Tema: Perfeição Moral – Paixões e Emoções
Objetivos Específicos:
a) Identificar nas
paixões um sentimento ou necessidade natural
b) Analisar as
imperfeições e como combatê-las.
Bibliografia:
O Livro dos Espíritos, pergs: 907 à 918, 919.
Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap; Cap. XI, itens
11 e 12
Palestra de Gelson Luis Roberto – “A Arte de Lidar com as Emoções” –
10/11/13
1. Leitura Inicial: Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. XI, item 11 –
O Egoísmo
2. Prece e comentário da página.
3. Leitura e comentário das perg's:
907. Será
substancialmente mau o princípio originário das paixões, embora esteja na
natureza?
“Não; a paixão está no excesso de que se acresceu a vontade, visto que o
princípio que lhe dá origem foi posto no homem para o bem, tanto que as paixões
podem levá-lo à realização de grandes coisas. O abuso que delas se faz é que
causa o mal.”
908. Como se
poderá determinar o limite onde as paixões deixam de ser boas para se tornarem
más?
“As paixões são como um corcel, que só tem utilidade quando governado e
que se torna perigoso desde que passe a governar. Uma paixão se torna perigosa
a partir do momento em que deixais de poder governá-la e que dá em resultado um
prejuízo qualquer para vós mesmos, ou
para outrem.”
“Todas as paixões têm seu princípio num
sentimento, ou numa necessidade natural. O princípio das paixões não é, assim,
um mal, pois que assenta numa das condições providenciais da nossa existência.
A paixão propriamente dita é a exageração de uma necessidade ou de um
sentimento. Está no excesso e não na causa e este excesso se torna um mal,
quando tem como conseqüência um mal qualquer.
Toda paixão que aproxima o homem da natureza animal afasta-o da natureza
espiritual.
Todo sentimento que eleva o homem acima da natureza animal denota
predominância do Espírito sobre a matéria e o aproxima da perfeição.” AK
4. A paixão está na natureza, assim como as
emoções. Não podemos destruí-las. Fazem parte de nós.
As emoções dão vitalidade, energia à vida. A vontade dá a direção a essas
emoções. São forças da natureza.
Quem sabe dizer quais são as emoções básicas? Raiva, medo, alegria,
tristeza.
A agressividade, por exemplo, é necessária, é um impulso da vida. Um
cirurgião se não tiver agressividade não consegue cortar o paciente.
Toda vez que um instinto é emoção, vira comportamento è já é a elaboração do Espírito que reage
através de seu livre-arbítrio (vontade), que interpreta a realidade.
è Toda expressão emocional é uma interpretação da realidade que o Espírito
faz.
Na visão da
fisiologia:
o córtex cerebral é o presente è vontade
O tálamo: mais primitivo; sede das emoções.
Ex.: Compulsão pela comida: tálamo; Não
posso comer: córtex cerebral
Fisicamente não existe ligação entre essas duas áreas; a visão
materialista não sabe como essas duas coisas podem se relacionar. Porém o
Espírito é um só e essa visão física das áreas do cérebro e onde as coisas se
dão, nos dão o caminho para chegar às emoções e poder controlá-las: via
consciência!
ð É preciso tomar consciência!
Ex.: Ameaça de um perigo: libera cortisol para preparar o corpo para a
luta, para defesa contra os possíveis ferimentos. Mas se liberar muito, faz
mal.
Não adianta falar: fique calmo. Isso não vai fazer o organismo parar de
gerar cortisol.
É preciso mudar a percepção da vida como um perigo: è tomada de consciência!
Quem vê a vida como um
problema, tem muito mais estresse do que a que a vê como um desafio.
Pesquisas chegaram a dois modos
de diminuir o nível de cortisol:
- o perfume de uma determinada
orquídea;
- pegar na mão do outro. è isso é uma experiência de segurança, de apoio
(estou sendo amparado; não estou sozinho): na hora o cortisol baixa!
Toda emoção precisa ser liberada. A doença física, por exemplo, é uma
forma de drenar as emoções è aquilo que guardamos nos matará!
A terapia é um bom recurso pois nos ajuda a liberar as emoções, mas o
mais importante é tomar consciência do que está por trás do comportamento
emocional. Nem sempre o comportamento emocional manifesta a causa da emoção.
Ex.: A raiva pode ser um
comportamento cuja origem é o medo. A raiva aparece pois deixou à mostra a
fragilidade, o medo da pessoa.
ð A luta é interpretar a realidade mas se
relacionar com ela de forma saudável.
Negamos a vida quando
ficamos prisioneiros de emoções do passado. Disfarçamos mas ficamos voltando no
passado, pois o EGO foi ferido. è o perdão liberta!
É preciso
re-significar a vida, a experiência. è assim aprenderemos a lidar com as emoções.
.
5. Leitura das perg’s:
911. Não haverá paixões tão vivas e irresistíveis, que a vontade seja
impotente para dominá-las?
912. Qual o meio mais eficiente de combater-se o predomínio da natureza
corpórea?
917. Qual o meio de destruir-se o egoísmo?
Comentário de Kardec:
“Poderá ser longa a cura, porque numerosas são
as causas, mas não é impossível. Contudo, ela só se obterá se o mal for atacado
em sua raiz, isto é, pela educação, não por essa educação que tende a fazer
homens instruídos, mas pela que tende a fazer homens de bem. A educação, convenientemente
entendida, constitui a chave do progresso moral.
Quando se conhecer a arte de manejar os caracteres, como se conhece a de
manejar as inteligências, conseguir-se-á corrigi-los, do mesmo modo que se
aprumam plantas novas. Essa arte, porém, exige muito tato, muita experiência e
profunda observação.”
“O egoísmo é a fonte de todos os vícios, como a
caridade o é de todas as virtudes. Destruir um e desenvolver a outra, tal deve ser
o alvo de todos os esforços do homem, se quiser assegurar a sua felicidade
neste mundo, tanto quanto no futuro.”
CONHECIMENTO
DE SI MESMO
919. Qual o meio
prático mais eficaz que tem o homem de se melhorar nesta vida e de resistir à
atração do mal?
“Um sábio da antiguidade vo-lo disse: Conhece-te a timesmo.”
a) — Conhecemos
toda a sabedoria desta máxima, porém a dificuldade está precisamente em cada um
conhecer-
-se a si mesmo. Qual o meio de consegui-lo?
6.
Prece final.
7.
Avaliação
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