Casa Espírita Missionários da Luz – ESDE2 - 01/09/2015
Tema: Obsessão e Loucura
Objetivos:
a)
Conceituar
loucura do ponto de vista médico e espírita;
b)
Interpretar
à luz do Espiritismo, os casos de subjugações relatados pelos evangelistas:
Marcos, 1:21-27 e 9:13-28; Mateus, 9:32-34 e 12:22-28;
c)
Identificar
a autoridade de Jesus quando do trato com obsessores e obsidiados.
Bibliografia:
·
O
Livro dos Médiuns – Cap. XXIII - Da Obsessão – item 254 (6ª);
·
A
Gênese – Cap. XV – Possessos – itens 29 à 34, Cap. XIV - item 47 e 48
·
O
Livro dos Espíritos, perg 473 à 480;
·
Recordações
da Mediunidade – Yvone Pereira, Cap. 10 - “O Complexo Obsessão”;
·
A
Loucura Sob Novo Prisma – Obsessão
·
Libertação,
André Luiz/Chico Xavier, Cap. 8, 9 e 10.
Sugestões de Atividades: apostila FEB – Roteiro 40
Material:
Desenvolvimento:
- Leitura de página
- Prece inicial, e comentários da página
- Falar do nosso
tema, que é uma continuação do tema principal, obsessão, sendo que nosso
foco hoje, é a loucura.
Para
começar veremos o significado, do ponto de vista médico, da palavra ‘loucura’
segundo o dicionário Michaelis:
Med Desarranjo
mental que, sem a pessoa afetada estar ciente do seu estado, lhe modifica
profundamente o comportamento e torna-a irresponsável; demência; psicose.
èComo o órgão de
expressão da mente é o cérebro, a medicina busca aí a causa da loucura.
- Propor cochicho
2 a 2, para responder às perguntas:
01. Em que situação a obsessão pode levar à loucura?
02. A loucura é sempre resultado de alguma lesão cerebral? Justifique sua resposta.
03. Que relação existe entre subjugação e possessão?
04. A ação persistente de um obsessor pode provocar lesões no organismo físico do obsidiado. Estas lesões são reversíveis ou irreversíveis? Justifique a resposta.
02. A loucura é sempre resultado de alguma lesão cerebral? Justifique sua resposta.
03. Que relação existe entre subjugação e possessão?
04. A ação persistente de um obsessor pode provocar lesões no organismo físico do obsidiado. Estas lesões são reversíveis ou irreversíveis? Justifique a resposta.
Respostas:
01. Em que
situação a obsessão pode levar à loucura?
Livro dos Médiuns '(...) Entre os que são tidos como loucos,
muitos há que apenas são subjugados; precisariam de um tratamento moral
espiritual, enquanto que com os tratamentos corporais os tornam verdadeiros
loucos. Quando os médicos conhecerem bem o Espiritismo, saberão fazer essa
distinção e curarão mais doentes (...).' (Cap. 23 - item 254/6a)
Nos casos de obsessão, portanto, o que vai determinar a
perturbação na transmissão do pensamento, é a interposição dos fluidos do
Espírito obsessor, entre o agente (alma) e o instrumento (cérebro), de modo que
fica interrompida a comunicação regular dos dois.
A alma pensa mas seu pensamento só se manifesta de maneira truncada, imperfeitamente, em razão da barreira imposta pelo obsessor. (A Loucura Sob Novo Prisma, - ‘Obsessão)
A alma pensa mas seu pensamento só se manifesta de maneira truncada, imperfeitamente, em razão da barreira imposta pelo obsessor. (A Loucura Sob Novo Prisma, - ‘Obsessão)
02. A loucura é sempre resultado de alguma lesão cerebral?
Justifique sua resposta.
Não. Conforme texto do
LM, na resposta da pergunta 01.
03. Que relação existe entre subjugação e possessão?
A Gênese, Cap. XIV Itens 47 e 48
47.
