quinta-feira, 3 de novembro de 2016

Estudo Nosso Lar - Capítulo 25

Casa Espírita Missionários da Luz 
Estudo Livro Nosso Lar  –  19/07/2016

Tema:  Capítulo 25 de Nosso Lar – Generoso Alvitre
                                                                                                Coordenação: Augusto
Objetivos:
- Conhecer os fatos narrados pelos evangelistas da Última Ceia de Jesus com seus discípulos;
- Identificar a lição do Lava-Pés como exemplo de Humildade;
- Reconhecer no serviço ao próximo, a grandeza moral;
- Refletir sobre oportunidades de serviço ao próximo em nosso cotidiano.

Bibliografia:  
- Nosso Lar, André Luiz/Chico Xavier, Cap. 25
- LE, perg. 275, 276 e 785
- ESE cap. VII, itens 6 e 11
- Boa Nova, Chico Xavier/Humberto de Campos - “A Última Ceia”
- O Consolador, Emmanuel/Chico Xavier, perg. 314 e 315
- Depois da morte, Leon Denis, 45 - Orgulho, Riqueza e Pobreza

Desenvolvimento:
1 – Prece inicial

2 – Comentar alguns pontos do capitulo 25
Laura arranjou para André a companhia de Rafael para apresenta-lo em seu nome ao Ministro Genésio;
Da alguma indicação para os seus novos caminhos, sabedora que André havia pedido trabalho a algum tempo e não fora atendido de pronto. Agora conseguiu autorização para visitar os Ministérios ligados mais fortemente a Terra.
Abandonar propósitos de mera curiosidade; sendo medico estudioso é fácil deslizar na posição nova; não se limitar a observar, medite no trabalho e atire-se a ele na primeira oportunidade; todos querem observar, raros se dispõe a realizar; não se considere humilhado com tarefas humildes; converter observações em tarefa útil;

- Laura diz a André Luiz:
"A ciência de recomeçar é das mais nobres que nosso espírito pode aprender. São muito raros os que a compreendem nas esferas da crosta. Temos escassos exemplos humanos nesse sentido".
Trabalhe para o bem dos outros para que possa encontrar seu próprio bem”.



3 – Ler o texto resumido de Humberto de Campos.
Antes da leitura, dar o contexto (dar o exemplo de declamação de texto):
Jesus estava com os discípulos e sabia que seria a última ceia junto deles. Era a ceia da Páscoa. Jesus quis fazer com que aquela noite, aqueles momentos, fossem inesquecíveis aos discípulos, preparando-os para as lutas que viriam após a volta de Jesus ao plano espiritual.












Texto extraído de Boa Nova – Humberto de Campos/Chico Xavier
 A Última Ceia

1– Amados – disse Jesus, com emoção – está muito próximo o nosso último instante de trabalho em conjunto e quero reiterar-vos as minhas recomendações de amor, feitas desde o primeiro dia do apostolado. Este pão significa o do banquete do Evangelho, este vinho é o sinal do espírito renovador dos meus ensinamentos. Constituirão o símbolo de nossa comunhão perene, no sagrado idealismo do amor, com que operaremos no mundo até o último dia. Todos os que partilharem conosco, através do tempo, desse pão eterno e desse vinho sagrado da alma, terão o espírito fecundado pela luz gloriosa do Reino de Deus que representa o objetivo santo dos nossos destinos.
2- Imenso é o trabalho da redenção, mesmo porque tenho outras ovelhas que não são deste aprisco; mas, o Reino nos espera com sua eternidade luminosa! ...
Altamente tocados pelas suas exortações solenes, porém, maravilhados ainda mais com as promessas daquele reinado venturoso e sem fim, que ainda não podiam compreender claramente, a maioria dos discípulos começou a discutir as aspirações e conquistas do futuro.
3 - Enquanto Jesus se entretinha com João, em observações afetuosas, os filhos de Alfeu examinavam com Tiago as possíveis realizações dos tempos vindouros, antecipando opiniões sobre qual dos companheiros poderia ser o maior de todos, quando chegasse o Reino com as suas inauditas grandiosidades.
4- Felipe afirmava a Simão Pedro que, depois do triunfo, todos deveriam entrar em Nazaré para revelar aos doutores e aos ricos da cidade a sua superioridade espiritual.
5 -Levi dirigia-se a Tomé e lhe fazia sentir que, verificada a vitória, se lhes constituía uma obrigação a marcha para o Templo ilustre, onde exigiriam seus poderes supremos.
6 - Tadeu esclarecia que o seu intento era dominar os mais fortes e impenitentes do mundo, para que aceitassem, de qualquer modo, a lição de Jesus.
7 - O Mestre interrompera a sua palestra íntima com João, e os observava. As discussões iam acirradas. As palavras “maior de todos” soavam insistentemente aos seus ouvidos. Parecia que os componentes do sagrado colégio estavam na véspera da divisão de uma conquista material e, como os triunfadores do mundo, cada qual desejava a maior parte da presa.
8 - Nesse instante, os apóstolos observaram que ele se erguia.
Com espanto de todos, despiu a túnica singela e cingiu-se com uma toalha em torno dos rins, à moda dos escravos mais íntimos, a serviço dos seus senhores. E, como se fossem dispensáveis as palavras naquela hora decisiva de exemplificação, tomou de um vaso de água perfumada e, ajoelhando-se, começou a lavar os pés dos discípulos. Ante o protesto geral em face daquele ato de suprema humildade, Jesus repetiu o seu imorredouro ensinamento:
9 - Vós me chamais Mestre e Senhor e dizeis bem, porque eu o sou. Se eu, Senhor e Mestre, vos lavo os pés, deveis igualmente lavar os pés uns dos outros no caminho da vida porque no Reino do Bem e da Verdade o maior será sempre aquele que se fez sinceramente o menor de todos.







