Casa
Espírita Missionários da Luz
Diretoria
Doutrinária – ESDE1 – Princípios Básicos da DE
Tema:
Ideia da Reencarnação através dos tempos 03/07/2012
Objetivo:
a)
Conceituar Reencarnação
b)
Relatar idéias das vidas sucessivas, da Antiguidade aos tempos
atuais
c) Indicar na Bíblia,
a idéia reencarnacionista
Bibliografia:
- O Livro dos Espíritos, perg. 222, Cap V – Considerações sobre a Pluralidade das Existências;
- O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap IV, itens 1 à 17.
Desenvolvimento:
- Leitura inicial: Caminho, Verdade e Vida, Cap. 108 “Reencarnação”
- Prece
- Leitura de Kardec – LE perg, 222 – 1. e 2. parágrafos“Nascer, morrer, renascer ainda e progredir sempre, tal é a Lei.” (Allan Kardec)
- Já haviam referências à reencarnação na bíblia?
Jesus,
tendo vindo às cercanias de Cesaréia de
Filipe, interrogou assim seus discípulos: “Que dizem os homens,
com relação ao Filho do Homem? Quem dizem que eu sou?” – Eles
lhe responderam: “Dizem uns que és João Batista; outros, que
Elias; outros, que Jeremias, ou algum dos profetas.” –
Perguntou-lhes Jesus: “E vós, quem dizeis que eu sou?” – Simão
Pedro, tomando a palavra, respondeu: “Tu és o Cristo, o Filho do
Deus vivo:” – Replicou-lhe Jesus: “Bem-aventurado és, Simão,
filho de Jonas, porque não foram a carne nem o sangue que isso te
revelaram, mas meu Pai, que está nos céus.” (S.
MATEUS, 16:13 a 17; S. MARCOS, 8:27 a 30.) (E.S.Esp,
Cap. IV – item 1)
(Mateus
17.9-13) – Referência de João Batista ser Elias reencarnado.
"E,
descendo eles do monte, Jesus lhes ordenou, dizendo: A ninguém
conteis a visão, até que o Filho do homem seja ressuscitado dos
mortos. E os discípulos o interrogaram, dizendo: porque dizem então
os escribas que é mister que Elias venha primeiro?
E
Jesus, respondendo, disse-lhes: Em verdade Elias virá primeiro e
restaurará todas as coisas; Mas digo-vos que Elias já veio, e não
o conheceram, mas fizeram-lhe tudo o que quiseram. Assim farão eles
também padecer o filho do homem. Então entenderam os discípulos
que lhes falara de João Batista". (E.S.Espiritismo,
Cap. IV – item 3)
Em
João
3. 3 –12,
encontramos a elucidativa palestra de Jesus com Nicodemos:
"Jesus
respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que
não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus.
Disse-lhe
Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Pôr ventura pode
tornar a entrar no ventre de sua mãe, e nascer? Jesus respondeu: Na
verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do
Espírito, não pode entrar no reino de Deus. O que é nascido da
carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito. Não te
maravilhes de te ter dito: Necessário vos é nascer de novo. O vento
assopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem
para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito.
Nicodemos respondeu, e disse-lhe: Como pode ser isso? Jesus
respondeu, e disse-lhe: Tu és mestre de Israel, e não sabes isto?
Na verdade, na verdade te digo que nós dizemos o que sabemos e
testificamos o que vimos: e não aceitais o nosso testemunho. Se vos
falei de coisas terrestres, e não crestes, como crereis, se vos
falar das celestiais?"
(E.S.Espiritismo,
Cap. IV – item 5)
- Leitura em conjunto do texto anexo.
Caminho,
Verdade e Vida, Emmanuel/Chico Xavier, Cap.108 “REENCARNAÇÃO”
“Portanto,
se a tua mão ou o teu pé te escandalizar, corta-o e atira-o para
longe de ti; melhor te é entrar na vida, coxo ou aleijado, do que,
tendo duas mãos ou dois pés, seres lançado no fogo eterno.” —
Jesus. (MATEUS, capítulo 18, versículo 8.)
Unicamente
a reencarnação esclarece as questões do ser, do sofrimento e do
destino. Em muitas ocasiões, falou-nos Jesus de seus belos e sábios
princípios.
Esta
passagem de Mateus é sumamente expressiva.
É
indispensável considerar que o Mestre se dirigia a uma sociedade
estagnada, quase morta.
