domingo, 4 de dezembro de 2016

O Mundo Espiritual

Casa Espírita Missionários da Luz – ESDE2 - 17/03/2015

Tema: O Mundo Espiritual

Objetivos:
a)  Identificar as características do Mundo Espiritual a partir dos conceitos dos fluidos;
b)  Analisar as criações fluídicas feitas pelos Espíritos.

Bibliografia:
- O Livro dos Médiuns – Cap. VIII – Do Laboratório do Mundo Invisível, itens 128 e 129
- O Livro dos Espíritos", Pergunta 36
- O Ev.Seg.Espiritismo, Cap. III, item 2;
- A Gênese, Cap. XIV “Ação dos Espíritos sobre os fluidos - Criações fluídicas – Fotografias do Pensamento” - itens 13 e 14;
- E a Vida Continua, André Luiz/Chico Xavier, Cap, 7, 12 e 13
- Entre a Terra e o Céu, André Luiz/Chico Xavier, Cap.9, 11
- Nosso Lar, André Luiz/Chico Xavier, Caps 5, 9, 17, 18, 36, 42, 43

Material: Perguntas em papel para cada dupla, respostas das perguntas em papel; Livro dos Médiuns; cena do trem – filme Ghost

Desenvolvimento:
  1. Dar as boas vindas ao grupo e fazer a prece inicial
  2. Verificar se ficou alguma dúvida com relação ao estudo da semana passada (Propriedades e funções do perispírito)
  3. Pedir que façam duplas para responder, cada dupla, em 5 min, a uma das questões (entregar em tiras de papel):
1- Como os Espíritos constroem suas casas?
2- Os Espíritos moram onde? Com quem?
3- Os Espíritos doentes ficam onde? Quem cuida deles? Tomam remédios?
4- Onde ficam os Espíritos crianças? Eles crescem?
5- Os Espíritos trabalham? Fazem o quê?
6- De que se alimentam os Espíritos?
7- Os Espíritos maus ficam onde? Tem prisão no plano espiritual?
8- Os Espíritos estudam? Tem escolas no plano espiritual? Estudam o quê?
9- Tem policiamento no plano espiritual?
10- Tem Espíritos loucos? Ficam onde?
4.    Após a discussão em cochicho, dar a resposta conforme o anexo, dando mais 3 minutos para revisão.
5.    Passar o trecho do filme Ghost – cena do trem  - discussões sobre a cena

6.    Apresentação das duplas: a pergunta, a resposta e comentários, tendo por base o papel do perispírito e o conceito de fluidos estudado anteriormente.
Falar da importância dessas informações pois no exercício da mediunidade, o atendimento muitas vezes é feito no local onde o Espírito está: sua casa, prisão, hospital, etc.

7.    Perguntar sobre o texto enviado, referente às respostas do Espírito São Luís contidas no cap. Do Laboratório do Mundo Invisível, no Livro dos Médiuns:
- criação de objetos (caixa de rapé) que podem tornar-se tangíveis, mas a sua “existência” é temporária – modificações no FCU;
- podem dar propriedades aos elementos criados (rapé);
- não podem fazer venenos -  não é permitido pela leis divinas;
- vestimentas – modelado no perispirito – modificações no FCU;
- nem sempre os Espíritos sabem como “criam” os objetos que usam.

8.    Prece final.
9.    Anexos

Respostas:

1- Como os Espíritos constroem suas casas?
"Os fluidos espirituais, que constituem um dos estados do fluido cósmico universal, são, a bem dizer, a atmosfera dos seres espirituais; (...).
"Os Espíritos atuam sobre os fluidos espirituais, (...) empregando o pensamento e a vontade.
Para os Espíritos, o pensamento e a vontade são o que é a mão para o homem.
(A Gênese, Cap. XIV)

ð  Os Espíritos Inferiores constroem suas moradias inconscientemente. São sombrias e sujas como o estado mental de seus habitantes.
ð  Os Espíritos medianos moram em colônias e cidades espirituais, construídas pelo pensamento e vontade dos Espíritos Superiores que administram essas cidades.



