quinta-feira, 3 de novembro de 2016

Estudos Nosso Lar - Capítulos 16 e 18

Casa Espírita Missionários da Luz 
Estudo Livro Nosso Lar  –  07/06/2016

Tema:  Capítulos 16 e 18 de Nosso Lar

Objetivos:
- Identificar os compromissos no casamento, como meio de progresso e de redução do egoísmo;
- Refletir sobre a questão da fidelidade conjugal.

Bibliografia:  
- Nosso Lar, André Luiz/Chico Xavier, Cap’s 16 e 18
Cap. 16
·         O Livro dos Espíritos, pergs 695 à 701 (casamento e celibato), 775, 939 e 940.
·         Evang.Seg.Espíritismo, cap XXII (Não separeis o que Deus juntou);
·         Vereda Familiar, Raul Teixeira/Thereza de Brito, Caps. 7, 8.
Cap.18
O Livro dos Espíritos, pergs 775 (Laços de Família)
Desafios da Vida Familiar, Raul Teixeira/Camilo ‘Alevantamento Familiar’; pergs.15 à 24, e pergs 51 à 62

Material: notebook e projetor

Roteiro:
. Exposição dialogada com auxílio de slides

Desenvolvimento:

1. Prece Inicial.
2. Iniciar comentando que estudaremos a questão do casamento, englobando os capítulos 16 e 18. O capítulo 17, não tem nenhum ponto novo que tenhamos que discutir especificamente, pois se trata da alta de André Luiz do hospital e sua mudança para a casa de Lísias.

3. Vejamos agora o Cap. 16, para refletirmos sobre a questão do casamento, da fidelidade conjugal, do amor fraternal:

Fala da mãe de André Luiz:
“Há doze anos que está numa zona de trevas compactas, no Umbral.” (o pai)
“era fraco e mantinha ligações clandestinas, fora do nosso lar. Duas delas estavam mentalmente ligadas à vasta rede de entidades maléficas”
“Tendo gasto muitos anos a fingir, viciara a visão espiritual, restringira o padrão vibratório, e o resultado foi achar-se tão só na companhia das relações que cultivara irrefletidamente, pela mente e pelo coração.”

“- A senhora, entretanto, auxilia o papai, não obstante a ligação dele com essas mulheres infames?”

“- Não as classifiques assim - ponderou minha mãe - dize, antes, meu filho, nossas irmãs doentes, ignorantes ou infelizes. São filhas de nosso Pai, igualmente. Não tenho feito intercessões apenas por Laerte, mas por elas também, e estou convencida de haver encontrado recursos para atraí-los todos ao meu coração.”

èQual a finalidade do casamento?

LE. 775 Qual seria, para a sociedade, o resultado do relaxamento dos laços de família?
“Uma recrudescência do egoísmo.”
è“Fica bastante nítida, assim, a certeza de que a formação familiar por escopo, entre os outros itens, o trabalho de diminuir a carga egoística que se desenvolveu ao longo dos milênios na alma humana.” (Desafios da Vida Familiar, Raul Teixeira/Camilo ‘Alevantamento Familiar’)

“A Divindade estabeleceu para a vida na Terra o regime da interdependência. Para que o egoísmo não alcance níveis mais alarmantes, quis o Criador que, embora individuais, inteiros, tivéssemos necessidade da relação uns com os outros.
Em termos orgânicos, quando encarnados, temos necessidade do alimento material. (...)
Entanto, os indivíduos carecem de outras energias, a energia que nos chega das astros, da natureza em torno, principalmente de outras almas. Não é à toa que somos animais sociais – como afirmou Platão – pois sentimos falta do contato dos outros, dos fluidos dos demais irmãos, como se fossem combustível para a vida. Aliás, é a ausência dos fluidos de outra pessoa em nós que nos impõe um sentimento que chamamos saudade. Sentimos a presença ou a ausência dos fluidos característicos tanto de pessoas quanto de lugares. Saudade, então, representa um processo de “desnutrição” psíquica que pode fazer adoecer, psicológica e fisicamente, ou mesmo matar biologicamente. Morre-se de saudade como se morre de inanição no mundo. (...)
Daí, as pessoas amadas, sejam amigas, sejam esposos, filhos, pais, irmãos, deixam-nos carentes dos seus fluidos quando estão longe de nós, fisicamente. Passamos a sentir esvaecimento, surge a necessidade de complementação. O recebimento de uma carta, uma chamada telefônica, um encontro, mesmo que rápido, apaziguam a angustiosa sensação. Então, verificamos que há uma relação biopsíquica entre as pessoas vinculadas por afetividade.” (Desafios da Vida Familiar, Raul Teixeira/Camilo, perg 21)
èvemos aqui a questão também, da alimentação psíquica entre as almas...

“o maior sustentáculo das criaturas é justamente o amor. ”
“Todo sistema de alimentação, nas variadas esferas da vida, tem no amor a base profunda.”
“A alma, em si, apenas se nutre de amor.”  (Nosso Lar, Cap.18)

èOs casamentos são programados no plano espiritual, antes da reencarnação do casal?

