Casa
Espírita Missionários da Luz
ESDE3 – 24/06/2014
Tema: Miniaturização do Perispírito
Objetivos:
-
Estudar a segunda morte: perda do perispírito;
-
Analisar as diferenças em três casos de reencarnação;
-
Identificar a situação do perispírito do Espírito ao desencarnar na gestação e
na primeira infância.
Bibliografia:
- O Livro dos Espíritos, pergs 94, 186,
257, 339,351,352,354,380;
- Evangelho, Cap. VIII, 4;
- A Gênese, Cap. XI, 18 e 20;
- André Luiz/Chico Xavier, Evolução em
Dois Mundos, Cap. 12, 19, 23
- Temas Polêmicos do Século XXI,
Ricardo Di Bernardi, Cap 18 ;
- André Luiz/Chico Xavier –
Missionários da Luz, Cap 13 e 14;
- André Luiz/Chico Xavier –
Libertação, Cap. 6, 7
- André Luiz/Chico Xavier - Entre a Terra e o Céu, Cap. 28, 29
- Manoel P. de Miranda/Divaldo Franco – Painéis da Obsessão, Cap.16;
- Trilhas da Libertação, Cap. “Ocorrência Grave”, Manoel P. De Miranda/Divaldo P. Franco
- http://www.guia.heu.nom.br/restringimento.htm
Material:
Notebook com a apresentação dos slides
Desenvolvimento:
1. Prece Inicial.
2.Leitura e comentários
da página do Evangelho da noite;
3. Desenvolvimento do
conteúdo: desenvolver o tema através da apresentação de slides e exposição
dialogada.
4.Prece final
Slides para apresentação do conteúdo:
1.
Segunda Morte
Reencarnação
Evolução
Ovoidização
Libertação, André Luiz, Cap. 6
2. Segunda Morte - Evolução
Haverá mundos onde o
Espírito, deixando de revestir corpos materiais, só tenha por envoltório o
perispírito?
“Há e mesmo esse
envoltório se torna tão etéreo que para vós é como se não existisse. Esse o estado
dos Espíritos puros.”
Livro do Espíritos,
perg. 186
ècomo Espíritos puros, o perispírito se desfaz. Nem temos como imaginar
isso.
èMas temos tb a mudança de níveis evolutivos, enquanto estamos no processo
evolutivo.
3. “— Viste
companheiros — prosseguiu o orientador —, que se desfizeram dele, rumo a
esferas sublimes, cuja grandeza por enquanto não nos é dado sondar (...)”
“são servidores enobrecidos e gloriosos, no dever bem cumprido (...)”
Libertação, André Luiz, Cap. 6
4.
De onde tira o Espírito o seu invólucro
semimaterial?
“Do fluido universal de cada
globo, razão por que não é idêntico em todos os mundos. Passando de um mundo a
outro, o Espírito muda de envoltório, como mudais de roupa.”
a) — Assim, quando os Espíritos que habitam mundos
superiores vêm ao nosso meio, tomam um perispírito mais grosseiro?
“É necessário que se revistam
da vossa matéria, já o dissemos.”
(O Livro dos Espíritos, perg. 94)
èé como se morressem lá onde vivem, para irem morar em outro mundo. E no
retorno, é como se fosse o nosso processo de reencarnação... “perdem” o
perispírito lá, para mergulharem nos fluidos menos denso da Terra.
5. Pedir que alguém leia o trecho de “A CRISE DA MORTE” – Ernesto Bozzano - FEB –
1926.
èum relato de como seria essa morte no PE para ida a planos superiores.
6. Segunda Morte - Ovoidização
“os ignorantes e os maus, os transviados e os criminosos também perdem, um
dia, a forma perispiritual.
Pela densidade da mente, saturada de impulsos inferiores, não conseguem elevar-se
e gravitam em derredor das paixões absorventes que por muitos anos elegeram em
centro de interesses fundamentais.”
(Libertação, André Luiz, Cap. 6 )
“Gastaram o perispírito, sob inenarráveis tormentas de desesperação”
(Libertação, André Luiz, Cap. 7 )
7. Figuras ilustrativas
8.
“Pela oclusão de
estímulos outros, os órgãos do corpo espiritual se retraem ou se atrofiam, por
ausência de função, e se
voltam, instintivamente, para a sede do governo mental, onde se localizam,
ocultos e definhados, no fulcro dos pensamentos em circuito fechado sobre si
mesmos, quais implementos potenciais do germe vivo entre as paredes do ovo.” (Evolução em Dois
Mundos, André Luiz, Cap. 12)
9.
“Entendereis
facilmente a posição dos centros vitais do corpo espiritual, restritos na
“ovoidização” — apesar de não terdes elementos terminológicos que a exprimam —,
pensando na semente minúscula que encerra dentro dela os princípios
organogênicos da árvore em que se converterá de futuro.” (Evolução em Dois
Mundos, André Luiz, Cap. 23)
10. Segunda Morte - Reencarnação – 3
tipos dependendo da evolução do reencarnante (EV2M Cap 19)
è”Cada entidade reencarnante apresenta particularidades essenciais na
recorporificação a que se entrega na esfera física, quanto cada pessoa expõe
característicos diferentes quando se rende ao processo liberatório, não
obstante o nascimento e a morte parecerem iguais.”
- Espíritos categoricamente superiores
- Espíritos categoricamente inferiores
- Milhões de Espíritos medianos na evolução
11. “Espíritos categoricamente
superiores, quase sempre, em ligação sutil com a mente materna que lhes oferta
guarida, podem plasmar por si mesmos e, não raro, com a colaboração de
instrutores da Vida Maior, o corpo em que continuarão as futuras experiências, interferindo
nas essências cromossômicas, com vistas às tarefas que lhes cabem desempenhar.”
(Ev2M, André Luiz, Cap. 19)
12. “Os Espíritos categoricamente
inferiores, na maioria das ocasiões, padecendo monoideísmo tiranizante, entram
em simbiose fluídica com as organizações femininas a que se agregam,
experimentando o definhamento do corpo espiritual ou o fenômeno de
“ovoidização”, sendo inelutavelmente atraídos ao vaso uterino, em
circunstâncias adequadas, para a reencarnação que lhes toca, em moldes inteiramente
dependentes da hereditariedade, como acontece à semente, que, após desligar-se
do fruto seco, germina no solo, segundo os princípios organogênicos a que
obedece, tão logo encontre o favor ambiencial.” (Ev2M, André Luiz, Cap. 19)
.
13. ” Entre ambas as classes, porém, contamos com milhões de Espíritos medianos
na evolução, portadores de créditos apreciáveis e dívidas numerosas, cuja
reencarnação exige cautela de preparo e esmero de previsão” (Ev2M, André Luiz,
Cap. 19)
14. “RESTRINGIMENTO DO CORPO ESPIRITUAL
— Institutos de escultura anatômica funcionam, por isso, no Plano Espiritual,
brunindo formas diversas, de modo a orientar os mapas ou prefigurações do
serviço que aos reencarnantes competirá, mais tarde atender.
15. “Corpos, membros, órgãos, fibras e células são aí esboçados e estudados,
antes que se definam os primórdios da rematerialização terrestre, porque,
nesses casos, em que a alma oscila entre méritos e deméritos, a reencarnação
permanece sob os auspícios de autoridades e servidores da Justiça Espiritual
que administra recursos a cada aprendiz da sublimação, de acordo com as obras
edificantes que lhes constem do currículo da existência.
16. “Para isso, os candidatos à
reencarnação, sem superioridade suficiente de modo a supervisioná-la com o seu
próprio critério e distantes da inferioridade primitivista que deles faria
escravos absolutos da herança física, são admitidos a instituições-hospitais em
que magnetizadores desencarnados, bastante competentes pela nobreza íntima, se
incumbem de aplicar-lhes fluídos balsamizantes que os adormeçam, por períodos
variáveis, de conformidade com a evolução moral que enunciem, a fim de que os
princípios psicossomáticos se adaptem a justo restringimento, em bases de
sonoterapia.