2- Os Espíritos moram onde? Com quem?
Moram em casas ou em instituições, de acordo com o mérito de cada um.
André Luiz, Espírito, depois de ter alta no hospital na colônia Nosso Lar, precisava de um lugar para morar. Vejamos o trecho do Livro Nosso Lar, no capítulo 17:

“- Tornando-se dispensável sua permanência no parque hospitalar, examinarei atentamente a possibilidade de sua localização em ambiente novo. Consultarei alguma de nossas instituições...
Lísias, porém, cortou-lhe a palavra, exclamando:
- Se possível, estimaria recebê-lo em nossa casa, enquanto perdurar o curso de observações; lá, minha mãe o trataria como filho.
Fitei o visitador num transporte de alegria. Clarêncio, por sua vez, também lhe endereçou um olhar de aprovação, murmurando:
- Muito bem, Lísias! Jesus alegra-se conosco, sempre que recebemos um amigo no coração.”


ð  Muitos Espíritos, sem qualquer noção da vida espiritual, permanecem em suas antigas casas, junto dos familiares ainda encarnados. Até que um dia sejam despertados para a realidade espiritual e levados a colônias espirituais.


3- Os Espíritos doentes ficam onde? Quem cuida deles? Tomam remédios?
Sim. Trazem em seus perispíritos as doenças que trouxeram da vida no corpo. Ficam em hospitais para tratamento, onde são cuidados por Espíritos médicos e enfermeiros. Tomam medicamentos e alimentação fluídica, de acordo com a necessidade de cada um.

Vejamos trecho do livro Entre a Terra e o Céu, o Espírito André Luiz, sobre um menino que desencarnou por afogamento aos 7 anos:
    É um paciente difícil. Felizmente, dispomos da cooperação de nossa devotada Mariana, que o adotou por filho espiritual, até que retorne ao lar terrestre. Foi preciso segregá-lo neste quarto, tamanha é a gritaria a que se entrega por vezes.
— Mas não tem recebido o tratamento magnético aconselhável? — indagou Clarêncio, atencioso.
— Diariamente recebe o auxílio necessário —esclareceu Blandina, com humildade —, eu mesma sou a enfermeira. Passes e remédios não faltam.
(Entre a Terra e o Céu,  André Luiz/Chico Xavier, Cap.9)

4- Onde ficam os Espíritos crianças? Eles crescem?
Ficam em instituições próprias para receber as crianças que desencarnaram na infância. Como a mente do Espírito permanece no estado infantil, seu perispírito ainda “é” de criança. Seu desenvolvimento é  muito mais rápido que o das crianças encarnadas, porém na maior parte das vezes, voltam a reencarnar para retomarem seu desenvolvimento.

No livro Entre a Terra e o Céu, o Espírito André Luiz, relata a visita à noite, de mães encarnadas a seus filhinhos já desencarnados:

— É o Lar da Bênção — informou o instrutor, satisfeito. — Nesta hora, muitas irmãs da Terra chegam em visita a filhinhos desencarnados. Temos aqui importante colônia educativa, misto de escola de mães e domicílio dos pequeninos que regressam da esfera carnal.
(Entre a Terra e o Céu,  André Luiz/Chico Xavier, Cap.9)


5- Os Espíritos trabalham? Fazem o quê?
Trabalham sim. A vida no plano espiritual é bem intensa. Todos tem suas obrigações!
Porém nos círculos inferiores, também há os desocupados, como aqui na Terra.

Temos informações no livro “Nosso Lar”:
“- É enfermeiro? - indaguei.
- Sou visitador dos serviços de saúde. Nessa qualidade, não só coopero na enfermagem, como também assinalo necessidades de socorro, ou providências que se refiram a enfermos recém-chegados.”
“- Nas minhas condições há numerosos servidores em "Nosso Lar".
” Somos felizes, porque temos trabalho; e a alegria habita cada recanto da colônia, porque o Senhor não nos retirou o pão abençoado do serviço.”
“- Conhecemos, aqui, na maioria das colônias espirituais, a remuneração de serviço do bônus-hora.”
(Livro “Nosso Lar” ,  André Luiz/Chico Xavier, Cap.5 e 36)


6- De que se alimentam os Espíritos?
            A alimentação dos Espíritos varia de acordo com a elevação espiritual de cada um.
      Os Espíritos inferiores, perturbados, com mente em estado de culpa, passam fome, pois seus perispíritos permanecem como quando ainda encarnados; sentem fome e sede.
           
