domingo, 26 de março de 2017

Estudo Livro Os Mensageiros - Cap 4 - O caso Vicente

  Casa Espírita Missionários da Luz- ESDE – 2017 – Encontro 14/03/2017
Livro - “ Os Mensageiros”
Capítulo 4 – O Caso Vicente                                            Monitora: Paty

Objetivos:
1) Como nos mantermos afastados das tentações e firmes na resolução da Reforma íntima.
2) Compreender o que é AMAR.
3) Analisar se sabemos verdadeiramente ser justos e perdoarmos quem nos magoa, trai, fere, age diferentemente das nossas expectativas.

Bibliografia
- Capítulo 4 – Os Mensageiros – O Caso Vicente.
- Não Nos deixeis cair em tentação, mas livrai-Nos do mal. (Oração Pai Nosso)
- Sol das Almas – André Luiz – Chico Xavier /Waldo Vieira (tema Amor conjugal)
- Nos Mesmos Pratos - Cap.104 – Vinha de Luz – Chico Xavier ( Tema Traição).
Evangelho Segundo o Espiritismo - CAPÍTULO V – BEMAVENTURADOS OS AFLITOS - 23- A Desgraça Real. (Tema Justiça)
Allan Kardec in "O Evangelho Segundo o Espiritismo ", capítulo XVII, ítem 4,
- Livro dos Espíritos
Introdução VI. Resumo da Doutrina dos Espíritos.
Cap IV – Questões 695 a 697 e 700 e 701

Parte 1
Prece Inicial
Leitura do Texto – Não nos Deixeis Cair em Tentação –Obra Pai Nosso - Meimei

Resumo do Capítulo 4 – O Caso Vicente
“ André Luiz se alegra ao reconhecer um companheiro que teria tido uma vida semelhante a sua na Terra, a mesma profissão, uma constituição familiar feliz e uma vida profissional realizada e financeiramente sólida e confortável, e a mesma destinação pós desencarnação. E imediatamente ressurge a necessidade de explanar sobre suas tragédias pessoais, hábito este que parecia ter superado, inclusive comentando sobre não precisar mais disso para Narcisa no Capitulo1. “

Claramente sucumbe ao desejo, ao orgulho e a tentação, esquecendo por um momento de seus nobres ideais.
Muitos companheiros recém-chegados à Doutrina Espírita, tal como encantam-se pelas nobres aspirações, pela sabedoria dos mentores, a vasteza bibliográfica, trazem a si novas perspectivas proporcionadas pela esperança libertadora e vislumbram, rapidamente, a possibilidade de encaminharem a respectiva felicidade. Contudo, o adquirir da cultura espírita é a mais fácil das etapas, o grande desafio reside em assimilá-la espiritualmente, na  prática cotidiana, nas ações profissionais e familiares, quando existem os observadores e críticos contumazes, nos momentos de dúvidas existenciais, ou ainda nos instantes onde a tristeza e insegurança invadem a alma.
Diante das tormentas e desafios, os conceitos devem vir à tona de forma cíclica e persistente, como ondas que alcançam a praia. Naturalmente, quanto mais claros e associados ao cotidiano os conceitos espíritas se encontrarem, maior o alcance da compreensão e melhores serão os resultados.

Parte 2.
Dinâmica – Julgamento do Caso Vicente.
Dividir em dois grupos – Defesa de Vicente e Defesa de Rosalinda.
Cada grupo deverá debater para depois argumentar sobre a possível defesa de cada personagem envolvido na trama e posteriormente expor ao grupo todo, levando em conta posicionamentos diversos que culminaram nas consequências conhecidas. (Sentimentos, emoções, possíveis dificuldades e desafios no relacionamento conjugal, traições, etc)
Distribuir papéis com o trecho da história narrada por Vicente.

“ Vicente conta a história de amor com a esposa Rosalinda, os primeiros anos de casamento, o nascimento dos filhos, as alegrias do lar, a busca pelas realizações profissionais nos primeiros tempos de casado... E após 10 anos, um terceiro personagem entrou na história de Vicente, Eleutério, seu irmão. O que poderia ser uma história de “amor familiar”, envolvida em laços fraternos, colaboração e respeito, veio carregado de sentimentos e emoções ameaçadores e desequilibrados. Que resultaram em profundas mágoas para todos os envolvidos. O que lhes parecia absoluto amor e felicidade, virou tragédia que para todos acarretou em imenso débito moral”.