17. “Desse modo, regressam ao berço humano, nas condições precisas, recolhidos
a novo corpo, qual operário detentor de virtudes e defeitos a quem se concede
novo uniforme de trabalho e nova oportunidade de realização.” (Ev2M, André Luiz, Cap. 19)
èLembremos em NossoLar, o caso da mãe de Lísias, que se despede da família
ao se internar na instituição de preparação para a reencarnação.
èTemos també o caso de Segismundo, que vamos relembrar, onde também esses
cuidados foram tomados.
èVamos ver 3 casos: um assistido porém de forma automática; relembrar o de
Segismundo, e um automático.
18. Caso 1 –Julio – Miniaturização automática
èJulio desencarnara por afogamento aos 7 anos de idade, aproximadamente, e,
na colônia espiritual onde foi recolhido, padecia grandes dores. Em encarnação
anterior havia se suicidado tomando um veneno corrosivo. Como não havia
melhoras, a solução era o imediato retorno à carne, na mesma família em que
estava antes do afogamento.
“Odila trazia nos braços o filho irrequieto e gemente (...)
Penetrámos a sala humilde.
Qual se houvera sorvido invisível anestésico, o menino emudeceu.
Junto de nós, o orientador, solícito, explicou:
— O doentinho encontra grande alívio em contacto com os fluidos domésticos,
O reequilíbrio da alma no ambiente que lhe é familiar no mundo constitui base
firme para o êxito da reencarnação.” (Entre a Terra e o Céu, Cap. 28)
èo Espírito-criança foi trazido da colônia à casa da futura mãe, da forma
como estava.
19. Caso 1 –Julio – Miniaturização automática
“Zulmira em Espírito estendeu-nos braços fraternos. Estava bela, radiante
de alegria... E, quando recebeu Júlio, conchegando-o ao próprio peito,
pareceu-me sublimada madona, aureolada por maternidade vitoriosa.
“Zulmira, desde então,
afigurou-se-nos integralmente concentrada no filhinho, que se enlaçou a ela, instintivamente,
à maneira de um molusco a acomodar-se na própria concha.
“Júlio dormira plàcidamente, enfim.
“Abraçado ao colo materno, parecia fundir-se nele.
“O corpo sutil do menino como que se justapunha aos delicados tecidos do
perispírito maternal, adelgaçando-se gradativamente aos nossos olhos.” (Entre a
Terra e o Céu, Cap. 28)
20. Caso 1 –Julio – Miniaturização automática
“— A reencarnação no caso de Júlio não reclama de nossa esfera cuidados
especiais. É uma descida experimental ao campo da matéria densa, com interesse
tão somente para ele mesmo e para os familiares que o cercam.”
“ (...) em milhares de renascimentos, na Terra, os princípios embriogênicos
funcionam, automáticos, cada dia. A lei
de causa e efeito executa-se sem necessidade de fiscalização da nossa parte. Na
reencarnação, basta o magnetismo dos pais, aliado ao forte desejo daquele que
regressa ao campo das formas físicas.
(Entre a Terra e o Céu, Cap. 28)
Caso 1–Julio – Miniaturização automática
“Júlio dormia. Não mais acordara, informou a guardiã, feliz. Tinha a
impressão de que o reencarnante desaparecia pouco a pouco, na constituição
orgânica de Zulmira, como se a futura mãezinha fosse um filtro miraculoso a
absorvê-lo. (...)
Observámos que Júlio se caracterizava por enorme diferença.
O corpo sutil do menino denotava espantosa transformação. Adelgaçara-se de
maneira surpreendente.
Tive a idéia de que ele e Zulmira, alma com alma, se fundiam um no outro. A
moça ganhara em plenitude física e vivacidade espiritual quanto perdia o menino
na apresentação exterior.” (Entre a Terra e o Céu, Cap. 29)
21. Caso 1
“A transfusão fluídica era ali evidente.
O organismo materno assemelhava-se a um alambique destinado a sutilizar as
energias do reencarnante para restituí-las, decerto, a ele mesmo, na formação
do novo envoltório.” (Entre a Terra e o Céu, Cap. 29)
22. Caso 1–Julio – Miniaturização automática
“— A reencarnação, tanto quanto a
desencarnação, é um choque biológico dos mais apreciáveis. Unido à matriz
geradora do santuário materno, em busca de nova forma, o perispírito sofre a
influência de fortes correntes electromagnéticas, que lhe impõem a redução
automática.
Constituído à base de princípios químicos semelhantes, em suas
propriedades, ao hidrogênio, a se expressarem através de moléculas significativamente
distanciadas umas das outras, quando ligado ao centro genésico feminino
experimenta expressiva contração, à maneira do indumento de carne sob carga
elétrica de elevado poder. Observa-se, então, a redução volumétrica do veículo
sutil pela diminuição dos espaços inter-moleculares. Toda matéria que não serve
ao trabalho fundamental de refundição da forma é devolvida ao plano etereal,
oferecendo-nos o perispírito esse aspecto de desgaste ou de maior fluidez.”
(Entre a Terra e o Céu, Cap. 29)
23. Caso 1–Julio – Miniaturização automática
“— Quero dizer que os princípios
organogênicos essenciais do perispírito de Júlio já se encontram reduzidos na
intimidade do altar materno, e, à maneira de um ímã, vão aglutinando sobre si
os recursos de formação do novo vestuário de carne que lhe será o vaso próximo
de manifestação.
— E a forma a rarefazer-se sob
nossos olhos? — inquiriu meu colega, espantado.
— Está em ativo processo de
dissolução.” (Entre a Terra e o Céu, Cap.
29)
è “diante de um caso comum de reencarnação, auxiliado apenas pelas nossas
preces no culto à fraternidade,”
è “Imaginemos um pêssego amadurecido, lançado à cova escura, a fim de
renascer. Decomposto em sua estrutura, restituirá aos reservatórios da Natureza
todos os elementos da polpa e dos demais envoltórios que lhe revestem os
princípios vitais, reduzindo-se no imo do solo ao embrião minúsculo que se
transformará, no espaço e no tempo, em novo pessegueiro.” (Entre a Terra e o
Céu, Cap. 29)
24. Caso 2 – Segismundo – Miniaturização assistida (ML Cap. 13)
Segismundo –
extenuado e abatido:
-
desde
a semana passada, está em processo de ligação fluídica direta com os futuros
pais;
-
À
medida que se intensifica semelhante aproximação, ele vai perdendo os pontos de
contacto com os veículos que consolidou em nossa esfera, através da assimilação
dos elementos de nosso plano.
-
Semelhante
operação é necessária para que o organismo perispiritual possa retomar a
plasticidade que lhe é característica e, no estágio em que ele se encontra, o
serviço impõe-lhe sofrimentos.
Com o curso do tempo,
em vista de nova alimentação e novos hábitos em meio muito diverso, incorporou
determinados elementos de nossos círculos de vida, dos quais é necessário se
desfaça a fim de poder penetrar, com êxito, a corrente da vida carnal.
-
Os Espíritos Construtores começaram o trabalho de
magnetização do corpo perispirítico.
- «alguma coisa da
forma de Segismundo estava sendo eliminada». Quase que imperceptivelmente, à
medida que se intensificavam as operações magnéticas, tornava-se ele mais
pálido. Seu olhar parecia penetrar outros domínios. Tornava-se vago, menos
lúcido.
- Agora - continuou o
instrutor - sintonize conosco relativamente à forma pré-infantil. Mentalize sua
volta ao refúgio maternal da carne terrestre! Lembre-se da organização fetal,
faça-se pequenino!
