Casa
Espírita Missionários da Luz
Estudo Livro Nosso
Lar –
08/11/2016
Tema: Capítulos 48 à 50
Objetivos:
- Estudar
a comunicação no PE, de criança encarnada;
- Identificar
a tentação como um dos grandes perigos ao sucesso da reencarnação;
-
Perceber a necessidade da prova para a consolidação das aquisições superiores;
-
Reconhecer o poder da oração;
- Estudar
o estado do Espírito antes de seu período de humanização;
-
Identificar a volitação como um dos atributos do Espírito.
Bibliografia:
- Nosso Lar, André Luiz/Chico
Xavier, Cap 48 à 50;
- No Mundo Maior, André Luiz/Chico
Xavier, Cap 17 ‘No Limiar das Cavernas’;
- Atualidade do
Pensamento Espírita, Vianna de Carvalho/Divaldo Franco, perg. 63;
- Loucura e
Obsessão, Manoel P. Miranda/Divaldo Franco, cap. 9;
- LE pergs 536 à 540,
607 à 610;
- Livro dos Médiuns,
Cap XIX, 223-2ª;
- Evangelho
Seg.Espiritismo, Cap. V item 19 (O Mal e o Remédio); Cap. XXVIII, item 3 – VI, item 21;
- Revista Espírita,
1867, Março - DISSERTAÇÕES ESPÍRITAS
Material: notebook e projetor
Desenvolvimento:
1.Página e prece
inicial
2. Comunicação de
Ricardo (encarnado, na fase infantil) – Cap. 48:
“Nem
todos os encarnados se agrilhoam ao solo da Terra. Como os pombos-correio que
vivem, por vezes, longo tempo de serviço, entre duas regiões, espíritos há que
vivem por lá entre dois mundos.”
“A
distância de quatro metros, aproximadamente, havia um grande globo cristalino,
da altura de dois metros presumíveis, envolvido, na parte inferior, em longa
série de fios que se ligavam a pequeno aparelho, idêntico aos nossos
alto-falantes.”
“(...)
a nossa emotividade emite forças suscetíveis de perturbar. Aquela pequena
câmara cristalina é constituída de material isolante. Nossas energias mentais
não poderão atravessá-la.”
-
vemos aqui a necessidade de proteger o encarnado das vibrações dos
desencarnados, mesmo em caso de amor (ainda não sabemos amar com equilíbrio!!)
“Logo após, Clarêncio tomou novamente a
palavra:
- Irmão - disse - , enviemos, agora, a Ricardo
a nossa mensagem de amor.”
“Às
derradeiras notas da bela composição, notei que o globo se cobria, interiormente,
de substância leitoso-acinzentada, apresentando, logo em seguida, a figura
simpática de um homem na idade madura. Era Ricardo.”
-
necessidade de unir os pensamentos para a evocação....
“Percebi que o recém-chegado não falava com
espontaneidade e não podia dispor de muito tempo entre nós.”
Sobre a
comunicação de encarnado:
(LM,
cap XIX, item 223-2ª)
“A alma do
médium pode comunicar-se, como a de qualquer outro. Se goza de certo grau de
liberdade, recobra suas qualidades de Espírito. (...) Porque, ficai sabendo,
entre os Espíritos que evocais, alguns há que estão encarnados na Terra. Eles,
então, vos falam como Espíritos e não como homens.”
(RE
1867, Março - DISSERTAÇÕES
ESPÍRITAS)
"Os Espíritos de um certo grau de adiantamento
têm uma irradiação que lhes permite se comunicar simultaneamente em vários
pontos. Em alguns, o estado de encarnação não amortece essa irradiação de
maneira bastante completa para os impedir de se manifestarem mesmo no estado de
vigília. Quanto mais o Espírito é avançado, mais são fracos os laços que o unem
à matéria do corpo; ele está num estado quase constante de desligamento, e
pode-se dizer que está lá onde dirige seu pensamento." UM ESPÍRITO.
“-
Ah! filhos meus, alguma coisa tenho a pedir-lhes do fundo de minhalma! roguem
ao Senhor para que eu nunca disponha de facilidades na Terra, a fim de que a
luz da gratidão e do entendimento permaneça viva em meu espírito!...” (Ricardo)
- preocupação com o perigo da tentação...
De novo vemos a preocupação com a encarnação e o esquecimento. As tentações
falam mais alto quando esquecemos os objetivos da reencarnação, e o contexto
vibratório da Terra não ajuda....
