sábado, 3 de dezembro de 2016

Mediunidade e Glândula Pineal

Casa Espírita Missionários da Luz

ESDE 2 – 13/05/2014   --- Tema: Mediunidade e Glândula Pineal

Objetivos:
- identificar a mediunidade como função orgânica, radicada no corpo físico;
- identificar na epífise (glândula pineal) o órgão de manifestação da mediunidade;
- identificar nos centros cerebrais, as bases de operação do pensamento e da von­tade.

Bibliografia:
- Missionários da Luz, André Luiz/Chico Xavier, Cap. 2 – A Epífise
- Nos Domínios da Mediunidade – André Luiz/Chico Xavier – Cap. 3.
- O Livro dos Espíritos, perg. 352
- O Livro dos Médiuns - Cap. XX , item 226

Desenvolvimento:
1.    Prece inicial
2.    Iniciar passando o vídeo da entrevista do Dr. Sergio, sobre a mediunidade e a glândula pienal (https://www.youtube.com/watch?v=mfWKizRFUwI );
3.    Propor a forma de condução do estudo: dividir em 2 grupos, ficando cada grupo com um texto, para estudar e depois apresentar aos demais. Os textos são os mesmos enviados por email.
4.    Grupo 1: Livro dos Médiuns, Nos domínios da Mediunidade
5.    Grupo 2: Missionários da Luz
6.    Apresentação dos grupos
7.    Conclusão

- a mediunidade é uma função como as dos demais sentidos, radicada no organismo, baseada no funcionamento da glândula pineal, ligada ao centro de força coronário;

- a glândula pineal é o orgão de funcionamento da mediunidade, assim como os olhos são os da visão, estando o seu funcionamento relacionado especificamente a cada um, de acordo com a sua história de vida e necessidades evolutivas. Interessante notarmos que as informações de André Luiz a respeito da função dessa glândulo datam de 1945, e foi somente em 1958 que a estrutura da pienal foi identificada po Aaron Lerner na Universidade de Yale. (Perispírito – Zalmiro Zimmermann, Cap. XVII).
Glândula de manifestação do centro de força Coronário, é responsável pela ligação com a mente, supervisiona todos os outros centros vitais, base de operação do pensamento e da von­tade, que influem de modo compreensível em todos os fenômenos mediúnicos;

- o pensamento, a vontade, como em todos os processos mentais, estão diretamente relacionados ao bom uso da mediunidade, assim como as demais faculdades do ser;
- Ao examinar a questão, no livro "Evolução em Dois Mundos", André Luiz informa-nos que a faculdade mediúnica vem sofrendo através dos milênios paciente desabrochar, acompanhando o Espírito eterno em seu processo evolutivo. É, portanto, uma função do Espírito que se projeta no corpo a cada nova existência, sendo continuamente aprimorada.


8.    Prece Final


ANEXOS

O Livro dos Médiuns, Cap. XX , item 226

226. 1ª O desenvolvimento da mediunidade guarda relação com o desenvolvimento moral dos médiuns?
“Não; a faculdade propriamente dita se radica no organismo; independe do moral. O mesmo, porém, não se dá com o seu uso, que pode ser bom, ou mau, conforme as
qualidades do médium.”
2ª Sempre se há dito que a mediunidade é um dom de Deus, uma graça, um favor. Por que, então, não constitui privilégio dos homens de bem e por que se vêem  pessoas indignas que a possuem no mais alto grau e que dela usam mal?
“Todas as faculdades são favores pelos quais deve a criatura render graças a Deus, pois que homens há privados delas. Poderias igualmente perguntar por que concede
Deus vista magnífica a malfeitores, destreza a gatunos, eloqüência aos que dela se servem para dizer coisas nocivas. O mesmo se dá com a mediunidade. Se há pessoas indignas que a possuem, é que disso precisam mais do que as outras, para se melhorarem. Pensas que Deus recusa meios de salvação aos culpados? Ao contrário, multiplica-os no caminho que eles percorrem; põe-nos nas mãos deles. Cabe-lhes
aproveitá-los. Judas, o traidor, não fez milagres e não curou doentes, como apóstolo? Deus permitiu que ele tivesse esse dom, para mais odiosa tornar aos seus próprios
olhos a traição que praticou.”