-
ao influxo
magnético de Alexandre e dos Construtores Espirituais, a forma perispiritual de
Segismundo tornava-se reduzida.
Compreendi que o interessado precisava
oferecer o maior coeficiente de cooperação individual para o êxito amplo.
Surpreendido, reconheci que, ao influxo magnético de Alexandre e dos
Construtores Espirituais, a forma perispiritual de Segismundo tornava-se
reduzida.
A operação não foi curta, nem simples.
Identificava o esforço geral para que se efetuasse a redução necessária.
Segismundo parecia cada vez menos
consciente. Não nos fixava com a mesma lucidez e suas respostas às nossas
perguntas afetuosas não se revelavam completas.
Por fim, com grande
assombro meu, verifiquei que a forma de nosso amigo assemelhava-se à de uma
criança.”
Entrega de Segismundo
aos pais
- E, depositando
Segismundo nos braços da entidade que fora na Crosta Terrestre a carinhosa mãe
de Raquel, acentuou:
- Seja você, minha
irmã, a portadora do sagrado depósito. O coração filial que nos espera sentirá
novas felicidades ao contacto de sua ternura.
Raquel - apertou a «forma
infantil» de Segismundo de encontro ao coração, mas tão fortemente, tão
amorosamente, que me pareceu uma sacerdotisa do Poder da Divindade Suprema.
Segismundo ligara-se a ela como a flor se une à haste. Então compreendi que,
desde aquele momento, era alma de sua alma aquele que seria carne de sua carne.
èquando
se completa a encarnação?
“Somente aos sete anos iniciais de
existência humana estaria terminado o serviço de reencarnação?
Como sempre acontecia, o nobre mentor
ou viu-me, complacente, sorriu qual pai carinhoso, e respondeu, solicito:
- Você não ignora que
o corpo humano tem as suas atividades propriamente vegetativas, mas talvez
ainda não saiba que o corpo perispiritual, que dá forma aos elementos
celulares, está fortemente radicado no sangue. Na organização fetal, o
patrimônio sanguíneo é uma dádiva do organismo materno. Logo após o
renascimento, inicia-se o período de assimilação diferente das energias
orgânicas, em que o «eu» reencarnado ensaia a consolidação de suas novas
experiências e, somente aos sete anos de vida comum, começa a presidir, por si
mesmo, ao processo de formação do sangue, elemento básico de equilíbrio ao
corpo perispirítico ou forma preexistente, no novo serviço iniciado. (Cap. 14)
èEmancipação da alma
reencanante
“-
Depois do vigésimo primeiro dia, porém, quando o embrião atingir a configuração
básica, nossos amigos podem ser visitados a qualquer hora, salientando-se que,
a esse tempo, ambos, mãe e filho, conseguirão ausentar-se do corpo com
facilidade. Por enquanto, nosso amigo Segismundo não pode afastar-se e a nossa
irmã Raquel, ainda mesmo em estado de sono físico, é obrigada a permanecer
junto de nós, a pequena distância.” (Cap. 14)
“Notei que Segismundo fora igualmente
aliviado. Os fios tenuíssimos que ligam os encarnados ao aparelho físico,
quando em estado de temporária libertação, prendiam-no também à organização
fetal. À medida que Raquel se afastava, também ele podia afastar-se, não lhe
sendo, porém, possível abandonar a companhia maternal. Raquel asilava-o nos
braços carinhosos, enquanto sorria, ali conosco, fora do campo material mais
denso.” Cap. 14
25. Reencarnação Inconsciente (ML)
“— “-
Existem, então - perguntei sob forte interesse -, aqueles que reencarnam
inconsciente do ato que realizam?
- Certamente. A maioria dos que
retomam a existência corporal na esfera do Globo é magnetizada pelos
benfeitores espirituais, que lhe organizam novas tarefas redentoras, e quantos
recebem semelhantes auxilio são conduzidos ao templo maternal de carne como
crianças adormecidas. O trabalho inicial, que a rigor Lhes compete na
organização do feto, passa a ser executado pela mente materna e pelos amigos
que os ajudam de nosso plano. São inúmeros os que regressam à Crosta nessas
condições, reconduzidos por autoridades superiores de nossa esfera de ação, em
vista das necessidades de certas almas encarnadas, de certos lares e
determinados agrupamentos.” (ML, André Luiz, Cap 13)
26. Caso 3 – Raulinda e obsessor – Atração magnética (Trilhas Lib. - Cap. “Ocorrência Grave)
Tomada de compulsivo pranto, a jovem apresentava-se agitada
e envolta em densas vibrações de sensualidade, enquanto seu adversário
desencarnado agredia-a com inusitada violência, blasfemando e acusando-a...”
èO Espírito estava completamente consciente
Desatenta e apressada, resolveu aceitar as propostas infames
do médico e, conforme o imperativo das Leis Soberanas, tornar-se-á mãe...
Colhido pelo inesperado, e atraído pelo fenômeno biológico da fecundação,
o seu inimigo percebe que se encontra imanado ao ovo, em razão de haver-se vinculado ao gameta masculino mediante
o processo automático do renascimento. Essa a razão do seu desespero e
agressividade ora exacerbados. Tombou nas malhas magnéticas da própria
armadilha. O que aconteceria por amor, a imprevidência produziu pela
violência.”
o
Espírito, sentindo-se aprisionado pelo zigoto, que dava continuidade ao
fenômeno da mitose celular, esbravejava, tentando, mentalmente, romper o
vínculo magnético entre ele o futuro corpo somático, para produzir a anulação
da vida física... Impossibilitado, começou a agir
psiquicamente no comportamento da paciente, aumentando-lhe o arrependimento,
exprobrando-lhe a conduta, induzindo-a ao suicídio como solução para a desonra
a que se entregara. (...)Desse modo, ameaçando-a, atemorizava-a ainda mais ao
dizer-lhe: “Serei teu filho, sem o desejar. Cobrarei, nos teus braços, o que me
deves...”
Vicente
começou a libertá-la das energias perniciosas que a envolviam, após o que lhe
aplicou reforço magnético de calma e confiança, levando-a a um torpor benéfico.
Passou então, de imediato, a interferir no processo da reencarnação do
aturdido Espírito, que não se dava conta daqueles sucessos e experimentava os
primeiros choques, resultantes da imantação ao ovo.
“(…) cuidamos (o mentor Vicente) de mais imantá-lo ao
futuro corpo, evitando a interrupção da gestação em começo”.
27. Desencarnação na infância (ETC)
ècomo o perispírito para reencarnar perde parte de seu corpo perispiritual
- Por que:
— Então, por isso — acrescentou Hilário, estudioso — é que as crianças
desencarnadas reclamam período de tempo mais ou menos longo para demonstrarem
crescimento mental, como ocorre na existência comum...” ???
— Isso acontece com a maioria —
informou o Ministro —, de vez que há exceções na regra.
Em muitas circunstâncias, semelhante imposição não existe. Quando a mente
já desenvolveu certas qualidades, aprimorando-se em mais altos degraus de
sublimação espiritual, pode arrojar de si mesma os elementos indispensáveis à
composição dos veículos de exteriorização de que necessite em planos que lhe
sejam inferiores. Nesses casos, o Espírito já domina plenamente as leis de
aglutinação da matéria, no campo de luta que nos é conhecido e, por esse
motivo, governa o fenômeno da própria reencarnação sem subordinar-se a ele.” (Entre a Terra e o Céu, André Luiz, Cap. 29)
28. Cesariana no PE (Painéis da Obsessão, Manoel P. Miranda, Cap. 16)
“Irmão
Bernardo e o médico liberaram D. Amenaide e seu filho dos liames carnais,
colocando uma substância móvel, que retiravam de todo o grupo e dos recursos da
natureza, qual se fosse um colchão alvinitente de espuma, que lhes erguia os
Espíritos, ao tempo em que lhes falavam ternamente, impedindo-lhes o medo e a
alucinação. A operação durou quase trinta minutos, após o que a gestante foi
colocada numa maca, mantendo os sinais de gestação e parecendo sentir muitas
dores, com o filhinho, em sono profundo, imantado a ela. (...)
