Casa
Espírita Missionários da Luz
Diretoria
Doutrinária – ESDE1
Tema: Objetivos da Reencarnação – Justiça e Necessidade da
Reencarnação
Data: 28 de maio 2010
Objetivos:
- Identificar
na Reencarnação a manifestação da Justiça de Deus;
- Relatar
os benefícios da ideia reencarnacionista para a humanidade.
Bibliografia:
-
O Livro dos Espíritos – Pergs. 167, 171
e comentário de Kardec; Cap. V (item 222)
-
Evangelho Seg.Esp. - Cap. IV, item 25;
Cap.VI, item 4.
Desenvolvimento:
- Leitura
da página de Emmanuel em Fonte Viva, Cap.169 - “Busquemos a Eternidade”;
- Comentários
breves e prece de abertura;
- Falar dos objetivos do estudo e
propor a divisão em dois grupos, para que cada um estude os tópicos de um
dos objetivos;
- Separação
nos grupos sendo:
(levar
texto impresso)
Grupo 1 – Justiça de Deus e a Reencarnação
LE – Perg 171 e comentário; Item 222 parágrafo que fala da
justiça de Deus, que começa com “ Temos
visto algumas pessoas raciocinarem deste modo“
==> Com base nos textos lidos o
grupo deve demonstrar como a reencarnação evidencia a Justiça de Deus.
Grupo 2 – Benefícios para a Humanidade da
ideia da Reencarnação
Evang.Cap.VI, item 4 (2 últimos
parágrafos, que começa com o “ Disse
o Cristo: "Bem-aventurados os aflitos“); LE ,
Item 222 (texto anexo);
==> Com base nos textos lidos o
grupo deve identificar quais benefícios a teoria reencarnacionista trouxe para
a humanidade.
- Apresentação
dos grupos
- Fechamento
do tema com os tópicos:
Necessidade da Encarnação:
- Expiação; 2. Provas; 3. Evolução (aprendizado) ==> Evang. Cap.IV item 25
O LE: 167. Qual o fim objetivado com a reencarnação?
“Expiação, melhoria progressiva da Humanidade. Sem isto,
onde a justiça?”
Número de Encarnações – pergs. 168, 169 e 170 de O LE:
168. É limitado o número das
existências corporais, ou o Espírito reencarna perpetuamente?
169. É invariável o número das
encarnações para todos os Espíritos?
170. O que fica sendo o Espírito depois
da sua última encarnação?
- Prece
final
Grupo 1 – Justiça de Deus x Reencarnação
Perg 171 de O Livro dos Espíritos:
171. Em que se funda o dogma da
reencarnação?
“Na
justiça de Deus e na revelação, pois incessantemente repetimos: o bom pai deixa
sempre aberta a seus filhos uma porta para o arrependimento. Não te diz a razão
que seria injusto privar para sempre da felicidade eterna todos aqueles de quem
não dependeu o melhorarem-se? Não são filhos de Deus todos os homens? Só entre
os egoístas se encontram a iniqüidade, o ódio implacável e os castigos sem
remissão.”
Todos
os Espíritos tendem para a perfeição e Deus lhes faculta os meios de
alcançá-la, proporcionando-lhes as provações da vida corporal. Sua justiça,
porém, lhes concede realizar, em novas existências, o que não puderam fazer ou
concluir numa primeira prova.
Não
obraria Deus com eqüidade, nem de acordo com a Sua bondade, se condenasse para
sempre os que talvez hajam encontrado, oriundos do próprio meio onde foram
colocados e alheios à vontade que os animava, obstáculos ao seu melhoramento.
Se a sorte do homem se fixasse irrevogavelmente depois da morte, não seria uma
única a balança em que Deus pesa as ações de todas as criaturas e não haveria
imparcialidade no tratamento que a todas dispensa.
