Casa Espírita Missionários da Luz – ESDE2 - 17/03/2015
Tema: O Mundo Espiritual
Objetivos:
a)
Identificar
as características do Mundo Espiritual a partir dos conceitos dos fluidos;
b)
Analisar
as criações fluídicas feitas pelos Espíritos.
Bibliografia:
- O Livro dos
Médiuns – Cap. VIII – Do Laboratório do Mundo Invisível, itens 128 e 129
-
O Livro dos Espíritos", Pergunta 36
-
O Ev.Seg.Espiritismo, Cap. III, item 2;
-
A Gênese, Cap. XIV “Ação dos Espíritos sobre os fluidos - Criações fluídicas –
Fotografias do Pensamento” - itens 13 e 14;
- E a Vida
Continua, André Luiz/Chico Xavier, Cap, 7, 12 e 13
- Entre a
Terra e o Céu, André Luiz/Chico Xavier, Cap.9, 11
- Nosso Lar, André
Luiz/Chico Xavier, Caps 5, 9, 17, 18, 36, 42, 43
Material: Perguntas em papel para cada dupla, respostas
das perguntas em papel; Livro dos Médiuns; cena do trem – filme Ghost
Desenvolvimento:
- Dar as
boas vindas ao grupo e fazer a prece inicial
- Verificar se ficou alguma dúvida com relação ao estudo da semana
passada (Propriedades e funções do perispírito)
- Pedir que façam duplas para responder, cada dupla, em 5 min, a uma
das questões (entregar em tiras de papel):
1- Como os Espíritos
constroem suas casas?
2- Os Espíritos moram
onde? Com quem?
3- Os Espíritos
doentes ficam onde? Quem cuida deles? Tomam remédios?
4- Onde ficam os
Espíritos crianças? Eles crescem?
5- Os Espíritos
trabalham? Fazem o quê?
6- De que se
alimentam os Espíritos?
7- Os Espíritos maus
ficam onde? Tem prisão no plano espiritual?
8- Os Espíritos
estudam? Tem escolas no plano espiritual? Estudam o quê?
9- Tem policiamento
no plano espiritual?
10-
Tem Espíritos loucos? Ficam onde?
4. Após a discussão em cochicho, dar a resposta
conforme o anexo, dando mais 3 minutos para revisão.
5. Passar o trecho do filme Ghost – cena do trem - discussões sobre a cena
6. Apresentação das duplas: a pergunta, a resposta
e comentários, tendo por base o papel do perispírito e o conceito de fluidos
estudado anteriormente.
Falar da importância dessas informações pois no
exercício da mediunidade, o atendimento muitas vezes é feito no local onde o
Espírito está: sua casa, prisão, hospital, etc.
7. Perguntar sobre o texto enviado, referente às
respostas do Espírito São Luís contidas no cap. Do Laboratório do Mundo Invisível,
no Livro dos Médiuns:
- criação de objetos (caixa de rapé) que podem
tornar-se tangíveis, mas a sua “existência” é temporária – modificações no FCU;
- podem dar propriedades aos elementos criados
(rapé);
- não podem fazer venenos - não é permitido pela leis divinas;
- vestimentas – modelado no perispirito –
modificações no FCU;
- nem sempre os Espíritos sabem como “criam” os
objetos que usam.
8. Prece final.
9. Anexos
Respostas:
1- Como os Espíritos constroem suas casas?
"Os
fluidos espirituais, que constituem um dos estados do fluido cósmico universal,
são, a
bem dizer, a atmosfera dos seres espirituais; (...).
"Os Espíritos
atuam sobre os fluidos espirituais, (...) empregando o pensamento e a vontade.
Para os Espíritos, o
pensamento e a vontade são o que é a mão para o homem.
(A Gênese, Cap. XIV)
ð
Os Espíritos
Inferiores constroem suas moradias inconscientemente. São sombrias e sujas como
o estado mental de seus habitantes.
ð
Os Espíritos medianos
moram em colônias e cidades espirituais, construídas pelo pensamento e vontade
dos Espíritos Superiores que administram essas cidades.
2- Os
Espíritos moram onde? Com quem?
Moram em casas ou em
instituições, de acordo com o mérito de cada um.