Vejamos trecho do livro “Nosso Lar”:
“Terminada a oração, chamou-nos à mesa a dona da casa, servindo caldo reconfortante e frutas perfumadas, que mais pareciam concentrados de fluidos deliciosos.”
“- Tudo se equilibra no amor infinito de Deus, e, quanto mais evolvido o ser criado, mais sutil o processo de alimentação.”
(Livro “Nosso Lar” ,  André Luiz/Chico Xavier, Cap.18)


7- Os Espíritos maus ficam onde? Tem prisão no plano espiritual?
Nas colônias espirituais existem lugares onde os Espíritos ficam retidos.

“(...), depois de ouvir o nosso mais alto Conselho, mandou fechar provisoriamente o Ministério da Comunicação, determinou funcionassem todos os calabouços da Regeneração, para isolamento dos recalcitrantes”.
(Livro “Nosso Lar” ,  André Luiz/Chico Xavier, Cap.9)

Nas zonas espirituais inferiores, muitos Espíritos culpados ficam presos por Entidades inteligentes e ainda cruéis.


8- Os Espíritos estudam? Tem escolas no plano espiritual? Estudam o quê?
Sim. Estudam as letras e as orientações sobre as leis de Deus.

O nosso educandário guarda mais de duas mil crianças, mas, sob os meus cuidados, permanecem apenas doze. Somos um grande conjunto de lares, nos quais muitas almas femininas se reajustam para a venerável missão da maternidade e conosco multidões de meninos encontram abrigo para o desenvolvimento que lhes é necessário, salientando-se que quase todos se destinam ao retorno à Terra para a reintegração no aprendizado que lhes compete.”
(Livro “Entre a Terra e o Céu”,  André Luiz/Chico Xavier, Cap 11)


9- Tem policiamento no plano espiritual?
Sim. Existem sistemas de defesa nas cidades espirituais, contra o ataque de Espíritos ainda inferiores.

Em Nosso Lar, podemos ver:

“(...) pela primeira vez na sua administração, mandou ligar as baterias elétricas das muralhas da cidade, para emissão de dardos magnéticos a serviço da defesa comum. Não houve combate, nem ofensiva da colônia, mas resistência resoluta.”
(Livro “Nosso Lar” ,  André Luiz/Chico Xavier, Cap.9)

“Nosso Lar" precisa de trinta mil servidores adestrados no serviço defensivo, trinta mil trabalhadores que não meçam necessidade de repouso, nem conveniências pessoais, enquanto perdurar nossa batalha com as forças desencadeadas do crime e da ignorância.”
(Livro “Nosso Lar” ,  André Luiz/Chico Xavier, Cap.42)


10- Tem Espíritos loucos? Ficam onde?
Sim. Ficam isolados em seus próprios sofrimentos, como relata o Espírito André Luiz, sobre os Espíritos que desencarnaram na guerra na Polônia e estavam como loucos.

“- Será sempre possível atender aos loucos pacíficos, no lar; mas que remédio se reservará aos loucos furiosos, senão o hospício? Não havia outro recurso para tais criaturas, senão deixá-las nos precipícios das trevas, onde serão naturalmente compelidas a reajustar-se, dando ensejo a pensamentos dignos. É razoável, portanto, que as missões de auxílio recolham apenas os predispostos a receber o socorro elevado.”
(Livro “Nosso Lar” ,  André Luiz/Chico Xavier, Cap.43)


O Livro dos Médiuns – Cap. VIII – Do Laboratório do Mundo Invisível
128. Foi o Espírito São Luís quem nos deu essa solução, mediante as respostas seguintes:

1ª Citamos um caso de aparição do Espírito de uma pessoa viva. Esse Espírito tinha uma caixa de rapé, do qual tomava pitadas. Experimentava ele a sensação que experimenta um indivíduo que faz o mesmo?
“Não.”

