domingo, 27 de novembro de 2016

Penas e Gozos Futuros / Duração das Penas

Casa Espírita Missionários da Luz
Diretoria Doutrinária – ESDE1 – Princípios Básicos da DE

Tema: Penas e Gozos Futuros / Duração das Penas                        -                      12/06/12

Objetivo:
·                    Conceituar Céu e Inferno, de acordo com a Doutrina Espírita
·                      Explicar o sentido das penas e recompensas com base no “Código Penal da Vida  Futura”, de Allan Kardec.

Bibliografia:

O Livro dos Espíritos - pergs 1011 à 1018;
O Céu e o Inferno - 1ª parte, Cap III "O Céu" - item 18; Cap VI " Doutrina das Penas eternas" - item 21; e Cap VII " As penas futuras segundo o Espiritismo" - ítens 1 à 5, 11 à 17 e item 33.



Desenvolvimento:

  1. Leitura inicial: E Depois da Morte? Camilo
  2. Prece
  3. Iniciar solicitando comentários sobre a página de Camilo, e a idéia de céu e inferno que o grupo possui.
  4. Leitura e comentário das pergs. 1012, 1012a, 1013 e 1016 de O Livro dos Espíritos.
  5. Estudo do “Código Penal da Vida Futura”, no cap. VII da 1a.parte de O Céu e o Inferno.

Itens 1 a 8 – relacionar as condições de felicidade e infelicidade dos Espíritos no Mundo Espiritual.
A alma ou Espírito sofre na vida espiritual as conseqüências de todas as imperfeições que não conseguiu corrigir na vida corporal. O seu estado, feliz ou desgraçado, é inerente ao seu grau de pureza ou impureza.

Itens 9 à 16 – enumerar as condições necessárias para se extinguir uma falta
“Arrependimento, expiação e reparação constituem, portanto, as três condições necessárias para apagar os traços de uma falta e suas conseqüências. O arrependimento suaviza os travos da expiação, abrindo pela esperança o caminho da reabilitação; só a reparação, contudo, pode anular o efeito destruindo-lhe a causa. Do contrário, o perdão seria uma graça, não uma anulação.

Itens 17 à 24 – Como se dá o processo de expiação e reparação?
“O arrependimento pode dar-se por toda parte e em qualquer tempo; se for tarde, porém, o culpado sofre por mais tempo.
Até que os últimos vestígios da falta desapareçam, a  expiação consiste nos sofrimentos físicos e morais que lhe são conseqüentes, seja na vida atual, seja na vida espiritual após a morte, ou ainda em nova existência corporal.
A reparação consiste em fazer o bem àqueles a quem se havia feito o mal.

Itens 25 à 32 – Relacionar as ações às consequências futuras para o Espírito.
O único meio de evitar ou atenuar as conseqüências futuras de uma falta, está no repará-la, desfazendo-a no presente. Quanto mais nos demorarmos na reparação de uma falta, tanto mais penosas e rigorosas serão, no futuro, as suas conseqüências.
— A situação do Espírito, no mundo espiritual, não é outra senão a por si mesmo preparada na vida corpórea.

  1. Concluir com a perg. 1019 do Livro dos Espíritos, onde S.Luis fala da transformação da Terra e da lenda do paraíso perdido e do pecado original.

Lembrar que no próximo estudo veremos especificamente o Arrependimento e o Perdão.


  1. Avaliação



E depois da morte?  (Espírito Camilo, psicografia Raul Teixeira)


Desde que te deste conta de ti mesmo no mundo, ouves os relatos da morte, escutas comentários sobre a morte e, de certo modo, te sentes perturbar em razão de todos os conteúdos apresentados a seu respeito.
A tendência humana de absolutizar as relatividades, costuma ser responsável por forjar concepções racionalmente absurdas em redor do morrer.
Algumas doutrinas surgiram na Terra com todo o brilho de algo aparelhado para explicar, convencer e nortear as mentalidades humanas, retirando-as da ignorância e alcandorando-as aos páramos dos libertadores conhecimentos.
Contudo, tal coisa não se deu. Contrariamente ao que o mundo carecia, tais doutrinas, por meio dos seus doutrinadores, passaram a espalhar notícias aterradoras, provenientes de um “deus” primitivo, vingativo, bilioso, complementando os quadros de horrores em que viviam as criaturas.
As “geenas”, os “tártaros”, os “infernos”, com seus séquitos de esfaimados carrascos, chafurdados em fogaréus e fumaças, tudo isso apenas serviu para sobreexcitar as mentalidades, gerando personalidades neuróticas ou esquizóides, em função das fobias que as acometeram.

