sábado, 3 de dezembro de 2016

Estrutura do Perispírito

Casa Espírita Missionários da Luz 
ESDE3 –  01/04/2014

Tema:  Estrutura do Perispírito

Objetivos:
- Reconhecer que o corpo espiritual apresenta-se moldável conforme as emoções mentais do Espírito;
- Identificar que o perispírito apresenta-se estruturado com órgãos, que formam tecidos que, por sua vez, são constituídos por células, estruturadas por moléculas que se constituem por átomos;
- Identificar que a evolução moral do Espírito ocasiona mudança na vibração da estrutura molecular do seu perispírito;
- Estudar patologias do corpo espiritual, e seu tratamento.


Bibliografia:  

  • O Livro dos Espíritos, pergs 93 à 95; 150ª, 186, 257 (Ensaio Teórico sobre a sensação dos Espíritos),
  • A Gênese, Cap.XIV (Os Fluidos), item 7 e seguintes;
  • André Luiz/Chico Xavier, Evolução em Dois Mundos, Cap.4, 5, 12 e 13
  • Estudos Espíritas, Joanna de Ângelis/Divaldo Franco, Cap.4;
  • Temas Polêmicos do Século XXI, Ricardo Di Bernardi, Cap 5 ;
  •  Painéis da Obsessão – Manoel P. Miranda, Cap. 17
  •  

Material:
Notebook com a apresentação dos slides; Livro Evolução em Dois Mundos.

Desenvolvimento:


1. Prece Inicial.
2.Leitura e comentários da página do Evangelho da noite;
3. Desenvolvimento do conteúdo: desenvolver o tema através da apresentação de slides e exposição dialogada.
4.Prece final

Anexos:

  -----  Slides para apresentação do conteúdo:  -----

1.    Estrutura do Perispírito
2.      Roteiro:
Composição
Perispírito e  Mente
Patologias
Tratamento

3.    Composição dos seres espirituais:
1. ESPÍRITO
2. CORPO MENTAL
3. CORPO ESPIRITUAL
4. DUPLO ETÉRIO – Fluido Terrestre
5. CORPO FÍSICO   – Matéria Terrestre

Espírito Desencarnado somente possui 1,2 e 3. Os encarnados, possuem os 5

4.      
O perispírito, ou corpo fluídico dos Espíritos, é um dos mais importantes produtos do fluido cósmico; é uma condensação desse fluido em torno de um foco de inteligência ou alma.   (A Gênese, Cap. XIV, item 7)

5.     “Os Espíritos chamados a viver naquele meio tiram dele seus perispíritos; porém, conforme seja mais ou menos depurado o Espírito, seu perispírito se formará das partes mais puras ou das mais grosseiras do fluido peculiar ao mundo onde ele encarna.” (A Gênese, Cap. XIV, item 10)
ð  Falamos aqui do corpo espiritual

6.    Esquema do FCU e suas diferentes densidades

7.     - “Resulta disso este fato capital: a constituição íntima do perispírito não é idêntica em todos os Espíritos encarnados ou desencarnados que povoam a Terra ou o espaço que a circunda. ” (A Gênese, Cap. XIV, item 10)
ð  Nosso corpo material é igual independente de nosso nível evolutivo, mas no corpo espiritual não!

8.    Esquema da desmaterialização do corpo espiritual conforme o Espírito evolui.

9.       O perispírito possui  órgãos?

10.   Todos os órgãos do corpo espiritual e, conseqüentemente, do corpo físico foram, portanto, construídos com lentidão, atendendo-se à necessidade do campo mental em seu condicionamento e exteriorização no meio terrestre.” (Evolução em Dois Mundos, Cap.4, André Luiz/Chico Xavier)
ð  André Luiz no fala dos órgãos e reforça que é a partir da necessidade do campo mental que esses órgãos são formados.

