domingo, 27 de novembro de 2016

Ideia da Reencarnação através dos tempos

Casa Espírita Missionários da Luz
Diretoria Doutrinária – ESDE1 – Princípios Básicos da DE

Tema: Ideia da Reencarnação através dos tempos                                                03/07/2012

Objetivo:
a) Conceituar Reencarnação
b) Relatar idéias das vidas sucessivas, da Antiguidade aos tempos atuais
c) Indicar na Bíblia, a idéia reencarnacionista

Bibliografia:

  • O Livro dos Espíritos, perg. 222, Cap V – Considerações sobre a Pluralidade das Existências;
  • O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap IV, itens 1 à 17.
Desenvolvimento:

  1. Leitura inicial: Caminho, Verdade e Vida, Cap. 108 “Reencarnação”
  2. Prece
  3. Leitura de Kardec – LE perg, 222 – 1. e 2. parágrafos
    Nascer, morrer, renascer ainda e progredir sempre, tal é a Lei.” (Allan Kardec)
  4. Já haviam referências à reencarnação na bíblia?

Jesus, tendo vindo às cercanias de Cesaréia de Filipe, interrogou assim seus discípulos: “Que dizem os homens, com relação ao Filho do Homem? Quem dizem que eu sou?” – Eles lhe responderam: “Dizem uns que és João Batista; outros, que Elias; outros, que Jeremias, ou algum dos profetas.” – Perguntou-lhes Jesus: “E vós, quem dizeis que eu sou?” – Simão Pedro, tomando a palavra, respondeu: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo:” – Replicou-lhe Jesus: “Bem-aventurado és, Simão, filho de Jonas, porque não foram a carne nem o sangue que isso te revelaram, mas meu Pai, que está nos céus.” (S. MATEUS, 16:13 a 17; S. MARCOS, 8:27 a 30.) (E.S.Esp, Cap. IV – item 1)


(Mateus 17.9-13) – Referência de João Batista ser Elias reencarnado.
"E, descendo eles do monte, Jesus lhes ordenou, dizendo: A ninguém conteis a visão, até que o Filho do homem seja ressuscitado dos mortos. E os discípulos o interrogaram, dizendo: porque dizem então os escribas que é mister que Elias venha primeiro?
E Jesus, respondendo, disse-lhes: Em verdade Elias virá primeiro e restaurará todas as coisas; Mas digo-vos que Elias já veio, e não o conheceram, mas fizeram-lhe tudo o que quiseram. Assim farão eles também padecer o filho do homem. Então entenderam os discípulos que lhes falara de João Batista". (E.S.Espiritismo, Cap. IV – item 3)

Em João 3. 3 –12, encontramos a elucidativa palestra de Jesus com Nicodemos:
"Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus.
Disse-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Pôr ventura pode tornar a entrar no ventre de sua mãe, e nascer? Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus. O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito. Não te maravilhes de te ter dito: Necessário vos é nascer de novo. O vento assopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito. Nicodemos respondeu, e disse-lhe: Como pode ser isso? Jesus respondeu, e disse-lhe: Tu és mestre de Israel, e não sabes isto? Na verdade, na verdade te digo que nós dizemos o que sabemos e testificamos o que vimos: e não aceitais o nosso testemunho. Se vos falei de coisas terrestres, e não crestes, como crereis, se vos falar das celestiais?"
(E.S.Espiritismo, Cap. IV – item 5)


  1. Leitura em conjunto do texto anexo.


Caminho, Verdade e Vida, Emmanuel/Chico Xavier, Cap.108 “REENCARNAÇÃO”

Portanto, se a tua mão ou o teu pé te escandalizar, corta-o e atira-o para longe de ti; melhor te é entrar na vida, coxo ou aleijado, do que, tendo duas mãos ou dois pés, seres lançado no fogo eterno.” — Jesus. (MATEUS, capítulo 18, versículo 8.)

