quinta-feira, 3 de novembro de 2016

Estudo Nosso Lar - Capítulos 13 e 14

Casa Espírita Missionários da Luz 
Estudo Livro Nosso Lar – 24/05/2016

Tema:  Capítulos 13 e 14 de Nosso Lar
                                                                                           Coordenação: Augusto
Objetivos:
- Refletir sobre humildade e orgulho no trabalho;
- Analisar se como profissionais competentes e realizados no plano terreno estamos preparados para trabalhar no plano espiritual.

Bibliografia:  
- Nosso Lar, André Luiz/Chico Xavier, Caps. 13 e 14

Cap. 13
·         LE 514
·         Evangelho cap.VII, itens 11 e 12 Bem-aventurados os pobres de espirito.
·         Alerta, Joanna de Angelis, cap. 58, humildade Sempre
·         Alvorada Cristã, Francisco Xavier, cap. 10, 11, e 15

Cap. 14
·         LE 674 a 685
·         Estudos espiritas, Divaldo Franco, cap. 11 - Trabalho
·         O Consolador, Francisco Xavier / Emmanuel, pergunta 57
·         Sinal Verde, André Luiz, caps. 11,16, 17, 18, 19.
·         Messe de Amor, Joanna de Angelis, cap. 39

Material: Comandos aos grupos de trabalho; notebook e projetor;

Roteiro:
Exposição sobre a estrutura de trabalho de Nosso Lar, com apoio de slides;
Divisão em 2 grupos para discussão dos temas: Humildade e Trabalho;
Apresentação dos grupos e apoio com slides com a base teórica.

Desenvolvimento:

Nosso Lar cap. 13 Resumo:
      André Luiz sente a necessidade do trabalho
      Reconhece que seus conhecimentos adquiridos em livros e seus títulos pouco valem diante dos enfermos ali em tratamento
      Sabe que a medicina espiritual começa no coração e se exterioriza em atos de amor e de fraternidade.
      Lísias sugere que procure orientação de Clarêncio.
      É recebido e entra acompanhado de uma senhora idosa
      Vem a saber que o atendimento de duas pessoas ao mesmo tempo visa ganhar tempo, aproveitando o parecer de um para o outro.
      A irmã pede autorização para auxiliar seus dois filhos no plano terreno, que vivem exaustos e sobrecarregados de infortúnios.
      Clarêncio diz que se ela reconhece a Justiça de Deus ele não pode ir além.
      Ela informa que soma com seu trabalho 304 bônus-hora em seis anos.
      Entretanto, logo que se restabeleceu das lutas sofridas em região inferior, ofereci-lhe atividade louvável:
         - na Turma de vigilância, do Ministério da Comunicação;
         - entre os Irmãos da Suportação, nas tarefas regeneradoras;
         - cooperar na Enfermagem dos Perturbados;
         - nos Gabinetes de Investigações e Pesquisas do Ministério do    Esclarecimento
      Enfadou-se com as providências e se recolheu, deliberadamente, aos Campos de Repouso.
      Era, também, impossível continuar ali - disse a impertinente -, só encontrei experiências exaustivas, fluidos estranhos, chefes ásperos.
      Clarêncio enfatiza que trabalho e a humildade são as duas margens do caminho do auxílio.
      Antes de amparar os que amamos, é indispensável estabelecer correntes de simpatia. Sem a cooperação é impossível atender com eficiência.
      Para que qualquer de nós alcance a alegria de auxiliar os amados, faz-se necessária a interferência de muitos a quem tenhamos ajudado, por nossa vez. Os que não cooperam não recebem cooperação. Isso é da lei eterna.
      Aconselha a voltar aos campos de Repouso e a refletir.
      Era, também, impossível continuar ali - disse a impertinente -, só encontrei experiências exaustivas, fluidos estranhos, chefes ásperos.
      Clarêncio enfatiza que trabalho e a humildade são as duas margens do caminho do auxílio.
      Antes de amparar os que amamos, é indispensável estabelecer correntes de simpatia. Sem a cooperação é impossível atender com eficiência.
      Para que qualquer de nós alcance a alegria de auxiliar os amados, faz-se necessária a interferência de muitos a quem tenhamos ajudado, por nossa vez. Os que não cooperam não recebem cooperação. Isso é da lei eterna.
      Aconselha a voltar aos campos de Repouso e a refletir.