11.   Os átomos e moléculas que constituem as células do perispírito possuem uma energia cinética, que é a força determinante de sua vibração constante. Os átomos vibram com maior velocidade e as moléculas ficam mais afastadas entre si, conforme mais evoluído moralmente for o Espírito. Isso ocasiona a menor densidade do seu perispírito. (Temas Polêmicos do Século XXI, Ricardo Di Bernardi, Cap 5)
ð  Ele faz uma comparação com os diferentes estados da água: quanto mais compacta as moléculas, o estado mais sólido é. Da mesma forma, a contituição das moléculas de nosso corpo espiritual: quanto mais evoluímos, menos “sólido”, menos denso fica.

12.  Exercício de imaginação:
Pensando no homem selvagem, primitivo, que desencarna.
Como se comportará no plano espiritual? Quais deverão  ser seus pensamentos?

13.  Ressurgir na própria taba e renascer na carne, cujas exalações lhe magnetizam a alma, constituem aspiração incessante do selvagem desencarnado.
Estabelece-se nele o monoideísmo pelo qual os outros desejos se lhe esmaecem no íntimo.  (Evolução em Dois Mundos, Cap.12, André Luiz/Chico Xavier)
ð  O que acontece com o seu perispírito?

14.   Pela oclusão de estímulos outros, os órgãos do corpo espiritual se retraem ou se atrofiam, por ausência de função, e se voltam, instintivamente, para a sede do governo mental, onde se localizam, ocultos e definhados, no fulcro dos pensamentos em circuito fechado sobre si mesmos, quais implementos potenciais do germe vivo entre as paredes do ovo.    (Evolução em Dois Mundos, Cap.12, André Luiz/Chico Xavier)
è o corpo espiritual perde os órgãos, perde a forma;
è o pensamento, o campo mental, comanda diretamente a estrutura do corpo espiritual; estando o Espírito consciente disso ou não.
ènosso perispírito reflete diretamente nossa casa mental. Lembramos uma das pririedades do perispírito:
PLASTICIDADE - O perispírito se presta a todas as modificações segunda a vontade que o dirige.
Vemos na literatura espírita que esse processo de perda da forma do corpo espiritual, ocorre não somente em Espíritos primitivos em suas primeiras reencarnações. Sempre que o Espírito se “fecha” em uma só idéia, automaticamente, vai perdendo os órgãos do corpo espiritual, pois a mente parou de comandar a própria vida, a própria existência desses órgãos que servem para a exteriorização do ser.

15. Exemplo do Espírito com a caixa de rapé:
“O Espírito queria que a senhora em questão acreditasse na realidade da sua presença e, para isso, tomou todas as aparências da realidade.”
“É com o auxílio deste princípio material que o perispírito toma a aparência de vestuários semelhantes aos que o Espírito usava quando vivo.”
O Livro dos Médiuns, Cap. VIII, Item 128 (resposta de S.Luís)
èaqui somente com a vontade, o Espírito moldou seu corpo espiritual de forma a atingir seu objetivo: ser reconhecido.

16.  Todos os Espíritos tem essa capacidade de moldar seu perispírito por ato da vontade?

17. “Não; muitas vezes concorre para a formação de todas essas coisas, praticando um ato instintivo, que ele próprio não compreende, se já não estiver bastante  esclarecido para isso.” O Livro dos Médiuns, Cap. VIII, Item 128 (resposta de S.Luís)
èna literatura espírita vemos Espíritos sofredores, inferiores em estado deplorável, enlameados, em andrajos. Nesse caso, eles não detém essa capacidade de moldar sua aparência de outra forma.
èo Espírito pode ser inferior, mas bastante inteligente e deter o conhecimento para moldar seu perispírito.

18.  Exemplo: Trilhas da Libertação – Espírito se apresenta na forma do diabo.
Eu sou o diabo. Veja! Nesse instante, como imprimisse a força do ódio a si mesmo, o Espírito transformou-se, ideado, na personificação da figura satânica, conforme a conceberam no passado.  (Cap. 30 à 33).

