Casa
Espírita Missionários da Luz
Estudo Livro Nosso Lar – 31/05/2016
Tema:
Capítulos 15 e 16 de Nosso Lar (‘A visita Materna’ e ‘Confidências’)
Objetivos:
- Refletir sobre a importância da
meditação e introspecção para tomada de consciência sobre a existência;
- Refletir sobre a missão das mães;
- Refletir sobre a questão da
fidelidade conjugal.
Bibliografia:
- Nosso Lar, André Luiz/Chico
Xavier, Cap’s 15 e 16
Cap. 15
·
LE, perg 820 à 822 (Igualdade Dos Direitos Do
Homem E Da Mulher), 918 (O Homem de Bem) e 919, 922;
·
Evang.Seg.Espíritismo, cap. XIV, item 9
(Ingratidão dos Filhos e os Laços de Família);
·
A Gênese, Cap
XI, item 25;
·
Vereda Familiar, Raul Teixeira/Thereza de Brito,
Caps. 13, 15;
·
Revista
Espírita – Fevereiro/1864 – Allan Kardec, ‘Primeiras
Lições De Moral Da Infância.’
Cap. 12
·
O Livro dos Espíritos, pergs 695 à 701 (casamento e
celibato), 775,
·
Evang.Seg.Espíritismo, cap XXII (Não separeis o
que Deus juntou);
·
Vereda Familiar, Raul Teixeira/Thereza de Brito,
Caps. 7, 8.
Material: notebook e projetor
Roteiro:
. Exposição
dialogada com auxílio de slides
Desenvolvimento:
1. Prece Inicial.
2. Iniciar projetando o pensamento de
André Luiz:
“Eu
estava, porém, nessa fase de recolhimento inexprimível, em que o homem é
chamado para dentro de si mesmo, pela consciência profunda.” (Cap. 15)
ð
O
que se pode entender nessa frase de André Luiz?
ð
Quando
estamos nessa fase que ele cita?
ð
Quais
os benefícios dessa introspecção?
Pedir que discutam em
duplas, por 5 minutos, e depois solicitar as conclusões das duplas. Após,
concluir com as observações e projeção dos pontos para a reflexão:
LE. Perg. 918
“Se interrogar a própria consciência sobre os atos que praticou,
perguntará se não transgrediu essa lei, se não fez o mal, se fez todo bem que
podia, se ninguém tem motivos para dele se queixar, enfim se fez aos outros
o que desejara que lhe fizessem.”
èo
chamamento da CS é para o autoconhecimento:
LE. Perg 919
“Qual o meio de consegui-lo (o autoconhecimento)?
“Fazei o que eu fazia, quando
vivi na Terra: ao fim do dia, interrogava a minha consciência, passava revista
ao que fizera e perguntava a mim mesmo se não faltara a algum dever, se ninguém
tivera motivo para de mim se queixar. Foi assim que cheguei a me conhecer e a
ver o que em mim precisava de reforma.”
èSto
Agostinho nos orienta a fazermos essa reflexão diariamente. Mas existem
momentos em que é necessário pararmos e analisarmos a vida, nossas metas,
atitudes.
Normalmente uma
grande dor, uma situação de grande teor emocional, nos é um convite a essa reflexão.
èJung
diz que existem 2 momentos na vida:
- primeira metade, em
que estamos construindo nosso papel no mundo, na sociedade (o nosso eu interior
(self) permite que ajamos (o ego) para dar conta de nossas obrigações);
- segunda metade da
vida (quando os filhos já estão crescidos e de modo geral, já “ganhamos a vida”),
em que entramos naturalmente nessa faz de introspecção, de análise da vida.
Nessa segunda metade se faz um balanço da vida e muitas pessoas mudam
radicalmente!
èE,
com certeza, a desencarnação nos leva a essa introspecção também:
“No intervalo de suas
encarnações, o Espírito (...) examina o que fez enquanto habitou a Terra, passa
em revista o que aprendeu, reconhece suas faltas, traça planos e toma
resoluções pelas quais conta guiar-se em nova existência, com a idéia de melhor
se conduzir. “ A Gênese, Cap XI, item
25
3. Projetar as frases
do Cap 15, parágrafo a parágrafo:
“ao carinho maternal, como que se reabriam
velhas feridas.”