André Luiz, Espírito,
depois de ter alta no hospital na colônia Nosso Lar, precisava de um lugar para
morar. Vejamos o trecho do Livro Nosso Lar, no capítulo 17:
“- Tornando-se
dispensável sua permanência no parque hospitalar, examinarei atentamente a
possibilidade de sua localização em ambiente novo. Consultarei alguma de nossas
instituições...
Lísias, porém,
cortou-lhe a palavra, exclamando:
- Se possível,
estimaria recebê-lo em nossa casa, enquanto perdurar o curso de observações;
lá, minha mãe o trataria como filho.
Fitei o visitador num
transporte de alegria. Clarêncio, por sua vez, também lhe endereçou um olhar de
aprovação, murmurando:
- Muito bem, Lísias!
Jesus alegra-se conosco, sempre que recebemos um amigo no coração.”
ð Muitos Espíritos, sem qualquer noção da vida espiritual,
permanecem em suas antigas casas, junto dos familiares ainda encarnados. Até
que um dia sejam despertados para a realidade espiritual e levados a colônias
espirituais.
3- Os Espíritos doentes ficam onde? Quem cuida
deles? Tomam remédios?
Sim. Trazem em seus
perispíritos as doenças que trouxeram da vida no corpo. Ficam em hospitais para
tratamento, onde são cuidados por Espíritos médicos e enfermeiros. Tomam
medicamentos e alimentação fluídica, de acordo com a necessidade de cada um.
Vejamos trecho do
livro Entre a Terra e o Céu, o Espírito André Luiz, sobre um menino que desencarnou
por afogamento aos 7 anos:
“ É um paciente difícil. Felizmente, dispomos da cooperação de
nossa devotada Mariana, que o adotou por filho espiritual, até que retorne ao
lar terrestre. Foi preciso segregá-lo neste quarto, tamanha é a gritaria a que
se entrega por vezes.
— Mas não tem recebido o tratamento magnético
aconselhável? — indagou Clarêncio, atencioso.
— Diariamente recebe o auxílio necessário
—esclareceu Blandina, com humildade —, eu mesma sou a enfermeira. Passes e
remédios não faltam.”
(Entre a Terra e o
Céu, André Luiz/Chico Xavier, Cap.9)
4- Onde
ficam os Espíritos crianças? Eles crescem?
Ficam em instituições
próprias para receber as crianças que desencarnaram na infância. Como a mente
do Espírito permanece no estado infantil, seu perispírito ainda “é” de criança.
Seu desenvolvimento é muito mais rápido
que o das crianças encarnadas, porém na maior parte das vezes, voltam a
reencarnar para retomarem seu desenvolvimento.
No livro Entre a
Terra e o Céu, o Espírito André Luiz, relata a visita à noite, de mães
encarnadas a seus filhinhos já desencarnados:
“— É o Lar da Bênção —
informou o instrutor, satisfeito. — Nesta hora, muitas irmãs da Terra chegam em
visita a filhinhos desencarnados. Temos aqui importante colônia educativa,
misto de escola de mães e domicílio dos pequeninos que regressam da esfera
carnal.”
(Entre a Terra e o
Céu, André Luiz/Chico Xavier, Cap.9)
5- Os Espíritos trabalham? Fazem o quê?
Trabalham sim. A vida
no plano espiritual é bem intensa. Todos tem suas obrigações!
Porém nos círculos
inferiores, também há os desocupados, como aqui na Terra.
Temos informações no
livro “Nosso Lar”:
“- É enfermeiro? -
indaguei.
- Sou visitador dos
serviços de saúde. Nessa qualidade, não só coopero na enfermagem, como também
assinalo necessidades de socorro, ou providências que se refiram a enfermos
recém-chegados.”
“- Nas minhas
condições há numerosos servidores em "Nosso Lar".
” Somos felizes,
porque temos trabalho; e a alegria habita cada recanto da colônia, porque o
Senhor não nos retirou o pão abençoado do serviço.”
“- Conhecemos, aqui,
na maioria das colônias espirituais, a remuneração de serviço do bônus-hora.”
(Livro “Nosso Lar”
, André Luiz/Chico Xavier, Cap.5 e 36)
6- De que se alimentam os Espíritos?
A alimentação dos Espíritos varia de
acordo com a elevação espiritual de cada um.