Na obsessão, o Espírito atua exteriormente, com a
ajuda do seu perispírito, que ele identifica com o do encarnado, ficando este
afinal enlaçado por uma como teia e constrangido a proceder contra a sua
vontade.
Na
possessão, em vez de agir exteriormente, o Espírito atuante se substitui, por
assim dizer, ao Espírito encarnado; toma-lhe o corpo para domicílio, sem que
este, no entanto, seja abandonado pelo seu dono, pois que isso só se pode dar
pela morte. A possessão, conseguintemente, é sempre temporária e intermitente,
porque um Espírito desencarnado não pode tomar definitivamente o lugar de um
encarnado, pela razão de que a união molecular do perispírito e do corpo só se
pode operar no momento da concepção.(Cap. XI, nº 18.)
De
posse momentânea do corpo do encarnado, o Espírito se serve dele como se seu
próprio fora: fala pela sua boca, vê pelos seus olhos, opera com seus braços,
conforme o faria se estivesse vivo. Não é como na mediunidade falante, em que o
Espírito encarnado fala transmitindo o pensamento de um desencarnado; no caso
da possessão é mesmo o último que fala e obra; quem o haja conhecido em vida,
reconhece-lhe a linguagem, a voz, os gestos e até a expressão da fisionomia.
48.
Na obsessão há sempre um Espírito malfeitor. Na
possessão pode tratar-se de um Espírito bom que queira falar e que, para causar
maior impressão nos ouvintes, toma do corpo de um encarnado, que
voluntariamente lho empresta, como emprestaria seu fato a outro encarnado. Isso
se verifica sem qualquer perturbação ou incômodo, durante o tempo em que o
Espírito encarnado se acha em liberdade, como no estado de emancipação,
conservando-se este último ao lado do seu substituto para ouvi-lo.
Quando
é mau o Espírito possessor, as coisas se passam de outro modo. Ele não toma
moderadamente o corpo do encarnado,
arrebata-o, se este não possui bastante força moral para lhe resistir.
(...)
São
numerosos os fatos deste gênero, em diferentes graus de intensidade, e não
derivam de outra causa muitos casos de loucura. Amiúde, há também desordens
patológicas, que são meras conseqüências e contra as quais nada adiantam os
tratamentos médicos, enquanto subsiste a causa originária.
04. A ação persistente de um obsessor pode provocar lesões no
organismo físico do obsidiado. Estas lesões são reversíveis ou irreversíveis?
Justifique a resposta.
Sim. Temos diversos
casos no NT, e nas obras de André Luiz e Manoel Philomeno de Miranda. Como
vimos na semana retrasada, no livro “Loucura e
Obsessão” – Divaldo P. Franco/Manoel Philomeno de Miranda, Cap. 19 e 20
(Parasitose Espiritual), a ação do obsessor foi tão persistente que seu
afastamento gerou a morte do obsidiado.
5. Casos de subjugações no NT: - entregar em papéis
para que alguns dos participantes possam ler e interpretar:
Tendo
eles saído, apresentaram-lhe um homem mudo, possesso do demônio. — Expulso o
demônio o mudo falou e o povo, tomado de admiração, dizia: Jamais se viu coisa
semelhante em Israel. (S. Mateus, 9:32
a 34.) (A Gênese, Cap. XV, item 30)
Quando
ele foi vindo ao lugar onde estavam os outros discípulos, viu em torno destes
uma grande multidão de pessoas e muitos escribas que com eles disputavam. —
Logo que deu com Jesus, todo o povo se tomou de espanto e temor e correram
todos a saudá-lo.
Perguntou
ele então: Sobre que disputáveis em assembléia?
—
Um homem, do meio do povo, tomando a palavra, disse: Mestre, trouxe-te meu
filho, que está possesso de um Espírito mudo; — em todo lugar onde dele se
apossa, atira-o por terra e o menino espuma, rilha os dentes e se torna todo
seco. Pedi a teus discípulos que o expulsassem, mas eles não puderam.