Sobre a tentação
(Evangelho Seg.Espiritismo, Cap. V item
19)
Como
desencarnados, quando pairáveis no Espaço, escolhestes as vossas provas,
julgando-vos bastante fortes para as suportar. Por que agora murmurar? Vós, que
pedistes a riqueza e a glória, queríeis sustentar luta com a tentação e
vencê-la. Vós, que pedistes para lutar de corpo e espírito contra o mal moral e
físico, sabíeis que quanto mais forte fosse a prova, tanto mais gloriosa a
vitória e que, se triunfásseis, (...)”
“Não nos
pergunteis, portanto, qual o remédio para curar tal úlcera ou tal chaga, para
tal tentação ou tal prova. Lembrai--vos de que aquele que crê é forte pelo
remédio da fé (...)”
Evangelho Seg.Espiritismo, Cap. XXVIII item 3, VI
“ Não nos
deixes entregues à tentação, mas livra-nos do mal.”
“Mas, somos
Espíritos imperfeitos, encarnados na Terra para expiar nossas faltas e
melhorar-nos. Em nós mesmos está a causa primária do mal e os maus Espíritos
mais não fazem do que aproveitar os nossos pendores viciosos, em que nos
entretêm para nos tentarem.”
Evangelho Seg.Espiritismo, Cap. XXVIII item 21
Prece. – Deus Todo-Poderoso, não me
deixes sucumbir à tentação que me impele a falir. Espíritos benfazejos, que me
protegeis, afastai de mim este mau pensamento e dai-me a força de resistir à
sugestão do mal. Se eu sucumbir, merecerei expiar a minha falta nesta vida e na
outra, porque tenho a liberdade de escolher.
3. Sobre a visita ao
lar de André Luiz (cap. 49)
“De
pronto, tive ímpetos de odiar o intruso com todas as forças, mas já não era eu
o mesmo homem de outros tempos. O Senhor me havia chamado aos ensinamentos do
amor, da fraternidade e do perdão. Verifiquei que o doente estava cercado de
entidades inferiores, devotadas ao mal; entretanto, não consegui auxiliá-lo
imediatamente.”
“Afinal,
via-me em face de singular conjuntura! Compreendia, agora, o motivo pelo qual
meus verdadeiros amigos haviam procrastinado, tanto, o meu retorno ao lar
terreno.
Angústias e decepções
sucediam-se de tropel.”
“Nem
os longos anos de sofrimento, nos primeiros dias de além túmulo, me haviam
proporcionado lágrimas tão amargas.”
- nesses trechos vemos a prova a que
André Luiz passou... Necessidade de vivenciar tudo o que aprendeu e consolidou
em Nosso Lar.
“-
Compreendo suas mágoas e rejubilo-me pela ótima oportunidade deste testemunho.”
(Clarêncio a André Luiz)
- Clarêncio fala que esse testemunho
do André é uma oportunidade! E é mesmo pois é necessária a prova!
“Preciso era, pois, lutar
contra o egoísmo feroz. Jesus conduzira-me a outras fontes. Não podia proceder
como homem da Terra. Minha família não era, apenas, uma esposa e três filhos na
Terra. Era, sim, constituída de centenas de enfermos nas Câmaras de Retificação
e estendia-se, agora, à comunidade universal. Dominado de novos pensamentos,
senti que a linfa do verdadeiro amor começava a brotar das feridas benéficas
que a realidade me abrira no coração.”
- postura mental ativa... vigilância
“Procurei
abstrair-me das considerações aparentemente ingratas que ouvia no ambiente
doméstico e deliberei colocar acima de tudo o amor divino, e, acima de todos os
meus sentimentos pessoais, as justas necessidades dos meus semelhantes.”
- postura mental ativa... vigilância
“Roguei
ao Senhor energias necessárias para manter a compreensão imprescindível e
passei a interpretar os cônjuges como se fossem meus irmãos.”
- postura mental ativa... vigilância
e oração!
“Na
segunda noite, sentia-me cansadíssimo. Começava a compreender o valor do
alimento espiritual, através do amor e do entendimento recíprocos. Em
"Nosso Lar", atravessava dias vários de serviço ativo, sem alimentação
comum, no treinamento de elevação a que muitos de nós se consagravam.
Bastava-me a presença dos amigos queridos, as manifestações de afeto, a
absorção de elementos puros através do ar e da água mas ali não encontrava
senão escuro campo de batalha, onde os entes amados se convertiam em verdugos.”