Unicamente a reencarnação esclarece as questões do ser, do sofrimento e do destino. Em muitas ocasiões, falou-nos Jesus de seus belos e sábios princípios.
Esta passagem de Mateus é sumamente expressiva.
É indispensável considerar que o Mestre se dirigia a uma sociedade estagnada, quase morta.
No concerto das lições divinas que recebe, o cristão, a rigor, apenas conhece, de fato, um gênero de morte, a que sobrevém à consciência culpada pelo desvio da Lei; e os contemporâneos do Cristo, na maioria, eram criaturas sem atividade espiritual edificante, de alma endurecida e coração paralítico. A expressão “melhor te é entrar na vida” representa solução fundamental. Acaso, não eram os ouvintes pessoas humanas? Referia-se, porém, o Senhor à existência contínua, à vida de sempre, dentro da qual todo espírito despertará para a sua gloriosa destinação de eternidade.
Na elevada simbologia de suas palavras, apresenta-nos Jesus o motivo determinante dos renascimentos dolorosos, em que observamos aleijados, cegos e paralíticos de berço, que pedem semelhantes provas como períodos de refazimento e regeneração indispensáveis à felicidade porvindoura.
Quanto à imagem do “fogo eterno”, inserta nas letras evangélicas, é recurso muito adequado à lição, porque, enquanto não se dispuser a criatura a viver com o Cristo, será impelida a fazê-lo, através de mil meios diferentes; se a rebeldia perdurar por infinidade de séculos, os processos purificadores permanecerão igualmente como o fogo material, que existirá na Terra enquanto seu concurso perdurar no tempo, como utilidade indispensável à vida física.




REENCARNAÇÃO E ESPIRITISMO
Não foram os espíritas que inventaram a Reencarnação – palavra que grafamos com inicial maiúscula, em homenagem de nossa alma engrandecida à lei sábia e misericordiosa que projetou luz sobre o até então incompreendido problema do Ser, do Destino e da Dor.
O ensino reencarnacionista vem de muito longe, de povos antigos e remotíssimas doutrinas.
Ao Espiritismo couberam, apenas, a honra e a glória de estudá-lo, sistematizando-o, para convertê-lo, afinal, num dos principais, senão no principal fundamento de sua granítica estrutura doutrinária.
Grandes vultos do passado, no campo da Religião, da Filosofia e da Ciência, aceitaram e difundiram a Reencarnação.
Orígenes (nascido em 185 e falecido em 254), considerado por S. Jerônimo como a maior autoridade da Igreja de Roma, afirma, no livro “Dos Princípios”, em abono da tese básica do Espiritismo: “As causas das variedades de condições humanas são devidas às existências anteriores”.
São, ainda, do eminente e consagrado teólogo as seguintes palavras: “A maneira por que cada um de nós põe os pés na Terra, quando aqui aportamos, é a conseqüência fatal de como agiu anteriormente no Universo”.
(...) Krishna, no Bhagavad-Gita (o Evangelho da índia), predica, com absoluta e inegável clareza: “Eu e vós tivemos vários nascimentos. Os meus, só são conhecidos de mim; vós não conheceis os vossos”.
Os Vedas, milhares de anos antes de Jesus Cristo difundiam, largamente, a idéia reencarnacionista.
Buda aceitava e pregava a Reencarnação.
Os sacerdotes egípcios ensinavam que “as almas inferiores e más ficam presas à Terra por múltiplos renascimentos, e que as almas virtuosas sobem, voando para as esferas superiores, onde recobram a vista das coisas divinas”.
Na Grécia, berço admirável de legítimos condores do Pensamento e da Cultura, encontramos Sócrates, Platão e Pitágoras como fervorosos paladinos das vidas sucessivas.
Sócrates ensinava que “as almas, depois de haverem estado no Hades o tempo necessário, são reconduzidas a esta vida em múltiplos e longos períodos”.
O ensino pitagórico era, como é notório, essencialmente reencarnacionista, dele advindo, por falsa interpretação de mentes pouco evoluídas, a errônea teoria da metempsicose.
Entre os romanos, Virgílio e Ovídio disseminavam os princípios reencarnacionistas.
Ovídio chegava a dizer: “quando minha alma for pura, irá habitar os astros que povoam o firmamento”, admitindo, assim, semelhantemente aos espíritas, a sucessividade das vidas em outros planetas.
S. Jerônimo afirmava, por sua vez, “que a transmigração das almas fazia parte dos ensinos revelados a um certo número de iniciados”.
PERALVA, Martins. Estudando o Evangelho. Trecho do cap. 9. Editora FEB.


Nenhum comentário:

Postar um comentário