Disse-lhes
Jesus: Oh! gente incrédula, até quando estarei convosco? Até quando vos
suportarei? Trazei-mo. — Trouxeram-lho e ainda não havia ele posto os olhos em
Jesus, e o Espírito entrou a agitá-lo violentamente; ele caiu no chão e se pôs
a rolar espumando.
Jesus
perguntou ao pai do menino: Desde quando isto lhe sucede? — Desde pequenino,
diz o pai. — E o Espírito o tem lança- do, muitas vezes, ora à água, ora ao
fogo, para fazê-lo perecer; se alguma coisa puderes, tem compaixão de nós e
socorre-nos.
Respondeu-lhe
Jesus: Se puderes crer, tudo é possível àquele que crê. — Logo exclamou o pai
do menino, banhado em lágrimas: Senhor, creio, ajuda-me na minha incredulidade.
Jesus,
vendo que o povo acorria em multidão, falou em tom de ameaça ao Espírito
impuro, dizendo-lhe: Espírito surdo e mudo sai desse menino e não entres mais
nele. — Então, o Espírito, soltando grande grito e agitando o menino em
violentas convulsões, saiu, ficando como morto o menino, de sorte que muitos
diziam que ele morrera. — Mas Jesus, tomando-lhe as mãos e amparando-o, fê-lo
levantar-se.
Quando
Jesus voltou para casa, seus discípulos lhe perguntaram, em particular: Por que
não pudemos nós expulsar esse demônio?
—
Ele respondeu: Os demônios desta espécie não podem ser expulsos senão pela
prece e pelo jejum. (S. Marcos, 9:13 a 28.)
(A Gênese, Cap. XV, item 31)
Vieram
em seguida a Cafarnaum e Jesus, entrando primeiramente, em dia de sábado, na
sinagoga, os instruía. — Admiravam-se da sua doutrina, porque ele os instruía
como tendo autoridade e não como os escribas.
Ora,
achava-se na sinagoga um homem possesso de um Espírito impuro, que exclamou: —
Que há entre ti e nós, Jesus de Nazaré? Vieste para nos perder? Sei quem és: és
o santo de Deus.
—
Jesus, porém, falando-lhe ameaçadoramente, disse: Cala-te e sai desse homem. —
Então, o Espírito impuro, agitando o homem em violentas convulsões, saiu dele.
Ficaram
todos tão surpreendidos que uns aos outros perguntavam: Que é isto? Que nova
doutrina é esta? Ele dá ordem com império, até aos Espíritos impuros, e estes
lhe obedecem. (S. Marcos, 1:21 a 27.) (A
Gênese, Cap. XV, item 29)
6. Distribuir trecho do livro de André Luiz, para
estudo do caso da obsessão de Margarida.
7. Prece final
8. Anexos
Libertação, André Luiz/Chico Xavier,
Cap. 8 ‘Inesperada intercessão’
Gregório refletiu
alguns instantes e redargüiu:
— É muito tarde.
— Porquê? — indagou nosso Instrutor, inquieto.
— O caso de Margarida — esclareceu o hierofante
em tom significativo — está definitivamente entregue a uma falange de sessenta
servidores de meu serviço, sob a chefia de duro perseguidor que lhe odeia a
família. (...)
Seria infrutífera
qualquer tentativa liberatória. Os raciocínios dela vão sendo conturbados,
pouco a pouco, e o trabalho de imantação para a morte estão quase terminados.
Cap. 9
‘Perseguidores invisíveis’
Mulher ainda moça, mostrando extrema
palidez nas linhas nobres do semblante digno, entregava-se a tormentosa meditação. (...)
