domingo, 13 de agosto de 2017

Os Mensageiros – Cap 24 – Prece

Casa Espírita Missionários da Luz - ESDE - 01/08/2017
Estudo do livro: Os Mensageiros – André Luiz

Tema: Os Mensageiros – Cap 24 – Prece de Ismália

Objetivos:
- Refletir sobre as atitudes necessárias perante a prece;
- Perceber que as dádivas de Deus, como respostas da oração, são distribuídas de igual forma entre todos os que oram;
- Perceber que todos estamos em condições de auxiliar, cada um dentro de sua capacidade de receber as dádivas de Deus.

Bibliografia:
- Os Mensageiros, André Luiz, Cap 24;
- O LE, pergs 658, 659, 660;
- Evang.Seg.Espiritismo, Caps XXVII (Pedi e Obtereis), XXVIII (Coletânea de Preces Espíritas);
- O Livro dos Médiuns, Cap. XXXI, item XVI;
- Consciência e Mediunidade, Projeto MP Miranda, Primeira Parte: Oração.

Material: Nenhum. Esse estudo será realizado de forma cooperativa. Foi solicitado na semana anterior que todos estudassem o capítulo 24, anotassem o que mais chamou a atenção, e pesquisasse sobre esse aspecto em outras obras. Cada um, então, traria suas observações de estudo, ficando assim, um estudo circular, com a cooperação de todos.

Conteúdo Mínimo
‘Os cursos sistematizados de ensino da Doutrina Espírita e especialmente os de mediunidade devem contemplar com destaque o tema oração, para passar o significado e a importância da prece e, mais que isso, penetrar no seu modus faciendi. Sim, aprender a orar, treinar oração, oficinas de oração. Os cursos não se podem constituir, pura e simplesmente, torneios intelectuais e de cultura nem gincanas de memorização. Tem-se que aprender a vivenciar.’ (Consciência e Mediunidade, Projeto MP Miranda, item 1.3, perg. 15)

‘Vigiai e orai, para que não entreis em tentação...’  (Mateus, 26:41)

‘Pedi e dar-se-vos-á; buscai e achareis; batei e abrir-se-vos-á...’  (Mateus, 7:7)

‘ Ou qual dentre vós é o homem que, se seu filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra? Ou, se lhe pedir peixe, lhe dará uma serpente? Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas dádivas a vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará boas coisas aos que lhas pedirem?’ (Mateus, 7:9-11)

‘Jesus, porém, respondeu-lhes: Em verdade vos digo que, se tiverdes fé e não duvidardes, não só fareis o que foi feito à figueira, mas até, se a este monte disserdes: Ergue-te e lança-te no mar, isso será feito;  e tudo o que pedirdes na oração, crendo, recebereis.’ (Mateus, 21:21-22)

Desenvolvimento:

  1. Leitura da página: Pão Nosso, Emmanuel/Chico Xavier, Cap. 109 ‘Três imperativos’   
  2. Reflexões:
Atitudes perante a prece: (Consciência e Mediunidade, Projeto MP Miranda, item 1.3, perg. 7)
- Recolhimento: silêncio físico e mental  (atitudes incorretas = ruído mental);
- Sem ressentimentos (se houver, que a prece seja nossa rogativa para vencer esse sentimento);
- Humildade perante Deus; nos colocarmos perante Deus e não perante os homens;
- O ato de pedir nos conscientiza de nossas reais necessidades. Pedir é um ato de humildade.
- Compaixão – prece intercessória.

Eficácia da Prece (Evangelho Seg. Espiritismo, Cap. XVII, item 7)
“Desta máxima: “Concedido vos será o que quer que pedirdes pela prece”, fora ilógico deduzir que basta pedir para obter e fora injusto acusar a Providência se não acede a toda súplica que se lhe faça, uma vez que ela sabe, melhor do que nós, o que é para nosso bem. É como procede um pai criterioso que recusa ao filho o que seja contrário aos seus interesses. Em geral, o homem apenas vê o presente; ora, se o sofrimento é de utilidade para a sua felicidade futura, Deus o deixará sofrer, como o cirurgião deixa que o doente sofra as dores de uma operação que lhe trará a cura.”