19. Após a ação do mentor, desfazendo a fixação mental através de passes longitudinais, depois circulares, no sentido oposto ao movimento dos ponteiros do relógio, alcançando o chakra cerebral da Entidade, que teimava na fixação:

20.  “Para surpresa de todos, a forma e as condições em que surgiu o Espírito eram constrangedoras. Coberto de feridas purulentas, nauseantes, alquebrado, seminu, trôpego, o rosto deformado como se houvesse sido carcomido pela hanseníase, o siberiano inspirava compaixão, embora seu aspecto repelente.”
èa vontade e a técnica conhecida pelo Espírito não pôde conter a ação do mentor, que desfez a fixação mental. Com isso, o Espírito se mostrou, seu corpo espiritual, de acordo com o seu padrão mental.
èseminu, pois a qualidade da vestimenta indica a superioridade do Espírito

21.  Hipnose – casos de licantropia e zootropia

 André Luiz – Livro Libertação, Cap 5: Mulher desencarnada, se deixa hipnotizar devido ao remorso, assumindo a forma de uma loba

22. Painéis da Obsessão – Manoel P. Miranda, Cap. 17
“Irromperam na Câmara, quatro Entidades, de aparência lupina, atadas a cordas, como se fossem cães, embora mantivessem alguns sinais humanóides, que emitiam contristadores uivos e se movimentavam, inquietas, nas mãos vigorosas que lhes sustentavam as correias presas aos pescoços.”

23. Perda do corpo espiritual (Espíritos ovóides);
Corpo espiritual “destroçado” por ato do suicídio;
Corpo espiritual apresentado deficiências e “doenças”.
èação no corpo material, lesando o corpo perispiritual

24.  - Perda do corpo espiritual (Espíritos ovóides):
èReencarnação
O caminho de semelhantes companheiros é a reencarnação na Crosta da Terra ou em setores outros de vida congênere, qual ocorre à semente destinada à cova escura para trabalhos de produção, seleção e aprimoramento.” Libertação, André Luiz, Cap. 6

25. Mm - Lesões do corpo espiritual:
èTratamentos espirituais e Reencarnação

26. - Lesões do corpo espiritual:
—      Na Espiritualidade, os servidores da medicina penetram, com mais segurança, na história do enfermo para estudar, com o êxito possível, os mecanismos da doença que lhe são particulares. Aí, os exames nos tecidos psicossomáticos com aparelhos de precisão, correspondendo às inspecções instrumentais e laboratoriais em voga na Terra, podem ser enriquecidos com a ficha cármica do paciente, a qual determina quanto à reversibilidade ou irreversibilidade da moléstia, antes de nova reencarnação, motivo por que numerosos doentes são tratáveis, mas somente curáveis mediante longas ou curtas internações no campo físico, a fim de que as causas profundas do mal sejam extirpadas da mente pelo contato direto com as lutas em que se configuraram.”  (Evolução em Dois Mundos, Cap. 40)

27. Texto de Evolução em Dois Mundos, Cap 37 – “Desencarnação”

èleitura desse texto que fala dos suicidas e as reencarnações curtas.

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Conteúdos Básicos:
·         - Os átomos e moléculas que constituem as células do perispírito possuem uma energia cinética, que é a força determinante de sua vibração constante. Os átomos vibram com maior velocidade e as moléculas ficam mais afastadas entre si, conforme mais evoluído moralmente for o Espírito. Isso ocasiona a menor densidade do seu perispírito. (Temas Polêmicos do Século XXI, Ricardo Di Bernardi, Cap 5)

- “Os Espíritos chamados a viver naquele meio tiram dele seus perispíritos; porém, conforme seja mais ou menos depurado o Espírito, seu perispírito se formará das partes mais puras ou das mais grosseiras do fluido peculiar ao mundo onde ele encarna. O Espírito produz aí, sempre por comparação e não por assimilação, o efeito de um reativo químico que atrai a si as moléculas que a sua natureza pode assimilar.
Resulta disso este fato capital: a constituição íntima do perispírito não é idêntica em todos os Espíritos encarnados ou desencarnados que povoam a Terra ou o espaço que a circunda. O mesmo já não se dá com o corpo carnal, que, como foi demonstrado, se forma dos mesmos elementos, qualquer que seja a superioridade ou a inferioridade do Espírito.” A Gênese, Cap. XIV, item 10

