sábado, 3 de dezembro de 2016

Animismo

Casa Espírita Missionários da Luz 
ESDE3 –  09/12/2014

Tema: Animismo

Objetivos:
- Estudar o fenômeno do animismo
- Diferenciar animismo de mediunidade

Bibliografia:  
- O Livro dos Médiuns, CAPÍTULO XIX — Do papel dos médiuns nas comunicações espíritas, item 223
- O Livro dos Espíritos (capítulo VII, "Da Emancipação da alma")
- André Luiz, em Nos Domínios da Mediunidade, Cap 22, “Emersão do passado”; Mecanismos da mediunidade (cap. XXIII)
- Seminário com Marlene Nobre: O Dom da Mediunidade I  - http://vimeo.com/39865408

Um sentido novo para a vida humana. Um novo sentido para a humanidade.
- O que é mediunidade
- Mediunismo, mediunidade, especialização
- Importância do perispírito ou corpo espiritual na mediunidade 
 
O Dom da Mediunidade II  - 
http://vimeo.com/40270504
- Centros de Forças 
- Epífise, o sentido novo dos seres humanos
- Pineal
- Sintomas da mediunidade
- Mediunidade e Obsessão
- Pensamento e Mediunidade
 
O Dom da Mediunidade III - 
http://vimeo.com/40495406
 - Pensamento e mediunidade (cont.)
- Neurofisiologia da mediunidade
- Exteriolização da sensibilidade
- Nos bastidores de uma sessão de hipnotismo
- Comunicador no mais amplo sentido
- Fenômenos anímicos

O Dom da Mediunidade IV - http://vimeo.com/40980319
- Fenômenos Anímicos (cont.)
- Telepatia
- Emancipação da alma - sonambulismo
- Emancipação da alma - dupla vista
- Experiência fora do corpo ou desdobramento
- Fenômenos Espiríticos - Efeitos físicos
 
O Dom da Mediunidade V - 
http://vimeo.com/41367846
Efeitos Físicos (cont.)
- Mediunidade de Cura
- Fenômenos Espiríticos - efeitos intelectuais




Material: Trecho do filme “Minha Vida na Outra Vida, notebook, projetor

Desenvolvimento:

1.Evangelho;  Prece Inicial.
2. Como o tema é Animismo, iniciar com um trecho do filme “Minha Vida na Outra Vida”, de 5 min, que mostra uma das cenas em que a personagem principal, uma americana, entra em transe e começa a ver/reviver as cenas de sua última reencarnação na Irlanda.
https://www.youtube.com/watch?v=6At2Y9UMA_k

3. Discussão sobre o trecho do filme: ela entra em transe espontâneo e as cenas vividas por ela na Irlanda, assumem o comando da CS. Notem que ela perde a noção do momento presente enquanto dura a cena. Ao retornar, está em lágrimas pela emoção da cena revivida.

Que fenômeno é esse? Animismo?
Como podemos conceituar animismo?
ð  Desenvolver o tema com auxílio de slides

Os fatos extrafísicos são explicados pelo animismo ou pelo espiritismo?
Nem um, nem outro logra, separadamente, explicar o conjunto dos fenômenos supranormais. Ambos são indispensáveis a tal fim e não podem separar-se, pois que são efeitos de uma causa única, e esta causa é o espírito humano que, quando se manifesta, em momentos fugazes durante a encarnação, determina os fenômenos anímicos e, quando se manifesta mediúnicamente, durante a existência 'desencarnada', determina os fenômenos espiríticos. (Bozzano, Ernesto, 1987.)” (Animismo ou Espiritismo?)

Kardec tratou desse assunto no livro dos médiuns, qdo, nas perguntas à Erasmo e Timóteo, aborda a manifestação do próprio médium nas comunicações, assim como a interferência do médium nas comunicações mediúnicas.

Em O Livro dos Espíritos (capítulo VII, "Da Emancipação da alma") foi também abordado o tema da atividade espiritual do ser encamado. Se nos lembrarmos de que a codificação conceitua a alma (anima) como espírito encamado, temos aí a clara abordagem à questão do animismo, embora o termo somente seria proposto, anos mais tarde, por Alexandre Aksakof.
Cuida esse capítulo da atividade da alma, enquanto desdobrada do corpo físico pelo sono comum, e nisto estão incluídos os sonhos, contatos pessoais com outros indivíduos, encamados ou desencarnados, telepatia, letargia, catalepsia, morte aparente, sonambulismo, êxtase, dupla visão.
Hermínio, nesse artigo, fala que Gabriel Delanne, em um livro não traduzido para o português, é uma das únicas obras, no contexto doutrinário do espiritismo, que estuda em profundidade o problema da "psicografia automática", ou seja, a escrita produzida pelo inconsciente, funcionando o sensitivo como médium de si mesmo.