No
concerto das lições divinas que recebe, o cristão, a rigor, apenas
conhece, de fato, um gênero de morte, a que sobrevém à consciência
culpada pelo desvio da Lei; e os contemporâneos do Cristo, na
maioria, eram criaturas sem atividade espiritual edificante, de alma
endurecida e coração paralítico. A expressão “melhor te é
entrar na vida” representa solução fundamental. Acaso, não eram
os ouvintes pessoas humanas? Referia-se, porém, o Senhor à
existência contínua, à vida de sempre, dentro da qual todo
espírito despertará para a sua gloriosa destinação de eternidade.
Na
elevada simbologia de suas palavras, apresenta-nos Jesus o motivo
determinante dos renascimentos dolorosos, em que observamos
aleijados, cegos e paralíticos de berço, que pedem semelhantes
provas como períodos de refazimento e regeneração indispensáveis
à felicidade porvindoura.
Quanto
à imagem do “fogo eterno”, inserta nas letras evangélicas, é
recurso muito adequado à lição, porque, enquanto não se dispuser
a criatura a viver com o Cristo, será impelida a fazê-lo, através
de mil meios diferentes; se a rebeldia perdurar por infinidade de
séculos, os processos purificadores permanecerão igualmente como o
fogo material, que existirá na Terra enquanto seu concurso perdurar
no tempo, como utilidade indispensável à vida física.
REENCARNAÇÃO E
ESPIRITISMO
Não foram os espíritas
que inventaram a Reencarnação – palavra que grafamos com inicial
maiúscula, em homenagem de nossa alma engrandecida à lei sábia e
misericordiosa que projetou luz sobre o até então incompreendido
problema do Ser, do Destino e da Dor.
O ensino
reencarnacionista vem de muito longe, de povos antigos e remotíssimas
doutrinas.
Ao Espiritismo couberam,
apenas, a honra e a glória de estudá-lo, sistematizando-o, para
convertê-lo, afinal, num dos principais, senão no principal
fundamento de sua granítica estrutura doutrinária.
Grandes vultos do
passado, no campo da Religião, da Filosofia e da Ciência, aceitaram
e difundiram a Reencarnação.
Orígenes (nascido em 185
e falecido em 254), considerado por S. Jerônimo como a maior
autoridade da Igreja de Roma, afirma, no livro “Dos Princípios”,
em abono da tese básica do Espiritismo: “As causas das variedades
de condições humanas são devidas às existências anteriores”.
São, ainda, do eminente
e consagrado teólogo as seguintes palavras: “A maneira por que
cada um de nós põe os pés na Terra, quando aqui aportamos,
é a conseqüência fatal de como agiu anteriormente no Universo”.
(...) Krishna, no
Bhagavad-Gita (o Evangelho da índia), predica, com absoluta e
inegável clareza: “Eu e vós tivemos vários nascimentos. Os meus,
só são conhecidos de mim; vós não conheceis os vossos”.
Os Vedas, milhares de
anos antes de Jesus Cristo difundiam, largamente, a idéia
reencarnacionista.
Buda aceitava e pregava a
Reencarnação.
Os sacerdotes egípcios
ensinavam que “as almas inferiores e más ficam presas à Terra por
múltiplos renascimentos, e que as almas virtuosas sobem,
voando para as esferas superiores, onde recobram a vista das coisas
divinas”.
Na Grécia, berço
admirável de legítimos condores do Pensamento e da Cultura,
encontramos Sócrates, Platão e Pitágoras como fervorosos paladinos
das vidas sucessivas.
Sócrates ensinava que
“as almas, depois de haverem estado no Hades o tempo necessário,
são reconduzidas a esta vida em múltiplos e longos períodos”.
O ensino pitagórico era,
como é notório, essencialmente reencarnacionista, dele advindo, por
falsa interpretação de mentes pouco evoluídas, a errônea teoria
da metempsicose.
Entre os romanos,
Virgílio e Ovídio disseminavam os princípios reencarnacionistas.
Ovídio chegava a dizer:
“quando minha alma for pura, irá habitar os astros que povoam o
firmamento”, admitindo, assim, semelhantemente aos espíritas, a
sucessividade das vidas em outros planetas.
S. Jerônimo afirmava,
por sua vez, “que a transmigração das almas fazia parte dos
ensinos revelados a um certo número de iniciados”.
PERALVA, Martins.
Estudando o Evangelho. Trecho do cap. 9. Editora FEB.
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