Na
Colônia, Héber recebeu-os em um amplo edifício e os conduziu, imediatamente, a
um Centro Cirúrgico, em tudo semelhante aos existentes na Terra. A gestante
adormecida, com sinais reflexos de dor, recebeu passes calmantes e aquietou-se.
A seguir, médicos da Colônia procederam a uma cirurgia cesariana, nos mesmos
moldes como sucede em qualquer hospital da Terra. Após a cirurgia, a criança
repousou ao lado da mãe, transferida a uma enfermaria especial, preparada para
recebê-los. Depois de ligeiro choro, o bebê adormeceu, ficando ambos entregues
a nobre senhora, que se encarregaria doravante de assisti-los.
Dr.
Arnaldo explicou que em muitos casos de gestantes acidentadas, em avançados
meses de gravidez, em que ocorre também a desencarnação do feto, é hábito ali
proceder como se nada houvesse ocorrido na vida física. "Em primeiro lugar
-- esclareceu --, porque o Espírito, em tais ocorrências, quase sempre já se
encontra absorvido pelo corpo que foi interpenetrado e modelado pelo
perispírito, no processo da reencarnação, merecendo ser deslindado por cirurgia
mui especial para poupar-lhe choques profundos e aflições várias, o que não se
daria se permanecesse atado aos despojos materiais, aguardando a consumpção
deles."
Continuando,
Dr. Arnaldo disse que esse período é muito penoso para o Espírito reencarnante
que, pelo processo da natural diminuição da forma e perda parcial da lucidez, é
colhido por um acidente desse porte, sem crédito para a libertação mais
cuidadosa. "Quando isto se dá -- asseverou o doutor --, os envolvidos são,
quase sempre, irmãos calcetas, inveterados na sandice e na impiedade, que
sofrem, a partir de então, demoradamente, as conseqüências das torpezas que os
arrojam a esses lôbregos sítios de tormentos demorados... No caso em tela, o
pequenino se desenvolverá como se a reencarnação se houvera completado,
crescendo normalmente, participando das atividades compatíveis aos seus vários
períodos em Institutos próprios, que os amigos conhecem." Em segundo
lugar, acentuou o médico, a cirurgia fez um grande bem à parturiente, que
deixaria de sofrer o choque da desvinculação com o filho e poderia recompor-se
mental e emocionalmente, qual se estivesse numa Maternidade terrestre,
preservando a sensação do sentimento materno com todos os requisitos de carinho
e devotamento até o momento necessário à integração na realidade espiritual.
ANEXOS
Libertação Cap. 6 (sobre
os Espíritos ovóides)
— André — respondeu ele,
circunspecto, evidenciando a gravidade do assunto —, compreendo-te o espanto.
Vê-se, de pronto, que és novo em serviços de auxílio. Já ouviste falar, de
certo, numa “segunda morte”
— Sim — acentuei —, tenho acompanhado
vários amigos à tarefa reencarnacionista, quando, atraídos por imperativos de
evolução e redenção, tornam ao corpo de carne. De outras vezes, raras aliás,
tive notícias de amigos que perderam o veículo perispiritual, conquistando
planos mais altos. A esses missionários, distinguidos por elevados títulos na
vida superior, não me foi possível seguir de perto.
Gúbio sorriu e considerou:
— Sabes, assim, que o vaso
perispirítico é também transformável e perecível, embora estruturado em tipo de
matéria mais rarefeita.
— Sim... — acrescentei, reticencioso,
em minha sede de saber.
— Viste companheiros — prosseguiu o
orientador —, que se desfizeram dele, rumo a esferas sublimes, cuja grandeza
por enquanto não nos é dado sondar, e observaste irmãos que se submeteram a
operações redutivas e desintegradoras dos elementos perispiríticos para
renascerem na carne terrestre. Os primeiros são servidores enobrecidos e gloriosos,
no dever bem cumprido, enquanto que os segundos são colegas nossos, que já
merecem a reencarnação trabalhada por valores intercessores, mas, tanto quanto
ocorre aos companheiros respeitáveis desses dois tipos, os ignorantes e os
maus, os transviados e os criminosos também perdem, um dia, a forma
perispiritual.
Pela densidade da mente, saturada de impulsos inferiores,
não conseguem elevar-se e gravitam em derredor das paixões absorventes que por
muitos anos elegeram em centro de interesses fundamentais. Grande número,
nessas circunstâncias, mormente os participantes de condenáveis delitos,
imantam-se aos que se lhes associaram nos crimes. (...)
Em suma, ir à matéria física e dela regressar ao campo de trabalho em que
nos achamos presentemente, é submetermo-nos a profundos choques biológicos,
destinados à expansão dos elementos divinos que nos integrarão, um dia, a forma
gloriosa. (...)
O caminho de semelhantes companheiros é a reencarnação na
Crosta da Terra ou em setores outros de vida congênere, qual ocorre à semente
destinada à cova escura para trabalhos de produção, seleção e aprimoramento.
Cap. 7 (outros casos de ovóides. Mulher com 3 espíritos ovóides)
Elucidou Gúbio, sem detença:
— São entidades infortunadas, entregues aos propósitos de vingança e que
perderam grandes patrimônios de tempo, em virtude da revolta que lhes atormenta
o ser. Gastaram o perispírito, sob inenarráveis tormentas de desesperação, e
imantam-se, naturalmente, à mulher que odeiam, irmã esta que, por sua vez,
ainda não descobriu que a ciência de amar é a ciência de libertar, iluminar e
redimir. (...)
Esta mulher retornará à carne, seguida pelas mentes dos adversários que
aguardarão, junto dela, o tempo de imersão nos fluidos terrestres. (...)
— Pobre irmã! que o Céu a fortaleça na
jornada por empreender! Seguida de perto pela influência dos seres que com ela
se projetaram no abismo mental do ódio, terá infância dolorosa e sombria pelos
pesares desconhecidos que se lhe acumularão, incompreensivelmente, na alma
opressa. Conhecerá enfermidades de diagnose impossível, por enquanto, no quadro
dos conhecimentos humanos, por se originarem da persistente e invisível atuação
dos inimigos de outra época... Terá mocidade torturada por sonhos de
maternidade e não repousará, intimamente, enquanto não oscular, no próprio
colo, os três adversários convertidos, então, em filhinhos tenros de sua
ternura sedenta de paz... Transportará consigo três centros vitais desarmônicos
e, até que os reajuste na forja do sacrifício, recambiando-os à estrada certa,
será, na condição de mãe, um ímã atormentado ou a sede obscura e triste de uma
constelação de dor.
