quinta-feira, 3 de novembro de 2016

Estudo Nosso Lar - Capítulos 15 e 16

Casa Espírita Missionários da Luz 
Estudo Livro Nosso Lar  –  31/05/2016

Tema:  Capítulos 15 e 16 de Nosso Lar (‘A visita Materna’ e ‘Confidências’)

Objetivos:
- Refletir sobre a importância da meditação e introspecção para tomada de consciência sobre a existência;
- Refletir sobre a missão das mães;
- Refletir sobre a questão da fidelidade conjugal.

Bibliografia:  
- Nosso Lar, André Luiz/Chico Xavier, Cap’s 15 e 16
Cap. 15
·         LE, perg 820 à 822 (Igualdade Dos Direitos Do Homem E Da Mulher), 918 (O Homem de Bem) e 919, 922;
·         Evang.Seg.Espíritismo, cap. XIV, item 9 (Ingratidão dos Filhos e os Laços de Família);
·         A Gênese, Cap XI, item 25;
·         Vereda Familiar, Raul Teixeira/Thereza de Brito, Caps. 13, 15;
·         Revista Espírita – Fevereiro/1864 – Allan Kardec, ‘Primeiras Lições De Moral Da Infância.
Cap. 12
·         O Livro dos Espíritos, pergs 695 à 701 (casamento e celibato), 775,
·         Evang.Seg.Espíritismo, cap XXII (Não separeis o que Deus juntou);
·         Vereda Familiar, Raul Teixeira/Thereza de Brito, Caps. 7, 8.

Material: notebook e projetor

Roteiro:
. Exposição dialogada com auxílio de slides

Desenvolvimento:

1. Prece Inicial.
2. Iniciar projetando o pensamento de André Luiz:
“Eu estava, porém, nessa fase de recolhimento inexprimível, em que o homem é chamado para dentro de si mesmo, pela consciência profunda.” (Cap. 15)
ð  O que se pode entender nessa frase de André Luiz?
ð  Quando estamos nessa fase que ele cita?
ð  Quais os benefícios dessa introspecção?

Pedir que discutam em duplas, por 5 minutos, e depois solicitar as conclusões das duplas. Após, concluir com as observações e projeção dos pontos para a reflexão:

LE. Perg. 918
“Se interrogar a própria consciência sobre os atos que praticou, perguntará se não transgrediu essa lei, se não fez o mal, se fez todo bem que podia, se ninguém tem motivos para dele se queixar, enfim se fez aos outros o que desejara que lhe fizessem.”

èo chamamento da CS é para o autoconhecimento:

LE. Perg 919
“Qual o meio de consegui-lo (o autoconhecimento)?
“Fazei o que eu fazia, quando vivi na Terra: ao fim do dia, interrogava a minha consciência, passava revista ao que fizera e perguntava a mim mesmo se não faltara a algum dever, se ninguém tivera motivo para de mim se queixar. Foi assim que cheguei a me conhecer e a ver o que em mim precisava de reforma.”

èSto Agostinho nos orienta a fazermos essa reflexão diariamente. Mas existem momentos em que é necessário pararmos e analisarmos a vida, nossas metas, atitudes.
Normalmente uma grande dor, uma situação de grande teor emocional, nos é um convite a essa reflexão.

èJung diz que existem 2 momentos na vida:
- primeira metade, em que estamos construindo nosso papel no mundo, na sociedade (o nosso eu interior (self) permite que ajamos (o ego) para dar conta de nossas obrigações);

- segunda metade da vida (quando os filhos já estão crescidos e de modo geral, já “ganhamos a vida”), em que entramos naturalmente nessa faz de introspecção, de análise da vida. Nessa segunda metade se faz um balanço da vida e muitas pessoas mudam radicalmente!

èE, com certeza, a desencarnação nos leva a essa introspecção também:

“No intervalo de suas encarnações, o Espírito (...) examina o que fez enquanto habitou a Terra, passa em revista o que aprendeu, reconhece suas faltas, traça planos e toma resoluções pelas quais conta guiar-se em nova existência, com a idéia de melhor se conduzir. “   A Gênese, Cap XI, item 25

3. Projetar as frases do Cap 15, parágrafo a parágrafo:

 “ao carinho maternal, como que se reabriam velhas feridas.”