- vemos a influência do ambiente
vibratório no processo de nutrição espiritual
“Iniciei
o trabalho procurando esclarecer os espíritos infelizes que se mantinham em estreita
ligação com o enfermo. Minhas dificuldades, porém, eram enormes. Sentia-me
abatidíssimo.”
“Concentrei-me
em fervorosa oração ao Pai e, nas vibrações da prece, dirigi-me a Narcisa
encarecendo socorro. Contava-lhe, em pensamento, minha experiência dolorosa,
comunicava-lhe meus propósitos de auxílio e insistia para que me não
desamparasse.”
- firmeza de propósitos! Oração e pedido de
ajuda!
4.
Auxílio das árvores (cap. 50)
“-
Não só o homem pode receber fluidos e emiti-los. As forças naturais fazem o
mesmo, nos reinos diversos em que se subdividem. Para o caso do nosso enfermo,
precisamos das árvores. Elas nos auxiliarão eficazmente.” (Narcisa)
“Narcisa
chamou alguém, com expressões que eu não podia compreender. Daí a momentos,
oito entidades espirituais atendiam-lhe ao apelo. (...) Devidamente informada
pelos amigos, que me eram totalmente estranhos, a enfermeira explicou:
-
São servidores comuns do reino vegetal, os irmãos que nos atenderam.”
“Narcisa
manipulou, em poucos instantes, certa substância com as emanações do eucalipto
e da mangueira e, durante toda a noite, aplicamos o remédio ao enfermo, através
da respiração comum e da absorção pelos poros.”
- vemos a questão dos fluidos benéficos dos
vegetais. Já tínhamos visto o uso desses fluidos em sessões de materialização.
- vemos os seres que servem no reino
vegetal.
Sobre os elementais:
(
Atualidade do Pensamento Espírita, Vianna de Carvalho, perg. 63)
“Naturalmente, essas
Entidades, que são orientadas pelo Espíritos Superiores, como ainda não dispõem
de discernimento, porque não adquiriram a faculdade de pensar, são encaminhadas
a outras experiências evolutivas, de forma que não se lhes interrompa o
processo de desenvolvimento.” (trata a
questão do desmatamento)
(Loucura e Obsessão, Manoel P. Miranda, cap. 9)
“Na cultura religiosa
do passado e do presente encontraremos esses seres sob a denominação de devas,
elementais, fadas, gênios, silfos, elfos, djins, faunos... (...) Os cabalistas
também classificaram os elemantais mais evoluídos, encarregados do Ar, da
Terra, do Fogo e da Água, respectivamente de Gnomos, Sílfides, Salamandras e
Ondinas...”
“Não
atribuindo a esses seres um critério excepcional na ordem da Criação, sabemos
que estão em trânsito evolutivo, mediante as reencarnações entre o psiquismo do
Primata homini e o Homo sapiens, ainda destituídos de discernimento, ingênuos e
simples na sua estrutura espiritual íntima e que são utilizados pelos
Espíritos, encarnados ou não, para uma ou outra atividade, conforme nos tem
demonstrado a experiência neste campo.”
(LE
perg 537ª)
Pela mesma razão poderia então haver Espíritos
que habitem o interior da Terra e que presidam aos fenômenos geológicos? Esses
Espíritos não habitam realmente a Terra, mas regulam os fenômenos e os dirigem,
conforme suas atribuições.”
LE 538. Os Espíritos
que presidem aos fenômenos da Natureza formam categoria à parte no mundo
espiritual? Serão seres especiais ou Espíritos que foram encarnados como nós?
Que o serão, ou que
foram.
a.
Esses
Espíritos pertencem às ordens superiores ou inferiores da hierarquia
espiritual?
Depende do papel mais
ou menos material ou mais ou menos inteligentes que desempenhem. Uns comandam,
outros executam. Os que executam coisas materiais são sempre de ordem inferior,
tanto entre os Espíritos como entre os homens.
LE 540. Os Espíritos
que exercem ação nos fenômenos da Natureza agem com conhecimento de causa, em
virtude do livre-arbítrio, ou por impulso instintivo e irrefletido?
Uns sim, outros não.
(...) os Espíritos mais atrasados são úteis ao conjunto. Enquanto se ensaiam
para a vida, antes que tenham plena consciência de seus atos de seu
livre-arbítrio, atuam em certos fenômenos, dos quais são agentes, mesmo de
forma inconsciente. Primeiramente, executam; mais tarde, quando suas
inteligências estiverem mais desenvolvidas, comandarão e dirigirão as coisas do
mundo material; mais tarde ainda, poderão dirigir as do mundo moral.