 O meio está sempre em relação com a natureza dos seres que têm de nele viver: os peixes, na água; os seres terrestres, no ar; os seres espirituais no fluido espiritual ou etéreo, mesmo que estejam na Terra. O fluido etéreo está para as necessidades do Espírito, como a atmosfera para as dos encarnados. Ora, do mesmo modo que os peixes não podem viver no ar; que os animais terrestres não podem viver numa atmosfera muito rarefeita para seus pulmões, os Espíritos inferiores não podem suportar o brilho e a impressão dos fluidos mais etéreos. Não morreriam no meio desses fluidos, porque o Espírito não morre, mas uma força instintiva os mantêm afastados dali, como a criatura terrena se afasta de um fogo muito ardente ou de uma luz muito deslumbrante. Eis aí por que não podem sair do meio que lhes é apropriado à natureza; para mudarem de meio, precisam antes mudar de natureza, despojar-se dos instintos materiais que os retêm nos meios materiais; numa palavra, que se depurem e moralmente se transformem. Então, gradualmente se identificam com um meio mais depurado, que se lhes torna uma necessidade, como os olhos, para quem viveu longo tempo nas trevas, insensivelmente se habituam à luz do dia e ao fulgor do Sol.”  A Gênese, Cap. XIV, item 11

o que se dá é que, retrocedendo o seu pensamento à época em que tinha tais defeitos, seu perispírito lhes toma instantaneamente as aparências, que deixam de existir logo que o mesmo pensamento cessa de agir naquele sentido.”   A Gênese, Cap. XIV, item 14

Decerto que na esfera nova de ação, a que se vê arrebatado pela morte, encontra a matéria conhecida no mundo, em nova escala vibratória.
Elementos atômicos mais complicados e sutis, aquém do hidrogênio e além do urânio, em forma diversa daquela em que se caracterizam na gleba planetária, engrandecem-lhe a série estequiogenética.”  (Evolução em Dois Mundos, Cap.13, “Fluido Vivo”,  André Luiz/Chico Xavier)
Obs.:
ESTEQUIOGENÉTICA - Parte da química em que se investigam as proporções dos elementos que se combinam, ou dos compostos que reagem.

“GÊNESE DOS ÓRGÃOS PSICOSSOMÁTICOS — Todos os órgãos do corpo espiritual e, conseqüentemente, do corpo físico foram, portanto, construídos com lentidão, atendendo-se à necessidade do campo mental em seu condicionamento e exteriorização no meio terrestre.” (Evolução em Dois Mundos, Cap.4, André Luiz/Chico Xavier)

PRINCÍPIOS INTELIGENTES RUDIMENTARES — Com o transcurso dos evos, surpreendemos as células como princípios inteligentes de feição rudimentar, a serviço do princípio inteligente em estágio mais nobre nos animais superiores e nas criaturas humanas, renovando-se continuamente, no corpo físico e no corpo espiritual, em modulações vibratórias diversas, conforme a situação da inteligência que as senhoreia, depois do berço ou depois do túmulo.”  (Evolução em Dois Mundos, Cap.5, André Luiz/Chico Xavier)

Revestimento temporário, imprescindível à encarnação e à reencarnação, é tanto mais denso ou sutil, quanto evoluído seja o Espírito que dele se utiliza. Também considerado corpo astral, exterioriza-se através e além do envoltório carnal, irradiando-se como energia específica ou aura.”   Estudos Espíritas, Joanna de Ângelis/Divaldo Franco, Cap.4