“Copiando
antigas exigências, concluí erroneamente que minha genitora deveria continuar
como repositório de minhas queixas e males sem-fim. Na Terra, quase sempre, as
mães não passam de escravas, no conceito dos filhos. (...) Na mesma falsa
concepção de outros tempos, descambei para o terreno das confidências
dolorosas.” (André Luiz)
“Na
posição de mãe terrestre, nem sempre consegui orientar-te como convinha. Também
eu trabalho, pois, reajustando o coração. Tuas lágrimas fazem-me voltar à
paisagem dos sentimentos humanos. Alguma coisa tenta operar o retrocesso de
minhalma. Quero dar razão aos teus lamentos, erigir-te um trono, qual se foras
a melhor criatura do Universo; mas essa atitude, presentemente, não se coaduna
com as novas lições da vida.” (mãe de
André Luiz)
èque
reflexões podemos fazer com esses trechos sobre a relação mãe-filho? Pedir que
troquem de duplas e façam nova discussão sobre a questão.
èApós
as apresentações das conclusões das duplas, projetar pontos para a reflexão:
“Ó espíritas!
Compreendei agora o grande papel da Humanidade; compreendei que, quando
produzis um corpo, a alma que nele encarna vem do espaço para progredir;
inteirai-vos dos vossos deveres e ponde todo o vosso amor em aproximar de Deus
essa alma; tal a missão que vos está confiada e cuja recompensa recebereis, se
fielmente a cumprirdes. Os vossos cuidados e a educação que lhe dareis
auxiliarão o seu aperfeiçoamento e o seu bem-estar futuro. Lembrai-vos de que a
cada pai e a cada mãe perguntará Deus: Que fizestes do filho confiado à vossa
guarda?”
(Evang.Seg.Espíritismo, cap. XIV, item 9)
èé
tão forte essa questão da relação mãe-filho, que mesmo desencarnada e em
posição superior aos dos habitantes de Nosso Lar, a mãe de André Luiz, já se
sentiu “retroceder”!!!
èvejamos
um texto de Kardec, na RE, onde ele analisa que os vícios são incutidos na
criança, em casa, pelos próprios pais:
(Revista
Espírita – Fevereiro/1864 – Allan Kardec):
“De todas
as pragas morais da sociedade, o egoísmo parece a mais difícil de desenraizar;
ela é
tanto mais, com efeito, quanto é entretida pelos próprios hábitos da educação.
Parece
que se toma, desde o berço, a tarefa de excitar certas paixões que se tornam
mais
tarde uma segunda natureza, e se espanta dos vícios da sociedade, então que as
crianças os sugam com o leite.”
“Essa
falta, sem dúvida, está nos pais, mas aqueles pecam freqüentemente, é preciso
dize-lo, mais por ignorância do que por má vontade; (...) Sendo os primeiros
médicos da alma de seus filhos, deveriam estar instruídos, não só de seus
deveres, mas dos meios de cumpri-los; (...)”
“Os
pais são, pois, abandonados sem guia à sua iniciativa, é por isso que,
freqüentemente, tomam um falso caminho; (...)”.
“Pode
o Espiritismo remediar esse mal? Sem nenhuma dúvida, e não hesitamos em dizer
que só ele é bastante poderoso para fazê-lo cessar: pelo novo ponto de vista
sob o qual faz encarar a missão e a responsabilidade dos pais; fazendo conhecer
a fonte das qualidades inatas, boas ou más; mostrando-lhes a ação que se pode
exercer sobre os Espíritos encarnados e desencarnados; (...). Um dia compreender-se-á que esse ramo da
educação (moral) tem seus princípios,
suas regras, como a educação intelectual, em uma palavra, que é uma verdadeira
ciência; um dia, talvez, se imporá a toda mãe de família a obrigação de possuir
esses conhecimentos, como se impõe ao advogado a de conhecer o Direito.” (Revista
Espírita – Fevereiro/1864 – Allan Kardec)
“Saibam que todos
aqueles que vivem junto à criança e influem sobre ela têm sua porção de
responsabilidade na sua formação feliz ou degenerada, sejam os pais, tios,
irmãos, avós e outros que interfiram na vida infantil” (Cap. 10, Vereda
Familiar)
“ Se é válido
vacinar os pequeninos contra certas doenças devastadoras, que amedrontam, não
deveremos olvidar a grandeza de que se constitui a Doutrina de Jesus, como
abençoada medicação profilática, a fim de que os filhos tenham estrutura para
conseguirem viver no mundo com os valores morais-espirituais, assimilados no
lar bem orientado.” (Cap.