2ª Aquela caixa de rapé tinha a forma da de que ele se servia habitualmente e que se achava guardada em sua casa. Que era a dita caixa nas mãos da aparição?
“Uma aparência. Era para que a circunstância fosse notada, como realmente foi, e não tomassem a aparição por uma alucinação devida ao estado de saúde da vidente. O Espírito queria que a senhora em questão acreditasse na realidade da sua presença e, para isso, tomou todas as aparências da realidade.”

3ª Dizes que era uma aparência; mas, uma aparência nada tem de real, é como uma ilusão de ótica. Desejáramos saber se aquela caixa de rapé era apenas uma imagem sem realidade, ou se nela havia alguma coisa de material?
“Certamente. É com o auxílio deste princípio material que o perispírito toma a aparência de vestuários semelhantes aos que o Espírito usava quando vivo.”

Nota. É evidente que a palavra aparência deve ser aqui tomada no sentido de aspecto, imitação. A caixa de rapé real não estava lá; a que o Espírito deixava ver era apenas a representação daquela: era, pois, com relação ao original, uma simples aparência, embora formada de um princípio material.
A experiência ensina que nem sempre se deve dar significação literal a certas expressões de que usam os Espíritos. Interpretando-as de acordo com as nossas idéias, expomo-nos a grandes equívocos. Daí a necessidade de aprofundar-se o sentido de suas palavras, todas as vezes que apresentem a menor ambigüidade. É esta uma recomendação que os próprios Espíritos constantemente fazem. Sem a explicação que provocamos, o termo aparência, que de contínuo se reproduz nos casos análogos, poderia prestar-se a uma interpretação falsa.

4ª Dar-se-á que a matéria inerte se desdobre? Ou que haja no mundo invisível uma matéria essencial, capaz de tomar a forma dos objetos que vemos? Numa palavra, terão estes um duplo etéreo no mundo invisível como os homens são nele representados pelos Espíritos?
“Não é assim que as coisas se passam. Sobre os elementos materiais disseminados por todos os pontos do espaço, na vossa atmosfera, têm os Espíritos um poder que estais longe de suspeitar. Podem, pois, eles concentrar à sua vontade esses elementos e dar-lhes a forma aparente que corresponda à dos objetos materiais.”

Nota. Esta pergunta, como se pode ver, era a tradução do nosso pensamento, isto é, da idéia que formávamos da natureza de tais objetos. Se as respostas, conforme alguns o pretendem, fossem o reflexo do pensamento, houvéramos obtido a confirmação da nossa teoria e não uma teoria contrária.

5ª Formulo novamente a questão, de modo categórico, a fim de evitar todo e qualquer equívoco: São alguma coisa as vestes de que os Espíritos se cobrem?
“Parece-me que a minha resposta precedente resolve a questão. Não sabes que o próprio perispírito é alguma coisa?”

6ª Resulta, desta explicação, que os Espíritos fazem passar a matéria etérea pelas transformações que queiram e que, portanto, com relação à caixa de rapé, o Espírito não a encontrou completamente feita, fê-la ele próprio, no momento em que teve necessidade dela, por ato de sua vontade. E, do mesmo modo que a fez, pôde desfazê-la. Outro tanto naturalmente se dá com todos os demais objetos, como vestuários, jóias, etc. Será assim?
“Mas, evidentemente.”

7ª A caixa de rapé se tornou tão visível para a senhora de que se trata, que lhe produziu a ilusão de uma tabaqueira material. Teria o Espírito podido torná-la tangível para a mesma senhora?
“Teria.”

8ª Tê-la-ia a senhora podido tomar nas mãos, crente de estar segurando uma caixa de rapé verdadeira?
“Sim.”

9ª Se a abrisse, teria achado nela rapé? E, se aspirasse esse rapé, ele a faria espirrar?
 “Sem dúvida.”

10ª Pode então o Espírito dar a um objeto, não só a forma, mas também propriedades especiais?
“Se o quiser. Baseado neste princípio foi que respondi afirmativamente às perguntas anteriores. Tereis provas da poderosa ação que os Espíritos exercem sobre a matéria, ação que estais longe de suspeitar, como eu disse há pouco.”

11ª Suponhamos, então, que quisesse fazer uma substância venenosa. Se uma pessoa a ingerisse, ficaria envenenada?
“Teria podido, mas não faria, por não lhe ser isso permitido.”

