Casa Espírita Missionários da Luz - ESDE1 - 03/12/2013
Tema: Perfeição Moral – Virtudes e Vícios
Objetivos:
a) Conceituar virtudes e vícios
b) Identificar a mais meritória de todas as
virtudes
c) Concluir sobre a importância do esforço
pessoal na liberação dos vícios
Bibliografia:
O Livro dos Espíritos, pergs: à 893 906; 100 à 113 (Escala Espírita)
Evangelho
Segundo o Espiritismo, Cap. III “Há muitas moradas na casa do Meu Pai”; Cap. XVII, itens 1,2
e 8 (A Virtude)
1. Leitura Inicial: Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. XVII, itens 1
e 2.
2. Prece e comentário da página.
3. Leitura e comentário das perg'.
893: Qual
a mais meritória de todas as virtudes?
894: Há
pessoas que fazem o bem espontaneamente, sem que precisem vencer quaisquer
sentimentos que lhes sejam opostos. Terão tanto mérito, quanto as que se vêem
na contingência de lutar contra a natureza que lhes é própria e a vencem?
Em que categoria de mundo a Terra se enquadra? Vamos recordar?
Ler E.S.Esp. Cap. III. Item 4 – primeiro parágrafo: categorização dos
mundos.
A Terra se enquadra como Expiação e Provas, estando em processo de
transformação para Regeneração.
Vamos ver as características dos mundos Regeneradores – Cap.III do
Evangelhos. Itens 17 e 18
Recordemos agora a classificação dos Espíritos, que está na perg. 100 de
O Livro dos Espíritos – 3º parágrafo
Perg. 101 – Espíritos Imperfeitos
- 3 primeiros parágrafos;
Perg. 107 – Bons Espíritos – 5 primeiros parágrafos.
Que categoria
de Espíritos habita a Terra, ou seja, somos nós? Espíritos Imperfeitos.
Como podemos
analisar então nossas virtudes e vícios?
==> as
virtudes ainda são incipientes. O nosso esforço nessa fase em que nos
encontramos é procurar identificar os vícios que trazemos, para mantê-los sob
controle.
895. Postos de lado os
defeitos e os vícios acerca dos quais ninguém se pode equivocar, qual o sinal
mais característico da imperfeição?
==> às vezes
passamos a vida sem grandes dores, grandes problemas, não fazemos o mal, e
achamos que temos méritos, virtudes, pela atual situação na encarnação.
Mas pelas
características dos Espíritos da Terra, isso seria possível?
Então pq será
que temos essa vida assim “normal”? ==> talvez por não suportarmos ainda
encarar de frente, nossos vícios e equívocos do passado! Estamos nos educando,
adquirindo méritos para podermos encarar a nossa sombra, o que trazemos em
nosso inconsciente!
897b. Não haverá aqui uma
distinção a estabelecer-se entre o bem que podemos fazer ao nosso próximo e o
cuidado que pomos em corrigir-nos dos nossos defeitos? Concebemos que seja
pouco meritório fazermos o bem com a idéia de que nos seja levado em conta na
outra vida; mas será igualmente indício de inferioridade emendarmo-nos,
vencermos as nossas paixões, corrigirmos o nosso caráter, com o propósito de nos
aproximarmos dos bons Espíritos e de nos elevarmos?
898. Sendo a vida corpórea
apenas uma estada temporária neste mundo e devendo o futuro constituir objeto
da
nossa principal
preocupação, será útil nos esforcemos por adquirir conhecimentos científicos que
só digam respeito às coisas e às necessidades materiais?
899, 900 e 901
– perguntas de comparação de atitudes
906. Será passível de
censura o homem, por ter consciência do bem que faz e por confessá-lo a si
mesmo?
5.
Prece final.
6.
Avaliação
E.S.Esp. Cap. III
4.
Nos mundos intermédios, misturam-se o bem e o mal, predominando um
ou outro, segundo o grau de adiantamento da maioria dos que os habitam. Embora
se não possa fazer, dos diversos mundos, uma classificação absoluta, pode-se
contudo, em virtude do estado em que se acham e da destinação que trazem,
tomando por base os matizes mais salientes, dividi-los, de modo geral, como
segue: mundos primitivos, destinados às primeiras encarnações da alma humana;
mundos de expiação e provas, onde domina o mal; mundos de regeneração, nos
quais as almas que ainda têm o que expiar haurem novas forças, repousando das
fadigas da luta; mundos ditosos, onde o bem sobrepuja o mal; mundos celestes ou
divinos, habitações de Espíritos depurados, onde exclusivamente reina o bem. A Terra
pertence à categoria dos mundos de expiação e provas, razão por que aí vive
o homem a braços com tantas misérias.
10. Nesses
mundos venturosos, as relações, sempre amistosas entre os povos, jamais são
perturbadas pela ambição, da parte de qualquer deles, de escravizar o seu
vizinho, nem pela guerra que daí decorre. Não há senhores, nem escravos, nem
privilegiados pelo nascimento; só a superioridade moral e intelectual
estabelece diferença entre as condições e dá a supremacia. A autoridade merece
o respeito de todos, porque somente ao mérito é conferida e se exerce sempre
com justiça. O homem não procura elevar-se acima do homem, mas acima de si
mesmo, aperfeiçoando-se. Seu objetivo é galgar a categoria dos Espíritos
puros, não lhe constituindo um tormento esse desejo, porém, uma ambição nobre,
que o induz a estudar com ardor para os igualar. Lá, todos os sentimentos
delicados e elevados da natureza
17. Os mundos
regeneradores servem de transição entre os mundos de expiação e os mundos
felizes. A alma penitente encontra neles a calma e o repouso e acaba por
depurar-se. Sem dúvida, em tais mundos o homem ainda se acha sujeito às leis
que regem a matéria; a Humanidade experimenta as vossas sensações e desejos,
mas liberta das paixões desordenadas de que sois escravos, isenta do orgulho
que impõe silêncio ao coração, da inveja que a tortura, do ódio que a sufoca.