“Reiteramos, portanto, que não há fenômeno mediúnico sem participação anímica. O cuidado que se toma necessário ter na dinâmica do fenômeno não é colocar o médium sob suspeita de animismo, como se o animismo fosse um estigma, e sim ajudá-lo a ser um instrumento fiel, traduzindo em palavras adequadas o pensamento que lhe está sendo transmitido sem palavras pelos espíritos comunicantes.”,  prossegue Hermínio.

ð  O animismo está presente nas comunicações.
ð  Muitas comunicações podem ser só animismo; é o ICS do médium que está se comunicando. São ruins por conta disso? Não! E se for Emmanuel reencarnado e der uma comunicação anímica? Será de baixo teor???

ð  E quando a comunicação em reunião de doutrinação é anímica? André Luiz, em Domínios da Mediunidade, aborda esse assunto.
O que fazer nesses casos? É o INCS do médium; deve ser doutrinado?
ð  Ver texto de André Luiz.


4.Prece final

ANEXOS 

André Luiz, Cap. 22, Emersão no Passado:
- uma das médiuns começa uma comunicação de uma irmã sofredora mas não há nenhum Espírito desencarnado se comunicando:

Aulus afagou a fronte da doente em lágrimas, como se lhe auscultasse o pensamento, e explicou:
— Estamos diante do passado de nossa companheira. A mágoa e o azedume, tanto quanto a personalidade supostamente exótica de que dá testemunho, tudo procede dela mesma... Ante a aproximação de antigo desafeto, que ainda a persegue de nosso plano, revive a experiência dolorosa que lhe ocorreu, em cidade do Velho Mundo, no século passado, e entra em seguida a padecer insopitável melancolia.
Recomeçou a luta na carne, na presente reencarnação, possuída de novas esperanças, contudo, tão logo experimenta a visitação espiritual do antigo verdugo, que a ela se enleia, através de vigorosos laços de amor e ódio, perturba-se-lhe a vida mental, necessitada de mais ampla reeducação. É um caso no qual se faz possível a colheita de valiosos ensinamentos.
— Isso quer dizer, então...
A frase de Hilário ficou, porém, no ar, porque o instrutor lhe, definiu o pensamento, acrescentando:
— Isso quer dizer que nossa irmã imobilizou grande coeficiente de forças do seu mundo emotivo, em torno da experiência a que nos referimos, a ponto de semelhante cristalização mental haver superado o choque biológico do renascimento no corpo físico, prosseguindo quase que intacta. Fixando-se nessa lembrança, quando instada de mais perto pelo companheiro que lhe foi irrefletido algoz, passa a comportar-se qual se estivesse ainda no passado que teima em ressuscitar. E’ então que se dá a conhecer como personalidade diferente, a referir-se à vida anterior.
Sorrindo, paternal, considerou:
—  Sem dúvida, em tais momentos, é alguém que volta do pretérito a comunicar-se com o presente, porque ao influxo das recordações penosas de que se vê assaltada, centraliza todos os seus recursos mnemônicos tão-somente no ponto nevrálgico em que viciou o pensamento. Para o psiquiatra comum é apenas uma candidata à insulinoterapia ou ao electrochoque, entretanto, para nós, é uma enferma espiritual, uma consciência torturada, exigindo amparo moral e cultural para a renovação Intima, única base sólida que lhe assegurará o reajustamento definitivo.
Analisei-a, com atenção, e concluí:
— Mediunicamente falando, vemos aqui um processo de autêntico animismo. Nossa amiga supõe encarnar uma personalidade diferente, quando apenas exterioriza o mundo de si mesma...
—  Poderíamos, então, classificar o fato no quadro da mistificação inconsciente? — interferiu Hilário, indagador.
Aulus meditou um minuto e ponderou:
— Muitos companheiros matriculados no serviço de implantação da Nova Era, sob a égide do Espiritismo, vêm convertendo a teoria animista num travão injustificável a lhes congelarem preciosas oportunidades de realização do bem; portanto, não nos cabe adotar como justas as palavras «mistificação inconsciente ou subconsciente, para batizar o fenômeno. Na realidade, a manifestação decorre dos próprios sentimentos de nossa amiga, arrojados ao pretérito, de onde recolhe as impressões deprimentes de que se vê possuída, externando-as no meio em que se encontra. E a pobrezinha efetua isso quase na posição de perfeita sonâmbula, porqüanto se concentra totalmente nas recordações que já assinalamos, como se reunisse todas as energias da memória numa simples ferida, com inteira despreocupação das responsabilidades que a reen­carnação atual lhe confere. Achamo-nos, por esse motivo, perante uma doente mental, requisitando-nos o maior carinho para que se recupere. Para sanar-lhe a inquietação, todavia, não nos bastam diagnósticos complicados ou meras definições técnicas no campo verbalista, se não houver o calor da assistência amiga.
Nosso orientador fez ligeira pausa, acariciando a enferma, e, enquanto Raul Silva continuava a doutriná-la e a consolá-la, notificou-nos, bondoso:
—  Deve ser tratada com a mesma atenção que ministramos aos sofredores que se comunicam. É também um Espírito imortal, solicitando-nos concurso e entendimento para que se lhe restabeleça a harmonia. A idéia de mistificação talvez nos impelisse a desrespeitosa atitude, diante do seu padecimento moral. Por isso, nessas circunstâncias, é preciso armar o coração de amor, a fim de que possamos auxiliar e compreender. Um doutrinador sem tato fraterno apenas lhe agravaria o problema, porque, a pretexto de servir à verdade, talvez lhe impusesse corretivo inoportuno ao invés de socorro providencial. Primeiro, é preciso remover o mal, para depois fortificar a vítima na sua própria defesa. Felizmente, o nosso Raul assimila as correntes espirituais que prevalecem aqui, tornando-se o enfermeiro ideal para as situações dessa ordem.
Hilário, tanto quanto eu, edificado com os ensinamentos ouvidos, perguntou respeitoso:
—  E podemos considerá-la médium, mesmo assim?
       — Como não? Um vaso defeituoso pode ser consertado e restituido ao serviço. Naturalmente, agora a paciência e a caridade necessitam agir para salvá-la. Nossa irmã deve ser ouvida na posição em que se revela, como sendo em tudo a desventurada mulher de outro tempo, e recebida por nós nessa base, para que use o remédio moral que lhe estendemos, desligando-se enfim do passado... O assunto não comporta desmentido, porque indiscutívelmente essa mulher existe ainda nela mesma. A personalidade antiga não foi tão eclipsada pela matéria densa como seria de desejar. Ela renasceu pela carne, sem renovar-se em espírito...