Perguntas do facilitador após as argumentações.
1) Temos inocentes? Temos Culpados?
2) Sempre buscamos conhecer as “versões” dos lados envolvidos?
3) Costumamos promover julgamentos antecipados?
4) Qual a nossa reação diante de um caso desta natureza?
5) Quais as causas que possivelmente envolveram aquele relacionamento para ter dado “errado” e culminado naquela imensa tragédia ”?

6) Nesse caso qual será o fiel da balança da justiça?

Finalização – Conclusão
Perante a queda moral de outrem devemos parar para pensar que também passamos, estamos passando ou passaremos por problemas originários da nossa “ingenuidade espiritual” diante das tentações e dos males do mundo. Espíritos ainda bastante inseguros e moralmente ignorantes, estamos todos sujeitos a grotescos erros causados pela nossa impulsividade descontrolada. Cabendo a cada um esforçar-se para superar suas más tendências e dominar seus ímpetos contumazes.

“A resposta aos males da vida, e grande companheira da reforma íntima, são a perseverança e o PERDÃO.

A perseverança irá nos lembrar diariamente de que é necessário resistir às investidas das emoções imediatistas, diante das tentações de curto prazo. Ao passo que o perdão será o suporte da perseverança, quando a ira, a intolerância, a revolta ou a ansiedade desejarem apresentar-se em nossas vidas.  

Quando escolhemos o perdão, praticamos a reforma íntima na sua essência, pois decidimos trocar o falso prazer momentâneo da investida violenta ou a vingança contra o próximo, pela paz de espírito futura. Escolhemos perdoar ao ofensor, agressor, adversário do momento, em prol do equilíbrio, libertando-nos das culpas por atos irresponsáveis, cruéis ou intolerantes, os quais trazem os traumas e mágoas, além de não desenvolverem o ser psicológico, o qual conduz a maturidade do espírito e a saúde integral. As escolhas infelizes, ao contrário, desenvolvem no ser espiritual as conhecidas doenças da alma: Ansiedade, melancolia, tristezas profundas, as quais levam as graves consequências, e muitas vezes as grandes tragédias, como suicídios, assassinatos, desenvolvimento de doenças incuráveis enfim.
Tudo isto por optarmos ao não perdão, a favor do imediatismo, e em detrimento a felicidade futura, postergando para as próximas vidas, sob consequências desconhecidas, a escalada espiritual através da reforma íntima.”

Anotações pertinentes ao encontro nos cadernos de sentimentos.

Prece Final

Anexos – slides

1
“Evidenciando  muita  delicadeza, indagou  da  minha  posição  perante  os  parentes  terrestres,  ao  que  respondi  com  a  história  resumida  de  minha  singular  aventura,  ao  conhecer  as  segundas núpcias  de  minha  viúva.
 Imprimi  toda  a  ênfase  possível  ao  meu  relatório  verbal,  sensibilizando-me,  profundamente,  no  curso  da  narrativa. Em cada pormenor culminante dos fatos, detinha-me de propósito,  salientando  meus  velhos  sofrimentos  e  relacionando dissabores que me pareciam insuperáveis.
Vicente ouviu silencioso, sorrindo a intervalos.
Quando  terminei  a  comovida  exposição,  ele  pôs-me  a  destra  no ombro e murmurou:
–  Não  se  julgue  desventurado  e  incompreendido.  Saiba,  meu  caro André, que você foi muitíssimo feliz.
– Como assim?” ...(Diálogo entre André Luiz e Vicente)

Pergunta:
Quais impressões temos neste diálogo entre os “novos” amigos?
Temos algo em comum?


2
Não nos deixeis cair em Tentação,             

Maledicência
Vitimização
Mentira
Falsa Modéstia
Revolta
Fingimento
Preconceito
Vícios
Desprezo
Intolerancia
Agressividade
Impaciencia
Idolatria
Oportunismo
Pedantismo
Calúnia
Cíumes
Ganância
Vingança
Indisciplina
Futilidade
Preguiça
Etc

Mas Livrai-nos do Mal.