Os Espíritos inferiores,
perturbados, com mente em estado de culpa, passam fome, pois seus perispíritos
permanecem como quando ainda encarnados; sentem fome e sede.
Vejamos trecho do livro “Nosso Lar”:
“Terminada a oração, chamou-nos à mesa a dona da casa, servindo caldo
reconfortante e frutas perfumadas, que mais pareciam concentrados de fluidos
deliciosos.”
“- Tudo se equilibra no amor infinito de Deus, e, quanto mais evolvido o
ser criado, mais sutil o processo de alimentação.”
(Livro “Nosso Lar”
, André Luiz/Chico Xavier, Cap.18)
7- Os
Espíritos maus ficam onde? Tem prisão no plano espiritual?
Nas colônias
espirituais existem lugares onde os Espíritos ficam retidos.
“(...), depois de ouvir
o nosso mais alto Conselho, mandou fechar provisoriamente o Ministério da
Comunicação, determinou funcionassem todos os calabouços da Regeneração, para
isolamento dos recalcitrantes”.
(Livro “Nosso Lar”
, André Luiz/Chico Xavier, Cap.9)
Nas zonas espirituais
inferiores, muitos Espíritos culpados ficam presos por Entidades inteligentes e
ainda cruéis.
8- Os Espíritos estudam? Tem escolas no plano
espiritual? Estudam o quê?
Sim. Estudam as
letras e as orientações sobre as leis de Deus.
“O nosso educandário guarda mais de duas mil crianças, mas, sob os meus
cuidados, permanecem apenas doze. Somos um grande conjunto de lares, nos quais
muitas almas femininas se reajustam para a venerável missão da maternidade e
conosco multidões de meninos encontram abrigo para o desenvolvimento que lhes é
necessário, salientando-se que quase todos se destinam ao retorno à Terra para
a reintegração no aprendizado que lhes compete.”
(Livro “Entre a Terra
e o Céu”, André Luiz/Chico Xavier, Cap
11)
9- Tem policiamento no plano espiritual?
Sim. Existem sistemas
de defesa nas cidades espirituais, contra o ataque de Espíritos ainda
inferiores.
Em Nosso Lar, podemos
ver:
“(...) pela primeira
vez na sua administração, mandou ligar as baterias elétricas das muralhas da
cidade, para emissão de dardos magnéticos a serviço da defesa comum. Não houve
combate, nem ofensiva da colônia, mas resistência resoluta.”
(Livro “Nosso Lar”
, André Luiz/Chico Xavier, Cap.9)
“Nosso Lar"
precisa de trinta mil servidores adestrados no serviço defensivo, trinta mil
trabalhadores que não meçam necessidade de repouso, nem conveniências pessoais,
enquanto perdurar nossa batalha com as forças desencadeadas do crime e da
ignorância.”
(Livro “Nosso Lar”
, André Luiz/Chico Xavier, Cap.42)
10- Tem Espíritos loucos? Ficam onde?
Sim. Ficam isolados
em seus próprios sofrimentos, como relata o Espírito André Luiz, sobre os
Espíritos que desencarnaram na guerra na Polônia e estavam como loucos.
“- Será sempre
possível atender aos loucos pacíficos, no lar; mas que remédio se reservará aos
loucos furiosos, senão o hospício? Não havia outro recurso para tais criaturas,
senão deixá-las nos precipícios das trevas, onde serão naturalmente compelidas
a reajustar-se, dando ensejo a pensamentos dignos. É razoável, portanto, que as
missões de auxílio recolham apenas os predispostos a receber o socorro
elevado.”
(Livro “Nosso Lar”
, André Luiz/Chico Xavier, Cap.43)
O Livro dos Médiuns – Cap. VIII – Do
Laboratório do Mundo Invisível
128. Foi o Espírito
São Luís quem nos deu essa solução, mediante as respostas seguintes:
1ª Citamos um
caso de aparição do Espírito de uma pessoa viva. Esse Espírito tinha uma caixa
de rapé, do qual tomava pitadas. Experimentava ele a sensação que experimenta um
indivíduo que faz o mesmo?
“Não.”
2ª Aquela caixa
de rapé tinha a forma da de que ele se servia habitualmente e que se achava
guardada em sua casa. Que era a dita caixa nas mãos da aparição?
“Uma aparência.