Nosso Lar cap. 14 Resumo:

      Vendo aquela mulher em lágrimas e ponderando a energia serena do Ministro do Auxílio, tremia, arrependido de haver provocado aquela audiência.
      A sinceridade de Clarêncio, para com a irmã que o antecedera, despertara raciocínios novos.
      Pede qualquer trabalho útil que o tire da ociosidade.
      O Ministro diz que André Luiz sente saudades dos clientes e que gostaria de atuar como médico.
      Lembra que ele não honrou a confiança do Pai, quando médico na Terra, no exercício da profissão.
       Viveu cercado de facilidades, teve uma clínica sem esforços.
      Cometeu abusos quando moço e sadio, e precipitou-se em direção à morte.
      Toda profissão na terra é convite do Alto para que o homem penetre os templos divinos.
      “Sua ficha médica indica ação circunscrita apenas na esfera do corpo físico, e não me autoriza a transforma-lo em médico de Espíritos enfermos. ”
      O médico não pode estacionar em diagnósticos e terminologias. Há que penetrar a alma, sondar-lhe as profundezas. Se aprisionam as salas acadêmicas, movidos pela vaidade. Raros conseguem sobrepor-se aos preconceitos comuns e que ele não fugia a regra.
      “Não conhecia tais noções de responsabilidade profissional. Assombrava-me a interpretação do título acadêmico, reduzido à ficha de ingresso em zonas de trabalho para cooperação ativa com o Senhor Supremo. ”
      André Luiz submete-se a qualquer serviço.
      Clarêncio informa que as intercessões e da mãe e de quinze, dos seis mil pacientes que ele receitou gratuitamente, mesmo por troça, mesmo por troça são atos meritórios que o levam a dar-lhe a oportunidade de aprendiz.
      E conclui:
      “Aprendera lições novas em Nosso Lar e, depois de experiências úteis, cooperará eficientemente conosco, preparando-se para o futuro infinito. ”


GRUPO 1 – Cap. 13 No Gabinete no Ministro

1- Espíritos podem auxiliar os seus familiares na terra?
2- O que é Humildade?
3- Como agimos e nos comportamos no trabalho com relação a humildade e orgulho?

      LE 514. Os Espíritos familiares são os mesmos a quem chamamos Espíritos simpáticos ou Espíritos protetores?
      “Há gradações na proteção e na simpatia. Dai-lhes os nomes que quiserdes. O Espírito familiar é antes o amigo da casa. ”
      “Pode-se deduzir o seguinte: O Espírito protetor, anjo de guarda, ou bom gênio é o que tem por missão acompanhar o homem na vida e ajudá-lo a progredir. É sempre de natureza superior, com relação ao protegido. ”
      Os Espíritos familiares se ligam a certas pessoas por laços mais ou menos duráveis, com o fim de lhes serem úteis, dentro dos limites do poder, quase sempre muito restrito, de que dispõe. São bons, porém muitas vezes pouco adiantados e mesmo um tanto levianos. Ocupam-se de boamente com as particularidades da vida íntima e só atuam por ordem ou com permissão dos Espíritos protetores. ”         (LE 514)

      O orgulho e a humildade
      “A humildade é virtude muito esquecida entre vós. Bem pouco seguidos são os exemplos que dela se vos têm dado. Entretanto, sem humildade, podeis ser caridosos com o vosso próximo? Oh! Não, pois que este sentimento nivela os homens, dizendo-lhes que todos são irmãos, que se devem auxiliar mutuamente, e os induz ao bem. Sem a humildade, apenas vos adornais de virtudes que não possuís, como se trouxésseis um vestuário para ocultar as deformidades do vosso corpo. ”
      “O orgulho é o terrível adversário da humildade. Se o Cristo prometia o reino dos céus aos mais pobres, é porque os grandes da Terra imaginam que os títulos e as riquezas são recompensas deferidas aos seus méritos e se consideram de essência mais pura do que a do pobre. Julgam que os títulos e as riquezas lhes são deferidas; pelo que, quando Deus lhos retira, o acusam de injustiça. ”
                                                           (ESE Cap. VII, Instruções dos espíritos, item 11)


      Humildade Sempre
      “A humildade exterioriza o valor e a conquista pessoais.
      Ignorando-se, irradia-se e fomenta a paz em toda parte.
      Jamais te deixes engolfar pela revolta, que traduz soberba e   orgulho.
      Quando alguém se permite penetrar de humildade, enriquece-se de força renovadora que se não exaure.
      Contempla as estrelas, mas não te descuides dos pedregulhos sob os teus pés. ”
                                                                                  (Alerta, Joanna de Angelis, cap. 58)

      Convite à Humildade 
      “Aprendei de mim que sou manso e humilde de coração. ”                                                                                    (Mateus: capítulo 11º, versículo 28.)
      “Os que são incapazes de consegui-la identificam-na como fraqueza. Os pessimistas que chafurdam no poço do orgulho ferido e não se dispõem à luta, detestam-na, porque se sentem incapazes de possuí-la. Os derrotistas utilizam-se da subestima para denegri-la. Os fracos, falsamente investidos de força, falseiam-lhe o significado, deturpando-lhe a soberana realidade. ”

