Casa Espírita Missionários da Luz - ESDE - 01/08/2017
Estudo do livro: Os Mensageiros – André Luiz
Tema: Os Mensageiros – Cap 24 – Prece de Ismália
Objetivos:
- Refletir sobre as atitudes necessárias perante a prece;
- Perceber que as dádivas de Deus, como respostas da oração, são
distribuídas de igual forma entre todos os que oram;
- Perceber que todos estamos em condições de auxiliar, cada um dentro de
sua capacidade de receber as dádivas de Deus.
Bibliografia:
- Os Mensageiros, André Luiz, Cap 24;
- O LE, pergs 658, 659, 660;
- Evang.Seg.Espiritismo, Caps XXVII (Pedi e Obtereis), XXVIII (Coletânea
de Preces Espíritas);
- O Livro dos Médiuns, Cap. XXXI, item XVI;
- Consciência e Mediunidade, Projeto MP
Miranda, Primeira Parte: Oração.
Material: Nenhum. Esse estudo será realizado de forma
cooperativa. Foi solicitado na semana anterior que todos estudassem o capítulo
24, anotassem o que mais chamou a atenção, e pesquisasse sobre esse aspecto em
outras obras. Cada um, então, traria suas observações de estudo, ficando assim,
um estudo circular, com a cooperação de todos.
Conteúdo Mínimo
‘Os cursos sistematizados de ensino da Doutrina Espírita e especialmente
os de mediunidade devem contemplar com destaque o tema oração, para passar o
significado e a importância da prece e, mais que isso, penetrar no seu modus faciendi. Sim, aprender a orar,
treinar oração, oficinas de oração. Os cursos não se podem constituir, pura e
simplesmente, torneios intelectuais e de cultura nem gincanas de memorização.
Tem-se que aprender a vivenciar.’ (Consciência e Mediunidade, Projeto MP
Miranda, item 1.3, perg. 15)
‘Vigiai e orai, para que não entreis em tentação...’ (Mateus, 26:41)
‘Pedi e dar-se-vos-á; buscai e achareis; batei e abrir-se-vos-á...’ (Mateus, 7:7)
‘ Ou qual dentre vós é o homem que, se seu
filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra? Ou, se lhe pedir peixe, lhe dará uma
serpente? Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas dádivas a vossos filhos,
quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará boas coisas aos que lhas
pedirem?’ (Mateus, 7:9-11)
‘Jesus, porém, respondeu-lhes: Em verdade vos
digo que, se tiverdes fé e não duvidardes, não só fareis o que foi feito à
figueira, mas até, se a este monte disserdes: Ergue-te e lança-te no mar, isso
será feito; e tudo o que pedirdes na
oração, crendo, recebereis.’ (Mateus, 21:21-22)
Desenvolvimento:
- Leitura da página: Pão Nosso, Emmanuel/Chico Xavier, Cap. 109
‘Três imperativos’
- Reflexões:
Atitudes perante a prece: (Consciência e Mediunidade, Projeto MP Miranda, item 1.3, perg. 7)
- Recolhimento: silêncio
físico e mental (atitudes incorretas =
ruído mental);
- Sem ressentimentos (se
houver, que a prece seja nossa rogativa para vencer esse sentimento);
- Humildade perante
Deus; nos colocarmos perante Deus e não perante os homens;
- O ato de pedir nos
conscientiza de nossas reais necessidades. Pedir é um ato de humildade.
- Compaixão – prece
intercessória.
Eficácia
da Prece (Evangelho Seg.
Espiritismo, Cap. XVII, item 7)
“Desta
máxima: “Concedido vos será o que quer que pedirdes pela prece”, fora ilógico
deduzir que basta pedir para obter e fora injusto acusar a Providência se não
acede a toda súplica que se lhe faça, uma vez que ela sabe, melhor do que nós, o que é para nosso bem. É como procede um
pai criterioso que recusa ao filho o que seja contrário aos seus interesses. Em
geral, o homem apenas vê o presente; ora, se o sofrimento é de utilidade para a
sua felicidade futura, Deus o deixará sofrer, como o cirurgião deixa que o
doente sofra as dores de uma operação que lhe trará a cura.”