Entre a Terra e o Céu, Cap. 28 e 29
“— A reencarnação no caso de Júlio
não reclama de nossa esfera cuidados especiais. É uma descida experimental ao
campo da matéria densa, com interesse tão somente para ele mesmo e para os
familiares que o cercam. Todavia, se a existência do filho de Amaro estivesse
destinada, no momento, a influenciar a comunidade, se ele fosse detentor de
méritos indiscutíveis, com responsabilidades justas nos caminhos alheios, o
problema seria efetivamente outro. Forças de ordem superior seriam fatalmente
mobilizadas para a interferência nos cromossomos, garantindo-se o embrião do
veículo físico de maneira adequada à missão que lhe coubesse...” Cap. 28
“— Contudo, em milhares de
renascimentos, na Terra, os princípios embriogênicos funcionam, automáticos,
cada dia. A lei de causa e efeito executa-se sem necessidade de fiscalização da
nossa parte. Na reencarnação, basta o magnetismo dos pais, aliado ao forte
desejo daquele que regressa ao campo das formas físicas. De retorno ao corpo
físico, estamos invariàvelmente animados de um propósito firme... seja o anseio
de alijar a dor que nos atormenta, a aspiração de conquistas espirituais que
nos facilitem o acesso à Vida Superior, o voto de recapitular serviços mal
feitos ou o ideal de realizar grandes tarefas de amor entre aqueles a quem nos
afeiçoamos no mundo. De modo geral, a maioria das almas que reencarnam
satisfazem à fome inquietante de recomeço.” Cap. 28
Tive a idéia de que ele e Zulmira, alma com alma, se fundiam um no outro. A
moça ganhara em plenitude física e vivacidade espiritual quanto perdia o menino
na apresentação exterior. Julio adormecera aliviado, ao passo que a jovem
senhora demonstrava admirável despertamento para a vida. A segunda esposa de
Amaro modificara-se de modo sensível. Como as pessoas felicitadas por novos
títulos de confiança no trabalho, revelava-se mais alegre e mais cônscia das
obrigações que lhe competiam.
A transfusão fluídica era ali evidente.
O organismo materno assemelhava-se a um alambique destinado a sutilizar as
energias do reencarnante para restituí-las, decerto, a ele mesmo, na formação
do novo envoltório.
Registrando-nos o assombro, o instrutor explicou com a sua habitual
gentileza:
— A reencarnação, tanto quanto a
desencarnação, é um choque biológico dos mais apreciáveis. Unido à matriz
geradora do santuário materno, em busca de nova forma, o perispírito sofre a
influência de fortes correntes electromagnéticas, que lhe impõem a redução
automática.
Constituído à base de princípios químicos semelhantes, em suas
propriedades, ao hidrogênio, a se expressarem através de moléculas
significativamente distanciadas umas das outras, quando ligado ao centro
genésico feminino experimenta expressiva contração, à maneira do indumento de
carne sob carga elétrica de elevado poder. Observa-se, então, a redução
volumétrica do veículo sutil pela diminuição dos espaços inter-moleculares.
Toda matéria que não serve ao trabalho fundamental de refundição da forma é
devolvida ao plano etereal, oferecendo-nos o perispírito esse aspecto de
desgaste ou de maior fluidez.
— Quer dizer então... — aventurou
Hílário, em sua curiosidade construtiva.
— Quero dizer que os princípios
organogênicos essenciais do perispírito de Júlio já se encontram reduzidos na
intimidade do altar materno, e, à maneira de um ímã, vão aglutinando sobre si
os recursos de formação do novo vestuário de carne que lhe será o vaso próximo
de manifestação.
— E a forma a rarefazer-se sob nossos
olhos? — inquiriu meu colega, espantado.
— Está em ativo processo de
dissolução.
E, com a bela serenidade que lhe assinala o espírito, continuou elucidando:
— Também o corpo físico parece dormir
na desencarnação, quando, na realidade, começa a restituir as unidades químicas
que o compõem à Natureza que lhos emprestou a titulo precário, apenas com a
diferença de que a alma desencarnada, ainda mesmo quando em deploráveis
condições de sofrimento e inferioridade, avança para a libertação relativa, ao
passo que, em nos reencarnando, sofremos o processo de volta às teias da
matéria densa, não obstante orientados por nobres objetivos de evolução. É por
isso que, conduzidos à reconstituição orgânica, revivemos, nos primeiros tempos
da organização fetal, embora apressadamente, todo o nosso pretérito biológico.
Cada ser que retoma o envoltório físico revive, automàticamente, na
reconstrução da forma em que se exprimirá na Terra, todo o passado que lhe diz
respeito, estacionando na mais alta configuração típica que já conquistou, para
o trabalho que lhe compete, de acordo com o degrau evolutivo em que se
encontra.
A maneira simples pela qual Clarêncio esflorava problemas tão complexos,
induzia-nos a sublimados pensamentos, quanto à magnitude das Leis Universais.
Ali, diante de um caso comum de reencarnação, auxiliado apenas pelas nossas
preces no culto à fraternidade, obtínhamos vastas elucidações sobre o plano
geral da existência.” Cap.29
“Hilário que, tanto quanto eu, se mostrava interessado em aproveitar a
lição, fixando o quadro sob nossos olhos, pediu uma explicação tão simples
quanto possível acerca da comunhão fisiopsíquica de Zulmira e Júlio naquele
instante, ao que Clarêncio respondeu, após refletir alguns momentos:
— Imaginemos um pêssego amadurecido, lançado à cova escura, a fim de
renascer. Decomposto em sua estrutura, restituirá aos reservatórios da Natureza
todos os elementos da polpa e dos demais envoltórios que lhe revestem os
princípios vitais, reduzindo-se no imo do solo ao embrião minúsculo que se
transformará, no espaço e no tempo, em novo pessegueiro.
O ensinamento não podia ser mais
lógico, mais preciso.
— Então, por isso — acrescentou Hilário, estudioso — é que as crianças
desencarnadas reclamam período de tempo mais ou menos longo para demonstrarem
crescimento mental, como ocorre na existência comum...
— Isso acontece com a maioria —
informou o Ministro —, de vez que há exceções na regra.
Em muitas circunstâncias, semelhante imposição não existe. Quando a mente
já desenvolveu certas qualidades, aprimorando-se em mais altos degraus de
sublimação espiritual, pode arrojar de si mesma os elementos indispensáveis à
composição dos veículos de exteriorização de que necessite em planos que lhe
sejam inferiores. Nesses casos, o Espírito já domina plenamente as leis de
aglutinação da matéria, no campo de luta que nos é conhecido e, por esse
motivo, governa o fenômeno da própria reencarnação sem subordinar-se a ele.”
Cap. 29
MISSIONÁRIOS DA LUZ
“-
Segismundo, é incrível que desfaleça no momento culminante de suas atuais
realizações. Restaure a sua fé, regenere a esperança, porque você não pode
entrar na corrente material, à maneira dos nossos irmãos ignorantes e
infelizes, que reclamam quase absoluto estado de inconsciência para penetrarem,
de novo, o santuário maternal. Não deixe de cooperar com a sua confiança em
nosso labor para o seu próprio beneficio. Dê trabalho à sua imaginação
criadora. Mentalize os primórdios da condição fetal, formando em sua mente o
modelo adequado. Você encontrará na maternidade nobre de Raquel os mais
eficientes auxílios e receberá de nós outros a mais decidida colaboração;
entretanto, lembre-se de que o seu trabalho individual será muito importante,
no setor da adaptação e da recepção, para que triunfe na presente oportunidade.
Não perca tempo em expectativas ansiosas, cheias de dores e apreensões. Levante
o padrão de suas forças morais.” (Cap
13)
“- Existem, então - perguntei sob
forte interesse -, aqueles que reencarnam inconsciente do ato que realizam?
- Certamente - respondeu ele, solicito
-, assim também como desencarna diariamente na Crosta milhares de pessoas sem a
menor noção do ato que experimentam. Somente as almas educadas têm compreensão
real da verdadeira situação que se lhes apresenta em frente da morte do corpo.
Do mesmo modo, aqui. A maioria dos que retomam a existência corporal na esfera
do Globo é magnetizada pelos benfeitores espirituais, que lhe organizam novas
tarefas redentoras, e quantos recebem semelhantes auxilio são conduzidos ao
templo maternal de carne como crianças adormecidas. O trabalho inicial, que a
rigor Lhes compete na organização do feto, passa a ser executado pela mente
materna e pelos amigos que os ajudam de nosso plano. São inúmeros os que
regressam à Crosta nessas condições, reconduzidos por autoridades superiores de
nossa esfera de ação, em vista das necessidades de certas almas encarnadas, de
certos lares e determinados agrupamentos.” Cap 13
“- Por que motivo Segismundo sofre
tanto? - indaguei de Alexandre, em tom discreto.