      “Ela, no entanto, fulgura e prossegue. Sustenta no cansaço, acalenta nas dores, robustece na luta, encoraja no insucesso, levanta na queda.... Louva a dor que corrige, abençoa a dificuldade que ensina, agradece a soledade que exercita a reflexão, ampara o trabalho que disciplina e é reconhecida a todos, inclusive aos que passam por maus, por ensinarem, embora inconscientemente, o valor dos bons e a excelência do bem. Chega e dulcifica a amargura, balsamizando qualquer ferida exposta, mesmo em chaga repelente. ”     
      (Convites da Vida, Joanna de Angelis, cap. 28)



GRUPO 2 – Cap. 14 Elucidações de Clarêncio

1-    O que entendemos por trabalho, para que serve, qual seu objetivo?
2-    Como podemos analisar as relações de trabalho, greves, remuneração considerando a visão espírita que já temos?



      01. O que se deve entender por trabalho?
      “O Espírito trabalha, assim como o corpo. Toda ocupação útil é trabalho. ”                       (LE - Perg. 675)

      02. Por que o trabalho se impõe como uma necessidade humana?
      “O trabalho é lei da Natureza, por isso mesmo que constitui uma necessidade, e a civilização obriga o homem a trabalhar mais, porque lhe aumenta as necessidades e os gozos. ”                                                                        (LE - Perg. 674)
      “Por ser uma consequência da sua natureza corpórea. ”                   (LE - Perg. 676)

      03. Qual o grande objetivo do trabalho? Justifique.
      É expiação e, ao mesmo tempo, meio de aperfeiçoamento da sua inteligência. Sem o trabalho, o homem permaneceria sempre na infância, quanto à inteligência. Por isso é que seu alimento, sua segurança e seu bem-estar dependem do seu trabalho e da sua atividade. Ao extremamente fraco de corpo outorgou Deus a inteligência, em compensação. Mas é sempre um trabalho. ”          (LE - Perg. 676)

      04. Em que situação o trabalho pode ser considerado uma expiação?
      O trabalho pode ser considerado uma expiação para certos espíritos quando, apesar de terem evoluído intelectualmente não tenham evoluído moralmente, sendo obrigados a reencarnar em um mundo ou uma sociedade mais primitiva, a fim de desenvolverem o lado moral. Entretanto é o próprio espírito que toma o trabalho como uma expiação, já que o trabalho, como lei da natureza, será sempre uma oportunidade de aperfeiçoamento.
      Também como consequência de desvios do Espírito em encarnações anteriores, que o levam a existência posterior em condições difíceis de trabalho.                    


      Como podemos analisar as greves, considerando a visão espírita que já temos?

      Emmanuel, em “O Consolador”, perg. 57Poderão os homens resolver sem atritos as chamadas questões proletárias?
      “Sim, quando se decidirem a aceitar e aplicar os princípios sagrados do Evangelho. Os regulamentos apaixonados, as greves, os decretos unilaterais, as ideologias revolucionárias, são cataplasmas inexpressivas, complicando a chaga da coletividade. ”
      “O socialismo é uma bela expressão de cultura humana, enquanto não resvala para os pólos do extremismo. ”
      “Todos os absurdos das teorias sociais decorrem da ignorância dos homens relativamente à necessidade de sua cristianização. Conhecemos daqui os maus dirigentes e os maus dirigidos, não como homens ricos e pobres, mas como avarentos e a revoltados. Nessas duas expressões, as criaturas operam o desequilíbrio de todos os mecanismos do trabalho natural. “
      “A verdade é que todos os homens são proletários da evolução e nenhum esforço de boa realização na Terra é indigno do espírito encarnado. ”
      “Cada máquina exige uma direção especial, e o mecanismo do mundo requer o infinito de aptidões e de conhecimentos. ”
      Sem a harmonia de cada peça na posição em que se encontra, toda produção é contraproducente e toda boa tarefa impossível. “
      “Todos os homens são ricos pelas bênçãos de Deus e cada qual deve aproveitar, com êxito, os “talentos” recebidos, porquanto, sem exceção de um só, prestarão um dia, além-túmulo, contas de seus esforços. ”
      “Que os trabalhadores da direção saibam amar, e que os da realização nunca odeiem. Essa é a verdade pela qual compreendemos que todos os problemas do trabalho, na Terra, representam uma equação de Evangelho. ”