3
Muitos companheiros recém-chegados à Doutrina Espírita, tal como André Luiz no livro estudado, encantam-se pelas nobres aspirações, pela sabedoria dos mentores, a vasteza bibliográfica, trazem a si novas perspectivas proporcionadas pela esperança libertadora e vislumbram, rapidamente, a possibilidade de encaminharem a respectiva felicidade. Contudo, o adquirir da cultura espírita é a mais fácil das etapas, o grande desafio reside em assimilá-la espiritualmente, na prática cotidiana, nas ações profissionais e familiares, quando existem os observadores e críticos contumazes, nos momentos de dúvidas existenciais, ou ainda nos instantes onde a tristeza e insegurança invadem a alma.
Diante das tormentas e desafios, os conceitos devem vir à tona de forma cíclica e persistente, como ondas que alcançam a praia. Naturalmente, quanto mais claros e associados ao cotidiano os conceitos espíritas se encontrarem, maior o alcance da compreensão e melhores serão os resultados. São Francisco de Assis já nos dizia : "Comece fazendo o que é necessário, depois o que é possível, e de repente você estará fazendo o impossível.".


4
“E ele, respondendo, disse: O que mete comigo a mão no prato, esse me há de trair.” - (Mateus, 26:23.)
 ... A ingratidão não é planta de campo contrário.
O infrator mais temível, em todas as boas obras, é sempre o amigo transviado, o companheiro leviano e o irmão indiferente.
Não obstante o respeito que devemos a Judas redimido, convém recordar a lição, em favor do serviço de vigilância, não somente para os discípulos em aprendizado, a fim de que não fracassem, como também para os discípulos em testemunho para que exemplifiquem com o Senhor, compreendendo, agindo e perdoando.
Nas linhas do trabalho cristão, não é demais aguardar grandes lutas e grandes provas, considerando-se, porém, que as maiores angústias não procederão de círculos adversos, mas justamente da esfera mais íntima, quando a inquietação e a revolta, a leviandade e a imprevidência penetram o coração daqueles que mais amamos.
De modo geral, a calúnia e o erro, a defecção e o fel não partem de nossos opositores declarados, mas, sim, daqueles que se alimentam conosco, nos mesmos pratos da vida. Conserve-se cada discípulo plenamente informado, com respeito a semelhante verdade, a fim de que saibamos imitar o Senhor, nos grandes dias. (Cap. 104- Nos Mesmos Pratos- Livro Vinha de Luz --Emannuel- Francisco Cândido Xavier)

5

Mas... e a justiça?

Amar
Ser Feliz
Perdoar
Perseverar

Tudo vem a seu
tempo, tanto no
bem quanto no mal. Primeiro a semente, depois os frutos. (Vicente para André)

Trair
Violentar
Desrespeitar
Discriminar



6

Para julgarmos de qualquer coisa, precisamos ver-lhe as conseqüências. Assim, para bem apreciarmos o que, em realidade, é ditoso ou inditoso para o homem, precisamos transportar-nos para além desta vida, porque é lá que as conseqüências se fazem sentir.
Ora, tudo o que se chama infelicidade, segundo as acanhadas vistas humanas, cessa com a vida corporal e encontra a sua compensação na vida futura. ( A Verdadeira Desgraça , item 24, do cap. V do livro O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, ed. Feb.)

7

Perante a queda moral de outrem devemos parar para pensar que também passamos, estamos passando ou passaremos por problemas originários da nossa “ingenuidade espiritual” diante das tentações e dos males do mundo. Espíritos ainda bastante inseguros e moralmente  ignorantes, estamos  todos sujeitos a erros  primários e graves, causados pela nossa impulsividade descontrolada. Cabendo a cada um esforçar-se para superar suas más tendências e dominar seus ímpetos contumazes.
“A resposta aos males da vida, e grande companheira da reforma íntima, são a perseverança e o PERDÃO.
 A perseverança irá nos lembrar diariamente de que é necessário resistir às investidas das emoções  imediatistas, diante das tentações de curto prazo. Ao passo que o perdão será o suporte da perseverança, quando a ira, a intolerância, a revolta ou a ansiedade desejarem apresentar-se em nossas vidas.
Quando escolhemos o perdão, praticamos a reforma íntima na sua essência, pois decidimos trocar o falso prazer momentâneo da investida violenta ou a vingança contra o próximo, pela paz de espírito futura. Escolhemos perdoar ao ofensor, agressor, adversário do momento, em prol do equilíbrio, libertando-nos das culpas por atos irresponsáveis, cruéis ou intolerantes, os quais trazem os traumas e mágoas, além de não desenvolverem o ser psicológico, o qual conduz a maturidade do espírito e a saúde integral. As escolhas infelizes, ao contrário, desenvolvem  no ser espiritual as conhecidas doenças da alma: Ansiedade, melancolia, tristezas profundas, as quais levam as graves consequências, e muitas vezes as grandes tragédias, como suicídios, assassinatos, desenvolvimento de  doenças incuráveis enfim.
Tudo isto por optarmos ao não perdão, a favor do imediatismo, e em detrimento a felicidade futura, postergando para as próximas vidas, sob consequências desconhecidas, a escalada espiritual através da reforma íntima.”