 

“Quando se diz que os casamentos vem programados do mundo espiritual, o que isto significa?

    Isso quer dizer que os espíritos  benfeitores, responsáveis pelas reencarnações, após analisar as fichas reencarnatórias  dos seus tutelados, concluíram que em função das virtudes conquistadas e dos débitos com a vida, ser-lhes-á importante, necessário mesmo,encontrar e unir-se à alguém portador de tais qualidades e tais dificuldades.
  Indivíduos com as características  visadas poderão ser encontrados em qualquer lugar da terra, tendo em vista compor no planeta uma família espiritual com muitos pontos em comum, com muitas similitudes.... (...)
    Espíritos assim, tão semelhantes e tão dessemelhantes - aqui é proposital a aparente contradição - acharão, com certeza, aqueles com pouca ou ampla possibilidade de ajustamento psíquico...
É necessário que os parceiros experimentem um certo conforto psicológico, a fim de aceitar para a convivência mais íntima, com sérios  propósitos...
   Nisso consiste a força da programação...
  Não o determinismo absoluto, que não corresponderia à suprema  inteligência  do criador...”
(Desafios da Vida Familiar, Raul Teixeira/Camilo, perg. 17)

èvemos que, como diz Camilo, nesse livro, que existe a questão do ajustamento psíquico entre os seres (conforto psicológico) e que a programação não é ‘exata’.
èPorém, também pode acontecer, porém só quando os Espíritos tem maturidade para compreender a necessidade, e mesmo assim, existe o livre arbítrio, quando reencarnados.

Porque será que os cônjuges às vezes são infiéis?? 
èdeixar que o grupo comente, e depois, projetar alguns textos da literatura espírita:

“Ocorre que, incontáveis vezes, a pessoa se depara com almas que fizeram parte de seu pretérito, (...) em relacionamentos desastrados. (...) que provocam excitação, desejo, lascívia e comburência, e se tornam pomos de discórdias domésticas, em fantasmas que penetram os sonhos eróticos até que se consumem, na prática, ligações carnais de tal nível que contarão com a instigação tanto de inimigos como de comparsas espirituais dos envolvidos, o que dificultará muito a manutenção do ninho doméstico já formado.” (Desafios da Vida Familiar, Raul Teixeira/Camilo, perg. 57)
ð   Aqui Camilo fala dos casos em que a pessoa casada, sente que encontrou sua ‘alma gêmea’ após o casamento. Fala da questão dos obsessores, que foi o caso do pai de André Luiz.
ð   Camilo orienta que o caso pede maturidade, e convicção nas leis divinas. Uma felicidade só é legítima se não se forma em cima da infelicidade de outros.

èKardec colocou um capítulo no Evangelho, só para a temática do divórcio. Vocês perceberam? Por quê será?

Evang.Seg.Espíritismo, cap XXII (Não separeis o que Deus juntou)
“Imutável só há o que vem de Deus. (...) No casamento, o que é de ordem divina é a união dos sexos, para que se opere a substituição dos seres que morrem; (...).” (item 2)

“Mas, na união dos sexos, a par da lei divina material, comum a todos os seres vivos, há outra lei divina, imutável como todas as leis de Deus, exclusivamente moral: a lei de amor. Quis Deus que os seres se unissem não só pelos laços da carne, mas também pelos da alma, a fim de que a afeição mútua dos esposos se lhes transmitisse aos filhos e que fossem dois, e não um somente, a amá-los, a cuidar deles e a fazê-los progredir.”  (item 3)

èo amor é que deve ser a base da união dos seres na instituição da família. Havendo amor, se um dos dois falha, e se deixa levar pelas ilusões, o que fazer? (deixar a discussão no grupo, reforçando, que não há resposta certa; é questão pessoal, de consciência de cada um.)

è Thereza de Brito no, capítulo 8 “Separações e Consciência”:
“Sem hesitação, afirmamos que toda separação traumatiza o psiquismo de um ou de outro, ou dos dois, em admitindo que as pessoas não são feitas de mármore, frias, ainda que tentem passar essa imagem aos que as cercam ou se esforcem por não incomodar os afetos e amigos.”

E acrescenta: (o que nós podemos fazer)
·         não trocar um problema áspero, às vezes, por outro não menos rude;
·         ninguém é detentor de totalidade das virtudes;
·         tentar-se o diálogo esclarecedor;
·         o carinho límpido;
·         acompanhamento solidário;
·         oração honesta e profunda;
·         cooperação fluidoterápica;
·         procura de um profissional equilibrado e digno, que respeite a construção familiar, a fim de evitar a separação definitiva.
==> Como existe o livre-arbítrio, e temos muitas fragilidades e vícios, pode acontecer de ocorrer um casamento por motivos equivocados, gerando dissabores e tristeza entre os cônjuges. Como a resposta do LE – perg.940, podemos buscar no divórcio a solução. O importante é não perdermos o respeito pelo outro, é aprendermos com a experiência para não voltarmos a cometer o mesmo engano.
Entretanto, havendo filhos, esses deveriam passar a ser a principal preocupação e cuidados dos pais...


4.Prece final

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