.”  (Evolução em Dois Mundos, Cap.12, André Luiz/Chico Xavier)
O SELVAGEM DESENCARNADO — Entretanto, o homem selvagem, que se reconhece dominador na hierarquia animal, cruel habitante da floresta, que apura a inteligência, através da força e da astúcia, na escravização dos seres inferiores que se lhe avizinham da caverna, desperta, fora do corpo denso, qual menino aterrado, que, em se sentindo incapaz da separação para arrostar o desconhecido, permanece, tímido, ao pé dos seus, em cuja companhia passa a viver, noutras condições vibratórias, em processos multifários de simbiose, ansioso por retomar a vida física que lhe surge à imaginação como sendo a única abordável à própria mente.
Não dispõe, nessa fase, de suprimento espiritual que o ajude a pensar em termos diferentes da vida tribal em que se apóia.
O espetáculo da vastidão cósmica perturba-lhe o olhar e a visita de seres extraterrestres, mesmo benevolentes e sábios, infunde-lhe pavor, crendo-se à frente de deuses bons ou maus, cuja natureza ele próprio se incumbe de fantasiar, na exigüidade das próprias concepções.
Acuado na choça, onde a morte lhe furtou o veículo físico, respira a atmosfera morna em que se acasalam os seus herdeiros do sangue, para somente ausentar-se do reduto doméstico quando a família se afasta, instada por duras necessidades de subsistência e de asilo.
E o homem primitivo que desencarnou, suspirando pelo devotamento dos pais e, notadamente, pelo carinho do colo materno, expulso do vaso fisiológico, não tem outro pensamento senão voltar — voltar ao convívio revitalizan­te daqueles que lhe usam a linguagem e lhe comungam os interesses.
MONOIDEÍSMO E REENCARNAÇÃO — Ressurgir na própria taba e renascer na carne, cujas exalações lhe magnetizam a alma, constituem aspiração incessante do selvagem desencarnado.
Estabelece-se nele o monoideísmo pelo qual os outros desejos se lhe esmaecem no íntimo.
Pela oclusão de estímulos outros, os órgãos do corpo espiritual se retraem ou se atrofiam, por ausência de função, e se voltam, instintivamente, para a sede do governo mental, onde se localizam, ocultos e definhados, no fulcro dos pensamentos em circuito fechado sobre si mesmos, quais implementos potenciais do germe vivo entre as paredes do ovo.
Em tais circunstâncias, se o monoideísmo é somente reversível através da reencarnação, a criatura humana desencarnada, mantida a justa distância, lembra as bactérias que se transformam em esporos quando as condições de meio se lhes apre­sentam inadequadas, tornando-se imóveis e resistindo admiravelmente ao frio e ao calor, durante anos, para regressarem ao ciclo de evolução que lhes é peculiar, tão logo se identifiquem, de novo, em ambiente propício.
Sentindo-se em clima adverso ao seu modo de ser, o homem primitivo, desenfaixado do envoltório físico, recusa-se ao movimento na esfera extrafísica, submergindo-se lentamente, na atrofia das células que lhe tecem o corpo espiritual, por mo­noideísnw auto-hipnotizante, provocado pelo pensamento fixo-depressivo que lhe define o anseio de retorno ao abrigo fisiológico.
Nesse período, afirmamos habitualmente que o desencarnado perdeu o seu corpo espiritual, transubstanciando-se num corpo ovóide, o que ocorre, aliás, a inúmeros desencarnados outros, em situação de desequilíbrio, cabendo-nos notar que essa forma, segundo a nossa maneira atual de percepção, expressa o corpo mental da individualidade, a encerrar consigo, conforme os princípios ontogenéticos da Criação Divina, todos os órgãos virtuais de exteriorização da alma, nos círculos terrestres e espirituais, assim como o ovo, aparentemente simples, guarda hoje a ave poderosa de amanhã, ou como a semente minúscula, que conserva nos tecidos embrionários a árvore vigorosa em que se transformará no porvir.
FORMA CARNAL — Todavia, assim como o germe para desenvolver-se no ovo precisa aquecer-se ao calor da ave que o acolha maternalmente ou do ambiente térmico apropriado, no recinto da chocadeira, e assim como a semente, para liberar os princípios germinativos do vegetal gigantesco em que se converterá, não prescinde do berço tépido no solo, os Espíritos desencarnados, sequiosos de reintegração no mundo físico, necessitam do vaso genésico da mulher que com eles se harmoniza, nas linhas da afinidade e, conseqüentemente, da herança, vaso esse a que se aglutinam, mecanicamente, e onde, conforme as leis da reencarnação operam em alguns dias todas as ocorrências de sua evolução nos reinos inferiores da Natureza.
Assimilando recursos orgânicos com o auxílio da célula feminina, fecundada e fundamentalmente marcada pelo gene paterno, a mente elabora, por si mesma, novo veículo fisiopsicossomátíco, atraindo para os seus moldes ocultos as células físicas a se reproduzirem por cariocinese, de conformidade com a Orientação que lhes é imposta, isto é, refletindo as condições em que ela, a mente desencarnada, se encontra.
Plasma-se-lhe, desse modo, com a nova forma carnal, novo veículo ao Espírito, que se refaz ou se reconstitui em formação recente, entretecido de células sutis, veículo este que evoluirá igualmente depois do berço e que persistirá depois do túmulo.”