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Bibliografias
- Capítulo 4 – Os Mensageiros – O Caso Vicente.
- Não Nos deixeis cair em tentação, mas livrai-Nos do mal. (Oração Pai Nosso)
- Sol das Almas – André Luiz – Chico Xavier /Waldo Vieira (tema Amor conjugal)
- Nos Mesmos Pratos - Cap.104 – Vinha de Luz – Chico Xavier   ( Tema Traição).
Evangelho Segundo o Espiritismo - CAPÍTULO V – BEM­AVENTURADOS OS AFLITOS -  23- A Desgraça Real. (Tema Justiça)
Allan Kardec in "O Evangelho Segundo o Espiritismo ", capítulo XVII, ítem 4,
- Livro dos Espíritos
Introdução VI. Resumo da Doutrina dos Espíritos.
 Cap IV – Questões 695 a 697 e 700 e 701
-Reforma Íntima -http://www.ceallankardec.org.br/reforma.htm


Não nos Deixeis Cair em Tentação
A Bondade Infinita de Deus não permitirá que venhamos a cair sob as tentações, mas, para isso, é necessário que nos esforcemos, colaborando, de algum modo, com o auxilio incessante de Nosso Pai.
Há leis organizadas para beneficio de todos, mas, se não as respeitarmos, como poderemos contar com a proteção delas, em nosso favor?
Sabemos que o fogo destrói. Por isso mesmo, não devemos abusar dele.
Não podemos rogar o socorro divino para a imprudência que se repete todos os dias.
Se um homem estima a preguiça, não atrairá as bênçãos que ajudam aos cultivadores do trabalho.
Se uma pessoa vive atirando espinhos à face dos outros, como esperará sorrisos na face alheia?
É indiscutível que a Providência Divina nos ajudará constantemente, livrando-nos do mal; entretanto, espera encontrar em nós os valores da boa-vontade.
Não ignoramos que o Pai Celestial está sempre conosco, mas, muitas vezes, somos nós que nos afastamos do Nosso Criador.
Para que não venhamos a sucumbir sob os golpes das tentações, é indispensável saibamos procurar o bem, cultivando-o sem cessar.
Não há colheita sem plantação.
Certamente, devemos esperar que Deus nos conceda o "muito" de seu amor, mas não olvidemos que é preciso dar "alguma coisa" do nosso esforço.
Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Pai Nosso. Ditado pelo Espírito Meimei. 19 edição. Rio de Janeiro, RJ: FEB. 1999.

Vinha de Luz. - Capítulo 104 - Nos mesmos pratos

“E ele, respondendo, disse: O que mete comigo a mão no prato, esse me há de trair.” - (Mateus, 26:23.)

Toda ocorrência, na missão de Jesus, reveste-se de profunda expressão simbólica.
Dificilmente o ataque de estranhos poderia provocar o Calvário doloroso. Os juizes do Sinédrio, pessoalmente, não se achavam habilitados a movimentar o sinistro assunto, nem os acusadores gratuitos do Mestre poderiam, por si mesmos, efetuar o processo infamante.
Reclamava-se alguém que fraquejasse e traísse a si mesmo.
A ingratidão não é planta de campo contrário.
O infrator mais temível, em todas as boas obras, é sempre o amigo transviado, o companheiro leviano e o irmão indiferente.
Não obstante o respeito que devemos a Judas redimido, convém recordar a lição, em favor do serviço de vigilância, não somente para os discípulos em aprendizado, a fim de que não fracassem, como também para os discípulos em testemunho para que exemplifiquem com o Senhor, compreendendo, agindo e perdoando.
Nas linhas do trabalho cristão, não é demais aguardar grandes lutas e grandes provas, considerando-se, porém, que as maiores angústias não procederão de círculos adversos, mas justamente da esfera mais íntima, quando a inquietação e a revolta, a leviandade e a imprevidência penetram o coração daqueles que mais amamos.

De modo geral, a calúnia e o erro, a defecção e o fel não partem de nossos opositores declarados, mas, sim, daqueles que se alimentam conosco, nos mesmos pratos da vida. Conserve-se cada discípulo plenamente informado, com respeito a semelhante verdade, a fim de que saibamos imitar o Senhor, nos grandes dias.

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