Dois desencarnados, de horrível
aspecto fisionômico, inclinavam-se, confiantes e dominadores, sobre o busto da
enferma, submetendo-a a complicada operação magnética. Essa particularidade do
quadro ambiente dava para espantar. No entanto, meu assombro foi muito mais
longe, quando concentrei todo o meu potencial de atenção na cabeça da jovem
singularmente abatida. Interpenetrando a matéria espessa da cabeceira em que
descansava, surgiam algumas dezenas de “corpos ovóides”, de vários tamanhos e
de cor plúmbea, assemelhando-se a grandes sementes vivas, atadas ao cérebro da
paciente através de fios sutilíssimos, cuidadosamente dispostos na medula
alongada.
A obra dos perseguidores
desencarnados era meticulosa, cruel.
Margarida, pelo
corpo perispirítico, jazia absolutamente presa, não só aos truculentos
perturbadores que a assediavam, mas também à vasta falange de entidades
inconscientes, que se caracterizavam pelo veículo mental, a se lhe apropriarem
das forças, vampirizando-a em processo intensivo.
Em verdade, já
observara, por mim, grande quantidade de casos violentos de obsessão, mas sempre
dirigidos por paixões fulminatórias. Entretanto, ali verificava o cerco
tecnicamente organizado.
Evidentemente, as
“formas ovóides” haviam sido trazidas pelos hipnotizadores que senhoreavam o
quadro.
Com a devida
permissão, analisei a zona física hostilizada. Reparei que todos os centros
metabólicos da doente apareciam controlados. A própria pressão sanguínea
demorava-se sob o comando dos perseguidores. A região torácica apresentava apreciáveis
feridas na pele e, examinando-as, cuidadoso, vi que a enferma inalava
substâncias escuras que não somente lhe pesavam nos pulmões, mas se refletiam,
sobremodo, nas células e fibras conjuntivas, formando ulcerações na epiderme.
A vampirização
era incessante. As energias usuais do corpo pareciam transportadas às “formas
ovóides”, que se alimentavam delas, automàticamente, num movimento indefinível
de sucção.
(...)
Margarida
demonstrava-se exausta e amargurada.
Dominadas as vias do equilíbrio no
cerebelo e envolvidos os nervos óticos pela influência dos hipnotizadores, seus
olhos espantados davam idéia dos fenômenos alucinatórios que lhe acometiam a
mente, deixando perceber o baixo teor das visões e audições interiores a que se
via submetida.
(...)
10 – ‘Em
aprendizado’
A jovem senhora, novamente metida no
leito, semi-aniquilada, punha os olhos no ar vazio, absorvida de indefinível
pavor.
Um dos insensíveis magnetizadores
presentes, começou a aplicar energias perturbadoras, ao longo dos olhos,
torturando as fibras de sustentação. Não sômente o cristalino, em ambos os
órgãos visuais, denunciava fenômenos alucinatórios, mas também as artérias
oculares revelavam-se sob fortes modificações.
Percebi a facilidade com que os
seres perversos das sombras hipnotizam as suas vítimas, impondo-lhes os
tormentos psíquicos que desejam. (...)
Dilacerada, a mente aflita e
sofredora tiranizava o coração que batia, precipite, imprimindo graves
alterações em todo o cosmos orgânico.
Das complicadas operações sobre os
olhos, o magnetizador passou a interessar-se pelas vias do equilíbrio e pelas
células auditivas, carregando-as de substância escura, qual se estivesse doando
combustível a um motor.
Margarida, ainda que o desejasse, agora
não conseguiria erguer-se. Compacta emissão de fluidos tóxicos misturava-se à
linfa dos canais semicirculares. (...)
Mostrava o
relógio um quarto para meio-dia, quando alguns passos se fizeram ouvidos.
— É o médico —
elucidou Saldanha, com manifesta expressão de sarcasmo —; debalde, porém,
procurará lesões e micróbios... (...)
Declarou que a
jovem senhora, em sua opinião, certamente se mantinha sob o império da
epilepsia secundária e que, em última análise, se socorreria da colaboração de
colegas eminentes para submetê-la a exame particularizado da lesão
cérebro-meníngea, seguido, possivelmente, de intervenção cirúrgica
aconselhável. (...)
Nenhum comentário:
Postar um comentário