Casa Espírita
Missionários da Luz - ESDE1 - 27/09/2011
Tema: Destruição
Necessária e Abusiva
Objetivos:
- Caracterizar o que é destruição.
- Estabelecer a diferença entre destruição necessária e destruição abusiva.
- Explicar porque, instintivamente, o homem tem medo da morte.
- Perceber a guerra e crueldade como resquícios da natureza inferior do ser.
IDÉIAS
PRINCIPAIS.
"preciso é que tudo se destrua para renascer e se regenerar. Por que, o que chamais destruição não passa de uma transformação, que tem por fim a renovação e melhoria dos seres vivos. (...)" (LE, perg 728)
"preciso é que tudo se destrua para renascer e se regenerar. Por que, o que chamais destruição não passa de uma transformação, que tem por fim a renovação e melhoria dos seres vivos. (...)" (LE, perg 728)
"(...) Para
se alimentarem, os seres vivos reciprocamente se destroem, destruição
esta que obedece a um duplo fim: manutenção do equilíbrio na
reprodução, que poderia tornar-se excessiva, e utilização dos
despojos do invólucro exterior que sofre a destruição. (...)"
(LE, perg 728)
Toda destruição
que excede os limites da necessidade é uma violação da lei de
Deus. (...)" (LE, perg 735)
O homem teme,
instintivamente, a morte porque "(...) Deus lhe deu o instinto
de conservação, instinto que o sustenta nas provas. A não ser
assim,, ele muito freqüentemente se entregaria ao desânimo. A voz
intima, que o induz a repelir a morte, lhe diz que ainda pode
realizar alguma coisa pelo seu progresso. (...)" (LE, perg 730)
Bibliografia:
O
Livro dos Espíritos, pergs. 728 à 736, 742 à 755;
A
Gênese, Cap. III, "O bem e o mal", itens 20 à 24.
"Temor
da morte", O Céu e o Inferno, 1a Parte, Cap. II, Itens 2,3, e 4
1. Leitura Inicial:
“Considerando o Medo”, Joanna de Ângelis/Divaldo Franco, em Leis
Morais da Vida, Cap.26
2. Comentários da página
lida e prece inicial.
3. Fazer uma explosão de
idéias, com o grupo, de forma que um a um, diga uma palavra ou
frase, com relação à palavra “Destruição”. (cuidar para que
fiquem no solicitado: palavra ou frase).
==> anotar num pedaço
de papel, para ver no final, se os pontos levantados foram
discutidos.
4. Passar slides: cada um
deve ler e comentar
- LE Perg. 728 (É lei da Natureza a destruição?)
==> o que é da lei, é
a destruição <=> renovação. O foco é a vida material; os
fenômenos físicos/fisiológicos
- LE Perg. 728 a ==> passar a pegunta e solicitar a resposta de quem leu. Depois então passar a resposta do LE. (O instinto de destruição)
- ==> LE Perg. 729 ==> passar a pegunta e solicitar a resposta de quem leu. Depois então passar a resposta do LE. (destruição x conservação)
- No caso do homem, considerando desde seu estágio mais primitivo, como podemos ver o instinto da destruição sendo aplicado?
“É
necessária a luta para o desenvolvimento do Espírito. Na luta é
que ele exercita suas faculdades. O que ataca em busca do alimento e
o que se defende para conservar a vida usam de habilidade e
inteligência, aumentando, em conseqüência, suas forças
intelectuais.
(A Gênese, Cap.III, item 23)
“Nos
seres inferiores da criação, naqueles a quem ainda falta o senso
moral, em os quais a inteligência ainda não substituiu o instinto,
a luta não pode ter por móvel senão a satisfação de uma
necessidade material. Ora, uma das mais imperiosas dessas
necessidades é a da alimentação. Eles, pois, lutam unicamente para
viver, isto é, para fazer ou defender uma presa, visto que nenhum
móvel mais elevado os poderia estimular. É nesse primeiro período
que a alma se elabora e ensaia para a vida.
(A Gênese, Cap.III, item 24)
“Mais
tarde, contrabalançam-se o
instinto animal e o sentimento moral; luta então o homem, não mais
para se alimentar, porém, para satisfazer à sua ambição, ao seu
orgulho, à necessidade, que experimenta, de dominar. Para isso,
ainda lhe é preciso destruir.
Todavia,
à medida que o senso moral prepondera, desenvolve-se
a sensibilidade, diminui a necessidade de destruir, acaba mesmo por
desaparecer, por se tornar odiosa. O homem ganha horror ao sangue.