Nos Domínios da Mediunidade – André Luiz/Chico Xavier – Cap. 3.

Em todos os processos medianímicos, não podemos esquecer a máquina cerebral como órgão de manifestação da mente. Decerto, já possuem conhecimentos adequados em torno do aparelha­mento orgânico, dispensando-nos a atenção em par­ticularidades técnicas sobre o vaso carnal.
E afagando-lhe a cabeça pintalgada de cabelos brancos, acrescentou:
— Bastar-nos-á sucinto exame da vida intra­craniana, onde estão assentadas as chaves de comunicação entre o mundo mental e o mundo físico.
Centralizando a atenção, através de pequenina lente que Aulus nos estendeu, o cérebro de nossa amiga pareceu-nos poderosa estação radiofônica, reunindo milhares de antenas e condutos, resistên­cias e ligações de tamanho microscópico, à disposição das células especializadas em serviços diver­sos, a funcionarem como detectores e estimulantes, transformadores e ampliadores da sensação e da idéia, cujas vibrações fulguravam aí dentro como raios incessantes, iluminando um firmamento minúsculo.
O Assistente observou conosco aquele precioso labirinto, em que a epífise brilhava como peque­nino sol azul, e falou:
— Não nos convém relacionar minudências re­lativas ao cérebro e ao sistema nervoso em geral, com as quais se encontram vocês familiarizados nos conhecimentos humanos comuns.
Nesse instante, reparei admirado os feixes de associação entre as células corticais, vibrando com a passagem do fluxo magnético do pensamento.
— Recordemos — prosseguiu o instrutor — que o delicado aparelho encefálico reúne milhões de células, que desempenham funções particulares, quais sejam as dos trabalhadores em fila hierárquica, na harmoniosa estrutura de um Estado.
E, enumerando determinadas regiões, trecho a trecho, daquele prodigioso reino pensante, declarou:
— Não precisaremos alongar digressões. As experiências adquiridas pela alma constituem maravilhosas sínteses de percepção e sensibilidade, na condição de Espíritos libertos em que nos encon­tramos, mas especificam-se no equipamento de ma­téria densa como núcleos de controle das manifes­tações da individualidade, perfeitamente analisáveis. É assim que a alma encarnada possui no cérebro físico os centros especiais que governam a cabeça, o rosto, os olhos, os ouvidos e os membros, em conjunto com os centros da fala, da linguagem, da visão, da audição, da memória, da escrita, do paladar, da deglutição, do tato, do olfato, do regis­tro de calor e frio, da dor, do equilíbrio muscular, da comunhão com os valores internos da mente, da ligação com o mundo exterior, da imagina­ção, do gosto estético, dos variados estímulos ar­tísticos e tantos outros quantas sejam as aquisi­ções de experiência entesouradas pelo ser, que conquista a própria individualidade, passo a passo e esforço a esforço, enaltecendo-a pelo trabalho constante para a sublimação integral, à face de todas as vias de progresso e aprimoramento que a Terra lhe possa oferecer.
Breve pausa surgiu espontânea.
E porque Hilário e eu não ousássemos inter­ferir, o Assistente continuou:
— Não podemos realizar qualquer estudo de faculdades medianímicas, sem o estudo da perso­nalidade. Considero, assim, de extrema importância a apreciação dos centros cerebrais, que represen­tam bases de operação do pensamento e da von­tade, que influem de modo compreensível em todos os fenômenos mediúnicos, desde a intuição pura à materialização objetiva. Esses recursos, que me­recem a defesa e o auxílio das entidades sábias e benevolentes, em suas tarefas de amor e sacri­fício junto dos homens, quando os medianeiros se sustentam no ideal superior da bondade e do ser­viço ao próximo, em muitas ocasiões podem ser ocupados por entidades inferiores ou animalizadas, em lastimáveis processos de obsessão.

