segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Necessidade da Vida Social

Casa Espírita Missionários da Luz - ESDE1 - 11/10/2011

Tema: Necessidade da Vida Social

Objetivos:
  1. Explicar porque é necessário ao homem viver em sociedade.
  2. Identificar, no intercâmbio social, um meio de progresso humano.
  3. Justificar porque a vida de isolamento não é compatível com os ensinamentos Espíritas.
  4. Especificar as conseqüências espirituais da vida de isolamento e do voto de silêncio.
  5. Esclarecer como deve ser a conduta do homem no mundo.
Bibliografia:
O Livro dos Espíritos, pergs. 766 à 772
Ev.Seg.Espiritismo, Cap. XVII item 10 "O Homem no Mundo".
FRANCO ,Divaldo Pereira/Joanna de Ângelis. “Intercâmbio social” - As leis morais da vida

1. Leitura Inicial: item 10 do Cap. XVII do Evangelho: “O Homem no Mundo”

2. Prece inicial.

3. Leitura em conjunto da Perg. 766 à 768 do Livro dos Espíritos.

4. Trabalho em 3 grupos para responder às questões:
  1. Devemos evitar o contato de pessoas que não pensam como nós? E se as circunstâncias nos obrigarem a isso? 
  2. Podemos viver no mundo sem pertencer a ele, isso é, sem nos deixar envolver pelo vícios, tentações e prazeres? Como? (pensam/ em Deus; não se escravizar e não abusar dos prazeres) 
  3. O que fazer se somos sós, se vivemos sozinhos? (estudo, trabalho, voluntariado) Existem situações em que o isolamento social por opção, é meritório aos olhos de Deus?  

5. Apresentação dos grupos.
6. Leitura da página de Joanna “Intercâmbio social”, do livro As Leis Morais da Vida.
7. Prece final.



Leis Morais da Vida, Cap.31 “ INTERCÂMBIO SOCIAL”, Joanna de Ângelis/Divaldo P. Franco
O homem, inquestionavelmente, é um ser gregário, organizado pela emoção para a vida em sociedade.
O seu insulamento, a pretexto de servir a Deus, constitui uma violência à lei natural, caracterizando-se por uma fuga injustificável às responsabilidades do dia-a-dia.
Graças à dinâmica da atualidade, diminuem as antigas incursões ao isolacionismo, seja nas regiões desérticas para onde o homem fugia a buscar meditação, seja no silêncio das clausuras e monastérios onde pensava perder-se em contemplação.
O Cristianismo possui o extraordinário objetivo de criar uma sociedade equilibrada, na qual todos os seus membros sejam solidários entre si.
Negar o mundo” do conceito evangélico, não significa abandoná-lo, antes criar condições novas, a fim de modificar-lhe as estruturas negativas e egoísticas, engendrando recursos que o transformem em reduto de esperança, de paz, perfeito símile do “reino dos céus”, a que se reportava Jesus.
A vivência cristã se caracteriza pelo clima de convivência social em regime de fraternidade, no qual todos se ajudam e se socorrem, dirimindo dificuldades e consertando problemas.
Viver o Cristo é também conviver com o próximo, aceitando-o conforme suas imperfeições, sem constituir-lhe fiscal ou pretender corrigi-lo, antes acompanhando-o com bondade, inspirando-o ao despertamento e à mudança de conduta de motu proprio.
A reforma pessoal de alguém inspira confiança, gera simpatia, modifica o meio e renova os cômpares com quem cada um se afina.
Isolar-se, portanto, a pretexto de servir ao bem não passa de uma experiência na qual o egoísmo predomina, longe da luta que forja heróis e constrói os santos da abnegação e da caridade.
*
Criaturas bem intencionadas sonham com comunidades espiritualizadas, perfeitas, onde se possa viver em regime da mais pura santificação.
Assim tocadas programam colméias, organizam comitês para tal fim, e os mais ambiciosos laboram por cidades onde o mal não exista e todos se amem...
Em verdade, tal ambição, nobre por enquanto impraticável senão totalmente irrealizável, representa uma reminiscência ancestral das antigas comunidades religiosas onde o atavismo criou necessidades de elevação num mundo especial, longe das realidades objetivas entre os homens em evolução.
Jesus, porém, deu-nos o exemplo.
Desceu das Regiões Felizes ao vale das aflições, a fim de ajudar.
Não convocou os privilegiados, antes convidou os infelizes, os rebeldes e rejeitados, suportando suas mazelas e assim mesmo os amando.
No Colégio íntimo esteve a braços com as sistemáticas dúvidas dos amigos, suas ambições infantis, suas querelas frívolas, suas disputas.
Não se afastou deles, embora suas imperfeições, não se rebelou contra eles.
Ajudou-os, íncansavelmente, até os momentos extremos, quando, sofrendo, no Getsemani, surpreendeu-os, mais de uma vez, a dormir.
E retornou ao convívio deles, quando atemorizados, a sustentá-los e animá-los, a fim de que não deperecessem na fé, nem na dedicação em que se fizeram mais tarde dignos do seu Mestre, em face dos testemunhos libertadores a que se entregaram.
*
Atesta a tua confiança no Senhor e a excelência da tua fé mediante a convivência com os irmãos mais inditosos do que tu mesmo.
Sê-lhes a lâmpada acesa a clarificar-lhes a marcha.
Nada esperes dos outros.
Sê tu quem ajuda, desculpa, compreende.
Se eles te enganam ou te traem, se censuram-te ou exigem-te o que te não dão, ama-os mais, sofre-os mais, porqüanto são mais carecentes de socorro e amor do que supões.

Se conseguires conviver pacificamente com os amigos difíceis e fazê-los companheiros, terás logrado êxito, porqüanto Jesus em teu coração estará sempre refletido no trato, no intercâmbio social com os que te buscam e com os quais ascendes na direção de Deus.

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