quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Estudo Nosso Lar - Capítulos 48 à 50

Casa Espírita Missionários da Luz 
Estudo Livro Nosso Lar  –  08/11/2016

Tema:  Capítulos 48 à 50

Objetivos:
- Estudar a comunicação no PE, de criança encarnada;
- Identificar a tentação como um dos grandes perigos ao sucesso da reencarnação;
- Perceber a necessidade da prova para a consolidação das aquisições superiores;
- Reconhecer o poder da oração;
- Estudar o estado do Espírito antes de seu período de humanização;
- Identificar a volitação como um dos atributos do Espírito.

Bibliografia:  
- Nosso Lar, André Luiz/Chico Xavier, Cap 48 à 50;
- No Mundo Maior, André Luiz/Chico Xavier, Cap 17 ‘No Limiar das Cavernas’;
- Atualidade do Pensamento Espírita, Vianna de Carvalho/Divaldo Franco, perg. 63;
- Loucura e Obsessão, Manoel P. Miranda/Divaldo Franco, cap. 9;
- LE pergs 536 à 540, 607 à 610;
- Livro dos Médiuns, Cap XIX, 223-2ª;
- Evangelho Seg.Espiritismo, Cap.  V  item 19 (O Mal e o Remédio); Cap. XXVIII,  item 3 – VI, item 21;
- Revista Espírita, 1867, Março - DISSERTAÇÕES ESPÍRITAS

Material: notebook e projetor

Desenvolvimento:

1.Página e prece inicial

2. Comunicação de Ricardo (encarnado, na fase infantil) – Cap. 48:

“Nem todos os encarnados se agrilhoam ao solo da Terra. Como os pombos-correio que vivem, por vezes, longo tempo de serviço, entre duas regiões, espíritos há que vivem por lá entre dois mundos.”

“A distância de quatro metros, aproximadamente, havia um grande globo cristalino, da altura de dois metros presumíveis, envolvido, na parte inferior, em longa série de fios que se ligavam a pequeno aparelho, idêntico aos nossos alto-falantes.”

“(...) a nossa emotividade emite forças suscetíveis de perturbar. Aquela pequena câmara cristalina é constituída de material isolante. Nossas energias mentais não poderão atravessá-la.”
- vemos aqui a necessidade de proteger o encarnado das vibrações dos desencarnados, mesmo em caso de amor (ainda não sabemos amar com equilíbrio!!)

“Logo após, Clarêncio tomou novamente a palavra:
- Irmão - disse - , enviemos, agora, a Ricardo a nossa mensagem de amor.”

“Às derradeiras notas da bela composição, notei que o globo se cobria, interiormente, de substância leitoso-acinzentada, apresentando, logo em seguida, a figura simpática de um homem na idade madura. Era Ricardo.”
            - necessidade de unir os pensamentos para a evocação....

“Percebi que o recém-chegado não falava com espontaneidade e não podia dispor de muito tempo entre nós.”



Sobre a comunicação de encarnado:

(LM, cap XIX, item 223-2ª)
“A alma do médium pode comunicar-se, como a de qualquer outro. Se goza de certo grau de liberdade, recobra suas qualidades de Espírito. (...) Porque, ficai sabendo, entre os Espíritos que evocais, alguns há que estão encarnados na Terra. Eles, então, vos falam como Espíritos e não como homens.”

(RE 1867, Março - DISSERTAÇÕES ESPÍRITAS)
"Os Espíritos de um certo grau de adiantamento têm uma irradiação que lhes permite se comunicar simultaneamente em vários pontos. Em alguns, o estado de encarnação não amortece essa irradiação de maneira bastante completa para os impedir de se manifestarem mesmo no estado de vigília. Quanto mais o Espírito é avançado, mais são fracos os laços que o unem à matéria do corpo; ele está num estado quase constante de desligamento, e pode-se dizer que está lá onde dirige seu pensamento." UM ESPÍRITO.


“- Ah! filhos meus, alguma coisa tenho a pedir-lhes do fundo de minhalma! roguem ao Senhor para que eu nunca disponha de facilidades na Terra, a fim de que a luz da gratidão e do entendimento permaneça viva em meu espírito!...”  (Ricardo)
      - preocupação com o perigo da tentação... De novo vemos a preocupação com a encarnação e o esquecimento. As tentações falam mais alto quando esquecemos os objetivos da reencarnação, e o contexto vibratório da Terra não ajuda....