Perguntas para fixação:
1. O que é a humildade?
2. Em quais gestos Jesus exemplificou a humildade?
3. Ser pobre materialmente significa ser humilde? Por quê?
4. Quem é o maior no reino dos céus?


1.1– Humildade é ausência completa de orgulho (amor-próprio exagerado, altivez, soberba); (dicionário Aurélio.)

“O homem simples, humilde de coração, rico em qua­lidades morais, chegará mais depressa à verdade, apesar da possível inferioridade de suas faculdades, do que o presun­çoso, vaidoso de sua ciência terrestre, revoltado contra a lei que o rebaixa e destrói o seu prestígio. (Depois da morte. Cap. 45. Orgulho. Riqueza e pobreza. Leon Denis).

2.2 -O Consolador 314 – Qual a maior lição que a Humanidade recebeu do Mestre ao lavar ele os pés dos seus discípulos?
Entregando-se a esse ato, queria o Divino Mestre testemunhar às criaturas humanas a suprema lição da humildade, demostrando, ainda uma vez, que, na coletividade cristã, o maior para Deus seria sempre aquele que se fizesse o menor de todos.

2.3 -O Consolador 315 – Por que razão Jesus, ao lavar os pés dos discípulos, cingiu-se com uma toalha?
O Cristo, que não desdenhou a energia fraternal dos erros da criatura humana, afirmando-se como o Filho de Deus nos divinos fundamentos da Verdade, quis proceder desse modo para revelar-se o escravo pelo amor à Humanidade, à qual vinha trazer a luz da vida, na abnegação e no sacrifício supremo.

3.3 -LE. 275 – O poder e o respeito que um homem usufruiu na Terra dão-lhe alguma supremacia no mundo dos Espíritos?
 - Não, pois os pequenos serão elevados e os grandes rebaixados. Lê os Salmos.

3.4 -LE. 275.a – Como devemos entender essa elevação e esse rebaixamento?
 - Não sabes que os Espíritos pertencem a diferentes ordens segundo seus méritos? Pois bem! O maior na Terra pode estar na última categoria entre os Espíritos, ao passo que aquele que o serve poderá estar na primeira. Compreendes isso? Jesus disse: Todo aquele que se humilhar será exaltado, e todo aquele que se exaltar será humilhado.

3.5 -LE. 276 – Aquele que foi grande na Terra e que se vê inferior entre os Espíritos, sente humilhação por isso?
 - Uma humilhação quase sempre enorme, sobretudo se era orgulhoso e invejoso.

4.1 -ESE cap. VII, itens 6 – “ Bem-aventurados os pobres de espirito, pois é deles o reino dos céus”. Mateus, cap. V, v.3.
Por pobres de Espírito, Jesus não entende os homens desprovidos de inteligência, mas os humildes; ele diz que o reino dos céus é deles, e não dos orgulhosos.
Ninguém nele é admitido sem a simplicidade de coração e a humildade de espírito.

ESE cap. VII, itens 11 – A humildade é uma virtude muito esquecida entre vós; os grandes exemplos que vos foram dados pouco são seguidos. E, no entanto, podeis ser caridosos para vosso próximo sem a humildade? Oh! não, pois esse sentimento nivela os homens; diz-lhes que são irmãos, que devem se ajudar entre si, e conduzirem-se ao bem.(...) Relembrai aquele que vos salva; relembrai sua humildade, que o fez tão superior, e o pôs acima de todos os profetas. (Lacordaire. Constantine, 1863.)






4 -  Remuneração Espiritual


"O lavrador que trabalha deve ser o primeiro a gozar dos frutos."
Paulo - II Timóteo, 2:6.

Além do salário amoedado o trabalho se faz invariavelmente, seguido de remuneração espiritual respectiva, da qual salientamos alguns dos itens mais significativos: acende a luz da experiência; ensina-nos a conhecer as dificuldades e problemas do próximo, induzindo-nos, por isso mesmo, a respeitá-lo; promove a autoeducação; desenvolve a criatividade e a noção de valor do tempo; imuniza contra os perigos da aventura e do tédio; estabelece apreço em nossa área de ação; dilata o entendimento; amplia-nos o campo das relações afetivas; atrai simpatia e colaboração; extingue, a pouco e pouco, as tendências inferiores que ainda estejamos trazendo de existências passadas.
Quando o trabalho, no entanto, se transforma em prazer de servir, surge o ponto mais importante da remuneração espiritual: toda vez que a Justiça Divina nos procura no endereço exato para execução das sentenças que lavramos contra nós próprios, segundo as leis de causa e efeito, se nos encontra em serviço ao próximo, manda a Divina Misericórdia que a execução seja suspensa, por tempo indeterminado.
E, quando ocorre, em momento oportuno, o nosso contato indispensável com os mecanismos da Justiça Terrena, eis que a influência de todos aqueles a quem, porventura, tenhamos prestado algum benefício aparece em nosso auxílio, já que semelhantes companheiros se convertem espontaneamente em advogados naturais de nossa causa, amenizando as penalidades em que estejamos incursos ou suprimindo-as, de todo, se já tivermos resgatado em amor aquilo que devíamos em provação ou sofrimento, para a retificação e tranquilidade em nós mesmos.
 Reflitamos nisso e concluamos que trabalhar e servir, em qualquer parte, ser-nos-ão sempre apoio constante e promoção à Vida Melhor.
Perante Jesus, Francisco Cândido Xavier /Emmanuel


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