A
doutrina da reencarnação, isto é, a que consiste em admitir para o Espírito
muitas existências sucessivas, é a única que corresponde à idéia que formamos
da justiça de Deus para com os homens que se acham em condição moral inferior;
a única que pode explicar o futuro e firmar as nossas esperanças, pois que nos
oferece os meios de resgatarmos os nossos erros por novas provações. A razão
no-la indica e os Espíritos a ensinam.
O
homem, que tem consciência da sua inferioridade, haure consoladora esperança na
doutrina da reencarnação. Se crê na justiça de Deus, não pode contar que venha
a achar-se, para sempre, em pé de igualdade com os que mais fizeram do que ele.
Sustém-no, porém, e lhe reanima a coragem a idéia de que aquela inferioridade
não o deserda eternamente do supremo bem e que, mediante novos esforços, dado
lhe será conquistá-lo. Quem é que, ao cabo da sua carreira, não deplora haver
tão tarde ganho uma experiência de que já não mais pode tirar proveito?
Entretanto, essa experiência tardia não fica perdida; o Espírito a utilizará em
nova existência.
O Livro dos Espíritos, Cap. V – Considerações sobre a
Pluralidade das Existências.
Temos
visto algumas pessoas raciocinarem deste modo: Não é possível que Deus,
soberanamente bom como é, imponha ao homem a obrigação de recomeçar uma série
de misérias e tribulações. Acharão, porventura, essas pessoas que há mais
bondade em condenar Deus o homem a sofrer perpetuamente, por motivo de alguns
momentos de erro, do que em lhe facultar meios de reparar suas faltas? “Dois
industriais contrataram dois operários, cada um dois quais podia aspirar a se
tornar sócio do respectivo patrão. Aconteceu que esses dois operários certa vez
empregaram muito mal o seu dia, merecendo ambos ser despedidos. Um dos
industriais, não obstante as súplicas do seu, o mandou embora e o pobre
operário, não tendo achado mais trabalho, acabou por morrer na miséria. O outro
disse ao seu: Perdeste um dia; deves-me por isso uma compensação. Executaste
mal o teu trabalho; ficaste a me dever uma reparação. Consinto que o recomeces.
Trata de executá-lo bem, que te conservarei ao meu serviço e poderás continuar
aspirando à posição superior que te prometi.” Será preciso perguntemos qual dos
industriais foi mais humano? Dar-se-á que Deus, que é a clemência mesma, seja
mais inexorável do que um homem? Alguma coisa de pungente há na idéia de que a
nossa sorte fique para sempre decidida, por efeito de alguns anos de provações,
ainda quando de nós não tenha dependido o atingirmos a perfeição, ao passo que
eminentemente consoladora é a idéia oposta, que nos permite a esperança. Assim,
sem nos pronunciarmos pró ou contra a pluralidade das existências, sem
preferirmos uma hipótese a outra, declaramos que, se aos homens fosse dado
escolher, ninguém quereria o julgamento sem apelação. Disse um filósofo que, se
Deus não existisse, fora mister inventá-lo, para felicidade do gênero humano.
Outro tanto se poderia dizer sobre a pluralidade das existências. Mas, conforme
atrás ponderamos, Deus não nos pede permissão, nem consulta os nossos gostos.
Ou isto é, ou não é. Vejamos de que lado estão as probabilidades e encaremos de
outro ponto de vista o assunto, unicamente como estudo filosófico, sempre
abstraindo do ensino dos Espíritos.
Grupo 2 – Benefícios para a Humanidade da ideia
reencarnacionista
O Livro dos Espíritos, Cap. V – Considerações sobre a
Pluralidade das Existências.
“(...)