            Sobre a tentação

(Evangelho Seg.Espiritismo, Cap.  V  item 19)
Como desencarnados, quando pairáveis no Espaço, escolhestes as vossas provas, julgando-vos bastante fortes para as suportar. Por que agora murmurar? Vós, que pedistes a riqueza e a glória, queríeis sustentar luta com a tentação e vencê-la. Vós, que pedistes para lutar de corpo e espírito contra o mal moral e físico, sabíeis que quanto mais forte fosse a prova, tanto mais gloriosa a vitória e que, se triunfásseis, (...)”
“Não nos pergunteis, portanto, qual o remédio para curar tal úlcera ou tal chaga, para tal tentação ou tal prova. Lembrai--vos de que aquele que crê é forte pelo remédio da fé (...)”

Evangelho Seg.Espiritismo, Cap. XXVIII   item 3, VI
Não nos deixes entregues à tentação, mas livra-nos do mal.
“Mas, somos Espíritos imperfeitos, encarnados na Terra para expiar nossas faltas e melhorar-nos. Em nós mesmos está a causa primária do mal e os maus Espíritos mais não fazem do que aproveitar os nossos pendores viciosos, em que nos entretêm para nos tentarem.”

Evangelho Seg.Espiritismo, Cap. XXVIII   item 21
Prece. – Deus Todo-Poderoso, não me deixes sucumbir à tentação que me impele a falir. Espíritos benfazejos, que me protegeis, afastai de mim este mau pensamento e dai-me a força de resistir à sugestão do mal. Se eu sucumbir, merecerei expiar a minha falta nesta vida e na outra, porque tenho a liberdade de escolher.

     
3. Sobre a visita ao lar de André Luiz (cap. 49)

“De pronto, tive ímpetos de odiar o intruso com todas as forças, mas já não era eu o mesmo homem de outros tempos. O Senhor me havia chamado aos ensinamentos do amor, da fraternidade e do perdão. Verifiquei que o doente estava cercado de entidades inferiores, devotadas ao mal; entretanto, não consegui auxiliá-lo imediatamente.”

“Afinal, via-me em face de singular conjuntura! Compreendia, agora, o motivo pelo qual meus verdadeiros amigos haviam procrastinado, tanto, o meu retorno ao lar terreno.
Angústias e decepções sucediam-se de tropel.”

“Nem os longos anos de sofrimento, nos primeiros dias de além túmulo, me haviam proporcionado lágrimas tão amargas.”
            - nesses trechos vemos a prova a que André Luiz passou... Necessidade de vivenciar tudo o que aprendeu e consolidou em Nosso Lar.
“- Compreendo suas mágoas e rejubilo-me pela ótima oportunidade deste testemunho.” (Clarêncio a André Luiz)
            - Clarêncio fala que esse testemunho do André é uma oportunidade! E é mesmo pois é necessária a prova!

“Preciso era, pois, lutar contra o egoísmo feroz. Jesus conduzira-me a outras fontes. Não podia proceder como homem da Terra. Minha família não era, apenas, uma esposa e três filhos na Terra. Era, sim, constituída de centenas de enfermos nas Câmaras de Retificação e estendia-se, agora, à comunidade universal. Dominado de novos pensamentos, senti que a linfa do verdadeiro amor começava a brotar das feridas benéficas que a realidade me abrira no coração.”
            - postura mental ativa... vigilância

“Procurei abstrair-me das considerações aparentemente ingratas que ouvia no ambiente doméstico e deliberei colocar acima de tudo o amor divino, e, acima de todos os meus sentimentos pessoais, as justas necessidades dos meus semelhantes.”
            - postura mental ativa... vigilância

“Roguei ao Senhor energias necessárias para manter a compreensão imprescindível e passei a interpretar os cônjuges como se fossem meus irmãos.”
            - postura mental ativa... vigilância e oração!

“Na segunda noite, sentia-me cansadíssimo. Começava a compreender o valor do alimento espiritual, através do amor e do entendimento recíprocos. Em "Nosso Lar", atravessava dias vários de serviço ativo, sem alimentação comum, no treinamento de elevação a que muitos de nós se consagravam. Bastava-me a presença dos amigos queridos, as manifestações de afeto, a absorção de elementos puros através do ar e da água mas ali não encontrava senão escuro campo de batalha, onde os entes amados se convertiam em verdugos.”
            - vemos a influência do ambiente vibratório no processo de nutrição espiritual

“Iniciei o trabalho procurando esclarecer os espíritos infelizes que se mantinham em estreita ligação com o enfermo. Minhas dificuldades, porém, eram enormes. Sentia-me abatidíssimo.”

