas, desde que o agredido possa preservar sua vida, sem atentar contra a de seu agressor, deve fazê-lo.”



  • LE. Perg 755 e sua resposta:

755. Como pode dar-se que, no seio da mais adiantada civilização, se encontrem seres às vezes tão cruéis quanto os selvagens?
Do mesmo modo que numa árvore carregada de bons frutos se encontram verdadeiros abortos. São, se quiseres, selvagens que da civilização só têm o exterior, lobos extraviados em meio de cordeiros. Espíritos de ordem inferior e muito atrasados podem encarnar entre homens adiantados, na esperança de também se adiantarem. Mas, desde que a prova é por demais pesada, predomina a natureza primitiva.”


Considerando o Medo

Coisa alguma se te afigure apavoradora.

A vida são as experiências vitoriosas ou não, que te ensejem aquisições para o equilíbrio e a sabedoria.
Não sofras, portanto, por antecipação, nem permitas que o fantasma do medo te perturbe o discernimento ante os cometimentos úteis, ou te assuste, gerando perturbação e receio injustificado.

Quando tememos algo, deixamo-nos dominar por forças desconhecidas da personalidade, que instalam lamentáveis processos de distonia nervosa, avançando para o desarranjo mental.
Os acontecimentos são conforme ocorrem e como tal devem ser enfrentados.

O medo avulta os contornos dos fatos, tornando-os falsos e exagerando-lhes a significação.
Predispõe mal, desgasta as forças e conduz a situação prejudicial sob qualquer aspecto se considere.
O que se teme raramente ocorre como se espera, mesmo porque as interferências divinas sempre atenuam as dores, até quando não são solicitadas.

O medo invalida a ação benéfica da prece, esparze pessimismo, precipita em abismos.
Um fato examinado sob a constrição do medo descaracteriza-se, um conceito soa falso, um socorro não atinge com segurança.

A pessoa com medo agride ou foge, exagera ou se exime da iniciativa feliz, torna-se difícil de ser ajudada e contamina, muitas vezes, outras menos robustas na convicção interna, desesperando-as, também.
O medo pode ser comparado à sombra que altera e dificulta a visão real.
Necessário combatê-lo sistemática, continuamente.

Doenças, problemas, notícias, viagens, revoluções, o porvir, não os temas.
Nunca serão conforme supões.
Uma atitude calma ajuda a tomada de posição para qualquer ocorrência aguardada ou que surge inesperadamente.

Não são piores umas enfermidades do que outras. Todas fazem sofrer, especialmente quando se as teme e não se encoraja a recebê-las com elevada posição de confiança em Deus.

Os problemas constituem recursos de que a vida dispõe para selecionar os valores humanos e eleger os verdadeiros dos falsos lutadores.

As notícias trazem informes que, sejam trágicos ou lenificadores, não modificam, senão, a estrutura de uma irrealidade que se está a viver.
As viagens têm o seu fanal e recear acidentes, aguardá-los, exagerar providências, certamente não impedem que o homem seja bem ou mal sucedido.
As revoluções e guerras que alcançam bons e maus estão em relação à violência do próprio homem que, vencido pelo egoísmo, explode em agressividade, graças aos sentimentos predominantes em a sua natureza animal.
Ninguém pode prever o imprevisto ou evadir-se à necessária conjuntura cármica para o acerto com as Leis Superiores da evolução.

Prudência, sim, é medida acautelatória e impostergável para se evitarem danos inecessários.
Afinal, em face do medo, deve-se considerar que o pior que pode suceder a alguém é advir a desencarnação. Se tal ocorrer, não há, ainda, porque temer, desde que morrer é viver.

O único cuidado que convém examinar diz respeito à situação interior de cada um perante a consciência, ao próximo, à vida e a Deus.
Em face disso, ao invés do sistemático cultivo do medo, uma disposição de trabalho árduo e intimorato, confiança em Deus, a fim de enfrentar bem e utilmente toda e qualquer coisa, fato, ocorrência, desdita.

Entrega-te ao fervor do bem e expulsa d'alma as artimanhas da inferioridade espiritual.
Faze luz íntima e os receios infundados baterão em retirada.
A responsabilidade dar-te-á motivos para preocupações, enquanto o medo minimizará as tuas probabilidades de êxito.
Jesus, culminando a tarefa de construir nos tíbios corações humanos a ventura e a paz, açodado pelos famanazes da loucura em ambos os lados da vida, inocente e pulcro, não temeu nem se afligiu, ensinando como deve ser a atitude de todos nós, em relação ao que nos acontece e de que necessitamos para atingir a glorificação interior.

(Leis Morais da Vida – Joanna de Angelis/Divaldo Pereira Franco – VI – Lei da Destruição - Cap 26)

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