Alguma coisa de pungente há na idéia de que a nossa sorte fique para sempre
decidida, por efeito de alguns anos de provações, ainda quando de nós não tenha
dependido o atingirmos a perfeição, ao passo que eminentemente consoladora é a
idéia oposta, que nos permite a esperança. Assim, sem nos pronunciarmos pró ou
contra a pluralidade das existências, sem preferirmos uma hipótese a outra,
declaramos que, se aos homens fosse dado escolher, ninguém quereria o
julgamento sem apelação. Disse um filósofo que, se Deus não existisse, fora
mister inventá-lo, para felicidade do gênero humano. Outro tanto se poderia
dizer sobre a pluralidade das existências. Mas, conforme atrás ponderamos, Deus
não nos pede permissão, nem consulta os nossos gostos. Ou isto é, ou não é.
Vejamos de que lado estão as probabilidades e encaremos de outro ponto de vista
o assunto, unicamente como estudo filosófico, sempre abstraindo do ensino dos
Espíritos. “
(...)
“Não é
somente porque veio dos Espíritos que nós e tantos outros nos fizemos adeptos
da pluralidade das existências. É porque essa doutrina nos pareceu a mais
lógica e porque só ela resolve questões até então insolúveis. Ainda quando
fosse da autoria de um simples mortal, tê-la-íamos igualmente adotado e não houvéramos
hesitado um segundo mais em renunciar às idéias que esposávamos. Em sendo
demonstrado o erro, muito mais que perder do que ganhar tem o amor-próprio, com
o se obstinar na sustentação de uma idéia falsa. Assim também, tê-laíamos
repelido, mesmo que provindo dos Espíritos, se nos parecera contrária à razão,
como repelimos muitas outras, pois sabemos, por experiência, que não se deve
aceitar cegamente tudo o que venha deles, da mesma forma que se não deve adotar
às cegas tudo o que proceda dos homens. O melhor título que, ao nosso ver,
recomenda a idéia da reencarnação é o de ser, antes de tudo, lógica. Outro, no
entanto, ela apresenta: o de a confirmarem os fatos, fatos positivos e por bem
dizer, materiais, que um estudo atento e criterioso revela a quem se dê ao
trabalho de observar com paciência e perseverança e diante dos quais não há
mais lugar para a dúvida. Quando esses fatos se houverem vulgarizado, como os
da formação e do movimento da Terra, forçoso será que todos se rendam à
evidência e os que se lhes colocaram em oposição ver-se-ão constrangidos a
desdizer-se. Reconheçamos, portanto, em resumo, que só a doutrina da
pluralidade das existências explica o que, sem ela, se mantém inexplicável; que
é altamente consoladora e conforme à mais rigorosa justiça; que constitui para
o homem a âncora de salvação que Deus, por misericórdia, lhe concedeu. “
Evang.Seg.Esp. Cap.VI, item 4 (2 últimos parágrafos)
Disse o Cristo: "Bem-aventurados os aflitos, pois que
serão consolados." Mas, como há de alguém sentir-se ditoso por sofrer, se
não sabe por que sofre? O Espiritismo mostra a causa dos sofrimentos nas
existências anteriores e na destinação da Terra, onde o homem expia o seu
passado. Mostra o objetivo dos sofrimentos, apontando-os como crises salutares que
produzem a cura e como meio de depuração que garante a felicidade nas
existências futuras. O homem compreende que mereceu sofrer e acha justo o
sofrimento. Sabe que este lhe auxilia o adiantamento e o aceita sem murmurar,
como o obreiro aceita o trabalho que lhe assegurará o salário. O Espiritismo
lhe dá fé inabalável no futuro e a dúvida pungente não mais se lhe apossa da
alma. Dando-lhe a ver do alto as coisas, a importância das vicissitudes
terrenas some-se no vasto e esplêndido horizonte que ele o faz descortinar, e a
perspectiva da felicidade que o espera lhe dá a paciência, a resignação e a
coragem de ir até ao termo do caminho.
Assim, o Espiritismo realiza o que Jesus disse do Consolador
prometido: conhecimento das coisas, fazendo que o homem saiba donde vem, para
onde vai e por que está na Terra; atrai para os verdadeiros princípios da lei
de Deus e consola pela fé e pela esperança.
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