“Concentrei-me em fervorosa oração ao Pai e, nas vibrações da prece, dirigi-me a Narcisa encarecendo socorro. Contava-lhe, em pensamento, minha experiência dolorosa, comunicava-lhe meus propósitos de auxílio e insistia para que me não desamparasse.”
    - firmeza de propósitos! Oração e pedido de ajuda!

4. Auxílio das árvores (cap. 50)

“- Não só o homem pode receber fluidos e emiti-los. As forças naturais fazem o mesmo, nos reinos diversos em que se subdividem. Para o caso do nosso enfermo, precisamos das árvores. Elas nos auxiliarão eficazmente.” (Narcisa)

“Narcisa chamou alguém, com expressões que eu não podia compreender. Daí a momentos, oito entidades espirituais atendiam-lhe ao apelo. (...) Devidamente informada pelos amigos, que me eram totalmente estranhos, a enfermeira explicou:
- São servidores comuns do reino vegetal, os irmãos que nos atenderam.”

“Narcisa manipulou, em poucos instantes, certa substância com as emanações do eucalipto e da mangueira e, durante toda a noite, aplicamos o remédio ao enfermo, através da respiração comum e da absorção pelos poros.”
    - vemos a questão dos fluidos benéficos dos vegetais. Já tínhamos visto o uso desses fluidos em sessões de materialização.
    - vemos os seres que servem no reino vegetal.

Sobre os elementais:

( Atualidade do Pensamento Espírita, Vianna de Carvalho, perg. 63)
“Naturalmente, essas Entidades, que são orientadas pelo Espíritos Superiores, como ainda não dispõem de discernimento, porque não adquiriram a faculdade de pensar, são encaminhadas a outras experiências evolutivas, de forma que não se lhes interrompa o processo de desenvolvimento.” (trata a questão do desmatamento)

(Loucura e Obsessão, Manoel P. Miranda, cap. 9)
“Na cultura religiosa do passado e do presente encontraremos esses seres sob a denominação de devas, elementais, fadas, gênios, silfos, elfos, djins, faunos... (...) Os cabalistas também classificaram os elemantais mais evoluídos, encarregados do Ar, da Terra, do Fogo e da Água, respectivamente de Gnomos, Sílfides, Salamandras e Ondinas...”
“Não atribuindo a esses seres um critério excepcional na ordem da Criação, sabemos que estão em trânsito evolutivo, mediante as reencarnações entre o psiquismo do Primata homini e o Homo sapiens, ainda destituídos de discernimento, ingênuos e simples na sua estrutura espiritual íntima e que são utilizados pelos Espíritos, encarnados ou não, para uma ou outra atividade, conforme nos tem demonstrado a experiência neste campo.”

(LE perg 537ª)
 Pela mesma razão poderia então haver Espíritos que habitem o interior da Terra e que presidam aos fenômenos geológicos? Esses Espíritos não habitam realmente a Terra, mas regulam os fenômenos e os dirigem, conforme suas atribuições.”

LE 538. Os Espíritos que presidem aos fenômenos da Natureza formam categoria à parte no mundo espiritual? Serão seres especiais ou Espíritos que foram encarnados como nós?
Que o serão, ou que foram.
a.  Esses Espíritos pertencem às ordens superiores ou inferiores da hierarquia espiritual?
Depende do papel mais ou menos material ou mais ou menos inteligentes que desempenhem. Uns comandam, outros executam. Os que executam coisas materiais são sempre de ordem inferior, tanto entre os Espíritos como entre os homens.

LE 540. Os Espíritos que exercem ação nos fenômenos da Natureza agem com conhecimento de causa, em virtude do livre-arbítrio, ou por impulso instintivo e irrefletido?
Uns sim, outros não. (...) os Espíritos mais atrasados são úteis ao conjunto. Enquanto se ensaiam para a vida, antes que tenham plena consciência de seus atos de seu livre-arbítrio, atuam em certos fenômenos, dos quais são agentes, mesmo de forma inconsciente. Primeiramente, executam; mais tarde, quando suas inteligências estiverem mais desenvolvidas, comandarão e dirigirão as coisas do mundo material; mais tarde ainda, poderão dirigir as do mundo moral.