- Desde muito, e, particularmente,
desde a semana passada, está em processo de ligação fluídica direta com os
futuros pais. Herculano está encarregado de ajudá-lo nesse trabalho. À medida
que se intensifica semelhante aproximação, ele vai perdendo os pontos de
contacto com os veículos que consolidou em nossa esfera, através da assimilação
dos elementos de nosso plano. Semelhante operação é necessária para que o
organismo perispiritual possa retomar a plasticidade que lhe é característica
e, no estágio em que ele se encontra, o serviço impõe-lhe sofrimentos.
A observação era muito nova para mim e
continuei indagando:
- Mas o organismo perispirítico de
Segismundo não é o mesmo que ele trouxe da Crosta, ao desencarnar pela última
vez?
- Sim - concordou o orientador -, tem
a mesma identidade essencial; todavia, com o curso do tempo, em vista de nova
alimentação e novos hábitos em meio muito diverso, incorporou determinados
elementos de nossos círculos de vida, dos quais é necessário se desfaça a fim
de poder penetrar, com êxito, a corrente da vida carnal. Para isto, as lutas
das ligações fluídicas primordiais com as emoções que lhes são conseqüentes
desgastam-lhe as resistências dessa natureza, salientando-se que, nesta noite,
faremos a parte restante do serviço, mobilizando, em seu auxilio, nossos
recursos magnéticos.
- Oh! - disse eu - não teremos aqui um
fato semelhante à morte física na Crosta? Alexandre sorriu e aquiesceu:
- Sem dúvida, desde que consideremos a
morte do corpo carnal como simples abandono de envoltórios atômicos terrestres.”
Cap. 13
“Os
Espíritos Construtores começaram o trabalho de magnetização do corpo
perispirítico, no que eram amplamente secundados pelo esforço do abnegado
orientador, que se mantinha dedicado e firme em todos os campos de serviço.
Sem que me possa fazer compreendido,
de pronto, pelo leitor comum, devo dizer que «alguma coisa da forma de
Segismundo estava sendo eliminada». Quase que imperceptivelmente, à medida que
se intensificavam as operações magnéticas, tornava-se ele mais pálido. Seu
olhar parecia penetrar outros domínios. Tornava-se vago, menos lúcido.
A certa altura, Alexandre falou-lhe
com autoridade:
- Segismundo, ajude-nos! Mantenha
clareza de propósitos e pensamento firme!
Tive a impressão de que o reencarnante
se esforçava por obedecer.
- Agora - continuou o instrutor -
sintonize conosco relativamente à forma pré-infantil. Mentalize sua volta ao
refúgio maternal da carne terrestre! Lembre-se da organização fetal, faça-se
pequenino! Imagine sua necessidade de tornar a ser criança para aprender a ser
homem!
Compreendi que o interessado precisava
oferecer o maior coeficiente de cooperação individual para o êxito amplo.
Surpreendido, reconheci que, ao influxo magnético de Alexandre e dos
Construtores Espirituais, a forma perispiritual de Segismundo tornava-se
reduzida.
A operação não foi curta, nem simples.
Identificava o esforço geral para que se efetuasse a redução necessária.
Segismundo parecia cada vez menos
consciente. Não nos fixava com a mesma lucidez e suas respostas às nossas
perguntas afetuosas não se revelavam completas.
Por fim, com grande assombro meu,
verifiquei que a forma de nosso amigo assemelhava-se à de uma criança.” Cap. 13
- Quanto à estranheza de que se sente
possuído, não vemos razão para tanto. A desencarnação normal na Terra obriga o
corpo denso de carne a não menores modificações. A enfermidade mortal, para o
homem terreno, não deixa, em certo sentido, de ser prolongada operação
redutiva, libertando por fim a alma, desembaraçando-a dos laços fisiológicos.
Há pessoas que, depois de algumas semanas de leito, se tornam francamente
irreconhecíveis. E devemos considerar que o aparelho físico permanece muito
distante da plasticidade do corpo perispiritual, profundamente sensível a influenciação
magnética.
A explicação não podia ser mais
lógica.
- O que vimos, porém, com Segismundo
perguntei - é regra geral para todos os casos? - De modo algum respondeu o
instrutor, atencioso -, os processos de reencarnação, tanto quanto os da morte
física, diferem ao infinito, não existindo, segundo cremos, dois absolutamente
iguais. As facilidades e obstáculos estão subordinados a fatores numerosos,
muitas vezes relativos ao estado consciencial dos próprios interessados no
regresso à Crosta ou na libertação dos veículos carnais. Há companheiros de
grande elevação que, ao voltarem à esfera mais densa em apostolado de serviço e
iluminação, quase dispensam o nosso concurso. Outros irmãos nossos, contudo,
procedentes de zonas inferiores, necessitam de cooperação muito mais complexa
que a exercida no caso de Segismundo.
- Não deveriam renascer, porém -
interroguei, curioso -, tão somente aqueles que se revelassem preparados?
- Não podemos esquecer, no entanto -
refutou meu esclarecido interlocutor -, que a reencarnação é o curso repetido
de lições necessárias. A esfera da Crosta é uma escola divina. E o amor, por
intermédio das atividades «intercessórias», reconduz diariamente ao banco
escolar da carne milhões de aprendizes.
O orientador amigo calou-se por alguns
instantes, e prosseguiu:
- A reencarnação de Segismundo obedece
às diretrizes mais comuns. Traduz expressão simbólica da maioria dos fatos
dessa natureza, porqüanto o nosso irmão pertence à enorme classe média dos
Espíritos que habitam a Crosta, nem altamente bons, nem conscientemente maus.
Acresce notar, todavia, que à volta de certas entidades das regiões mais baixas
ocasiona laboriosos e pacientes esforços dos trabalhadores de nosso plano.
Semelhantes seres obrigam-nos a processos de serviço que você gastará ainda
muito tempo para compreender.” Cap. 13
“- O auxílio que vemos atingirá,
porventura, a todos? Aqui nos encontramos num lar em bases retas, segundo sua
própria afirmação. Mas... Se nos achássemos numa casa típica de deboche carnal?
E se fôssemos aqui defrontados por paixões criminosas e desvarios
desequilibrantes?
O instrutor meditou gravemente e
redargüiu: - André, o diamante perdido no lodo, por algum tempo, não deixa de
ser diamante. Assim, também, a paternidade e a maternidade, em si mesmas, são
sempre divinas. Em todo lugar desenvolve-se o auxilio da esfera superior, desde
que se encontre em jogo o trabalho da Vontade de Deus. Entretanto, devemos
considerar que, em tais circunstâncias, as atividades de auxilio são
verdadeiramente sacrificiais. As vibrações contraditórias e subversivas das
paixões desvairadas da alma em desequilíbrio comprometem os nossos melhores
esforços, e, muitas vezes, nessas paisagens de irresponsabilidade e viciação,
para ajudar, em obediência ao nosso ministério, devemos, antes de tudo, lutar
contra entidades monstruosas, dominadoras dos círculos de vida dos homens e das
mulheres que, imprevidentemente, escolhe o perigoso caminho da perturbação
emocional, onde tais entidades ignorantes e desequilibradas transitam. Nesses
casos, nem sempre a nossa colaboração pode ser perfeita, porqüanto são os
próprios pais que, menosprezando a grandeza do mandato que lhes foi confiado,
abrem as portas de suas potências sagradas aos impiedosos monstros da sombra
que lhes perseguem os filhos nascituros. Certas almas heróicas escolhem
semelhante entrada na existência carnal, a fim de se fortalecerem nas
resistências supremas contra o mal, desde os primeiros dias de serviço uterino.