Só
à custa de muita atividade adquire conhecimento, experiência e
se despoja dos últimos vestígios da animalidade.
Mas,
nessa ocasião, a luta, de sangrenta e brutal que era, se
torna puramente intelectual. O homem luta contra as dificuldades, não
mais contra os seus semelhantes.”
(A
Gênese, Cap.III, item 24)
==>
concluímos que a aplicação da lei da destruição vai se
modificando, conforme o ser vai evoluindo!
- LE. Perg 732: ==> passar a pegunta e solicitar a resposta de quem leu. Depois então passar a resposta do LE. (lei da destruição em outros mundos)
- LE. Perg 735: ==> passar a pegunta e solicitar a resposta de quem leu. Depois então passar a resposta do LE. (quando ultrapassa os limites que as necessidades e a segurança traçam)
- LE. Perg 730: ==> passar a pegunta e solicitar a resposta de quem leu. Depois então passar a resposta do LE. (medo da morte)
“Já
dissemos que o homem deve procurar prolongar a vida, para
cumprir a sua tarefa. Tal o motivo por que Deus lhe deu o instinto de
conservação, instinto que o sustenta nas provas. A não ser assim,
ele muito freqüentemente se entregaria ao desânimo. A voz íntima,
que o induz a repelir a morte, lhe diz que ainda pode realizar alguma
coisa pelo seu progresso.”
“À
proporção que o homem compreende melhor a vida futura,
o temor da morte diminui; uma vez esclarecida a sua missão terrena,
aguarda-lhe o fim calma, resignada e serenamente. A certeza da vida
futura dá-lhe outro curso às idéias, outro fito ao trabalho; antes
dela nada que se não prenda ao presente; depois dela tudo pelo
futuro sem desprezo do presente, porque sabe que aquele depende da
boa ou da má direção deste.” (O
Céu e o Inferno 1a
Parte, Cap. II, 3)
- LE. Perg 742: ==> passar a pegunta e solicitar a resposta de quem leu. Depois então passar a resposta do LE. (Que é o que impele o homem à guerra?)
“Predominância
da natureza animal sobre a natureza espiritual e transbordamento das
paixões. No estado de barbaria, os povos um só direito conhecem —
o do mais forte. Por isso é que, para tais povos, o de guerra é um
estado normal. À medida que o homem progride, menos freqüente se
torna a guerra, porque ele lhe evita as causas, fazendo-a com
humanidade, quando a sente necessária.”
- LE. Perg 743 e sua resposta:
743.
Da face da Terra, algum dia, a guerra desaparecerá?
“Sim,
quando os homens compreenderem a justiça e praticarem a lei de Deus.
Nessa época, todos os povos serão irmãos.”
=>
isso também se refere às guerras de grupos, torcidas, seitas.
- LE. Perg 744 e sua resposta:
744.
Que objetivou a Providência, tornando necessária a guerra?
“A
liberdade e o progresso.”
=>
como podemos entender a “necessidade” da guerra?
Da
mesma forma que entendemos a necessidade dos escândalos. É preciso
que venham os escândalos, mas ai daqueles por quem o escândalo
vier.
==>
necessário para expugar o mal que os Espíritos, no seu processo de
evolução, ainda trazem em si. Aprendem com a dor da guerra.
- LE. Perg 749 e sua resposta:
749.
Tem o homem culpa dos assassínios que pratica durante a
guerra?
“Não,
quando constrangido pela força; mas é culpado das crueldades que
cometa, sendo-lhe também levado em conta o sentimento de humanidade
com que proceda.”
- LE. Perg 747 e sua resposta:
747.
É sempre do mesmo grau a culpabilidade em todos os casos de
assassínio?
“Já
o temos dito: Deus é justo, julga mais pela intenção do que pelo
fato.”
- LE. Perg 748 e sua resposta:
748.
Em caso de legítima defesa, escusa Deus o assassínio?
“Só
a necessidade o pode escusar. Mas, desde que o agredido possa
preservar sua vida, sem atentar contra a de seu agressor, deve
fazê-lo.”
- LE. Perg 755 e sua resposta:
755.
Como pode dar-se que, no seio da mais adiantada civilização, se
encontrem seres às vezes tão cruéis quanto os selvagens?
“Do
mesmo modo que numa árvore carregada de bons frutos se encontram
verdadeiros abortos. São, se quiseres, selvagens que da civilização
só têm o exterior, lobos extraviados em meio de cordeiros.