Centro de Força - Definição
Ø   Centro vitais que se encontram em perfeito comando dos órgãos fundamentais da vida, espalhados na fisiologia somática(corpo).                Estudos Espíritas - Joanna de Ângelis

Ø    O nosso corpo de matéria rarefeita (perispírito) está intimamente regido por sete centros de forças, que se conjugam nas ramificações dos plexos que, vibrando em sintonia uns com os outros, ao influxo do poder diretriz da mente (Espírito), estabelecem, para nosso uso, um veículo de células elétricas, que podemos definir como sendo um campo eletromagnético, no qual o pensamento vibra em circuito fechado.  Entre a Terra e o Céu – André Luiz/Instrutor Clarêncio)

Ø    Centro - CORONÁRIO:
Situa-se na parte central do cérebro. Nele se assenta a ligação com a mente, fulgurante sede da consciência.
Esse centro recebe em primeiro lugar os estímulos do Espírito, comandando os demais, vibrando, todavia, com eles em justo regime de interdependência.
Entre a Terra e o Céu – André Luiz/Instrutor Clarêncio

Dele emanam as energias de sustentação do sistema nervoso e suas subdivisões, sendo o responsável pela alimentação das células do pensamento e provedor de todos os recursos eletromagnéticos indispensáveis à estabilidade orgânica.
É, por isso, o grande assimilador das energias solares e dos raios da espiritualidade superior (ligação com a dimensão espiritual). Entre a Terra e o Céu – André Luiz/Instrutor Clarêncio
Orienta o metabolismo orgânico e a vida consciencial da alma encarnada ou desencarnada. O centro coronário supervisiona ainda, todos os outros centros vitais.  Evolução em Dois Mundos – André Luiz, Cap 2

Glândula associada: Pineal






Livro Missionários da Luz André Luiz, por Fco. Cândido Xavier

A epífise

Enquanto o nosso companheiro se aproveitava da organização mediúnica, vali-me das forças magnéticas que o instrutor me fornecera, para fixar a máxima atenção no médium. Quanto mais lhe notava as singularidades do cérebro, mais admirava a luz crescente que a epífise deixava perceber. A glândula minúscula transformara-se em núcleo radiante e, em derredor, seus raios formavam um lótus de pétalas sublimes.

[...]
Sobre o núcleo, semelhante agora a flor resplandecente, caía luzes suaves, de Mais Alto, reconhecendo eu que ali se encontravam em jogo vibrações delicadíssimas, imperceptíveis para mim. Estudara a função da epífise nos meus apagados serviços de médico terrestre. Segundo os orientadores clássicos, circunscreviam-se suas atribuições ao controle sexual no período infantil. Não passava de velador dos instintos, até que as rodas da experiência sexual pudessem deslizar com regularidade, pelos caminhos da vida humana. Depois, decrescia em força, relaxava-se, quase desaparecia, para que as glândulas genitais a sucedessem no campo da energia plena.
[...]
- Não se trata de órgão morto, segundo velhas suposições - prosseguiu ele. - É a glândula da vida mental. Ela acorda no organismo do homem, na puberdade, as forças criadoras e, em seguida, continua a funcionar, como o mais avançado laboratório de elementos psíquicos da criatura terrestre. O neurologista comum não a conhece bem. O psiquiatra devassar-lhe-á, mais tarde, os segredos. Os psicólogos vulgares ignoram-na. Freud interpretou-lhe o desvio, quando exagerou a influenciação da «libido», no estudo da indisciplina congênita da Humanidade.
Enquanto no período do desenvolvimento infantil, fase de reajustamento desse centro importante do corpo perispiritual preexistente, a epífise parece constituir o freio às manifestações do sexo; entretanto, há que retificar observações.
Aos catorze anos, aproximadamente, de posição estacionária, quanto às suas atribuições essenciais, recomeça a funcionar no homem reencarnado. O que representava controle é fonte criadora e válvula de escapamento. A glândula pineal reajusta-se ao concerto orgânico e reabre seus mundos maravilhosos de sensações e impressões na esfera emocional. Entrega-se a criatura à recapitulação da sexualidade, examina o inventário de suas paixões vividas noutra época, que reaparecem sob fortes impulsos.