12ª Poderá fazer uma substância salutar e própria para curar uma enfermidade? E já se terá apresentado algum caso destes?
“Já, muitas vezes.”

13ª Então, poderia também fazer uma substância alimentar? Suponhamos que tenha feito uma fruta, uma iguaria qualquer: se alguém pudesse comer a fruta ou a iguaria, ficaria saciado?
“Ficaria, sim; mas, não procures tanto para achar o que é tão fácil de compreender. Um raio de sol basta para tornar perceptíveis aos vossos órgãos grosseiros essas partículas materiais que enchem o espaço onde viveis. Não sabes que o ar contém vapores dágua? Condensa-os e os farás voltar ao estado normal. Priva-as de calor e eis que essas moléculas impalpáveis e invisíveis se tornarão um corpo sólido e bem sólido, e, assim, muitas outras substâncias de que os químicos tirarão maravilhas ainda mais espantosas. Simplesmente, o Espírito dispõe de instrumentos mais perfeitos do que os vossos: a vontade e a permissão de Deus.”

Nota. A questão da saciedade é aqui muito importante. Como pode produzir a saciedade uma substância cuja existência e propriedades são meramente temporárias e, de certo modo, convencionais? O que se dá é que essa substância, pelo seu contacto com o estômago, produz a sensação da saciedade, mas não a saciedade que resulta da plenitude. Desde que uma substância dessa natureza pode atuar sobre a economia e modificar um estado mórbido, também pode, perfeitamente, atuar sobre o estômago e produzir aí a impressão da saciedade. Rogamos, todavia, aos senhores farmacêuticos e inventores de reconstituintes que não se encham de zelos, nem creiam que os Espíritos lhes venham fazer concorrência. Esses casos são raros, excepcionais e nunca dependem da vontade. Doutro modo, toda a gente se alimentaria e curaria a preço baratíssimo.

14ª Os objetos que, pela vontade do Espírito, se tornam tangíveis, poderiam permanecer com esse caráter e tornarem-se de uso?
“Isso poderia dar-se, mas não se faz. Está fora das leis.”

15ª Têm todos os Espíritos, no mesmo grau, o poder de produzir objetos tangíveis?
“É fora de dúvida que quanto mais elevado é o Espírito, tanto mais facilmente o consegue. Porém, ainda aqui, tudo depende das circunstâncias. Desse poder também podem dispor os Espíritos inferiores.”

16ª O Espírito tem sempre o conhecimento exato do modo por que compõe suas vestes, ou os objetos cuja aparência ele faz visível?
“Não; muitas vezes concorre para a formação de todas essas coisas, praticando um ato instintivo, que ele próprio não compreende, se já não estiver bastante esclarecido para isso.”

129. A teoria acima se pode resumir desta maneira: o Espírito atua sobre a matéria; da matéria cósmica universal tira os elementos de que necessite para formar, a seu bel-prazer, objetos que tenham a aparência dos diversos corpos existentes na Terra. Pode igualmente, pela ação da sua vontade, operar na matéria elementar uma transformação íntima, que lhe confira determinadas propriedades. Esta faculdade é inerente à natureza do Espírito, que muitas vezes a exerce de modo instintivo, quando necessário, sem disso se aperceber. Os objetos que o Espírito forma, têm existência temporária, subordinada à sua vontade, ou a uma necessidade que ele experimenta. Pode fazê-los e desfazê-los livremente. Em certos casos, esses objetos, aos olhos de pessoas vivas, podem apresentar todas as aparências da realidade, isto é, tornarem-se momentaneamente visíveis e até mesmo tangíveis. Há formação; porém, não criação, atento que do nada o Espírito nada pode tirar.

130. A existência de uma matéria elementar única está hoje quase geralmente admitida pela Ciência, e os Espíritos, como se acaba de ver, a confirmam. Todos os corpos da Natureza nascem dessa matéria que, pelas transformações por que passa, também produz as diversas propriedades desses mesmos corpos. Daí vem que uma substância salutar pode, por efeito de simples modificação, tornar-se venenosa, fato de que a Química nos oferece numerosos exemplos. (...)

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