Entretanto, devemos considerar que é preciso ser suficientemente forte na fé e
na coragem para não sucumbir. Nos renascimentos dessa espécie, o maior número
de criaturas, porém, cumpre o programa salutar das provações retificadoras.
Muitas fracassam; todavia, há sempre grande quantidade das que retiram os melhores
lucros espirituais no setor da experiência para a vida eterna.
Alexandre comentara o assunto com
imponente beleza. Começava eu a compreender a procedência de certos fenômenos
teratológicos e de determinadas moléstias congênitas que, no mundo, confrangem
o coração. As asserções do momento levavam-me a novo e fascinante estudo - a
questão das provas retificadoras e necessárias.” Cap. 13
“Somente aos sete anos iniciais de
existência humana estaria terminado o serviço de reencarnação?
Como sempre acontecia, o nobre mentor
ou viu-me, complacente, sorriu qual pai carinhoso, e respondeu, solicito:
- Você não ignora que o corpo humano
tem as suas atividades propriamente vegetativas, mas talvez ainda não saiba que
o corpo perispiritual, que dá forma aos elementos celulares, está fortemente
radicado no sangue. Na organização fetal, o patrimônio sanguíneo é uma dádiva
do organismo materno. Logo após o renascimento, inicia-se o período de
assimilação diferente das energias orgânicas, em que o «eu» reencarnado ensaia
a consolidação de suas novas experiências e, somente aos sete anos de vida
comum, começa a presidir, por si mesmo, ao processo de formação do sangue,
elemento básico de equilíbrio ao corpo perispirítico ou forma preexistente, no
novo serviço iniciado. O sangue, portanto, é como se fora o fluido divino que
nos fixa as atividades no campo material e em seu fluxo e refluxo incessante,
na organização fisiológica, nos fornece o símbolo do eterno movimento das
forças sublimes da Criação Infinita. Quando a sua circulação deixa de ser
livre, surge o desequilíbrio ou enfermidade e, se surgem obstáculos que impedem
o seu movimento, de maneira absoluta, então sobrevém a extinção do tônus vital,
no campo físico, ao qual se segue a morte com a retirada imediata da alma.”
Cap.13
“Foi então, ó divino mistério da
Criação Infinita de Deus, que a vi apertar a «forma infantil» de Segismundo de
encontro ao coração, mas tão fortemente, tão amorosamente, que me pareceu uma
sacerdotisa do Poder da Divindade Suprema. Segismundo ligara-se a ela como a
flor se une à haste. Então compreendi que, desde aquele momento, era alma de
sua alma aquele que seria carne de sua carne.” Cap. 13
“Em seguida Alexandre ajustou a forma
reduzida de Segismundo, que se interpenetrava com o organismo perispirítico de
Raquel, sobre aquele microscópico globo de luz, impregnado de vida, e observei
que essa vida latente começou a movimentar-se. Havia decorrido precisamente um
quarto de hora, a contar do instante em que o elemento ativo ganhara o núcleo
do óvulo passivo.
Depois de prolongada aplicação
magnética, que era secundada pelo esforço dos Espíritos Construtores, Alexandre
aproximou-se de mim e falou:
- Está terminada a operação inicial de
ligação. Que Deus nos proteja.” Cap. 13
“Reconheci
que o serviço de segmentação celular e ajustamento dos corpúsculos divididos ao
molde do corpo perispirítico, em redução, era francamente mecânico, obedecendo
a disposições naturais do campo orgânico, mas toda a entidade microscópica do
desenvolvimento da estrutura celular recebia o toque magnético das generosas
entidades em serviço, dando-me a idéia de que toda a célula-filha era
convenientemente preparada para sustentar a tarefa da iniciação do aparelho
futuro.” Cap. 14
“-
Passividade não significa ausência de cooperação. Quando Raquel aceitou a
tarefa maternal, fê-lo com decisão e obediência construtiva: Ela recebeu
Segismundo em seu organismo perispiritual, e, mobilizando os poderes naturais
de sua mente, situou-lhe o molde vivo na esfera uterina, com a mesma espontaneidade
de outros processos orgânicos, superintendidos pela atividade mecânica
subconsciente, cujo automatismo traduz a conquista de experiências
multimilenárias da alma reencarnada. Para os círculos da mulher é tão fácil a
ambientação das forças criativas, como é natural para o homem a manutenção da
atitude patriarcal e protetora, enquanto perdura a existência dos laços
paternais.” Cap. 14
“-
Depois do vigésimo primeiro dia, porém, quando o embrião atingir a configuração
básica, nossos amigos podem ser visitados a qualquer hora, salientando-se que,
a esse tempo, ambos, mãe e filho, conseguirão ausentar-se do corpo com
facilidade. Por enquanto, nosso amigo Segismundo não pode afastar-se e a nossa
irmã Raquel, ainda mesmo em estado de sono físico, é obrigada a permanecer
junto de nós, a pequena distância.” Cap. 14
“Notei que Segismundo fora igualmente
aliviado. Os fios tenuíssimos que ligam os encarnados ao aparelho físico,
quando em estado de temporária libertação, prendiam-no também à organização
fetal. À medida que Raquel se afastava, também ele podia afastar-se, não lhe
sendo, porém, possível abandonar a companhia maternal. Raquel asilava-o nos
braços carinhosos, enquanto sorria, ali conosco, fora do campo material mais
denso.” Cap. 14
A CRISE DA MORTE - Ernesto_Bozzano - FEB –
1926
Os Espíritos declaram, ao demais, que uma
espécie de “segunda morte” se verifica nas esferas espirituais, precisamente
como se morre no mundo dos vivos, isto é, quando um Espírito tem chegado à
maturidade espiritual, adormece e desaparece de seu meio, sem que os outros
saibam o que foi feito dele. São, pois, levados, como nós, a fazer, sobre esse
ponto, induções muito diferentes. Eis em que termos fala a respeito o Espírito
Jorge Dawson, no livro da Sra. Dawson Scott, From Four who are Dead (página
126):
• “Nossa existência na mesma esfera
espiritual pode prolongar-se por muito tempo. Todavia, meu pai e minha mãe já
deixaram o meio onde me encontro e penso que não tardarei a segui-los. Suponho
que eles partiram porque a evolução espiritual de ambos atingira o grau máximo
conciliável com a existência em nossa esfera.
Sra. Dawson Scott – Ignoras para onde
eles foram?
• O Espírito – Imagino que a razão por que se
nos tornaram invisíveis é terem seus corpos_espirituais atingido o grau máximo
de purificação, conciliável com as condições da nossa esfera de existência. Em
outros termos: imagino que o fato é devido às minhas condições, que ainda não
chegaram ao necessário grau de purificação.
Sra. Dawson Scott – Qual será a
finalidade dessa longa e lenta evolução?
• O Espírito – Uns pensam a este respeito de
uma maneira, outros pensam diferentemente. Por mim, renuncio a essas
especulações e vivo ditoso por entre as alegrias da hora presente.” (págs.
126-127).
E2M cap 12
MONOIDEÍSMO E REENCARNAÇÃO — Ressurgir na própria taba e renascer na carne,
cujas exalações lhe magnetizam a alma, constituem aspiração incessante do
selvagem desencarnado.
Estabelece-se nele o monoideísmo pelo qual os outros desejos se lhe esmaecem
no íntimo.
Pela oclusão de estímulos outros, os órgãos do corpo espiritual se retraem
ou se atrofiam, por ausência de função,
e se voltam, instintivamente, para a sede do governo mental, onde se
localizam, ocultos e definhados, no fulcro dos pensamentos em circuito fechado
sobre si mesmos, quais implementos potenciais do germe vivo entre as paredes do
ovo.