LE 607. Dissestes (190) que o estado da alma do homem, na sua origem, corresponde ao
estado da infância na vida corporal, que sua inteligência apenas desabrocha e
se ensaia para a vida. Onde passa o Espírito essa primeira fase do seu
desenvolvimento?
“Numa série de existências que
precedem o período a que chamais Humanidade.”
LE 608. O Espírito do homem tem, após a morte, consciência
de suas existências anteriores ao período de humanidade?
“Não, pois não é desse período
que começa a sua vida de Espírito.
LE 609. Uma vez no período da humanidade, conserva o
Espíritotraços do que era precedentemente, quer dizer: do estado em que se
achava no período a que se poderia chamar ante-humano?
“Conforme a distância que
medeie entre os dois períodos e o progresso realizado. Durante algumas
gerações, pode ele conservar vestígios mais ou menos pronunciados do estado
primitivo, porquanto nada se opera na Natureza por brusca transição. Há sempre
anéis que ligam as extremidades da cadeia dos seres e dos acontecimentos.
Aqueles vestígios, porém, se apagam com o desenvolvimento do livre--arbítrio.
Os primeiros progressos só muito lentamente se efetuam, porque ainda não têm a
secundá-los a vontade. Vão em progressão mais rápida, à medida que o Espírito
adquire mais perfeita consciência de si mesmo.”
5.Volitação
(cap. 50)
"aqui,
em 'Nosso Lar', nem todos necessitam do aeróbus para se locomoverem, porque os
habitantes mais elevados da colônia dispõem do poder de volitação;” (cap.49)
“Nesse
dia, voltei a "Nosso Lar" em companhia de Narcisa e, pela primeira
vez, experimentei a capacidade de volitação. Num momento, ganhávamos grandes
distâncias. A bandeira da alegria desfraldara-se em meu íntimo. Comunicando à
enfermeira generosa minha impressão de leveza, ouvi-a esclarecer:
- Em
"Nosso Lar", grande parte dos companheiros poderia dispensar o
aeróbus e transportar-se, à vontade, nas áreas de nosso domínio vibratório;”
“Instruído
por Narcisa, ia da casa terrestre à cidade espiritual e vice-versa, sem
dificuldade de vulto, (...).”
(No
Mundo Maior, cap.17)
“Enquanto densas turbas de almas torturadas se debatiam em substância
viscosa, no solo, onde andávamos, assembléias de Espíritos dementes enxameavam
não longe, em intermináveis contendas por interesses mesquinhos.
A paisagem era francamente impressionante pelos característicos infernais
que nos circundavam. (...)
Os grupos de infortunados agiam, ali, desconhecendo os padecimentos uns
dos outros. Certos grupos volitavam a pequena altura, como bandos de corvos
negrejantes, mais escuros que a própria sombra a envolver-nos, ao passo que
vastos cardumes de desventurados jaziam chumbados ao solo, quais aves
desditosas, de asas partidas... Como explicar tudo isso?”
“Vendo bandos de seres a se locomoverem no ar, quase a nos rentear,
recordei que em nossa colônia as faculdades de volitação não eram comumente
exercidas para não melindrarmos aqueles que as não possuíam desenvolvidas;
mas... e ali? Criaturas de baixas condições se moviam nos ares, embora a poucos
metros do solo.
Calderaro, porém, explicou:
— Não te surpreendas. A volitação
depende, fundamentalmente, da força mental armazenada pela inteligência; importa,
contudo, considerar que os voos altíssimos da alma só se fazem possíveis quando
à intelectualidade elevada se alia o amor sublime. Há Espíritos perversos com
vigorosa capacidade volitiva, apesar de circunscritos a baixas incursões. São
donos de imenso poder de raciocínio e manejam certas forças da Natureza, mas
sem característicos de sublimação no sentimento, o que lhes impede grandes
ascensões. No que se refere, entretanto, às entidades admitidas à nossa colônia
espiritual, ainda em grande número incapacitadas de usar tal vantagem, o
fenômeno é natural. É mais fácil recolher criaturas de maiores cabedais de amor
com reduzida inteligência, e convivermos com elas, no processo evolucionário
comum, do que abrigarmos pessoas sumamente intelectuais sem amor aos
semelhantes; com estas últimas, a vida em comum, no sentido construtivo, é
quase impraticável. Neste capítulo da volitação, portanto, impende observar
os ascendentes naturais, levando em conta, com a própria Natureza, que os
corvos voam baixo, procurando detritos, enquanto as andorinhas se libram alto,
buscando a primavera.”
6.Prece final
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