Casa
Espírita Missionários da Luz
ESDE3 – 09/12/2014
Tema: Animismo
Objetivos:
- Estudar o fenômeno do animismo
- Diferenciar
animismo de mediunidade
Bibliografia:
- O Livro dos Médiuns, CAPÍTULO XIX — Do
papel dos médiuns nas comunicações espíritas, item 223
- O Livro dos
Espíritos (capítulo VII, "Da Emancipação da alma")
- André Luiz, em Nos Domínios da
Mediunidade, Cap 22, “Emersão do passado”; Mecanismos
da mediunidade (cap. XXIII)
Um sentido novo para a vida
humana. Um novo sentido para a humanidade.
- O que é
mediunidade
- Mediunismo, mediunidade, especialização - Importância do perispírito ou corpo espiritual na mediunidade O Dom da Mediunidade II - http://vimeo.com/40270504 - Centros de Forças - Epífise, o sentido novo dos seres humanos - Pineal - Sintomas da mediunidade - Mediunidade e Obsessão - Pensamento e Mediunidade O Dom da Mediunidade III - http://vimeo.com/40495406 - Pensamento e mediunidade (cont.) - Neurofisiologia da mediunidade - Exteriolização da sensibilidade - Nos bastidores de uma sessão de hipnotismo - Comunicador no mais amplo sentido - Fenômenos anímicos |
O Dom da
Mediunidade IV - http://vimeo.com/40980319
- Fenômenos Anímicos (cont.) - Telepatia - Emancipação da alma - sonambulismo - Emancipação da alma - dupla vista - Experiência fora do corpo ou desdobramento - Fenômenos Espiríticos - Efeitos físicos O Dom da Mediunidade V - http://vimeo.com/41367846 Efeitos Físicos (cont.) - Mediunidade de Cura - Fenômenos Espiríticos - efeitos intelectuais |
Material: Trecho do filme
“Minha Vida na Outra Vida, notebook, projetor
Desenvolvimento:
1.Evangelho; Prece
Inicial.
2. Como o tema é Animismo, iniciar com um trecho do filme
“Minha Vida na Outra Vida”, de 5 min, que mostra uma das cenas em que a
personagem principal, uma americana, entra em transe e começa a ver/reviver as
cenas de sua última reencarnação na Irlanda.
https://www.youtube.com/watch?v=6At2Y9UMA_k
3. Discussão sobre o trecho do filme: ela entra em transe
espontâneo e as cenas vividas por ela na Irlanda, assumem o comando da CS.
Notem que ela perde a noção do momento presente enquanto dura a cena. Ao
retornar, está em lágrimas pela emoção da cena revivida.
Que fenômeno é esse? Animismo?
Como podemos conceituar animismo?
ð
Desenvolver
o tema com auxílio de slides
Os fatos extrafísicos são explicados
pelo animismo ou pelo espiritismo?
“Nem um,
nem outro logra, separadamente, explicar o conjunto dos fenômenos supranormais.
Ambos são indispensáveis a tal fim e não podem separar-se, pois que são efeitos
de uma causa única, e esta causa é o espírito humano que, quando se manifesta,
em momentos fugazes durante a encarnação, determina os fenômenos anímicos e,
quando se manifesta mediúnicamente, durante a existência 'desencarnada',
determina os fenômenos espiríticos. (Bozzano, Ernesto, 1987.)”
(Animismo ou Espiritismo?)
Kardec tratou desse assunto no livro
dos médiuns, qdo, nas perguntas à Erasmo e Timóteo, aborda a manifestação do
próprio médium nas comunicações, assim como a interferência do médium nas
comunicações mediúnicas.
Em O Livro dos Espíritos (capítulo VII, "Da Emancipação da
alma") foi também abordado o tema da atividade espiritual do ser encamado.
Se nos lembrarmos de que a codificação conceitua a alma (anima) como espírito
encamado, temos aí a clara abordagem à questão do animismo, embora o termo
somente seria proposto, anos mais tarde, por Alexandre Aksakof.
Cuida esse capítulo da atividade da alma, enquanto desdobrada do
corpo físico pelo sono comum, e nisto estão incluídos os sonhos, contatos
pessoais com outros indivíduos, encamados ou desencarnados, telepatia,
letargia, catalepsia, morte aparente, sonambulismo, êxtase, dupla visão.
Hermínio, nesse artigo, fala que Gabriel Delanne, em um livro não traduzido para o
português, é uma das únicas obras, no contexto doutrinário do espiritismo, que
estuda em profundidade o problema da "psicografia automática", ou
seja, a escrita produzida pelo inconsciente, funcionando o sensitivo como
médium de si mesmo.