Era para que a circunstância fosse notada, como realmente foi, e não tomassem a
aparição por uma alucinação devida ao estado de saúde da vidente. O Espírito
queria que a senhora em questão acreditasse na realidade da sua presença e,
para isso, tomou todas as aparências da realidade.”
3ª Dizes que era
uma aparência; mas, uma aparência nada tem de real, é como uma ilusão de ótica.
Desejáramos saber se aquela caixa de rapé era apenas uma imagem sem realidade, ou
se nela havia alguma coisa de material?
“Certamente. É
com o auxílio deste princípio material que o perispírito toma a aparência de
vestuários semelhantes aos que o Espírito usava quando vivo.”
Nota. É evidente que
a palavra aparência deve ser aqui tomada no sentido de aspecto, imitação. A
caixa de rapé real não estava lá; a que o Espírito deixava ver era apenas a
representação daquela: era, pois, com relação ao original, uma simples
aparência, embora formada de um princípio material.
A experiência
ensina que nem sempre se deve dar significação literal a certas expressões de
que usam os Espíritos. Interpretando-as de acordo com as nossas idéias,
expomo-nos a grandes equívocos. Daí a necessidade de aprofundar-se o sentido de
suas palavras, todas
as vezes que apresentem a menor ambigüidade. É esta uma recomendação que os
próprios Espíritos constantemente fazem. Sem a explicação que provocamos, o
termo aparência, que de contínuo se reproduz nos casos análogos, poderia
prestar-se a uma interpretação falsa.
4ª Dar-se-á que
a matéria inerte se desdobre? Ou que haja no mundo invisível uma matéria
essencial, capaz de tomar a forma dos objetos que vemos? Numa palavra, terão estes
um duplo etéreo no mundo invisível como os homens são nele representados
pelos Espíritos?
“Não é assim que
as coisas se passam. Sobre os elementos materiais disseminados por todos os
pontos do espaço, na vossa atmosfera, têm os Espíritos um poder que estais longe
de suspeitar. Podem, pois, eles concentrar à sua vontade esses elementos e
dar-lhes a forma aparente que corresponda à dos objetos materiais.”
Nota. Esta pergunta,
como se pode ver, era a tradução do nosso pensamento, isto é, da idéia que
formávamos da natureza de tais objetos. Se as respostas, conforme alguns o
pretendem, fossem o reflexo do pensamento, houvéramos obtido a confirmação da
nossa teoria e não uma teoria contrária.
5ª Formulo
novamente a questão, de modo categórico, a fim de evitar todo e qualquer
equívoco: São alguma coisa as vestes de que os Espíritos se cobrem?
“Parece-me que a
minha resposta precedente resolve a questão. Não sabes que o próprio
perispírito é alguma coisa?”
6ª Resulta,
desta explicação, que os Espíritos fazem passar a matéria etérea pelas
transformações que queiram e que, portanto, com relação à caixa de rapé, o
Espírito não a encontrou completamente feita, fê-la ele próprio, no momento em
que teve necessidade dela, por ato de sua vontade. E, do mesmo modo que a fez,
pôde desfazê-la. Outro tanto naturalmente se dá com todos os demais objetos, como
vestuários, jóias, etc. Será assim?
“Mas,
evidentemente.”
7ª A caixa de
rapé se tornou tão visível para a senhora de que se trata, que lhe produziu a
ilusão de uma tabaqueira material. Teria o Espírito podido torná-la tangível
para a mesma senhora?
“Teria.”
8ª Tê-la-ia a
senhora podido tomar nas mãos, crente de estar segurando uma caixa de rapé
verdadeira?
“Sim.”
9ª Se a abrisse,
teria achado nela rapé? E, se aspirasse esse rapé, ele a faria espirrar?
“Sem dúvida.”
10ª Pode então o
Espírito dar a um objeto, não só a forma, mas também propriedades especiais?
“Se o quiser.
Baseado neste princípio foi que respondi afirmativamente às perguntas
anteriores. Tereis provas da poderosa ação que os Espíritos exercem sobre a
matéria, ação que estais longe de suspeitar, como eu disse há pouco.”
11ª Suponhamos,
então, que quisesse fazer uma substância venenosa. Se uma pessoa a ingerisse,
ficaria envenenada?
“Teria podido,
mas não faria, por não lhe ser isso permitido.”
