Casa Espírita Missionários da Luz
Estudo
Livro Nosso Lar – 19/07/2016
Tema: Capítulo 25 de Nosso Lar – Generoso Alvitre
Coordenação: Augusto
Objetivos:
- Conhecer os
fatos narrados pelos evangelistas da Última Ceia de Jesus com seus discípulos;
- Identificar a lição do Lava-Pés como exemplo de Humildade;
- Reconhecer no serviço ao próximo, a grandeza moral;
- Refletir sobre oportunidades de serviço ao próximo em nosso cotidiano.
Bibliografia:
- Nosso
Lar, André Luiz/Chico Xavier, Cap. 25
- LE, perg. 275, 276 e
785
- ESE cap. VII, itens
6 e 11
- Boa Nova, Chico
Xavier/Humberto de Campos - “A Última Ceia”
- O Consolador,
Emmanuel/Chico Xavier, perg. 314 e 315
- Depois da morte, Leon
Denis, 45 - Orgulho, Riqueza e Pobreza
Desenvolvimento:
1 – Prece inicial
2 – Comentar alguns pontos do capitulo 25
Laura arranjou para André a companhia de Rafael para apresenta-lo em seu
nome ao Ministro Genésio;
Da alguma indicação para os seus novos caminhos, sabedora que André
havia pedido trabalho a algum tempo e não fora atendido de pronto. Agora
conseguiu autorização para visitar os Ministérios ligados mais fortemente a
Terra.
Abandonar propósitos de mera curiosidade; sendo medico estudioso é fácil
deslizar na posição nova; não se limitar a observar, medite no trabalho e atire-se
a ele na primeira oportunidade; todos querem observar, raros se dispõe a
realizar; não se considere humilhado com tarefas humildes; converter
observações em tarefa útil;
- Laura diz a André Luiz:
"A ciência de recomeçar é das mais nobres que nosso espírito pode
aprender. São muito raros os que a compreendem nas esferas da crosta. Temos
escassos exemplos humanos nesse sentido".
“
Trabalhe para o bem dos outros para que possa encontrar seu próprio
bem”.
3 – Ler o texto resumido de Humberto de Campos.
Antes da leitura, dar o contexto (dar o exemplo de declamação de texto):
Jesus estava com os
discípulos e sabia que seria a última ceia junto deles. Era a ceia da Páscoa.
Jesus quis fazer com que aquela noite, aqueles momentos, fossem inesquecíveis
aos discípulos, preparando-os para as lutas que viriam após a volta de Jesus ao
plano espiritual.
Texto extraído de Boa Nova – Humberto de Campos/Chico Xavier
A Última Ceia
1– Amados – disse Jesus, com emoção – está muito próximo o nosso último instante
de trabalho em conjunto e quero reiterar-vos as minhas recomendações de amor,
feitas desde o primeiro dia do apostolado. Este pão significa o do banquete do
Evangelho, este vinho é o sinal do espírito renovador dos meus ensinamentos.
Constituirão o símbolo de nossa comunhão perene, no sagrado idealismo do amor,
com que operaremos no mundo até o último dia. Todos os que partilharem conosco,
através do tempo, desse pão eterno e desse vinho sagrado da alma, terão o
espírito fecundado pela luz gloriosa do Reino de Deus que representa o objetivo
santo dos nossos destinos.
2- Imenso é o trabalho da redenção, mesmo porque tenho outras ovelhas
que não são deste aprisco; mas, o Reino nos espera com sua eternidade luminosa!
...
Altamente tocados pelas suas exortações solenes, porém, maravilhados
ainda mais com as promessas daquele reinado venturoso e sem fim, que ainda não
podiam compreender claramente, a maioria dos discípulos começou a discutir as
aspirações e conquistas do futuro.
3 - Enquanto Jesus se entretinha com João, em observações afetuosas, os
filhos de Alfeu examinavam com Tiago as possíveis realizações dos tempos
vindouros, antecipando opiniões sobre qual dos companheiros poderia ser o maior
de todos, quando chegasse o Reino com as suas inauditas grandiosidades.
4- Felipe afirmava a Simão Pedro que, depois do triunfo, todos deveriam
entrar em Nazaré para revelar aos doutores e aos ricos da cidade a sua
superioridade espiritual.
5 -Levi dirigia-se a Tomé e lhe fazia sentir que, verificada a vitória,
se lhes constituía uma obrigação a marcha para o Templo ilustre, onde exigiriam
seus poderes supremos.
6 - Tadeu esclarecia que o seu intento era dominar os mais fortes e
impenitentes do mundo, para que aceitassem, de qualquer modo, a lição de Jesus.
7 - O Mestre interrompera a sua palestra íntima com João, e os
observava. As discussões iam acirradas. As palavras “maior de todos” soavam
insistentemente aos seus ouvidos. Parecia que os componentes do sagrado colégio
estavam na véspera da divisão de uma conquista material e, como os triunfadores
do mundo, cada qual desejava a maior parte da presa.
8 - Nesse instante, os apóstolos observaram que ele se erguia.
Com espanto de todos, despiu a túnica singela e cingiu-se com uma toalha
em torno dos rins, à moda dos escravos mais íntimos, a serviço dos seus
senhores. E, como se fossem dispensáveis as palavras naquela hora decisiva de
exemplificação, tomou de um vaso de água perfumada e, ajoelhando-se, começou a
lavar os pés dos discípulos. Ante o protesto geral em face daquele ato de
suprema humildade, Jesus repetiu o seu imorredouro ensinamento:
9 - Vós me chamais Mestre e Senhor e dizeis bem, porque eu o sou. Se eu,
Senhor e Mestre, vos lavo os pés, deveis igualmente lavar os pés uns dos outros
no caminho da vida porque no Reino do Bem e da Verdade o maior será sempre
aquele que se fez sinceramente o menor de todos.