CAPÍTULO XIX — DO PAPEL DOS MÉDIUNS NAS COMUNICAÇÕES ESPÍRITAS
Item 223
2ª As comunicações escritas ou verbais também podem emanar do próprio Espírito encarnado no médium?
“A alma do médium pode comunicar-se, como a de qualquer outro. Se goza de certo grau de liberdade, recobra suas qualidades de Espírito.

3ª Como distinguir se o Espírito que responde é o do médium, ou outro?
“Pela natureza das comunicações. Estuda as circunstâncias e a linguagem e distinguirás. No estado de sonambulismo, ou de êxtase, é que, principalmente, o Espírito do médium se manifesta, porque então se encontra mais livre.
No estado normal é mais difícil. Aliás, há respostas que se lhe não podem atribuir de modo algum. Por isso é que te digo: estuda e observa.”

4ª Desde que o Espírito do médium há podido, em existências anteriores, adquirir conhecimentos que esqueceu debaixo do envoltório corporal, mas de que se lembra como Espírito, não poderá ele haurir nas profundezas do seu próprio eu as idéias que parecem fora do alcance da sua instrução?
“Isso acontece freqüentemente, no estado de crise sonambúlica, ou extática, porém, ainda uma vez repito, há circunstâncias que não permitem dúvida. Estuda longamente e medita.”

7ª O Espírito encarnado no médium exerce alguma influência sobre as comunicações que deva transmitir, provindas de outros Espíritos?
“Exerce, porquanto, se estes não lhe são simpáticos, pode ele alterar-lhes as respostas e assimilá-las às suas próprias idéias e a seus pendores;

10ª Dessas explicações resulta, ao que parece, que o Espírito do médium nunca é completamente passivo?

“É passivo, quando não mistura suas próprias idéias com as do Espírito que se comunica, mas nunca é inteiramente nulo. Seu concurso é sempre indispensável, como o de um intermediário, embora se trate dos que chamais médiuns mecânicos.”

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