12ª Poderá fazer
uma substância salutar e própria para curar uma enfermidade? E já se terá
apresentado algum caso destes?
“Já, muitas
vezes.”
13ª Então,
poderia também fazer uma substância alimentar? Suponhamos que tenha feito uma
fruta, uma iguaria qualquer: se alguém pudesse comer a fruta ou a iguaria, ficaria
saciado?
“Ficaria, sim;
mas, não procures tanto para achar o que é tão fácil de compreender. Um raio de
sol basta para tornar perceptíveis aos vossos órgãos grosseiros essas
partículas materiais que enchem o espaço onde viveis. Não sabes que o ar contém
vapores dágua? Condensa-os e os farás voltar ao estado normal. Priva-as de
calor e eis que essas moléculas impalpáveis e invisíveis se tornarão um corpo
sólido e bem sólido, e, assim, muitas outras substâncias de que os químicos
tirarão maravilhas ainda mais espantosas. Simplesmente, o Espírito dispõe de
instrumentos mais perfeitos do que os vossos: a vontade e a permissão de Deus.”
Nota. A questão da
saciedade é aqui muito importante. Como pode produzir a saciedade uma
substância cuja existência e propriedades são meramente temporárias e, de certo
modo, convencionais? O que se dá é que essa substância, pelo seu contacto com o
estômago, produz a sensação da saciedade, mas não a saciedade que
resulta da plenitude. Desde que uma substância dessa natureza pode atuar sobre
a economia e modificar um estado mórbido, também pode, perfeitamente, atuar
sobre o estômago e produzir aí a impressão da saciedade. Rogamos, todavia, aos
senhores farmacêuticos e inventores de reconstituintes que não se encham de
zelos, nem creiam que os Espíritos lhes venham fazer concorrência. Esses casos
são raros, excepcionais e nunca dependem da vontade. Doutro modo, toda a gente
se alimentaria e curaria a preço baratíssimo.
14ª Os objetos
que, pela vontade do Espírito, se tornam tangíveis, poderiam permanecer com
esse caráter e tornarem-se de uso?
“Isso poderia
dar-se, mas não se faz. Está fora das leis.”
15ª Têm todos os
Espíritos, no mesmo grau, o poder de produzir objetos tangíveis?
“É fora de
dúvida que quanto mais elevado é o Espírito, tanto mais facilmente o consegue.
Porém, ainda aqui, tudo depende das circunstâncias. Desse poder também podem dispor
os Espíritos inferiores.”
16ª O Espírito
tem sempre o conhecimento exato do modo por que compõe suas vestes, ou os
objetos cuja aparência ele faz visível?
“Não; muitas
vezes concorre para a formação de todas essas coisas, praticando um ato instintivo,
que ele próprio não compreende, se já não estiver bastante esclarecido para isso.”
129. A teoria acima
se pode resumir desta maneira: o Espírito atua sobre a matéria; da matéria
cósmica universal tira os elementos de que necessite para formar, a seu
bel-prazer, objetos que tenham a aparência dos diversos corpos existentes na
Terra. Pode igualmente, pela ação da sua vontade, operar na matéria elementar
uma transformação íntima, que lhe confira determinadas propriedades. Esta
faculdade é inerente à natureza do Espírito, que muitas vezes a exerce de modo
instintivo, quando necessário, sem disso se aperceber. Os objetos que o
Espírito forma, têm existência temporária, subordinada à sua vontade, ou a uma
necessidade que ele experimenta. Pode fazê-los e desfazê-los livremente. Em
certos casos, esses objetos, aos olhos de pessoas vivas, podem apresentar todas
as aparências da realidade, isto é, tornarem-se momentaneamente visíveis e até
mesmo tangíveis. Há formação; porém, não criação, atento que do nada o Espírito
nada pode tirar.
130. A existência de
uma matéria elementar única está hoje quase geralmente admitida pela Ciência, e
os Espíritos, como se acaba de ver, a confirmam. Todos os corpos da Natureza nascem
dessa matéria que, pelas transformações por que passa, também produz as
diversas propriedades desses mesmos corpos. Daí vem que uma substância salutar
pode, por efeito de simples modificação, tornar-se venenosa, fato de que a
Química nos oferece numerosos exemplos. (...)
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