Em todas as frontes, vê-se escrita a palavra amor; perfeita eqüidade preside às
relações sociais, todos reconhecem Deus e tentam caminhar para Ele,
cumprindo-lhe as leis.
Nesses
mundos, todavia, ainda não existe a felicidade perfeita, mas a aurora da
felicidade. O homem lá é ainda de
carne e,
por isso, sujeito às vicissitudes de que libertos só se acham os seres
completamente desmaterializados. Ainda tem de suportar provas, porém, sem as
pungentes angústias da expiação. Comparados à Terra, esses mundos são bastante
ditosos e muitos dentre vós se alegrariam de habitá-los, pois que eles
representam a calma após a tempestade, a convalescença após a moléstia cruel.
Contudo, menos absorvido pelas coisas materiais, o homem divisa, melhor do que
vós, o futuro; compreende a existência de outros gozos prometidos pelo Senhor
aos que deles se mostrem dignos, quando a morte lhes houver de novo ceifado os
corpos, a fim de lhes outorgar a verdadeira vida. Então, liberta, a alma
pairará acima de todos os horizontes. Não mais sentidos materiais e grosseiros;
somente os sentidos de um perispírito puro e celeste, a aspirar as emanações do
próprio Deus, nos aromas de amor e de caridade que do seu seio emanam.
18. Mas, ah!
nesses mundos, ainda falível é o homem e o Espírito do mal não há perdido
completamente o seu império. Não avançar é recuar, e, se o homem não se houver
firmado bastante na senda do bem, pode recair nos mundos de expiação, onde,
então, novas e mais terríveis provas o aguardam.
LE. perg. 100
Os
Espíritos, em geral, admitem três categorias principais, ou três grandes
divisões. Na última, a que fica na parte inferior da escala, estão os Espíritos
imperfeitos, caracterizados pela predominância da matéria sobre o espírito e
pela propensão para o mal. Os da segunda se caracterizam pela predominância do
espírito sobre a matéria e pelo desejo do bem: são os bons Espíritos. A
primeira, finalmente, compreende os Espíritos puros, os que atingiram o grau
supremo da perfeição.
TERCEIRA ORDEM. – ESPÍRITOS
IMPERFEITOS
101. CARACTERES GERAIS. —
Predominância da matéria sobre o espírito. Propensão para o mal. Ignorância,
orgulho, egoísmo e todas as paixões que lhes são conseqüentes.
Têm a intuição de
Deus, mas não o compreendem. Nem todos são essencialmente maus. Em alguns há
mais leviandade, irreflexão e malícia do que verdadeira maldade. Uns não fazem
o bem nem o mal; mas, pelo simples
fato de não fazerem o
bem, já denotam a sua inferioridade. Outros, ao contrário, se comprazem no mal
e rejubilam
quando uma ocasião se
lhes depara de praticá-lo. A inteligência pode achar-se neles aliada à maldade
ou à malícia; seja, porém, qual for o grau que tenham alcançado de desenvolvimento
intelectual, suas idéias são pouco elevadas e mais ou menos abjetos seus
sentimentos.
SEGUNDA ORDEM. — BONS
ESPÍRITOS
107. CARACTERES GERAIS. —
Predominância do Espírito sobre a matéria; desejo do bem. Suas qualidades e
poderes para o bem estão em relação com o grau de adiantamento que hajam
alcançado; uns têm a ciência, outros a sabedoria e a bondade. Os mais
adiantados reúnem o saber às qualidades morais. Não estando ainda completamente
desmaterializados, conservam mais ou menos, conforme a categoria que ocupem, os
traços da existência corporal, assim na forma da linguagem, como nos hábitos,
entre os quais se descobrem mesmo algumas de suas manias. De outro modo, seriam
Espíritos perfeitos.
Compreendem Deus e o
infinito e já gozam da felicidade dos bons. São felizes pelo bem que fazem e
pelo mal que
impedem. O amor que
os une lhes é fonte de inefável ventura, que não tem a perturbá-la nem a
inveja, nem os remorsos, nem nenhuma das más paixões que constituem o tormento
dos Espíritos imperfeitos. Todos, entretanto,
ainda têm que passar
por provas, até que atinjam a perfeição.
Como Espíritos,
suscitam bons pensamentos, desviam os homens da senda do mal, protegem na vida
os que se
lhes mostram dignos
de proteção e neutralizam a influência dos Espíritos imperfeitos sobre aqueles
a quem não é
grato sofrê-la.
Quando encarnados,
são bondosos e benevolentes com os seus semelhantes. Não os movem o orgulho,
nem o
egoísmo, ou a
ambição. Não experimentam ódio, rancor, inveja ou ciúme e fazem o bem pelo bem.
A esta ordem
pertencem os Espíritos designados, nas crenças vulgares, pelos nomes de bons
gênios, gênios protetores, Espíritos do bem. Em épocas de superstições e de
ignorância, eles hão sido elevados à categoria de divindades
benfazejas.
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