Em tais circunstâncias, se o monoideísmo é somente reversível através da
reencarnação, a criatura humana desencarnada, mantida a justa distância, lembra
as bactérias que se transformam em esporos quando as condições de meio se lhes
apresentam inadequadas, tornando-se imóveis e resistindo admiravelmente ao
frio e ao calor, durante anos, para regressarem ao ciclo de evolução que lhes é
peculiar, tão logo se identifiquem, de novo, em ambiente propício.
Sentindo-se em clima adverso ao seu modo de ser, o homem primitivo,
desenfaixado do envoltório físico, recusa-se ao movimento na esfera
extrafísica, submergindo-se lentamente, na atrofia das células que lhe tecem o
corpo espiritual, por monoideísnw
auto-hipnotizante, provocado pelo pensamento fixo-depressivo que lhe define o anseio de retorno ao abrigo
fisiológico.
Nesse período, afirmamos habitualmente que o desencarnado perdeu o seu
corpo espiritual, transubstanciando-se num corpo ovóide, o que ocorre, aliás, a inúmeros desencarnados
outros, em situação de desequilíbrio, cabendo-nos notar que essa forma, segundo
a nossa maneira atual de percepção, expressa o corpo mental da individualidade,
a encerrar consigo, conforme os princípios ontogenéticos da Criação Divina,
todos os órgãos virtuais de exteriorização da alma, nos círculos terrestres e
espirituais, assim como o ovo, aparentemente simples, guarda hoje a ave
poderosa de amanhã, ou como a semente minúscula, que conserva nos tecidos
embrionários a árvore vigorosa em que se transformará no porvir.
FORMA CARNAL — Todavia, assim como o germe para desenvolver-se no ovo
precisa aquecer-se ao calor da ave que o acolha maternalmente ou do ambiente
térmico apropriado, no recinto da chocadeira, e assim como a semente, para
liberar os princípios germinativos do vegetal gigantesco em que se
converterá, não prescinde do berço tépido no solo, os Espíritos desencarnados,
sequiosos de reintegração no mundo físico, necessitam do vaso genésico da
mulher que com eles se harmoniza, nas linhas da afinidade e, conseqüentemente,
da herança, vaso esse a que se aglutinam, mecanicamente, e onde, conforme as
leis da reencarnação operam em alguns dias todas as ocorrências de sua evolução
nos reinos inferiores da Natureza.
Assimilando recursos orgânicos com o auxílio da célula feminina, fecundada
e fundamentalmente marcada pelo gene paterno, a mente elabora, por si mesma,
novo veículo fisiopsicossomátíco, atraindo para os seus moldes ocultos as
células físicas a se reproduzirem por cariocinese, de conformidade com a
Orientação que lhes é imposta, isto é, refletindo as condições em que ela, a
mente desencarnada, se encontra.
Plasma-se-lhe, desse modo, com a nova forma carnal, novo veículo ao
Espírito, que se refaz ou se reconstitui em formação recente, entretecido de
células sutis, veículo este que evoluirá igualmente depois do berço e que
persistirá depois do túmulo.”
Divaldo
P. Franco/ Manoel P. De Miranda - Trilhas da Libertação, Cap. “Ocorrência
Grave”, págs. 198 à 203
“Nesse
ponto, Vicente convidou Miranda a visitar, com ele, a médium Raulinda, em cujo
quarto eles depararam com uma cena inesperada. Tomada de compulsivo pranto, a
jovem apresentava-se agitada e envolta em densas vibrações de sensualidade,
enquanto seu adversário desencarnado agredia-a com inusitada violência,
blasfemando e acusando-a...” O irmão Vicente esclareceu que “Raulinda se
debatia no conflito em torno da sua problemática de saúde, buscando
entender-lhe a gênese. Tratando-se com um esculápio de formação moral vulgar,
este incutiu-lhe na mente que sua enfermidade possuía raízes histéricas e que
somente através do relacionamento sexual poderia ser solucionada. Acostumado à
sedução, e percebendo a insegurança e a inquietação da cliente, vinha
encaminhando todas as conversações nesse sentido, candidatando-se ele próprio à
solução. Casado e pai de família, mas leviano e inescrupuloso, hipnotizou-a com
a orientação, e naquele dia mesmo, em pleno consultório, consumara a terapia aviltante. Passado, porém, o
momento do enlevo e da sedução, Raulinda tomou consciência da invigilância e,
embora tardiamente, arrependeu-se.
“Como
o caro Miranda se recorda -- explicou Vicente --, temos tentado auxiliá-la com
esforço e intensidade de amor em várias oportunidades. O matrimônio estava
na pauta da sua reencarnação, a fim de que o adversário desencarnado lhe
voltasse aos braços na condição de filho, para que o amor santificado
resgatasse a loucura do passado. Desatenta e apressada, resolveu aceitar as
propostas infames do médico e, conforme o imperativo das Leis Soberanas,
tornar-se-á mãe... Colhido pelo inesperado, e atraído pelo fenômeno
biológico da fecundação, o seu inimigo percebe que se encontra imanado ao ovo, em razão de haver-se vinculado
ao gameta masculino mediante o processo automático do renascimento. Essa a
razão do seu desespero e agressividade ora exacerbados. Tombou nas malhas
magnéticas da própria armadilha. O que aconteceria por amor, a
imprevidência produziu pela violência.”
(…)
Observando
atentamente o adversário espiritual da jovem médium, Miranda percebeu que o
Espírito, sentindo-se aprisionado pelo zigoto, que dava continuidade ao
fenômeno da mitose celular, esbravejava, tentando, mentalmente, romper o
vínculo magnético entre ele o futuro corpo somático, para produzir a anulação
da vida física... Impossibilitado, começou a agir psiquicamente no
comportamento da paciente, aumentando-lhe o arrependimento, exprobrando-lhe a
conduta, induzindo-a ao suicídio como solução para a desonra a que se
entregara. Interferindo nas tardias reflexões da moça, ampliava-lhe o pavor a
respeito do futuro e das dificuldades no lar que desrespeitara, desconsiderando
a confiança dos pais. Desse modo, ameaçando-a, atemorizava-a ainda mais ao
dizer-lhe: “Serei teu filho, sem o desejar. Cobrarei, nos teus braços, o que me
deves...”
Como
se irrompesse um vulcão, Raulinda, ouvindo-o e desarvorando-se, ia
precipitar-se porta a fora, a gritar, quando Vicente começou a libertá-la das
energias perniciosas que a envolviam, após o que lhe aplicou reforço magnético
de calma e confiança, levando-a a um torpor benéfico. Passou então, de
imediato, a interferir no processo da reencarnação do aturdido Espírito, que
não se dava conta daqueles sucessos e experimentava os primeiros choques,
resultantes da imantação ao ovo.
“(…)
cuidamos (o mentor Vicente) de mais imantá-lo ao futuro corpo, evitando
a interrupção da gestação em começo”. Vicente ponderou que poderia parecer que
o fracasso da reencarnação do obsessor fosse a melhor solução para Raulinda;
contudo, se isso acontecesse, permaneceria a pugna obsessiva com menor
possibilidade de futuro-próximo renascimento, em razão do repúdio que cresceria
nela com relação a novas experiências sexuais. Cumpria-lhes, assim, tão-somente
confiar em Deus e acompanhar pacientemente os acontecimentos, procurando
auxiliar com bondade.
Contexto:
Raulinda
– médium da Casa Espírita, foco do livro, assistida pelos Mentores dessa Casa
Espírita. Trazia problemas psíquicos relativos à afetividade e sexualidade,
ampliados pelo ação constante de obsessor.
Vicente
– mentor da Casa Espírita, que junto com Manoel P. De Miranda, acompanham e
auxiliam o drama de Raulinda.
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