Espíritos de ordem inferior e muito atrasados podem encarnar entre
homens adiantados, na esperança de também se adiantarem. Mas, desde
que a prova é por demais pesada, predomina a natureza primitiva.”
Considerando o Medo
Coisa alguma se te
afigure apavoradora.
A vida são as
experiências vitoriosas ou não, que te ensejem aquisições para o
equilíbrio e a sabedoria.
Não sofras, portanto,
por antecipação, nem permitas que o fantasma do medo te perturbe o
discernimento ante os cometimentos úteis, ou te assuste, gerando
perturbação e receio injustificado.
Quando tememos algo,
deixamo-nos dominar por forças desconhecidas da personalidade, que
instalam lamentáveis processos de distonia nervosa, avançando para
o desarranjo mental.
Os acontecimentos são
conforme ocorrem e como tal devem ser enfrentados.
O medo avulta os
contornos dos fatos, tornando-os falsos e exagerando-lhes a
significação.
Predispõe mal, desgasta
as forças e conduz a situação prejudicial sob qualquer aspecto se
considere.
O que se teme raramente
ocorre como se espera, mesmo porque as interferências divinas sempre
atenuam as dores, até quando não são solicitadas.
O medo invalida a ação
benéfica da prece, esparze pessimismo, precipita em abismos.
Um fato examinado sob a
constrição do medo descaracteriza-se, um conceito soa falso, um
socorro não atinge com segurança.
A pessoa com medo agride
ou foge, exagera ou se exime da iniciativa feliz, torna-se difícil
de ser ajudada e contamina, muitas vezes, outras menos robustas na
convicção interna, desesperando-as, também.
O medo pode ser comparado
à sombra que altera e dificulta a visão real.
Necessário combatê-lo
sistemática, continuamente.
Doenças, problemas,
notícias, viagens, revoluções, o porvir, não os temas.
Nunca serão conforme
supões.
Uma atitude calma ajuda a
tomada de posição para qualquer ocorrência aguardada ou que surge
inesperadamente.
Não são piores umas
enfermidades do que outras. Todas fazem sofrer, especialmente quando
se as teme e não se encoraja a recebê-las com elevada posição de
confiança em Deus.
Os problemas constituem
recursos de que a vida dispõe para selecionar os valores humanos e
eleger os verdadeiros dos falsos lutadores.
As notícias trazem
informes que, sejam trágicos ou lenificadores, não modificam,
senão, a estrutura de uma irrealidade que se está a viver.
As viagens têm o seu
fanal e recear acidentes, aguardá-los, exagerar providências,
certamente não impedem que o homem seja bem ou mal sucedido.
As revoluções e guerras
que alcançam bons e maus estão em relação à violência do
próprio homem que, vencido pelo egoísmo, explode em agressividade,
graças aos sentimentos predominantes em a sua natureza animal.
Ninguém pode prever o
imprevisto ou evadir-se à necessária conjuntura cármica para o
acerto com as Leis Superiores da evolução.
Prudência, sim, é
medida acautelatória e impostergável para se evitarem danos
inecessários.
Afinal, em face do medo,
deve-se considerar que o pior que pode suceder a alguém é advir a
desencarnação. Se tal ocorrer, não há, ainda, porque temer, desde
que morrer é viver.
O único cuidado que
convém examinar diz respeito à situação interior de cada um
perante a consciência, ao próximo, à vida e a Deus.
Em face disso, ao invés
do sistemático cultivo do medo, uma disposição de trabalho árduo
e intimorato, confiança em Deus, a fim de enfrentar bem e utilmente
toda e qualquer coisa, fato, ocorrência, desdita.
Entrega-te ao fervor do
bem e expulsa d'alma as artimanhas da inferioridade espiritual.
Faze luz íntima e os
receios infundados baterão em retirada.
A responsabilidade
dar-te-á motivos para preocupações, enquanto o medo minimizará as
tuas probabilidades de êxito.
Jesus, culminando a
tarefa de construir nos tíbios corações humanos a ventura e a paz,
açodado pelos famanazes da loucura em ambos os lados da vida,
inocente e pulcro, não temeu nem se afligiu, ensinando como deve ser
a atitude de todos nós, em relação ao que nos acontece e de que
necessitamos para atingir a glorificação interior.
(Leis Morais da Vida –
Joanna de Angelis/Divaldo Pereira Franco – VI – Lei da Destruição
- Cap 26)
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