Já pensaste sobre tudo isso? Já meditastes sobre o depois da morte?

Opostamente ao que se vinha afirmando ao largo dos séculos para os indivíduos e para as coletividades, francamente atarantados, a veneranda Doutrina Espírita surgiu, em pleno século XIX, para dizer que, de fato, “Deus é amor”. E porque Ele é amor, oferece a todos os Seus filhos as mesmas oportunidades de liberação e de crescimento, fazendo-nos verificar que, no presente estágio humano, os indivíduos aprendem pela repetição, nas experiências de erro-acerto, até que se convençam, pelo uso do livre-arbítrio, que são as experiências de acerto aquelas que lhes promovem maiores gratificações emocionais, maiores estesias, embora dos erros fiquem as experiências do que não se deve buscar, porque trazem frustrações e dores, em rudes aprendizados.

Assim, para o pensamento espírita, ninguém precisa “morrer”para ir ao céu, tampouco ao inferno. Uma vez que céu e inferno convertem-se em estados de alma de integração com as divinas leis ou de oposição a elas, respectivamente, temos incontáveis contingentes de criaturas que já vivem nos céus da consciência em paz e dos deveres nobremente cumpridos, desde os dias terrestres, enquanto outros inumeráveis magotes que se acham, desde a Terra, chafurdados nos infernos conscienciais pela prática do mal, pelas preferências desequilibradoras, pela má vontade perante as leis da consciência.

Se vens meditando maduramente sobre essa dimensão da vida, que se chama morte, vale a pena viveres bem, trabalhando e crescendo para Deus, desde os dias da tua atualidade.                                 

Justiça Divina, Cap. 62 “Espíritas diante da morte” - Emmanuel/Chico Xavier

Reunião pública de 25-9-61 - 1ª Parte, cap. II, item 10
Toda religião procura confortar os homens, ante a esfinge da morte.
A Doutrina Espirita não apenas consola, mas também alumia o raciocínio dos que indagam e choram na grande separação.
Toda religião admite a sobrevivência.
A Doutrina Espirita não apenas patenteia a imortalidade da vida, mas também demonstra o continuismo da evolução do ser, em esferas diferentes da Terra.
Toda religião afirma que o mal sera punido, para lá do sepulcro.
A Doutrina Espirita não apenas informa que todo delito exige resgate, mas também destaca que o inferno é o remorso, na consciência culpada, cujo sofrimento cessa com a necessária e justa reparação.
Toda religião ensina que a alma sera expurgada de todo o erro, em regiões inferiores.
A Doutrina Espirita não apenas explica que a alma, depois da morte, se vê mergulhada nos resultados das próprias ações infelizes, mas também esclarece que, na maioria dos casos, a estação terminal do purgatório é mesmo a Terra, onde reencontramos as consequências de nossas faltas, a fim de extingui-las, através da reencarnação.
Toda religião fala do Céu, como sendo estancia de alegria perene.
A Doutrina Espirita não apenas mostra que o Céu existe, por felicidade suprema no Espirito que sublimou a si mesmo, mas também elucida que os heróis da virtude não se imobilizam em paraísos estanques, e que, por mais elevados, na hierarquia moral, volvem a socorrer os irmãos da humanidade ainda situados na sombra.
Toda religião encarece o amparo da Providencia Divina as almas necessitadas.
A Doutrina Espirita não apenas confirma que o Amor infinito de Deus abraca todas as criaturas, mas também adverte que todos receberemos, individualmente, aqui ou além, de acordo com as nossas próprias obras.
Os espiritas, pois, realmente não podem temer a morte que lhes sobrevém, na pauta dos desígnios superiores.

Para todos nos, a desencarnação em atendimento as ordenações da vida maior é o termo de mais um dia de trabalho santificante, para que se ponham, de novo, a caminho do alvorecer.

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