Evolução em Dois Mundos,  Cap 37 - Desencarnação

          — Podemos considerar a desencarnação da alma, em plena infância, como sendo uma punição das Leis Divi­nas, na maioria das vezes?
          — Muitas existências são frustradas no berço, não por simples punição externa da Lei Divina, mas porque a própria Lei Divina funciona em todos nós, desde que todos existimos no hausto do Criador.
          Freqüentemente, através do suicídio, integralmente deliberado, ou do próprio desregramento, operamos em nossa alma desequilíbrios, quais tempestades ocultas, que desencadeamos, por teimosia, no campo da natureza íntima.
          Cargas venenosas, instrumentos perfurantes, projétis fulminatórios, afogamentos, enforcamentos, quedas calculadas de grande altura e multiformes viciações com que as criaturas responsáveis arruínam o próprio corpo ou o aniquilam, impondo-lhe a morte prematura, com plena desaprovação da consciência, determinam processos degenerativos e desajustes nos centros essenciais do psicossoma, notadamente naqueles que governam o córtex encefálico, as glândulas de secreção interna, a organização ­emotiva e o sistema hematopoético.
          Ante o impacto da desencarnação provocada, semelhantes recursos da alma entram em pavoroso colapso, sob traumatismo para o qual não há termo correlato na diagnose terres­tre.
Indescritíveis flagelações, que vão da inconsciência des­contínua à loucura completa, senhoreiam essas mentes tortura­das, por tempo variável, conforme as atenuantes e agravantes da culpa, induzindo as autoridades superiores a reinterná-las no plano carnal, quais enfermos graves, em celas físicas de breve duração, para que se reabilitem, gradativamente, com a justa cooperação dos Espíritos reencarnados, cujos débitos com eles se afinem.
Eis por que um golpe suicida no coração, acompanhado pelo remorso, causará comumente diátese hemorrágica, com perda considerável da protrombina do sangue, naqueles que re­nascem para tratamento de recuperação do corpo espiritual em distonia; o auto-envenenamento ocasionará, nas mesmas condi­ções, deploráveis desarmonias nas regiões psicossomáticas cor­respondentes à medula vermelha, conturbando o nascimento das hemácias, tanto em sua evolução intravascular, dentro dos sinu­sóides, como também na sua constituição extravascular, no retí­culo, gerando as distroftas congênitas do eritrônio com hemopa­tias diversas; os afogamentos e enforcamentos, em identidade de circunstáncias, impõem naqueles que os provocam os fenômenos da incompatibilidade materno-fetal, em que os chamados fatores Rh, de modo geral, após a primeira gestação, permitem que a hemolisina alcance a fronteira placentária, sintonizando-se com a posição mórbida da entidade reencarnante, a se externa­rem na eritroblastose fetal, em suas variadas expressões; e o voluntário esfacelamento do crânio, a queda procurada de grande altura e as viciações do sentimento e do raciocínio estabelecem no veículo espiritual múltiplas ocorrências de arritmia cerebral, a se revelarem nos doentes renascituros, através da eclampsia e da tetania dos latentes, da hidrocefalia, da encefalite letárgica, das encefalopaxias crônicas, da psicose epiléptica, da idiotia, do mongolismo e de várias morboses oriundas da insuficiência glandular.
Claro está que não relacionamos nessa sucinta apreciação os problemas do suicídio associado ao homicídio, os quais, muita vez, se fazem seguidos, em reencarnação posterior do in­feliz, por lamentáveis reações, com a morte acidental ou violen­ta na infância, traduzindo estação inevitável no ciclo do resgate.
No que tange, porém, às moléstias mencionadas, surgem todas elas nos mais diferentes períodos, crestando a existência do veículo físico, via de regra, desde a vida “in utero” até os dezoito e vinte anos de experiência recomeçante e, como ve­mos, são doenças secundárias, porqüanto a etiologia que lhes éprópria reside na estrutura complexa da própria alma.
Urge ainda considerar que todos os enfermos dessa es­pécie são conduzidos a outros enfermos espirituais — os ho­mens e as mulheres que corromperam os próprios centros genésicos pela delinqüência emotiva ou pelos crimes reiterados do aborto provocado, em existências do pretérito próximo, para que, servindo na condição de atendentes e guardiães de companheiros que também se conspurcaram perante a Eterna Justiça, se recuperem, a seu turno, regenerando a si mesmos pelo amoroso devotamento com que lutam e choram, no amparo aos filhinhos condenados à morte, ou atormentados des­de o berço.
Segundo observamos, portanto, as existências interrompi­das, no alvorecer do corpo denso, raramente constituem balizas terminais de prova indispensável na senda humana, porque, na maioria dos sucessos em que se evidenciam, representam cursos rápidos de socorro ou tratamento do corpo espiritual desequili­brado por nossos próprios excessos e inconseqüências, compe­lindo-nos a reconhecer, com o Apóstolo Paulo (14), que o nosso instrumento de manifestação, seja onde for, é templo da Força Divina, por intermédio do qual, associando corpo e alma, nos cabe a obrigação de aperfeiçoar-nos, aprimorando a vida, na exaltação constante a Deus.