Livro dos Espíritos
352. Imediatamente ao nascer recobra o Espírito a plenitude das suas faculdades?
Não, elas se desenvolvem gradualmente com os órgãos. O Espírito se acha numa existência nova; preciso é que aprenda a servir-se dos instrumentos de que dispõe. As idéias lhe voltam pouco a pouco, como a uma pessoa que desperta e se vê em situação diversa da que ocupava na véspera.


- Ela preside aos fenômenos nervosos da emotividade, como órgão de elevada expressão no corpo etéreo. Desata, de certo modo, os laços divinos da Natureza, os quais ligam as existências umas às outras, na sequência de lutas, pelo aprimoramento da alma, e deixa entrever a grandeza das faculdades criadoras de que a criatura se acha investida.
- Deus meu! - exclamei - e as glândulas genitais, onde ficam?
O instrutor sorriu e esclareceu:
- São demasiadamente mecânicas, para guardarem os princípios sutis e quase imponderáveis da geração. Acham-se absolutamente controladas pelo potencial magnético de que a epífise é a fonte fundamental. As glândulas genitais segregam os hormônios do sexo, mas a glândula pineal, se me posso exprimir assim, segrega «hormônios psíquicos» ou «unidades-força» que vão atuar, de maneira positiva, nas energias geradoras. Os cromossomos da bolsa seminal não lhe escapam a influenciação absoluta e determinada.
- Segregando delicadas energias psíquicas -prosseguiu ele -, a glândula pineal conserva ascendência em todo o sistema endocrínico. Ligada à mente, através de princípios eletromagnéticos do campo vital, que a ciência comum ainda não pode identificar, comanda as forças subconscientes sob a determinação direta da vontade. As redes nervosas constituem-lhe os fios telegráficos para ordens imediatas a todos os departamentos celulares, e sob sua direção efetuam-se os suprimentos de energias psíquicas a todos os armazéns autônomos dos órgãos.
Manancial criador dos mais importantes, suas atribuições são extensas e fundamentais. Na qualidade de controladora do mundo emotivo, sua posição na experiência sexual é básica e absoluta. De modo geral, todos nós, agora ou no pretérito, viciamos esse foco sagrado de forças criadoras, transformando-o num imã relaxado, entre as sensações inferiores de natureza animal. Quantas existências temos despendido na canalização de nossas possibilidades espirituais para os campos mais baixos do prazer materialista? Lamentavelmente divorciados da lei do uso, abraçamos os desregramentos emocionais, e daí, meu caro amigo, a nossa multimilenária viciação das energias geradoras, carregados de compromissos morais, com todos aqueles a quem ferimos com os nossos desvarios e irreflexões.
Do lastimável menosprezo a esse potencial sagrado, decorrem os dolorosos fenômenos da hereditariedade fisiológica, que deveria constituir, invariavelmente, um quadro de aquisições abençoadas e puras. A perversão do nosso plano mental consciente, em qualquer sentido da evolução, determina a perversão de nosso psiquismo inconsciente, encarregado da execução dos desejos e ordenações mais íntimas, na esfera das operações automáticas. À vontade desequilibrada desregula o foco de nossas possibilidades criadoras. Daí procede a necessidade de regras morais para quem, de fato, se interesse pelas aquisições eternas nos domínios do Espírito. Renúncia, abnegação, continência sexual e disciplina emotiva não representam meros preceitos de feição religiosa. São providências de teor científico, para enriquecimento efetivo da personalidade. Nunca fugiremos à lei, cujos artigos e parágrafos do Supremo Legislador abrangem o Universo. Ninguém enganará a Natureza. Centros vitais desequilibrados obrigarão a alma à permanência nas situações de desequilíbrio. Não adianta alcançar a morte física, exibindo gestos e palavras convencionais, se o homem não cogitou do burilamento próprio. A Justiça que rege a Vida Eterna jamais se inclinou. É certo que os sentimentos profundos do extremo instante do Espírito encarnado cooperam decisivamente nas atividades de regeneração além do túmulo, mas não representam a realização precisa.


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