LE 607. Dissestes (190) que o estado da alma do homem, na sua origem, corresponde ao estado da infância na vida corporal, que sua inteligência apenas desabrocha e se ensaia para a vida. Onde passa o Espírito essa primeira fase do seu desenvolvimento?
“Numa série de existências que precedem o período a que chamais Humanidade.”

LE 608. O Espírito do homem tem, após a morte, consciência de suas existências anteriores ao período de humanidade?
“Não, pois não é desse período que começa a sua vida de Espírito.

LE 609. Uma vez no período da humanidade, conserva o Espíritotraços do que era precedentemente, quer dizer: do estado em que se achava no período a que se poderia chamar ante-humano?
“Conforme a distância que medeie entre os dois períodos e o progresso realizado. Durante algumas gerações, pode ele conservar vestígios mais ou menos pronunciados do estado primitivo, porquanto nada se opera na Natureza por brusca transição. Há sempre anéis que ligam as extremidades da cadeia dos seres e dos acontecimentos. Aqueles vestígios, porém, se apagam com o desenvolvimento do livre--arbítrio. Os primeiros progressos só muito lentamente se efetuam, porque ainda não têm a secundá-los a vontade. Vão em progressão mais rápida, à medida que o Espírito adquire mais perfeita consciência de si mesmo.”

5.Volitação (cap. 50)

"aqui, em 'Nosso Lar', nem todos necessitam do aeróbus para se locomoverem, porque os habitantes mais elevados da colônia dispõem do poder de volitação;” (cap.49)

“Nesse dia, voltei a "Nosso Lar" em companhia de Narcisa e, pela primeira vez, experimentei a capacidade de volitação. Num momento, ganhávamos grandes distâncias. A bandeira da alegria desfraldara-se em meu íntimo. Comunicando à enfermeira generosa minha impressão de leveza, ouvi-a esclarecer:
- Em "Nosso Lar", grande parte dos companheiros poderia dispensar o aeróbus e transportar-se, à vontade, nas áreas de nosso domínio vibratório;”

“Instruído por Narcisa, ia da casa terrestre à cidade espiritual e vice-versa, sem dificuldade de vulto, (...).”

(No Mundo Maior, cap.17)
“Enquanto densas turbas de almas torturadas se debatiam em substância viscosa, no solo, onde andávamos, assembléias de Espíritos dementes en­xameavam não longe, em intermináveis contendas por interesses mesquinhos.
A paisagem era francamente impressionante pelos característicos infernais que nos circundavam. (...)
Os grupos de infortunados agiam, ali, desco­nhecendo os padecimentos uns dos outros. Certos grupos volitavam a pequena altura, como bandos de corvos negrejantes, mais escuros que a própria sombra a envolver-nos, ao passo que vastos car­dumes de desventurados jaziam chumbados ao solo, quais aves desditosas, de asas partidas... Como explicar tudo isso?”

“Vendo bandos de seres a se locomoverem no ar, quase a nos rentear, recordei que em nossa colônia as faculdades de volitação não eram comu­mente exercidas para não melindrarmos aqueles que as não possuíam desenvolvidas; mas... e ali? Criaturas de baixas condições se moviam nos ares, embora a poucos metros do solo.
Calderaro, porém, explicou:
— Não te surpreendas. A volitação depende, fundamentalmente, da força mental armazenada pela inteligência; importa, contudo, considerar que os voos altíssimos da alma só se fazem possíveis quando à intelectualidade elevada se alia o amor sublime. Há Espíritos perversos com vigorosa capacidade volitiva, apesar de circunscritos a baixas incursões. São donos de imenso poder de raciocí­nio e manejam certas forças da Natureza, mas sem característicos de sublimação no sentimento, o que lhes impede grandes ascensões. No que se refere, entretanto, às entidades admitidas à nossa colônia espiritual, ainda em grande número incapacitadas de usar tal vantagem, o fenômeno é natural. É mais fácil recolher criaturas de maiores cabedais de amor com reduzida inteligência, e convivermos com elas, no processo evolucionário comum, do que abrigarmos pessoas sumamente intelectuais sem amor aos semelhantes; com estas últimas, a vida em comum, no sentido construtivo, é quase impra­ticável. Neste capítulo da volitação, portanto, im­pende observar os ascendentes naturais, levando em conta, com a própria Natureza, que os corvos voam baixo, procurando detritos, enquanto as an­dorinhas se libram alto, buscando a primavera.”


6.Prece final

Nenhum comentário:

Postar um comentário