                  Joanna de Angelis em Estudos Espíritas, cap. 11
      “Trabalho-remunerado – o homem modifica o meio, transforma o habitat, cria condições de conforto. O ser humano se desenvolve na horizontal e se melhora exteriormente. Conquista simpatia e respeito, gratidão e amizade. ”
      “Trabalho-abnegação – do qual não decorre troca nem permuta de remuneração, ele se modifica a si mesmo, crescendo no sentido moral e espiritual. O ser humano ascende no sentido vertical da vida e se transforma de dentro para fora. Através da autodoação consegue superar-se, revelando-se instrumento da Misericórdia Divina na construção da felicidade de todos. ”

      Trabalho e Jesus: fazendo-se carpinteiro e dedicando-se à profissão, ensinou com o exemplo o respeito ao trabalho como dever primeiro para a manutenção e preservação da vida. Em todo o seu ministério de amor e abnegação tem relevante papel, verdadeiro trabalho de autodoação até o sacrifício da própria vida. ”
      “Nos Mundos Felizes o trabalho, sem ser impositivo, é conquista do homem livre que sabe agir no bem infatigável, servindo sempre e sem cessar. ”

                                                          

HUMILDADE X ORGULHO

(texto do Momento Espírita impresso do site: momento.com.br)

Você já deve ter ouvido muitas vezes a palavra humildade, não é mesmo?
Essa palavra é muito usada, mas nem todas as pessoas conseguem entender o seu verdadeiro significado.
O termo humildade vem de húmus, palavra de origem latina que quer dizer terra fértil, rica em nutrientes e preparada para receber a semente.
Assim, uma pessoa humilde está sempre disposta a aprender e deixar brotar no solo fértil da sua alma, a boa semente.
A verdadeira humildade é firme, segura, sóbria, e jamais compartilha com a hipocrisia ou com a pieguice.
A humildade é a mais nobre de todas as virtudes pois somente ela predispõe o seu portador, à sabedoria real.
O contrário da humildade é o orgulho, porque o orgulhoso nega tudo o que a humildade defende.
O orgulho é soberbo, julga­se superior e esconde­se por trás da falsa humildade ou da tola vaidade.
Alguns exemplos talvez tornem mais claras as nossas reflexões.
Quando, por exemplo, uma pessoa humilde comete um erro, diz: Eu me equivoquei, pois sua intenção é aprender, crescer. Mas quando uma pessoa orgulhosa comete um erro, diz: Não foi minha culpa, porque se acha acima de qualquer suspeita.
A pessoa humilde trabalha mais que a orgulhosa e por essa razão tem mais tempo.
Uma pessoa orgulhosa está sempre muito ocupada para fazer o que é necessário. A pessoa humilde enfrenta qualquer dificuldade e sempre vence os problemas.
A pessoa orgulhosa dá desculpas, mas não dá conta das suas obrigações e pendências. Uma pessoa humilde se compromete e realiza.
Uma pessoa orgulhosa se acha perfeita. A pessoa humilde diz: Eu sou bom, porém não tão bom como eu gostaria de ser.
A pessoa humilde respeita aqueles que lhe são superiores e trata de aprender algo com todos. A orgulhosa resiste àqueles que lhe são superiores e trata de pôr­lhes defeitos.
O humilde sempre faz algo mais, além da sua obrigação. O orgulhoso não colabora, e sempre diz: Eu faço o meu trabalho.
Uma pessoa humilde diz: Deve haver uma maneira melhor para fazer isto, e eu vou descobrir. A pessoa orgulhosa afirma: Sempre fiz assim e não vou mudar meu estilo.
A pessoa humilde compartilha suas experiências com colegas e amigos, o orgulhoso as guarda para si mesmo, porque teme a concorrência.
A pessoa orgulhosa não aceita críticas, a humilde está sempre disposta a ouvir todas as opiniões e a reter as melhores.
Quem é humilde cresce sempre, quem é orgulhoso fica estagnado, iludido na falsa posição de superioridade.
O orgulhoso se diz céptico, por achar que não pode haver nada no Universo que ele desconheça. O humilde reverencia ao Criador, todos os dias, porque sabe que há muitas verdades que ainda desconhece.
Uma pessoa humilde defende as ideias que julga nobres, sem se importar de quem elas venham. A pessoa orgulhosa defende sempre suas ideias, não porque acredite nelas, mas porque são suas.
Enfim, como se pode perceber, o orgulho é grilhão que impede a evolução das criaturas, a humildade é chave que abre as portas da perfeição.
Você sabe por quê o mar é tão grande? Tão imenso? Tão poderoso?
É porque foi humilde o bastante para colocar­se alguns centímetros abaixo de todos os rios.
Sabendo receber, tornou­se grande.
Se quisesse ser o primeiro, se quisesse ficar acima de todos os rios, não seria mar, seria uma ilha. E certamente estaria isolado.
Pense nisso!

Redação do Momento Espírita. Em 07.02.2011.

Nenhum comentário:

Postar um comentário