O que Deus lhe concederá sempre, se ele o pedir com confiança, é a coragem, a paciência, a resignação. Também lhe concederá os meios de se tirar por si mesmo das dificuldades, mediante ideias que fará lhe sugiram os bons Espíritos, deixando-lhe dessa forma o mérito da ação. Ele assiste os que se ajudam a si mesmos, de conformidade com esta máxima: “Ajuda-te, que o Céu te ajudará”;”

“Pela prece (...) Ele adquire, desse modo, a força moral necessária a vencer as dificuldades e a volver ao caminho reto, se deste se afastou. Por esse meio, pode também desviar de si os males que atrairia pelas suas próprias faltas.”  (Evangelho, item 11)

“Nesse caso, o que eles fazem não é afastar de nós o mal, porém, sim, desviar-nos a nós do mau pensamento que nos pode causar dano; eles em nada obstam ao cumprimento dos decretos de Deus, nem suspendem o curso das leis da Natureza; apenas evitam que as infrinjamos, dirigindo o nosso livre-arbítrio.”  (Evangelho, item 12)

Caridade da Prece (Evangelho Seg. Espiritismo, Cap. XVII)
“Renunciar alguém à prece é negar a bondade de Deus; é recusar, para si, a sua assistência e, para com os outros, abrir mão do bem que lhes pode fazer.” (Evangelho, item 12)

“Daí decorre que a prece do homem de bem tem mais merecimento aos olhos de Deus e sempre mais eficácia, porquanto o homem vicioso e mau não pode orar com o fervor e a confiança que somente nascem do sentimento da verdadeira piedade. Do coração do egoísta, do daquele que apenas de lábios ora, unicamente saem palavras, nunca os ímpetos de caridade que dão à prece todo o seu poder.” (Evangelho, item 13)

“O homem que não se considere suficientemente bom para exercer salutar influência, não deve por isso abster-se de orar a bem de outrem, com a ideia de que não é digno de ser escutado. A consciência da sua inferioridade constitui uma prova de humildade, grata sempre a Deus, que leva em conta a intenção caridosa que o anima.” (Evangelho, item 14)

“A prece em comum tem ação mais poderosa, quando todos os que oram se associam de coração a um mesmo pensamento e colimam o mesmo objetivo, porquanto é como se muitos clamassem juntos e em uníssono.” (Evangelho, item 15)

3.    Exercício:
Oficina de prece: é preciso treinar; vivenciar o ato de orar.
Proposta: um por vez, vamos buscar as atitudes mentais para a prece, e vamos orar; assim que o colega do lado se calar, o próximo deve iniciar sua prece, quando se achar em atitude mental para a oração.
- durante a prece que ouvimos, devemos orar junto, acompanhando as palavras ditas;
- ao chegar nossa vez, busquemos o recolhimento, e nos coloquemos em humildade perante Deus, esquecendo os demais colegas ao nosso lado.

4.    Avaliação da oficina: cada um deverá relatar como se sentiu nesse exercício.

5.    Prece final

6.    Anexos




Pão Nosso, Emmanuel/Chico Xavier, Cap. 109 ‘Três imperativos’
“E eu vos digo a vós: pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á.”
Jesus (Lucas, 11:9)

Pedi, buscai, batei...
Estes três imperativos da recomendação de Jesus não foram enunciados sem um sentido especial.
No emaranhado de lutas e débitos da experiência terrestre, é imprescindível que o homem aprenda a pedir caminhos de libertação da antiga cadeia de convenções sufocantes, preconceitos estéreis, dedicações vazias e hábitos cristalizados. É necessário desejar com força e decisão a saída do escuro cipoal em que a maioria das criaturas perdeu a visão dos interesses eternos.
Logo após, é imprescindível buscar.
A procura constitui-se de esforço seletivo. O campo jaz repleto de solicitações inferiores, algumas delas recamadas de sugestões brilhantes. É indispensável localizar a ação digna e santificadora.
Muitos perseguem miragens perigosas, à maneira das mariposas que se apaixonam pela claridade de um incêndio. Chegam de longe, acercam-se das chamas e consomem a bênção do corpo.
É imperativo aprender a buscar o bem legítimo.
Estabelecido o roteiro edificante, é chegado o momento de bater à porta da edificação; sem o martelo do esforço metódico e sem o buril da boa vontade, é muito difícil transformar os recursos da vida carnal em obras luminosas de arte divina, com vistas à felicidade espiritual e ao amor eterno.
Não bastará, portanto, rogar sem rumo, procurar sem exame e agir sem objetivo elevado.
Peçamos ao Senhor nossa libertação da animalidade primitivista, busquemos a espiritualidade sublime e trabalhemos por nossa localização dentro dela, a fim de converter-nos em fiéis instrumentos da Divina Vontade.

Pedi, buscai, batei!... Esta trilogia de Jesus reveste-se de especial significação para os aprendizes do Evangelho, em todos os tempos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário