segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Perfeição Moral – Virtudes e Vícios

Casa Espírita Missionários da Luz - ESDE1 - 03/12/2013

Tema: Perfeição Moral – Virtudes e Vícios

Objetivos:
            a) Conceituar virtudes e vícios
b) Identificar a mais meritória de todas as virtudes
c) Concluir sobre a importância do esforço pessoal na liberação dos vícios


Bibliografia:
O Livro dos Espíritos, pergs: à 893 906; 100 à 113 (Escala Espírita)
Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. III “Há muitas moradas na casa do Meu Pai”; Cap. XVII, itens 1,2 e 8 (A Virtude)


1. Leitura Inicial: Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. XVII, itens 1 e 2.

2. Prece e comentário da página.

3. Leitura e comentário das perg'.
893: Qual a mais meritória de todas as virtudes?
894: Há pessoas que fazem o bem espontaneamente, sem que precisem vencer quaisquer sentimentos que lhes sejam opostos. Terão tanto mérito, quanto as que se vêem na contingência de lutar contra a natureza que lhes é própria e a vencem?

Em que categoria de mundo a Terra se enquadra? Vamos recordar?
Ler E.S.Esp. Cap. III. Item 4 – primeiro parágrafo: categorização dos mundos.
A Terra se enquadra como Expiação e Provas, estando em processo de transformação para Regeneração.
Vamos ver as características dos mundos Regeneradores – Cap.III do Evangelhos. Itens 17 e 18

Recordemos agora a classificação dos Espíritos, que está na perg. 100 de O Livro dos Espíritos – 3º parágrafo
Perg. 101 –  Espíritos Imperfeitos - 3 primeiros parágrafos;
Perg. 107 – Bons Espíritos – 5 primeiros parágrafos.

Que categoria de Espíritos habita a Terra, ou seja, somos nós?  Espíritos Imperfeitos.
Como podemos analisar então nossas virtudes e vícios?
==> as virtudes ainda são incipientes. O nosso esforço nessa fase em que nos encontramos é procurar identificar os vícios que trazemos, para mantê-los sob controle.

895. Postos de lado os defeitos e os vícios acerca dos quais ninguém se pode equivocar, qual o sinal mais característico da imperfeição?

==> às vezes passamos a vida sem grandes dores, grandes problemas, não fazemos o mal, e achamos que temos méritos, virtudes, pela atual situação na encarnação.
Mas pelas características dos Espíritos da Terra, isso seria possível?
Então pq será que temos essa vida assim “normal”? ==> talvez por não suportarmos ainda encarar de frente, nossos vícios e equívocos do passado! Estamos nos educando, adquirindo méritos para podermos encarar a nossa sombra, o que trazemos em nosso inconsciente!

897b. Não haverá aqui uma distinção a estabelecer-se entre o bem que podemos fazer ao nosso próximo e o cuidado que pomos em corrigir-nos dos nossos defeitos? Concebemos que seja pouco meritório fazermos o bem com a idéia de que nos seja levado em conta na outra vida; mas será igualmente indício de inferioridade emendarmo-nos, vencermos as nossas paixões, corrigirmos o nosso caráter, com o propósito de nos aproximarmos dos bons Espíritos e de nos elevarmos?

898. Sendo a vida corpórea apenas uma estada temporária neste mundo e devendo o futuro constituir objeto da
nossa principal preocupação, será útil nos esforcemos por adquirir conhecimentos científicos que só digam respeito às coisas e às necessidades materiais?
899, 900 e 901 – perguntas de comparação de atitudes
906. Será passível de censura o homem, por ter consciência do bem que faz e por confessá-lo a si mesmo?


5.   Prece final.
6.   Avaliação

E.S.Esp. Cap. III
4.   Nos mundos intermédios, misturam-se o bem e o mal, predominando um ou outro, segundo o grau de adiantamento da maioria dos que os habitam. Embora se não possa fazer, dos diversos mundos, uma classificação absoluta, pode-se contudo, em virtude do estado em que se acham e da destinação que trazem, tomando por base os matizes mais salientes, dividi-los, de modo geral, como segue: mundos primitivos, destinados às primeiras encarnações da alma humana; mundos de expiação e provas, onde domina o mal; mundos de regeneração, nos quais as almas que ainda têm o que expiar haurem novas forças, repousando das fadigas da luta; mundos ditosos, onde o bem sobrepuja o mal; mundos celestes ou divinos, habitações de Espíritos depurados, onde exclusivamente reina o bem. A Terra pertence à categoria dos mundos de expiação e provas, razão por que aí vive o homem a braços com tantas misérias.

10. Nesses mundos venturosos, as relações, sempre amistosas entre os povos, jamais são perturbadas pela ambição, da parte de qualquer deles, de escravizar o seu vizinho, nem pela guerra que daí decorre. Não há senhores, nem escravos, nem privilegiados pelo nascimento; só a superioridade moral e intelectual estabelece diferença entre as condições e dá a supremacia. A autoridade merece o respeito de todos, porque somente ao mérito é conferida e se exerce sempre com justiça. O homem não procura elevar-se acima do homem, mas acima de si mesmo, aperfeiçoando-se. Seu objetivo é galgar a categoria dos Espíritos puros, não lhe constituindo um tormento esse desejo, porém, uma ambição nobre, que o induz a estudar com ardor para os igualar. Lá, todos os sentimentos delicados e elevados da natureza
  

17. Os mundos regeneradores servem de transição entre os mundos de expiação e os mundos felizes. A alma penitente encontra neles a calma e o repouso e acaba por depurar-se. Sem dúvida, em tais mundos o homem ainda se acha sujeito às leis que regem a matéria; a Humanidade experimenta as vossas sensações e desejos, mas liberta das paixões desordenadas de que sois escravos, isenta do orgulho que impõe silêncio ao coração, da inveja que a tortura, do ódio que a sufoca. Em todas as frontes, vê-se escrita a palavra amor; perfeita eqüidade preside às relações sociais, todos reconhecem Deus e tentam caminhar para Ele, cumprindo-lhe as leis.
Nesses mundos, todavia, ainda não existe a felicidade perfeita, mas a aurora da felicidade. O homem lá é ainda de
carne e, por isso, sujeito às vicissitudes de que libertos só se acham os seres completamente desmaterializados. Ainda tem de suportar provas, porém, sem as pungentes angústias da expiação. Comparados à Terra, esses mundos são bastante ditosos e muitos dentre vós se alegrariam de habitá-los, pois que eles representam a calma após a tempestade, a convalescença após a moléstia cruel. Contudo, menos absorvido pelas coisas materiais, o homem divisa, melhor do que vós, o futuro; compreende a existência de outros gozos prometidos pelo Senhor aos que deles se mostrem dignos, quando a morte lhes houver de novo ceifado os corpos, a fim de lhes outorgar a verdadeira vida. Então, liberta, a alma pairará acima de todos os horizontes. Não mais sentidos materiais e grosseiros; somente os sentidos de um perispírito puro e celeste, a aspirar as emanações do próprio Deus, nos aromas de amor e de caridade que do seu seio emanam.
18. Mas, ah! nesses mundos, ainda falível é o homem e o Espírito do mal não há perdido completamente o seu império. Não avançar é recuar, e, se o homem não se houver firmado bastante na senda do bem, pode recair nos mundos de expiação, onde, então, novas e mais terríveis provas o aguardam.

LE. perg. 100
Os Espíritos, em geral, admitem três categorias principais, ou três grandes divisões. Na última, a que fica na parte inferior da escala, estão os Espíritos imperfeitos, caracterizados pela predominância da matéria sobre o espírito e pela propensão para o mal. Os da segunda se caracterizam pela predominância do espírito sobre a matéria e pelo desejo do bem: são os bons Espíritos. A primeira, finalmente, compreende os Espíritos puros, os que atingiram o grau supremo da perfeição.

TERCEIRA ORDEM. – ESPÍRITOS IMPERFEITOS
101. CARACTERES GERAIS. — Predominância da matéria sobre o espírito. Propensão para o mal. Ignorância, orgulho, egoísmo e todas as paixões que lhes são conseqüentes.
Têm a intuição de Deus, mas não o compreendem. Nem todos são essencialmente maus. Em alguns há mais leviandade, irreflexão e malícia do que verdadeira maldade. Uns não fazem o bem nem o mal; mas, pelo simples
fato de não fazerem o bem, já denotam a sua inferioridade. Outros, ao contrário, se comprazem no mal e rejubilam
quando uma ocasião se lhes depara de praticá-lo. A inteligência pode achar-se neles aliada à maldade ou à malícia; seja, porém, qual for o grau que tenham alcançado de desenvolvimento intelectual, suas idéias são pouco elevadas e mais ou menos abjetos seus sentimentos.

SEGUNDA ORDEM. — BONS ESPÍRITOS
107. CARACTERES GERAIS. — Predominância do Espírito sobre a matéria; desejo do bem. Suas qualidades e poderes para o bem estão em relação com o grau de adiantamento que hajam alcançado; uns têm a ciência, outros a sabedoria e a bondade. Os mais adiantados reúnem o saber às qualidades morais. Não estando ainda completamente desmaterializados, conservam mais ou menos, conforme a categoria que ocupem, os traços da existência corporal, assim na forma da linguagem, como nos hábitos, entre os quais se descobrem mesmo algumas de suas manias. De outro modo, seriam Espíritos perfeitos.
Compreendem Deus e o infinito e já gozam da felicidade dos bons. São felizes pelo bem que fazem e pelo mal que
impedem. O amor que os une lhes é fonte de inefável ventura, que não tem a perturbá-la nem a inveja, nem os remorsos, nem nenhuma das más paixões que constituem o tormento dos Espíritos imperfeitos. Todos, entretanto,
ainda têm que passar por provas, até que atinjam a perfeição.
Como Espíritos, suscitam bons pensamentos, desviam os homens da senda do mal, protegem na vida os que se
lhes mostram dignos de proteção e neutralizam a influência dos Espíritos imperfeitos sobre aqueles a quem não é
grato sofrê-la.
Quando encarnados, são bondosos e benevolentes com os seus semelhantes. Não os movem o orgulho, nem o
egoísmo, ou a ambição. Não experimentam ódio, rancor, inveja ou ciúme e fazem o bem pelo bem.
A esta ordem pertencem os Espíritos designados, nas crenças vulgares, pelos nomes de bons gênios, gênios protetores, Espíritos do bem. Em épocas de superstições e de ignorância, eles hão sido elevados à categoria de divindades benfazejas.

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