“Reiteramos,
portanto, que não há fenômeno mediúnico sem participação anímica. O cuidado
que se toma necessário ter na dinâmica do fenômeno não é colocar o médium sob
suspeita de animismo, como se o animismo fosse um estigma, e sim ajudá-lo a ser
um instrumento fiel, traduzindo em palavras adequadas o pensamento que lhe está
sendo transmitido sem palavras pelos espíritos comunicantes.”, prossegue Hermínio.
ð
O
animismo está presente nas comunicações.
ð
Muitas
comunicações podem ser só animismo; é o ICS do médium que está se comunicando.
São ruins por conta disso? Não! E se for Emmanuel reencarnado e der uma
comunicação anímica? Será de baixo teor???
ð
E
quando a comunicação em reunião de doutrinação é anímica? André Luiz, em
Domínios da Mediunidade, aborda esse assunto.
O que fazer nesses casos? É o INCS do
médium; deve ser doutrinado?
ð
Ver
texto de André Luiz.
4.Prece final
ANEXOS
André Luiz, Cap. 22,
Emersão no Passado:
- uma das médiuns
começa uma comunicação de uma irmã sofredora mas não há nenhum Espírito
desencarnado se comunicando:
Aulus afagou a fronte da doente em lágrimas, como se lhe auscultasse o
pensamento, e explicou:
— Estamos diante do passado de nossa
companheira. A mágoa e o azedume, tanto quanto a personalidade supostamente
exótica de que dá testemunho, tudo procede dela mesma... Ante a aproximação de
antigo desafeto, que ainda a persegue de nosso plano, revive a experiência
dolorosa que lhe ocorreu, em cidade do Velho Mundo, no século passado, e entra
em seguida a padecer insopitável melancolia.
Recomeçou a luta na carne, na presente reencarnação, possuída de novas
esperanças, contudo, tão logo experimenta a visitação espiritual do antigo
verdugo, que a ela se enleia, através de vigorosos laços de amor e ódio,
perturba-se-lhe a vida mental, necessitada de mais ampla reeducação. É um caso
no qual se faz possível a colheita de valiosos ensinamentos.
— Isso quer dizer, então...
A frase de Hilário ficou, porém, no ar, porque o instrutor lhe, definiu o
pensamento, acrescentando:
— Isso quer dizer que nossa irmã imobilizou grande coeficiente de forças do
seu mundo emotivo, em torno da experiência a que nos referimos, a ponto de
semelhante cristalização mental haver superado o choque biológico do
renascimento no corpo físico, prosseguindo quase que intacta. Fixando-se nessa
lembrança, quando instada de mais perto pelo companheiro que lhe foi
irrefletido algoz, passa a comportar-se qual se estivesse ainda no passado que
teima em ressuscitar. E ’
então que se dá a conhecer como personalidade diferente, a referir-se à vida
anterior.
Sorrindo, paternal, considerou:
— Sem dúvida, em tais momentos, é
alguém que volta do pretérito a comunicar-se com o presente, porque ao influxo
das recordações penosas de que se vê assaltada, centraliza todos os seus
recursos mnemônicos tão-somente no ponto nevrálgico em que viciou o pensamento.
Para o psiquiatra comum é apenas uma candidata à insulinoterapia ou ao
electrochoque, entretanto, para nós, é uma enferma espiritual, uma consciência
torturada, exigindo amparo moral e cultural para a renovação Intima, única base
sólida que lhe assegurará o reajustamento definitivo.
Analisei-a, com atenção, e concluí:
— Mediunicamente falando, vemos aqui
um processo de autêntico animismo. Nossa amiga supõe encarnar uma personalidade
diferente, quando apenas exterioriza o mundo de si mesma...
— Poderíamos, então, classificar o
fato no quadro da mistificação inconsciente? — interferiu Hilário, indagador.