“Copiando antigas exigências, concluí erroneamente que minha genitora deveria continuar como repositório de minhas queixas e males sem-fim. Na Terra, quase sempre, as mães não passam de escravas, no conceito dos filhos. (...) Na mesma falsa concepção de outros tempos, descambei para o terreno das confidências dolorosas.” (André Luiz)

“Na posição de mãe terrestre, nem sempre consegui orientar-te como convinha. Também eu trabalho, pois, reajustando o coração. Tuas lágrimas fazem-me voltar à paisagem dos sentimentos humanos. Alguma coisa tenta operar o retrocesso de minhalma. Quero dar razão aos teus lamentos, erigir-te um trono, qual se foras a melhor criatura do Universo; mas essa atitude, presentemente, não se coaduna com as novas lições da vida.”  (mãe de André Luiz)

èque reflexões podemos fazer com esses trechos sobre a relação mãe-filho? Pedir que troquem de duplas e façam nova discussão sobre a questão.

èApós as apresentações das conclusões das duplas, projetar pontos para a reflexão:

“Ó espíritas! Compreendei agora o grande papel da Humanidade; compreendei que, quando produzis um corpo, a alma que nele encarna vem do espaço para progredir; inteirai-vos dos vossos deveres e ponde todo o vosso amor em aproximar de Deus essa alma; tal a missão que vos está confiada e cuja recompensa recebereis, se fielmente a cumprirdes. Os vossos cuidados e a educação que lhe dareis auxiliarão o seu aperfeiçoamento e o seu bem-estar futuro. Lembrai-vos de que a cada pai e a cada mãe perguntará Deus: Que fizestes do filho confiado à vossa guarda?”
(Evang.Seg.Espíritismo, cap. XIV, item 9)
èé tão forte essa questão da relação mãe-filho, que mesmo desencarnada e em posição superior aos dos habitantes de Nosso Lar, a mãe de André Luiz, já se sentiu “retroceder”!!!

èvejamos um texto de Kardec, na RE, onde ele analisa que os vícios são incutidos na criança, em casa, pelos próprios pais:

(Revista Espírita – Fevereiro/1864 – Allan Kardec):

“De todas as pragas morais da sociedade, o egoísmo parece a mais difícil de desenraizar;
ela é tanto mais, com efeito, quanto é entretida pelos próprios hábitos da educação.
Parece que se toma, desde o berço, a tarefa de excitar certas paixões que se tornam
mais tarde uma segunda natureza, e se espanta dos vícios da sociedade, então que as
crianças os sugam com o leite.”
“Essa falta, sem dúvida, está nos pais, mas aqueles pecam freqüentemente, é preciso dize-lo, mais por ignorância do que por má vontade; (...) Sendo os primeiros médicos da alma de seus filhos, deveriam estar instruídos, não só de seus deveres, mas dos meios de cumpri-los; (...)”
“Os pais são, pois, abandonados sem guia à sua iniciativa, é por isso que, freqüentemente, tomam um falso caminho; (...)”.

“Pode o Espiritismo remediar esse mal? Sem nenhuma dúvida, e não hesitamos em dizer que só ele é bastante poderoso para fazê-lo cessar: pelo novo ponto de vista sob o qual faz encarar a missão e a responsabilidade dos pais; fazendo conhecer a fonte das qualidades inatas, boas ou más; mostrando-lhes a ação que se pode exercer sobre os Espíritos encarnados e desencarnados; (...). Um  dia compreender-se-á que esse ramo da educação (moral) tem seus princípios, suas regras, como a educação intelectual, em uma palavra, que é uma verdadeira ciência; um dia, talvez, se imporá a toda mãe de família a obrigação de possuir esses conhecimentos, como se impõe ao advogado a de conhecer o Direito.” (Revista Espírita – Fevereiro/1864 – Allan Kardec)

“Saibam que todos aqueles que vivem junto à criança e influem sobre ela têm sua porção de responsabilidade na sua formação feliz ou degenerada, sejam os pais, tios, irmãos, avós e outros que interfiram na vida infantil” (Cap. 10, Vereda Familiar)

“ Se é válido vacinar os pequeninos contra certas doenças devastadoras, que amedrontam, não deveremos olvidar a grandeza de que se constitui a Doutrina de Jesus, como abençoada medicação profilática, a fim de que os filhos tenham estrutura para conseguirem viver no mundo com os valores morais-espirituais, assimilados no lar bem orientado.” (Cap. 12, Vereda Familiar)
èmissão dos pais... levar os filhos a Deus
èVamos falar um pouco sobre o papel da mulher, especificamente na educação dos filhos?