“O que Deus lhe concederá sempre, se ele o
pedir com confiança, é a coragem, a paciência, a resignação. Também lhe
concederá os meios de se tirar por si
mesmo das dificuldades, mediante ideias que fará lhe sugiram os bons
Espíritos, deixando-lhe dessa forma o mérito da ação. Ele assiste os que se
ajudam a si mesmos, de conformidade com esta máxima: “Ajuda-te, que o Céu te
ajudará”;”
“Pela
prece (...) Ele adquire, desse modo, a força moral necessária a vencer as
dificuldades e a volver ao caminho reto, se deste se afastou. Por esse meio,
pode também desviar de si os males que atrairia pelas suas próprias faltas.” (Evangelho, item 11)
“Nesse
caso, o que eles fazem não é afastar
de nós o mal, porém, sim, desviar-nos a nós do mau pensamento que nos pode
causar dano; eles em nada obstam ao cumprimento dos decretos de Deus, nem
suspendem o curso das leis da Natureza; apenas evitam que as infrinjamos,
dirigindo o nosso livre-arbítrio.”
(Evangelho, item 12)
Caridade
da Prece (Evangelho Seg. Espiritismo, Cap. XVII)
“Renunciar
alguém à prece é negar a bondade de Deus; é recusar, para si, a sua assistência
e, para com os outros, abrir mão do bem que lhes pode fazer.” (Evangelho, item 12)
“Daí
decorre que a prece do homem de bem tem mais merecimento aos olhos de Deus e
sempre mais eficácia, porquanto o homem vicioso e mau não pode orar com o
fervor e a confiança que somente nascem do sentimento da verdadeira piedade. Do
coração do egoísta, do daquele que apenas de lábios ora, unicamente saem palavras,
nunca os ímpetos de caridade que dão
à prece todo o seu poder.” (Evangelho,
item 13)
“O
homem que não se considere suficientemente bom para exercer salutar influência,
não deve por isso abster-se de orar a bem de outrem, com a ideia de que não é
digno de ser escutado. A consciência da sua inferioridade constitui uma prova
de humildade, grata sempre a Deus, que leva em conta a intenção caridosa que o
anima.” (Evangelho, item 14)
“A
prece em comum tem ação mais poderosa, quando todos os que oram se associam de
coração a um mesmo pensamento e colimam o mesmo objetivo, porquanto
é como se muitos clamassem juntos e em uníssono.” (Evangelho, item 15)
3. Exercício:
Oficina de prece: é
preciso treinar; vivenciar o ato de orar.
Proposta: um por vez,
vamos buscar as atitudes mentais para a prece, e vamos orar; assim que o colega
do lado se calar, o próximo deve iniciar sua prece, quando se achar em atitude
mental para a oração.
- durante a prece que
ouvimos, devemos orar junto, acompanhando as palavras ditas;
- ao chegar nossa vez,
busquemos o recolhimento, e nos coloquemos em humildade perante Deus,
esquecendo os demais colegas ao nosso lado.
4. Avaliação da oficina: cada um deverá relatar
como se sentiu nesse exercício.
5. Prece final
6. Anexos
Pão Nosso, Emmanuel/Chico
Xavier, Cap. 109 ‘Três imperativos’
“E eu vos
digo a vós: pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á.”
Jesus
(Lucas, 11:9)
Pedi,
buscai, batei...
Estes três
imperativos da recomendação de Jesus não foram enunciados sem um sentido
especial.
No
emaranhado de lutas e débitos da experiência terrestre, é imprescindível que o
homem aprenda a pedir caminhos de libertação da antiga cadeia de convenções
sufocantes, preconceitos estéreis, dedicações vazias e hábitos cristalizados. É
necessário desejar com força e decisão a saída do escuro cipoal em que a
maioria das criaturas perdeu a visão dos interesses eternos.
Logo após, é
imprescindível buscar.
A procura
constitui-se de esforço seletivo. O campo jaz repleto de solicitações
inferiores, algumas delas recamadas de sugestões brilhantes. É indispensável
localizar a ação digna e santificadora.
Muitos
perseguem miragens perigosas, à maneira das mariposas que se apaixonam pela
claridade de um incêndio. Chegam de longe, acercam-se das chamas e consomem a
bênção do corpo.
É imperativo
aprender a buscar o bem legítimo.
Estabelecido
o roteiro edificante, é chegado o momento de bater à porta da edificação; sem o
martelo do esforço metódico e sem o buril da boa vontade, é muito difícil
transformar os recursos da vida carnal em obras luminosas de arte divina, com
vistas à felicidade espiritual e ao amor eterno.
Não bastará,
portanto, rogar sem rumo, procurar sem exame e agir sem objetivo elevado.
Peçamos ao
Senhor nossa libertação da animalidade primitivista, busquemos a
espiritualidade sublime e trabalhemos por nossa localização dentro dela, a fim
de converter-nos em fiéis instrumentos da Divina Vontade.
Pedi,
buscai, batei!... Esta trilogia de Jesus reveste-se de especial significação
para os aprendizes do Evangelho, em todos os tempos.
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