12, Vereda Familiar)
èmissão
dos pais... levar os filhos a Deus
èVamos
falar um pouco sobre o papel da mulher, especificamente na educação dos filhos?
“Pensando que nossos filhos
carecem da assistência dos pais, o maior tempo possível, particularmente na
fase infantil, evitemos entregá-los a escolas, a institutos, creches, jardins e
pré-jardins, quando sejam muito novinhos, preservando-os de tantos problemas de
carências, ansiedades e inseguranças, de acordo com a sua estrutura psicológica
e emocional.”
“Durante a primeira e segunda infâncias, mais do que nunca, será
ultra importante recolha a criança a ternura da convivência do lar, com sua
mãe, quando não seja possível esteja com os pais.” (Cap. 12, Vereda Familiar)
As funções a que a mulher é destinada pela Natureza
terão importância tão grande quanto as deferidas ao homem?
“Sim, maior até. É ela quem lhe dá as primeiras noções da vida.” LE. Perg,
821
“ (...) é a ela, à
mãe, que tocam graves compromissos, pois, por sua contextura fisio-psicológica
ela guarda as potencialidades necessárias para a realização de seus abençoados
misteres.”
(Cap. 13,
Vereda Familiar)
“Prepare-se, assim,
minha irmã, para um melhor entendimento da sua própria vida e de sua missão.
Se
viável e oportuno, trabalhe fora de casa, sem mergulhar na mania da fuga do
lar, sem razão e sem lógica.”
“O Senhor
conta com você, de modo particular, porque, quando você decidir-se a educar e
amar, instruir e orientar com firmeza e disposição, o mundo mudar-se á para
melhor.” (Cap. 13, Vereda Familiar)
4. Vejamos agora o Cap.
16, para refletirmos sobre a questão do casamento, da fidelidade conjugal, do
amor fraternal:
Fala da mãe de André
Luiz:
“Há
doze anos que está numa zona de trevas compactas, no Umbral.” (o pai)
“era
fraco e mantinha ligações clandestinas, fora do nosso lar. Duas delas estavam
mentalmente ligadas a vasta rede de entidades maléficas”
“Tendo
gasto muitos anos a fingir, viciara a visão espiritual, restringira o padrão
vibratório, e o resultado foi achar-se tão-só na companhia das relações que
cultivara irrefletidamente, pela mente e pelo coração.”
“- A
senhora, entretanto, auxilia o papai, não obstante a ligação dele com essas
mulheres infames?”
“-
Não as classifiques assim - ponderou minha mãe - dize, antes, meu filho, nossas
irmãs doentes, ignorantes ou infelizes. São filhas de nosso Pai, igualmente.
Não tenho feito intercessões apenas por Laerte, mas por elas também, e estou
convencida de haver encontrado recursos para atraí-los todos ao meu coração.”
èQual
a finalidade do casamento? Como reagimos ao saber de falta de fidelidade dos
cônjuges? èdeixar que o grupo comente, e depois, projetar
alguns textos da literatura espírita:
èKardec
colocou um capítulo no Evangelho, só para a temática do divórcio. Vocês
perceberam? Por quê será?
Evang.Seg.Espíritismo, cap XXII (Não separeis o que Deus juntou)
“Imutável só há
o que vem de Deus. (...) No casamento, o que é de ordem divina é a união dos
sexos, para que se opere a substituição dos seres que morrem; (...).” (item 2)
“Mas, na união
dos sexos, a par da lei divina material, comum a todos os seres vivos, há outra
lei divina, imutável como todas as leis de Deus, exclusivamente moral: a lei de
amor. Quis Deus que os seres se unissem não só pelos laços da carne, mas também
pelos da alma, a fim de que a afeição mútua dos esposos se lhes transmitisse aos
filhos e que fossem dois, e não um somente, a amá-los, a cuidar deles e a
fazê-los progredir.” (item 3)
èo
amor é que deve ser a base da união dos seres na instituição da família.
Havendo amor, se um dos dois falha, e se deixa levar pelas ilusões, o que
fazer? (deixar a discussão no grupo,
reforçando, que não há resposta certa; é questão pessoal, de consciência de
cada um.)
5.Prece final
Nenhum comentário:
Postar um comentário