Evolução em Dois Mundos, Cap. 40.
— Quais os principais métodos usados na Espiritualida­de para o tratamento das lesões do corpo espiritual?
— Na Espiritualidade, os servidores da medicina pene­tram, com mais segurança, na história do enfermo para estudar, com o êxito possível, os mecanismos da doença que lhe são par­ticulares.
Aí, os exames nos tecidos psicossomáticos com aparelhos de precisão, correspondendo às inspecções instrumentais e labo­ratoriais em voga na Terra, podem ser enriquecidos com a ficha cármica do paciente, a qual determina quanto à reversibilidade ou irreversibilidade da moléstia, antes de nova reencarnação, motivo por que numerosos doentes são tratáveis, mas somente curáveis mediante longas ou curtas internações no campo físico, a fim de que as causas profundas do mal sejam extirpadas da mente pelo contato direto com as lutas em que se configuraram.
Curial, portanto, é que o médico espiritual se utilize ain­da, de certa maneira, da medicação que vos é conhecida, no so­corro aos desencarnados em sofrimento, porque, mesmo no mundo, todo remédio da farmacopéia humana, até certo ponto, éprojeção de elementos quimioelétricos sobre agregações celula­res, estimulando-lhes as funções ou corrigindo-as, segundo as disposições do desequilíbrio em que a enfermidade se expresse.
Contudo, é imperioso reconhecer que na Esfera Superior o médico não se ergue apenas com o pedestal da cultura acadê­mica, qual ocorre freqüentemente entre os homens, mas sim também com as qualidades morais que Lhe confiram valor e ponderação, humildade e devotamento, visto que a psicoterapia e o magnetismo, largamente usados no plano extrafísico, exi­gem dele grandeza de caráter e pureza de coração.

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