“Pensando que nossos filhos carecem da assistência dos pais, o maior tempo possível, particularmente na fase infantil, evitemos entregá-los a escolas, a institutos, creches, jardins e pré-jardins, quando sejam muito novinhos, preservando-os de tantos problemas de carências, ansiedades e inseguranças, de acordo com a sua estrutura psicológica e emocional.”
“Durante a primeira e segunda infâncias, mais do que nunca, será ultra importante recolha a criança a ternura da convivência do lar, com sua mãe, quando não seja possível esteja com os pais.”  (Cap. 12, Vereda Familiar)

As funções a que a mulher é destinada pela Natureza terão importância tão grande quanto as deferidas ao homem?
“Sim, maior até. É ela quem lhe dá as primeiras noções da vida.” LE. Perg, 821

“ (...) é a ela, à mãe, que tocam graves compromissos, pois, por sua contextura fisio-psicológica ela guarda as potencialidades necessárias para a realização de seus abençoados misteres.”
(Cap. 13, Vereda Familiar)

“Prepare-se, assim, minha irmã, para um melhor entendimento da sua própria vida e de sua missão.
Se viável e oportuno, trabalhe fora de casa, sem mergulhar na mania da fuga do lar, sem razão e sem lógica.”
“O Senhor conta com você, de modo particular, porque, quando você decidir-se a educar e amar, instruir e orientar com firmeza e disposição, o mundo mudar-se á para melhor.” (Cap. 13, Vereda Familiar)


4. Vejamos agora o Cap. 16, para refletirmos sobre a questão do casamento, da fidelidade conjugal, do amor fraternal:

Fala da mãe de André Luiz:
“Há doze anos que está numa zona de trevas compactas, no Umbral.” (o pai)
“era fraco e mantinha ligações clandestinas, fora do nosso lar. Duas delas estavam mentalmente ligadas a vasta rede de entidades maléficas”
“Tendo gasto muitos anos a fingir, viciara a visão espiritual, restringira o padrão vibratório, e o resultado foi achar-se tão-só na companhia das relações que cultivara irrefletidamente, pela mente e pelo coração.”

“- A senhora, entretanto, auxilia o papai, não obstante a ligação dele com essas mulheres infames?”

“- Não as classifiques assim - ponderou minha mãe - dize, antes, meu filho, nossas irmãs doentes, ignorantes ou infelizes. São filhas de nosso Pai, igualmente. Não tenho feito intercessões apenas por Laerte, mas por elas também, e estou convencida de haver encontrado recursos para atraí-los todos ao meu coração.”

èQual a finalidade do casamento? Como reagimos ao saber de falta de fidelidade dos cônjuges?  èdeixar que o grupo comente, e depois, projetar alguns textos da literatura espírita:

èKardec colocou um capítulo no Evangelho, só para a temática do divórcio. Vocês perceberam? Por quê será?

Evang.Seg.Espíritismo, cap XXII (Não separeis o que Deus juntou)
“Imutável só há o que vem de Deus. (...) No casamento, o que é de ordem divina é a união dos sexos, para que se opere a substituição dos seres que morrem; (...).” (item 2)

“Mas, na união dos sexos, a par da lei divina material, comum a todos os seres vivos, há outra lei divina, imutável como todas as leis de Deus, exclusivamente moral: a lei de amor. Quis Deus que os seres se unissem não só pelos laços da carne, mas também pelos da alma, a fim de que a afeição mútua dos esposos se lhes transmitisse aos filhos e que fossem dois, e não um somente, a amá-los, a cuidar deles e a fazê-los progredir.”  (item 3)

èo amor é que deve ser a base da união dos seres na instituição da família. Havendo amor, se um dos dois falha, e se deixa levar pelas ilusões, o que fazer? (deixar a discussão no grupo, reforçando, que não há resposta certa; é questão pessoal, de consciência de cada um.)


5.Prece final


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