Perguntas para fixação:
1. O que é a humildade?
2. Em quais gestos Jesus exemplificou a humildade?
3. Ser pobre materialmente significa ser humilde? Por quê?
4. Quem é o maior no reino dos céus?
1.1– Humildade é ausência completa de orgulho (amor-próprio exagerado,
altivez, soberba); (dicionário Aurélio.)
“O homem simples, humilde de coração, rico em qualidades morais,
chegará mais depressa à verdade, apesar da possível inferioridade de suas
faculdades, do que o presunçoso, vaidoso de sua ciência terrestre, revoltado
contra a lei que o rebaixa e destrói o seu prestígio. (Depois da morte.
Cap. 45. Orgulho. Riqueza e pobreza. Leon Denis).
2.2 -O Consolador 314 – Qual a maior lição que a Humanidade recebeu do
Mestre ao lavar ele os pés dos seus discípulos?
Entregando-se a esse ato, queria o Divino Mestre testemunhar às
criaturas humanas a suprema lição da humildade, demostrando, ainda uma vez,
que, na coletividade cristã, o maior para Deus seria sempre aquele que se
fizesse o menor de todos.
2.3 -O Consolador 315 – Por que razão Jesus, ao lavar os pés dos
discípulos, cingiu-se com uma toalha?
O Cristo, que não desdenhou a energia fraternal dos erros da criatura
humana, afirmando-se como o Filho de Deus nos divinos fundamentos da Verdade,
quis proceder desse modo para revelar-se o escravo pelo amor à Humanidade, à
qual vinha trazer a luz da vida, na abnegação e no sacrifício supremo.
3.3 -LE. 275 – O poder e o respeito que um homem usufruiu na Terra
dão-lhe alguma supremacia no mundo dos Espíritos?
- Não, pois os pequenos serão
elevados e os grandes rebaixados. Lê os Salmos.
3.4 -LE. 275.a – Como devemos entender essa elevação e esse rebaixamento?
- Não sabes que os Espíritos
pertencem a diferentes ordens segundo seus méritos? Pois bem! O maior na Terra
pode estar na última categoria entre os Espíritos, ao passo que aquele que o
serve poderá estar na primeira. Compreendes isso? Jesus disse: Todo aquele que
se humilhar será exaltado, e todo aquele que se exaltar será humilhado.
3.5 -LE. 276 – Aquele que foi grande na Terra e que se vê inferior entre
os Espíritos, sente humilhação por isso?
- Uma humilhação quase sempre
enorme, sobretudo se era orgulhoso e invejoso.
4.1 -ESE cap. VII, itens 6 – “ Bem-aventurados os pobres de espirito,
pois é deles o reino dos céus”. Mateus, cap. V, v.3.
Por pobres de Espírito, Jesus não entende os homens desprovidos de
inteligência, mas os humildes; ele diz que o reino dos céus é deles, e não dos
orgulhosos.
Ninguém nele é admitido sem a simplicidade de coração e a humildade de
espírito.
ESE cap. VII, itens 11 – A humildade é uma virtude muito esquecida entre
vós; os grandes exemplos que vos foram dados pouco são seguidos. E, no entanto,
podeis ser caridosos para vosso próximo sem a humildade? Oh! não, pois esse
sentimento nivela os homens; diz-lhes que são irmãos, que devem se ajudar entre
si, e conduzirem-se ao bem.(...) Relembrai aquele que vos salva; relembrai sua
humildade, que o fez tão superior, e o pôs acima de todos os profetas.
(Lacordaire. Constantine, 1863.)
"O lavrador que trabalha deve
ser o primeiro a gozar dos frutos."
Paulo - II Timóteo, 2:6.
Além do salário amoedado o trabalho
se faz invariavelmente, seguido de remuneração espiritual respectiva, da qual
salientamos alguns dos itens mais significativos: acende a luz da experiência;
ensina-nos a conhecer as dificuldades e problemas do próximo, induzindo-nos,
por isso mesmo, a respeitá-lo; promove a autoeducação; desenvolve a
criatividade e a noção de valor do tempo; imuniza contra os perigos da aventura
e do tédio; estabelece apreço em nossa área de ação; dilata o entendimento; amplia-nos
o campo das relações afetivas; atrai simpatia e colaboração; extingue, a pouco
e pouco, as tendências inferiores que ainda estejamos trazendo de existências
passadas.
Quando o trabalho, no entanto, se
transforma em prazer de servir, surge o ponto mais importante da remuneração
espiritual: toda vez que a Justiça Divina nos procura no endereço exato para
execução das sentenças que lavramos contra nós próprios, segundo as leis de
causa e efeito, se nos encontra em serviço ao próximo, manda a Divina Misericórdia
que a execução seja suspensa, por tempo indeterminado.
E, quando ocorre, em momento
oportuno, o nosso contato indispensável com os mecanismos da Justiça Terrena,
eis que a influência de todos aqueles a quem, porventura, tenhamos prestado
algum benefício aparece em nosso auxílio, já que semelhantes companheiros se
convertem espontaneamente em advogados naturais de nossa causa, amenizando as
penalidades em que estejamos incursos ou suprimindo-as, de todo, se já tivermos
resgatado em amor aquilo que devíamos em provação ou sofrimento, para a
retificação e tranquilidade em nós mesmos.
Reflitamos nisso e concluamos que trabalhar e
servir, em qualquer parte, ser-nos-ão sempre apoio constante e promoção à Vida
Melhor.
Perante
Jesus, Francisco Cândido Xavier /Emmanuel
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