Aulus meditou um minuto e ponderou:
— Muitos companheiros matriculados no
serviço de implantação da Nova Era, sob a égide do Espiritismo, vêm convertendo
a teoria animista num travão injustificável a lhes congelarem preciosas
oportunidades de realização do bem; portanto, não nos cabe adotar como justas
as palavras «mistificação inconsciente ou subconsciente, para batizar o
fenômeno. Na realidade, a manifestação decorre dos próprios sentimentos de
nossa amiga, arrojados ao pretérito, de onde recolhe as impressões deprimentes
de que se vê possuída, externando-as no meio em que se encontra. E a pobrezinha
efetua isso quase na posição de perfeita sonâmbula, porqüanto se concentra
totalmente nas recordações que já assinalamos, como se reunisse todas as
energias da memória numa simples ferida, com inteira despreocupação das
responsabilidades que a reencarnação atual lhe confere. Achamo-nos, por esse
motivo, perante uma doente mental, requisitando-nos o maior carinho para que se
recupere. Para sanar-lhe a inquietação, todavia, não nos bastam diagnósticos
complicados ou meras definições técnicas no campo verbalista, se não houver o
calor da assistência amiga.
Nosso orientador fez ligeira pausa, acariciando a enferma, e, enquanto Raul
Silva continuava a doutriná-la e a consolá-la, notificou-nos, bondoso:
— Deve ser tratada com a mesma
atenção que ministramos aos sofredores que se comunicam. É também um Espírito
imortal, solicitando-nos concurso e entendimento para que se lhe restabeleça a
harmonia. A idéia de mistificação talvez nos impelisse a desrespeitosa atitude,
diante do seu padecimento moral. Por isso, nessas circunstâncias, é preciso
armar o coração de amor, a fim de que possamos auxiliar e compreender. Um
doutrinador sem tato fraterno apenas lhe agravaria o problema, porque, a
pretexto de servir à verdade, talvez lhe impusesse corretivo inoportuno ao
invés de socorro providencial. Primeiro, é preciso remover o mal, para depois
fortificar a vítima na sua própria defesa. Felizmente, o nosso Raul assimila as
correntes espirituais que prevalecem aqui, tornando-se o enfermeiro ideal para
as situações dessa ordem.
Hilário, tanto quanto eu, edificado com os ensinamentos ouvidos, perguntou
respeitoso:
— E podemos considerá-la médium,
mesmo assim?
— Como não? Um vaso defeituoso pode ser
consertado e restituido ao serviço. Naturalmente, agora a paciência e a
caridade necessitam agir para salvá-la. Nossa irmã deve ser ouvida na posição
em que se revela, como sendo em tudo a desventurada mulher de outro tempo, e
recebida por nós nessa base, para que use o remédio moral que lhe estendemos,
desligando-se enfim do passado... O assunto não comporta desmentido, porque
indiscutívelmente essa mulher existe ainda nela mesma. A personalidade antiga
não foi tão eclipsada pela matéria densa como seria de desejar. Ela renasceu
pela carne, sem renovar-se em espírito...
CAPÍTULO XIX — DO PAPEL DOS MÉDIUNS
NAS COMUNICAÇÕES ESPÍRITAS
Item 223
2ª As comunicações escritas ou verbais
também podem emanar do próprio Espírito encarnado no médium?
“A alma do médium pode comunicar-se,
como a de qualquer outro. Se goza de certo grau de liberdade, recobra suas
qualidades de Espírito.
3ª Como distinguir se o Espírito que
responde é o do médium, ou outro?
“Pela natureza das comunicações.
Estuda as circunstâncias e a linguagem e distinguirás. No estado de
sonambulismo, ou de êxtase, é que, principalmente, o Espírito do médium se
manifesta, porque então se encontra mais livre.
No estado normal é mais difícil.
Aliás, há respostas que se lhe não podem atribuir de modo algum. Por isso é que
te digo: estuda e observa.”
4ª Desde que
o Espírito do médium há podido, em existências anteriores, adquirir
conhecimentos que esqueceu debaixo do envoltório corporal, mas de que se lembra
como Espírito, não poderá ele haurir nas profundezas do seu próprio eu as
idéias que parecem fora do alcance da sua instrução?
“Isso acontece freqüentemente, no
estado de crise sonambúlica, ou extática, porém, ainda uma vez repito, há circunstâncias
que não permitem dúvida. Estuda longamente e medita.”
7ª O Espírito encarnado no médium
exerce alguma influência sobre as comunicações que deva transmitir, provindas de
outros Espíritos?
“Exerce, porquanto, se estes não lhe
são simpáticos, pode ele alterar-lhes as respostas e assimilá-las às suas próprias
idéias e a seus pendores;
10ª Dessas explicações resulta, ao que
parece, que o Espírito do médium nunca é completamente passivo?
“É passivo, quando não mistura suas
próprias idéias com as do Espírito que se comunica, mas nunca é inteiramente nulo.
Seu concurso é sempre indispensável, como o de um intermediário, embora se
trate dos que chamais médiuns mecânicos.”
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